tag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post7731207718045453391..comments2023-12-08T08:38:41.871+00:00Comments on CyberCultura e Democracia Online: Contra a Burocracia EscolarJ Francisco Saraiva de Sousahttp://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comBlogger18125tag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-49202551670665306132012-06-04T00:16:01.506+01:002012-06-04T00:16:01.506+01:00Reflexão contundente! Sou professor, do Ensino Fun...Reflexão contundente! Sou professor, do Ensino Fundamental II no Brasil. Há tempos tive uma intuição de que "disciplinas do curso de Administração" estariam invadindo as escolas, com a promessa de salvá-las de seu fiasco. Que mentira!<br />O tempo com quantidade de papéis burocráticos a serem preenchidos, alías, inúteis, que o professor perde, ao invés de estar lendo um livro, pesquisando, é tremenda por aqui. <br />A cada dia o professor em grande parte do tempo parece ser convidado pela burocracia escolar ao emburrecimento docente. Desde modo a sociedade permane assim: tão decadende que já nem é mais capaz de perceber a própria decadência!Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/17505495503258585576noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-19570758775124394372008-03-02T14:48:00.000+00:002008-03-02T14:48:00.000+00:00PapillonHá um ditado que diz que a "oportunidade c...Papillon<BR/><BR/>Há um ditado que diz que a "oportunidade cria o ladrão" (ou coisa do género). Todas estas práticas, além de não trazem uma mais-valia real ao ensino, favorecem essas actividades, tanto nos professores como nos alunos.<BR/>Outro bom dia para si! :)J Francisco Saraiva de Sousahttps://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-20355544156334429472008-03-02T14:11:00.000+00:002008-03-02T14:11:00.000+00:00Então, mas fala dos professores ou dos jovens?Já n...Então, mas fala dos professores ou dos jovens?<BR/>Já n o entendo... um bom dia para si!E. A.https://www.blogger.com/profile/10998297156907464840noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-15050879170101711722008-03-02T13:41:00.000+00:002008-03-02T13:41:00.000+00:00As práticas: actividades extracurriculares, as vis...As práticas: actividades extracurriculares, as visitas de estudo, os dias dos namorados, as festas de carnaval, as praxes académicas, erasmus... etc.<BR/>E tenho um casal de aves no jardim que não sei identificar! Nunca as vi por aqui. As aves são belas! :)J Francisco Saraiva de Sousahttps://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-14564863968589709502008-03-02T13:19:00.000+00:002008-03-02T13:19:00.000+00:00Sei que as doenças voam, não sei que as práticas d...Sei que as doenças voam, não sei que as práticas de ensino o favorecem.<BR/><BR/>Não só actualmente, mas sempre os jovens "experimentam"; é intrínseco à sua condição. Se eles prolongam a adolescência é porque neste momento há facilidade para tal, mas n quer dizer q n tenham responsabilidade. Têm, pois podem sempre decidir. <BR/><BR/>Nomeei o Porto, por acaso. Não sei, nem pretendo saber a realidade psicológica da classe de professores da cidade invicta.E. A.https://www.blogger.com/profile/10998297156907464840noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-90995905876272653802008-03-02T13:11:00.000+00:002008-03-02T13:11:00.000+00:00Sabe que as doenças voam com muita velocidade e as...Sabe que as doenças voam com muita velocidade e as práticas de ensino criam situações propícias a esses voos.<BR/>Sim, actualmente todos os jovens têm uma fase de experimentação: o problema é quando persistem nela eternamente. A vida escapa-lhes e, quando se apercebem disso, já é tarde. Aliás, em muitos casos nem sequer os podemos verdadeiramente responsabilizar: é a genética a exibir-se num mundo favorável ao efemero.<BR/>Porto, mesmo Porto, deve ser diferente, porque os profs são de outra geração.J Francisco Saraiva de Sousahttps://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-20544270355141677922008-03-02T12:59:00.000+00:002008-03-02T12:59:00.000+00:00Mas, então, referia-se à experimentação? Sim, ela ...Mas, então, referia-se à experimentação? Sim, ela basta como causa de transporte de HIV de Barcelona até ao Porto! Basta uma experiência sexual incauta para se apanhar DST, n é preciso chegar ao "degrego".<BR/>Mas os professores devem saber isto bem, eles ensinam-no. :)E. A.https://www.blogger.com/profile/10998297156907464840noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-33994108483311995582008-03-02T12:50:00.000+00:002008-03-02T12:50:00.000+00:00"Hipocondríaco": não sou nada disso! Mas tem razão..."Hipocondríaco": não sou nada disso! Mas tem razão: raramente alego "razões morais"! As psicológicas e de saúde, sim, recorro a elas frequentemente. Mas, Papillon, quando falo de promiscuidade sexual, não me refiro a experimentação sexual, mas a um estilo de vida degradante em termos sociais e psicológicos.J Francisco Saraiva de Sousahttps://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-38042464715015436552008-03-02T12:44:00.000+00:002008-03-02T12:44:00.000+00:00Ahahahah... vc é maravilhoso!Ao menos, esses profe...Ahahahah... vc é maravilhoso!<BR/>Ao menos, esses professores são cosmopolitas e tiveram bom gosto!<BR/>O F. é um pouquinho hipocondríaco, n é? Porque, quando se refere a promiscuidade sexual, em vez, por exemplo, de apontar razões morais ou psicológicas, aponta somente as consequências eventuais de propagação de doenças!<BR/><BR/>O fazer é essencial no próprio processo de conhecer! Conhecer não é só engolir conhecimento. Os alunos têm de interiorizar o processo de investigação, cumprindo-o. N sei se concordo com Arendt.E. A.https://www.blogger.com/profile/10998297156907464840noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-87697018411102015522008-03-02T12:43:00.000+00:002008-03-02T12:43:00.000+00:00Papillon:"Temos que prepará-los para o mundo, o mu...Papillon:<BR/><BR/>"Temos que prepará-los para o mundo, o mundo que espera deles alguma coisa, claro, mas n esquecer que eles desde sempre estiveram no mundo, portanto, eles têm as suas experiências e são seres pensantes!"<BR/><BR/>Concordo totalmente e penso que tb era isso que Arendt tinha em mente: prepará-los para o mundo e responsabilizá-los pelos destinos do mundo. :)J Francisco Saraiva de Sousahttps://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-34997351080436880182008-03-02T12:32:00.000+00:002008-03-02T12:32:00.000+00:00PapillonArendt vê no excesso de pedagogia burocrát...Papillon<BR/><BR/>Arendt vê no excesso de pedagogia burocrática um modo de ninguém se responsabilizar pelo mundo comum. E no pragmatismo (privilegiar o fazer em vez do conhecer) o modo mais simples de eliminar o ensino. Ela não nega a infância, mas vê na escola um longo processo de introdução das crianças no mundo. Por isso, diz que a questão fundamental da educação é a "natalidade". (Repare que não a estou a defender, mas admiro a sua abordagem da educação).<BR/>Sim, sei muitas coisas sobre o ensino: alugam-me os ouvidos! Aliás, penso que alguns virus da hepatite B ou HIV vieram de Paris ou Barcelona ou... :)))J Francisco Saraiva de Sousahttps://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-7874830898598880812008-03-02T12:21:00.000+00:002008-03-02T12:21:00.000+00:00Algumas notas:Francisco,Falava de sexo entre profe...Algumas notas:<BR/><BR/>Francisco,<BR/><BR/>Falava de sexo entre professores nas visitas de estudo? Ahahah... não sabia! Só tive um episódio (leve) de assédio por parte do prof "porreiro", tb no âmbito de uma visita de estudo. As coisas que o Francisco sabe! :)))<BR/><BR/>Não sei em que contexto Arendt fala sobre a passagem do "mundo das crianças" para para o "mundo dos adultos", mas penso que para tal não haja "iniciações aos Mistérios"! Ou seja, a criança e o adolescente devem sempre ser vistos como tal, com responsabilidades e autonomia próprias e não como adultos em potência. Isto é um erro de leitura, para mim. Não que as instâncias não existam de facto, mas não entendo o ponto de vista do adulto superior ao da criança e ao do adolescente: é isto que nos leva aos equívocos de pensarmos que eles são burrinhos ou ineptos. Temos que prepará-los para o mundo, o mundo que espera deles alguma coisa, claro, mas n esquecer que eles desde sempre estiveram no mundo, portanto, eles têm as suas experiências e são seres pensantes! Para mim não há ponto de maturação, pelos menos, intelectualmente. Por isso o mundo dos adultos não é o mais "verdadeiro".<BR/><BR/><BR/>Manuel,<BR/><BR/>Eu disse "de caca" e não "sobre caca".<BR/>Esse exemplo que deu é claro para provar que os professores deixam de se actualizar e de investigar. (Atento aqui para a generalização abusiva que cometi, porque sei que há professores que detêm realmente o sentido da profissão que desempenham).E. A.https://www.blogger.com/profile/10998297156907464840noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-52135429719155102232008-03-01T19:58:00.000+00:002008-03-01T19:58:00.000+00:00Penso que a "autoridade" do professor depende muit...Penso que a "autoridade" do professor depende muito da sua "real" competência científica, da qual deriva a sua competência pedagógica. Arendt tb diz que a "pedagogia" (profissionalização) constitui um dos factores de crise permanente da educação.<BR/>Os professores reduziram o seu papel a preencher papéis: a aprendizagem morreu. Burocracia que trava a entrada das crianças e dos jovens no mundo comum, o dos adultos, ao mesmo tempo que incapacita os professores. Podemos mesmo dizer: Actualmente, "ser professor é ser incapacitado" ou "deficiente! :(J Francisco Saraiva de Sousahttps://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-83022522409460262232008-03-01T19:53:00.000+00:002008-03-01T19:53:00.000+00:00ManuelÉ isso mesmo: já não se pensa, embora na pap...Manuel<BR/><BR/>É isso mesmo: já não se pensa, embora na papelada dos objectivos apareça sempre este termo "espírito crítico". As planificações das aulas estão repletas destes "erros". O problema é que tb derivam da Universidade: o ciclo está fechado!<BR/>A Papillon usou "caca" noutro sentido, mas de facto poderiamos fazer uma "filosofia da caca de ensino".<BR/>Vejo que domina este assunto do ensino. E se quiser podemos trabalhar no papel da caca no processo civilizacional! :)J Francisco Saraiva de Sousahttps://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-37121566164835413902008-03-01T19:17:00.000+00:002008-03-01T19:17:00.000+00:00É muito pertinente esta dissertação.Deixo-lhe um b...É muito pertinente esta dissertação.<BR/><BR/>Deixo-lhe um bom exemplo do que diz na prática daquilo a que se convencionou chamar "educação ambiental", que está em "alta" e que se limita a promover slogans publicitários que mais não fazem que substituir um cabaz de compras por outro, tido por mais verde.<BR/><BR/>A falta de capacidade de pensamento critico fica bem ilustrada neste exemplo bem fresco de um grupo de professores do 2º ciclo que em contexto de acção de formação sobre EA, tendo-lhes sido pedido que elaborassem um plano de aula sobre uma laranja ( a acção era no Algarve, com profs do Algarve e a laranja também era do Algarve ) o melhor que conseguiram foi elaborar sobre a importãncia da laranja para evitar o escorbuto !!!<BR/><BR/>Portanto, o Francisco diz bem quando refere que a escola não ensina a pensar. Mas pode acrescentar que depois de sairmos da escola também poucos são os que se esforçam nesse sentido. E não é proibido ! Ou será ?<BR/><BR/>:))<BR/><BR/>Papillon,<BR/><BR/>Olhe que um trabalho sobre "caca" tem muito que se lhe diga...nem imagina o que teria de suar se tivesse sido eu a pedir-lhe um trabalho desses...teria que varrer o tema desda a microbilogia à quimica do solo, passando pela produção e aproveitamento do metano, e pelo papel da "caca" em geral no processo civilizacional...:))))<BR/><BR/>Eis um bom tema para um post, Francisco...:))Manuel Rochahttps://www.blogger.com/profile/06353136825479182750noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-39053340405413406032008-03-01T18:45:00.000+00:002008-03-01T18:45:00.000+00:00Concordo muito quando diz que poucos são os profes...Concordo muito quando diz que poucos são os professores que nos marcam, o resto é para passar tempo! :)J Francisco Saraiva de Sousahttps://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-91678427399577412742008-03-01T18:44:00.000+00:002008-03-01T18:44:00.000+00:00Excelente, Papillon.Todos sabemos o que eram e são...Excelente, Papillon.<BR/>Todos sabemos o que eram e são as visitas de estudo: diversão (n sou contra) e, entre os professores, uma oportunidade para algo mais.<BR/>Arendt tem um ensaio sobre educação muito actual e bastante pertinente: o "mundo das crianças" é adiar a sua entrada no verdadeiro mundo, o dos adultos. Os professores não educam nem ensinam, porque perderam o bom senso. <BR/>Ser rebelde é bom! :)J Francisco Saraiva de Sousahttps://www.blogger.com/profile/10426620453669993201noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1892689378416195138.post-16126936018926559442008-03-01T17:07:00.000+00:002008-03-01T17:07:00.000+00:00Gostei da relação contrária entre educação (concen...Gostei da relação contrária entre educação (concentração) e distracção, porque diante da "desmotivação" dos alunos, os educadores criam 1001 maneiras atraentes de "dar a matéria", (pois já nem se trata de ensinar), delegando essa tarefa aos novos dispositivos tecnológicos. <BR/><BR/>Por outro lado, a visita de estudo é um exemplo flagrante! Fez-me lembrar as minhas! E eu como aluna terrível que fui (por isso sou um bom exemplo para esclarecer o fenómeno) digo que, de manhã, para apanhar o autocarro que nos levaria ao destino, já tínhamos as mochilas carregadas de Gold Strike e outros licores benditos. Fala de "encontros sexuais", mas eu e os meus colegas era mais álcool e outros tóxicos que nos faziam "distrair" muito, até ao final do dia, quando regressávamos a casa, felizes pela visita de estudo. :) Não é q esperássemos pelas visitas de estudo para nos "distrairmos", mas sabíamos que era um dia santo. E os próprios professores ignoravam ou eram complacentes, porque a visita de estudo tinha sempre esse cariz: de recreação. :) Os trabalhos q nos eram exigidos acerca da mesma, eram de caca, por isso muita gente durante o dia desaparecia, para reaparecer ao final do dia. Volto a sublinhar que eu era "rebelde", mas n era sozinha!<BR/><BR/>Essa afinidade entre escola e diversão, foi uma equação que desenvolvi bem. <BR/>Talvez por isso perceba a sede dos jovens! Eu n era "desmotivada". Muito pelo contrário! Mas os educadores, ou a sua grande parte, n têm sensbilidade para escutá-los na sua individualidade. <BR/>Eu amansava com muito poucos professores, os que me ficaram na cabeça, que me ensinaram verdadeiramente alguma coisa. <BR/>A energia n deve ser tida como algo diabólico, deve ser reorientada, desenvolvida naturalmente, mas a estrutura da escola actual n o permite: os programas, a pressa de "dar a matéria", "a matéria que sai para o teste", ou seja, aquela que conta, porque o aluno só é avaliado quantitativamente. Ele não passa de uma escala, um número, uma coisa.E. A.https://www.blogger.com/profile/10998297156907464840noreply@blogger.com