Atravesso um período introvertido, ocupando todo o tempo livre a reler e a estudar Hegel e a filosofia clássica alemã. Este é um momento de reflexão sobre a possibilidade de renovar a dialéctica marxista: o objectivo é actualizar o século XIX.
O programa iluminista é paradoxal na sua concretização porque, em nome da educação, liquidou a própria educação. As últimas gerações, pelo menos a partir dos anos 60, são profundamente ignorantes. É por isso que a Europa está em declínio vertiginoso!
No decurso desta minha investigação filosófica, confrontei-me novamente com a obra de Georg Lukács, a qual desenvolve uma teoria sistemática da dialéctica real desde Hegel até Marx: Deve ser a versão mais completa do marxismo.
O confronto Heidegger/Lukács mostra a superioridade filosófica, científica e política de Lukács sobre Heidegger. Heidegger ofuscou todo o desenvolvimento filosófico do século XX: a sua Introdução à Metafísica é um manifesto do nazismo. O Jovem Hegel e A Destruição da Razão de Lukács mostram isso: a estupidez política do camponês chamado Heidegger. Não tenho dúvidas quando considero Lukács o maior filósofo do século XX.
O curioso é que ninguém reconstruíu a demolição do pensamento do ser de Heidegger levada a cabo por Lukács e Adorno: o estudo sobre Hölderlin - o jacobino - de Lukács eclipsa a mitologia nazi de Heidegger.
Estou convencido de que o marxismo não precisa de abandonar a teoria da revolução, a qual implica espírito crítico perante as situações vigentes. Porém esta crítica não pode perder a sua conexão económica, sobretudo nos períodos de consenso no decurso dos quais a luta de classes está adormecida. O erro do velho Horkheimer foi esse: abandonar o impulso revolucionário para se refugiar no consolo idealista-teológico.
O Jovem Hegel do período de Berna sabia que o cristianismo é uma positividade que urge superar: a redenção não é nada perante a revolução. Com estas palavras faço a minha auto-crítica!
O marxismo não é um programa de reivindicações de direitos: o apelo constante aos direitos humanos implica delírio e cegueira cognitiva. Só os indivíduos privados lançados para fora do mundo recorrem aos direitos humanos para perpetuar a sua estupidez. Direitos humanos = Ideologia!
Ó Igor, deixo para ti aqui a postagem que fiz do aniversário da minha cidade. Pinturas do sobrinho e afilhado do escritor Ariano Suassuna. Espero que gostes. http://litteraturamundi.blogspot.com.br/2013/03/476-anos-da-cidade-do-recife-12-de-marco.html
9 comentários:
Atravesso um período introvertido, ocupando todo o tempo livre a reler e a estudar Hegel e a filosofia clássica alemã. Este é um momento de reflexão sobre a possibilidade de renovar a dialéctica marxista: o objectivo é actualizar o século XIX.
O programa iluminista é paradoxal na sua concretização porque, em nome da educação, liquidou a própria educação. As últimas gerações, pelo menos a partir dos anos 60, são profundamente ignorantes. É por isso que a Europa está em declínio vertiginoso!
No decurso desta minha investigação filosófica, confrontei-me novamente com a obra de Georg Lukács, a qual desenvolve uma teoria sistemática da dialéctica real desde Hegel até Marx: Deve ser a versão mais completa do marxismo.
O confronto Heidegger/Lukács mostra a superioridade filosófica, científica e política de Lukács sobre Heidegger. Heidegger ofuscou todo o desenvolvimento filosófico do século XX: a sua Introdução à Metafísica é um manifesto do nazismo. O Jovem Hegel e A Destruição da Razão de Lukács mostram isso: a estupidez política do camponês chamado Heidegger. Não tenho dúvidas quando considero Lukács o maior filósofo do século XX.
O curioso é que ninguém reconstruíu a demolição do pensamento do ser de Heidegger levada a cabo por Lukács e Adorno: o estudo sobre Hölderlin - o jacobino - de Lukács eclipsa a mitologia nazi de Heidegger.
Estou convencido de que o marxismo não precisa de abandonar a teoria da revolução, a qual implica espírito crítico perante as situações vigentes. Porém esta crítica não pode perder a sua conexão económica, sobretudo nos períodos de consenso no decurso dos quais a luta de classes está adormecida. O erro do velho Horkheimer foi esse: abandonar o impulso revolucionário para se refugiar no consolo idealista-teológico.
O Jovem Hegel do período de Berna sabia que o cristianismo é uma positividade que urge superar: a redenção não é nada perante a revolução. Com estas palavras faço a minha auto-crítica!
O marxismo não é um programa de reivindicações de direitos: o apelo constante aos direitos humanos implica delírio e cegueira cognitiva. Só os indivíduos privados lançados para fora do mundo recorrem aos direitos humanos para perpetuar a sua estupidez. Direitos humanos = Ideologia!
Ó Igor, deixo para ti aqui a postagem que fiz do aniversário da minha cidade. Pinturas do sobrinho e afilhado do escritor Ariano Suassuna. Espero que gostes. http://litteraturamundi.blogspot.com.br/2013/03/476-anos-da-cidade-do-recife-12-de-marco.html
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