Catedral do Porto |
Tenho andado tão ocupado que não tenho tempo para vir aqui ao blogue. Não tenho andado aqui porque aproveito todo o tempo livre para reler obras clássicas. O cepticismo foi o impulso que me levou a revisitar as obras clássicas. E devo confessar que estou mais céptico: as obras que ajudaram a formar o meu espírito foram desacreditadas pela sua releitura atenta. Um ser finito como o homem não pode olhar para o mundo com os olhos de Deus: eis o grande erro de toda a nossa tradição! No entanto, tenho pensado em novos textos. Até breve!
5 comentários:
Ando com vontade de atacar a obra de António José Saraiva, o moçárabe português. Aliás, o novo "reality show" da TVI agrupa diversos moçárabes: a cena do Zézinho do Algarve com a convidada brasileira é tristemente mourisca. Uma vergonha nacional! Dá vontade de vomitar!
António José Saraiva - como outros moçárabes - tenta tapar o Sol com a peneira quando recusa a existência de uma filosofia portuguesa cujo pai é Sampaio Bruno. É de tal modo estúpido que afirma não ter havido Progresso em Portugal quando, na verdade, a filosofia de Bruno é uma filosofia do Progresso.
É um abuso chamar "lusitanos" aos portugueses: eu não sou lusitano mas sim portucalense. Dirijo o meu olhar para Norte, isto é, para a Galiza.
Pois que venham novos textos desafiantes, instigantes, inquietantes! Aguardamos por eles!
Sim, ando a pensar nisso e em novos temas!
Ando obcecado com a mecânica quântica na sua eventual relação com o cérebro, para além da retina estimulada por fotões. A doença de Alzheimer pode servir de pivô para esclarecer essa remota ligação. Nunca me preocupei muito com o citoesqueleto dos neurónios; agora vejo nesse arranjo luz para algo mais profundo.
Ando furioso com a interpretação realista da Mecânica Quântica, sobretudo com a de Popper e a sua teoria das probabilidades como propensões. O realismo de Weinberg é escolástico, quase platónico. Por isso, não abdico da interpretação de Copenhaga, a única que abre algum espaço a uma abordagem quântica da consciência.
Quando observamos o cérebro de um doente com Alzheimer, o que vemos são lápides de neurónios mortos. Eccles que era dualista nunca usou a doença de Alzheimer para testar as suas hipóteses. Acho que doenças deste tipo que destroem a citoarquitectura das células nervosas iluminam de certo modo essas hipóteses. O pior é não podermos comunicar com os doentes em estado avançado da doença: O que é feito do seu Eu? Foi destruído com a morte celular ou está incapacitado de agir sobre os mecanismos neurais! Ou melhor, a questão é radical: a degradação da maquinaria neural não implica necessariamente a liquidação da consciência...
Ora, os tratados de Neurociência identificam a Neurofilosofia com a identidade cérebro-mente sem se darem ao trabalho de pensar esta identidade. É esta dificuldade que me leva a olhar para a Mecânica Quântica em busca de outra solução.
Nós portistas adoramos ver o Benfica a perder: a vitória de ontem foi simplesmente fantástica. O Ai Jesus caiu de joelhos e a imprensa ficou muda de tanta estupidez recente.
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