Cidadãos do Porto e do Norte Uni-vos contra o poder central que explora, oprime e deprime o Norte e a Cidade Invicta. Chegou a hora de lutarmos pela nossa auto-determinação e pela nossa independência. Os cidadãos livres do Norte e, em especial, do Porto devem reunir-se e elaborar o Manifesto pela Independência do Norte. O nosso inimigo está identificado: Lisboa explora-nos, oprime-nos, estigmatiza-nos, discrimina-nos, humilha-nos, agride-nos, e tira-nos o orgulho. Lisboa tem uma visão colonizadora, centralista e apropriadora das terras de Portugal: colonizadora, no sentido de se apropriar da riqueza nacional e de a usar em benefício próprio, sem promover a modernização e o desenvolvimento equilibrado do todo nacional; centralista, no sentido de confiscar a palavra aos habitantes das regiões submetidas ao seu domínio, em nome de um Estado unitário que nega a autonomia política dessas regiões; e apropriadora, no sentido de operar a sua identificação com Portugal, condenando os não-lisboetas ao exílio. Na linguagem do Jovem-Marx, podemos dizer que Lisboa aliena Portugal de si próprio, gerando a sua decadência e tornando os portugueses os seus próprios inimigos. O combate desta situação de alienação nacional em que Portugal se torna estranho a si próprio exige a supressão desta visão colonizadora, centralista e apropriadora que Lisboa tem das terras portuguesas. As regiões portuguesas devem lutar pela conquista da sua autonomia política, a única capaz de promover o seu desenvolvimento económico e cultural, e usar o princípio da autodeterminação como arma política para destruir o centralismo lisboeta que condena o país à miséria e à pobreza. Um povo que é explorado e oprimido no seu próprio território por um poder central que lhe é adverso e estranho tem direito a lutar pela sua libertação. O povo das Terras do Norte anseia pela realização do seu sonho diurno: a auto-determinação, isto é, a capacidade de se governar a si próprio e de aplicar a lei a si próprio. Quando os acusaram de querer abolir a pátria, Marx e Engels responderam: «Os operários não têm pátria. Não se lhes pode roubar aquilo que não têm». Tal como a figura filosófica do proletariado de Marx, o povo das Terras do Norte não tem pátria, porque Lisboa lhe negou a pátria quando reduziu a unidade nacional a esta equação colonizadora: Portugal = Lisboa. Uma vez que reclama para si a identidade exclusiva com Portugal, Lisboa tornou-se a capital de si própria, (des)governando o resto do território português como uma potência colonizadora. A conquista da pátria por parte do povo das Terras do Norte implica a conquista do poder político no quadro do todo nacional. O Norte unido luta contra o exílio interior e exterior que lhe impõe Lisboa e, nesta luta pela emancipação, toma consciência de si próprio como uma nação. A luta do Norte unido contra a colonização de Lisboa visa construir uma nova nação: a nação do povo das terras do Norte, que, ao constituir-se como pátria, conquista a democracia, a sua condição política. Na sua luta contra a potência colonizadora, o Norte afirma-se, portanto, como Estado soberano e independente. Depois de ter realizado a descolonização das terras do Ultramar, Lisboa vai ser forçada a descolonizar o próprio território continental, o que mostra o seu fracasso total como capital de Portugal. A luta do Norte contra Lisboa é, pois, uma luta pela descolonização: as Terras do Norte não querem ser colónias de Lisboa; elas querem conquistar a sua autodeterminação. O princípio da autodeterminação permite ao Norte tomar uma posição realista perante a sua opressão pelo centralismo autocrata de Lisboa: exigir a autodeterminação é lutar contra o centralismo que bloqueia o desenvolvimento económico, político, social e cultural do Norte. A Cidade Invicta - em representação do Norte - quer governar-se a si própria, isto é, pertencer-se a si própria e não pertencer a outrem: a autonomia política permitirá reconciliar o portuense - o cidadão do Norte - consigo próprio e com a sua terra, proporcionando as condições necessárias para a realização da modernização e do desenvolvimento económico e cultural do Norte. A luta do Norte pela sua auto-determinação poderá chocar as mentes portuguesas colonizadas pela propaganda pseudo-nacionalista de Lisboa: a concentração e a centralização dos meios de comunicação social na capital foram realizadas com o propósito de colonizar as mentes dos portugueses, levando-os a identificar-se com o opressor. O sentimento nacional é uma ideologia que, emanando da estrutura de dominação que Lisboa exerce sobre o território português, os seus habitantes e os seus recursos, reforça e mantém a própria dominação: a ideologia nacionalista faz no plano do sentimento o que o Estado faz no plano jurídico: procura unificar o que está realmente dividido. Quando interiorizadas pelos mais diversos públicos regionais, as mensagens difundidas pelos mass media de Lisboa submetem e sujeitam esses públicos explorados, oprimidos e esquecidos ao seu domínio, levando-os a aceitar resignadamente a sua servidão e a agir como se fossem livres. Lisboa nunca se libertou das sequelas do tempo do fascismo e a prova disso reside no facto de continuar a difundir a mensagem de que o Benfica é um clube "nacional": os que, não sendo lisboetas, afirmam ser benfiquistas interiorizaram o opressor e identificaram-se com ele, agindo como escravos que contribuem para o engrandecimento da capital em detrimento do desenvolvimento económico e cultural das suas regiões. A identificação com o Benfica é, desde os tempos do fascismo salazarista, um mecanismo de colonização da mente pelo opressor: o oprimido que, quando interpelado, se reconhece como benfiquista, luta pela sua escravidão como se estivesse a lutar pela sua liberdade (Espinosa). A sua liberdade e a sua autonomia são imaginárias, porque o seu ego está completamente submetido e sujeitado ao super-ego: a Lei inscrita em si é a Lei da opressão que Lisboa - a velha senhora autoritária - exerce sobre os portugueses não-lisboetas, como se Portugal fosse Lisboa. O povo do Norte precisa revoltar-se contra este opressor interiorizado e, para isso, deve transgredir a própria Lei que o oprime e que lhe rouba o futuro: a Lei que o submete ao domínio da capital e dos seus símbolos, levando-o a abdicar de si próprio e da sua terra a favor dos interesses regionais de Lisboa. A libertação do Norte exige uma ruptura completa com Lisboa e com os seus símbolos regionais, entre os quais o Benfica. Lisboa - sobretudo o seu clube regional chamado Benfica - é a alienação total, isto é, a clausura sobre si própria que leva Portugal ao desespero. Nota: Bem, este post está a ser lido à letra por alguns sectores sociais da Cidade do Porto, mas aquilo que pretendo deveras destacar é a necessidade urgente de refundar a República Portuguesa, realizando o princípio da autonomia. Porém, concordo com esses sectores quando afirmam que quem manda no Porto são os portuenses. J Francisco Saraiva de Sousa
48 comentários:
Ai, é muito difícil ser alguém em Portugal, porque estamos - cada um de nós - sempre sozinhos - o só de António Nobre. Mas o que me preocupa agora é o desenvolvimento económico, social e cultural do Norte: a autonomia permite pensá-lo e garantir algum futuro para nós que odiamos Lisboa e tudo aquilo que ela representa.
Hummm... Interessante esta ideia de auto-determinação do Norte, porque exige uma revisão dos conceitos da filosofia política. :)
Estaline - sim Estaline era um político inteligente e culto - estabeleceu a evolução feita a partir das regiões independentes até ao Estado unitário, passando pela confederação e pela federação. Ora, Estado unitário é o que sempre tivemos: o objectivo é rejeitar esse Estado unitário defendido por Estaline e opor-lhe o direito à autodeterminação do Norte - um direito que deve ser negociado com a capital, mediante o estabelecimento de um período de transição até estarmos preparados para assumir uma nova identidade nacional e novos símbolos nacionais. A república deve ser vista como uma federação de Estados autónomos, mas como até a regionalização nos foi negada o melhor é cada região tratar do seu destino, dizendo adeus a Lisboa.
Neste caso do Norte, a libertação da opressão lisboeta deve gerar uma nova nação, liberta do estigma que é ser português. Recriar a nacionalidade, imaginando novos termos e novos símbolos. Precisamos inventar um nome para designar a nova nação das terras do Norte, criar o seu hino e a sua bandeira, fazer a sua história e, acima de tudo, gerar um novo futuro. Só depois disto tudo realizado seremos livres, alegres e orgulhosos.
Depois podemos aderir à UE e gerir autonomamente os fundos estruturais, investindo-os nas nossas terras do Norte. A libertação da opressão lisboeta vai trazer-nos ânimo para desenvolvermos a nossa nova nação que poderá ser bilingue.
Vejo a necessidade de reescrever o Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels, mudando-lhe desde logo o título. Vou improvisar...
Encalhei na hermenêutica do texto de Marx, que pretendo ligar ao pensamento de Sampaio Bruno, o filósofo do Porto.
Diz Marx: os operários não têm pátria.
Digo eu: o povo do Norte não tem pátria.
Diz Marx: não se lhes pode tirar o que não têm - a pátria.
Digo eu: Lisboa tirou a pátria ao povo das terras do Norte, já que para ela Portugal = Lisboa. Lisboa é a capital de si mesma, porque Portugal é Lisboa.
Aqui Marx e eu aproximamo-nos, ao mesmo tempo que divergimos na questão internacional: a conquista da pátria implica a luta pelo poder político em termos nacionais. O Norte luta contra o exílio que lhe impõe Lisboa e, nesta luta, toma consciência de si próprio como uma nação. A luta do Norte contra Lisboa visa construir uma nova nação - a nação do povo das terras do Norte. E, ao constituir-se como nação, como pátria, o Norte conquista a democracia, a sua condição política. Na sua luta contra Lisboa, o Norte afirma-se como Estado soberano e independente.
Depois de ter realizado a descolonização das terras do Ultramar, Lisboa vai ter de descolonizar o próprio território continental, o que mostra o fracasso total desta capital enlouquecida e irracional. A luta do Norte contra Lisboa é uma luta pela descolonização: não queremos ser colónia de Lisboa. Queremos autodeterminação. :)
Bah, bah... A ponte que tenho procurado estabelecer entre a alienação e o exílio está um pouco vacilante ao ser confrontada pela luta do Norte contra Lisboa, sobretudo no plano ideológico. Marx diz: o oprimido não tem pátria. Mas esta afirmação ultrapassa o âmbito do Manifesto, pelo menos do texto onde está inserida. A pátria não é sinónimo de nação. Portanto, a leitura que faço da frase exige outra visão do marxismo. E nesta chave posso dizer: o desempregado não tem pátria, o espoliado não tem pátria, etc. Num sistema capitalista, poucos são os que têm pátria, e, com a mobilidade do capital virtual e financeira, a pátria deslocaliza-se...
Enfim, a filosofia para o marxismo ganha novos contornos que precisam ser captados conceptualmente, mas ainda não sei se essa filosofia não implica um outro programa político. A obra de Marx é muito complexa e rica e resiste à sua superação.
Tenho estado em cima dos conceitos nucleares para reformular a crítica: alienação, reificação, fetichismo, exílio, apatridade, sem-abrigo, homeless mind, angústia, identidade, pátria da identidade, casa do homem, etc., mas todos eles reconduzem ao capitalismo - crítica da economia política. Tarefa complicada...
Mas não devo - nem posso - dar um salto para o exterior e contemplar tudo de fora: a crítica exige compromissos empíricos e políticos. Pensar é escolher correr riscos e, para resolver isto, vou fazer diagramas...
A carência de pátria é também falta ou perda de sentido: a monopolização do sentido gera subalimentação.
Até já estou na posse da nova filosofia, mas tal como a vejo neste momento sou levado a desistir, a menos que seja possível introduzir uma ruptura na sociedade. Vejo a catástrofe a aproximar-se e o homem a ser destruído ou a recuar à animalidade. E, neste cenário, a filosofia perde vigência pública como instância produtora de sentido. Não há futuro...
Outra alternativa reside talvez no facto dos meus circuitos neurocognitivos estarem deformados pela leitura que faço da modernidade, mas nesse caso seria necessário apontar os meus erros e esta não é tarefa fácil, porque sou muito dialéctico e não abdico da filosofia como instância suprema de produção de sentido e de orientação.
Ora, quando a filosofia se vê encurralada, ela desvia o olhar e entrega a realidade à violência da mudança em curso. Porém, o que está em vias de se realizar é a dominação destrutiva da humanidade. A ruptura exigida é um tremendo recuo. A dialéctica está preparada para orientar esses recuos que garantam algum futuro à humanidade e à sua aventura. E os recuos exigem o uso de violência.
E vejo esse recuo como um regresso à pátria e, paradoxalmente, neste aspecto, estou próximo de Marx.
Isso ainda é azia pelo banho de bola levado em Londres? :)
Falando mais a sério, acho que o Porto tem outros problemas, mais prementes, que dependem, em muito, dos seus habitantes. O que acha do projecto para o Palácio de Cristal?
A vida do pensamento é um espanto: o conceito de pátria entrou no meu pensamento pela mão de Ernst Bloch e do romantismo alemão. O seu ingresso obrigou-me a reler Marx a outra luz e, após esse trabalho, descubro que essa luz vinha da Escola do Porto. Enfim, nesta teia de conexões fortes, fortemente iluminada por Heidegger, forjei um novo conceito de pátria que pode gerar uma nova filosofia da história e uma nova política.
Olá
O Porto precisa de lideres competentes e lutadores.
O projecto do Palácio é interessante, mas devia ter sido concretizado: a modernização da cidade é fundamental para lhe garantir o futuro. E no Porto há muitos animais estúpidos que bloqueiam tudo, como se gostassem viver no lixo.
O FCPorto foi um desastre! :(
Os habitantes do Porto, quando bem orientados, estão prontos a alterar as coisas: o problema aqui reside na falta de lideres competentes e ousados. O povo portuense anseia por mudanças e é bastante inteligente e independente. Mas as elites são fracas e culturalmente muito ignorantes.
E os defeitos que aponto às elites da Invicta são generalizados às elites nacionais: um bando de tontos fora de prazo. E, apesar da derrota pesada de ontem, não deixei de gostar do FCPorto. Pelo contrário, sou mais portista hoje do que fui ontem! :)
Ah, quanto ao post, o seu tema não deriva dessa derrota em Londres: encaro-o como uma possibilidade teórica que ouso pensar para dar voz ao povo e para ajudá-lo a construir um futuro melhor.
E nós portistas somos rápidos a aprender com as derrotas e a preparar a mudança já decidida.
O último parágrafo pretendia usar a teoria da ideologia de Alhusser, aplicando-a ao nacionalismo, mas a linha condutora deste post convida à rebelião: a ideologia que constitui os indivíduos como sujeitos deve ser destruída pelos próprios sujeitos constituídos como portugueses. O objectivo é impedir que os homens "lutem pela sua escravidão como se estivessem a lutar pela sua liberdade" (Espinosa). A liberdade não pode ser vista como ilusão.
Porém, Espinosa, que formulou o problema número 1 da filosofia política - a servidão em vez da libertação, diz que o medo contém o homem para que este combate pela servidão como se fosse pela salvação. Ora, o medo que contém o homem leva a outra leitura do funcionamento da ideologia.
Em termos abstractos, a dificuldade é resolvida pela introdução do conceito de identidade, tanto na esfera ideológica, como na esfera da consciência e da sua auto-alienação. No caso do centralismo, a ideologia produz um efeito de exclusão mesmo quando tenta conquistar a obediência, ou seja, a servidão em vez da libertação. Ora, é nesse efeito que se revela o antagonismo...
A brincar, descobri uma via para desconstruir a nacionalidade portuguesa, mas não é isso que pretendo realizar: o problema teórico que me preocupa é a ideologia e a possibilidade de pensar a revolta. Ora, a teoria de Althusser é pessimista, porque não permite escapar à prisão ideológica interiorizada. Porém, esta teoria assenta numa leitura errada de Lacan, donde resulta que Althusser produziu uma ideologia do ego em vez de uma ideologia do sujeito. Se recorrermos a Freud, vemos que a liberdade pode transgredir a própria Lei - o Sujeito que é diferente do Outro de Lacan - da qual é, segundo Althusser, um efeito imaginário. Quando as exigências impostas pelo super-ego se tornam insustentáveis, o ego pode revoltar-se, como viu Freud. Ora, é essa possibilidade da revolta regional contra Lisboa que chamou a minha atenção neste post e nos comentários aqui feitos. Podemos continuar a fazer política... :)
Outro problema teórico é saber se as noções de ideologia - como questão da classe dominante impor a sua consciência à sociedade ou como questão das estruturas materiais do capitalismo - podem ser conciliadas numa única teoria. Ora, esta dualidade habita a obra de Marx e toma a forma de outro problema - o fetichismo da mercadoria e a alienação. As duas noções podem ser articuladas historicamente: a primeira é atribuída ao período revolucionário do capitalismo e a segunda ao seu período tardio-decadente.
Sem o demonstrar, usei a alienação na sua conexão com a consciência, portanto, como auto-alienação que implica a perda de si próprio e do seu lugar no mundo. Depois insinuo que esse fenómeno é gerado pela interiorização da Lei que sujeita os não-lisboetas à ordem central. E a sujeição foi pensada em termos de colonização. A autonomia permitiu-me introduzir a revolta. Mas preciso teorizar isto em termos abstractos para poder empreender a tarefa da autodeterminação. :)
Mas há um outro convidado, um convidado teológico: a teoria da alienação pode ser vista como uma versão antropológica - no sentido filosófico - da doutrina do pecado original. A alienação é queda, é decadência..., mas este aspecto já foi tratado no último post que dediquei à escola do Porto, onde tematizo a desobediência.
http://www.publico.pt/Cultura/um-so-auditorio-nao-chegou-para-a-ultima-aula-do-filosofo-jose-gil_1426574
Bem vão todos embora! Se isso significasse uma revolução no departamento seria óptimo! Mas continua sempre a pestilenta opus dei e a filosofia-linguistico-literária.
Ya, Opus Dei é uma praga nacional: daí da Nova chegam até aqui para reuniões com os de cá! Mataram os cursos de Filosofia, esses reaccionários.
Ah, finalmente já tenho aliados na Galiza e em Castela: uma grande aliança para a libertação! :)
Sempre houve uma ligação entre Porto-Salamanca, Porto-Vigo, Porto-Santiago, Porto-Corunha, Porto-Zamora, e assim sucessivamente. Neste vasto território, somos uma pátria, cidadãos da mesma casa! Esta casa é o nosso ninho, onde podemos ser livres e prósperos, sem as tontices de Lisboa.
Aliás, aqui a malta do Porto e dessas regiões vizinhas fomenta o turismo na nossa zona, incluindo as suas praias. E é assim que deve ser - evitar os deslocamentos para sul. Concentrar tudo no nosso norte comum. :)
Se surgisse no Porto um lider sem partido que falasse esta linguagem ao povo, teria apoio total: o povo do Porto quer libertar-se de vez de Lisboa - esse enorme coveiro da alegria.
As praias do Porto? Deve ser porque nao tem dinheiro para ir para o Sul.
Estou a ir para a Grécia!!! A ver se consigo fazer um pouco de praia e curar esta maldita constipação!:(
Da Galiza até à Figueira existem muitas praias e bem interessantes.
Pessoalmente, acho a praia uma seca: não consigo estar muito tempo na praia, porque é perda de tempo e a vida é mais bela fora das praias congestionadas.
O PS tem quase maioria absoluta nesta última sondagem: o BE, o PCP, o CDS e o PSD descem vertiginosamente. :)
O Porto tem pouca praia porque construiu em cima dela, mas a zona litoral é sempre animada, sobretudo no verão.
Mas politicamente não sou apologista de um país de turistas para turistas: o turismo não é futuro. O turismo é uma doença.
As praias são todas iguais umas às outras: a praia é uma espécie de alienação narcisista do vazio. O turismo é o vazio do homem de hoje: um homem que não sabe o que fazer com o tempo, um homem que se perdeu para o conhecimento e para a acção. As praias são territórios do vazio e do tédio.
Ora, é esse vazio que está a arruinar o Ocidente...
Eu adoro praia e mar. Sim, é o vazio. Mas esvaziar faz bem.
E há praias congestionadas e praias não congestionadas, tem de saber escolher. A zona da costa vicentina e sudoeste algarvio é maravilhosa, um dos nossos paraísos. E como são zonas naturais protegidas, n houve construção desregrada. Senão conhece, tem de ir. É tão bom ler na praia, namorar na praia, mergulhar, nadar, brincar na areia, apanhar conchinhas, escalar as rochas, apanhar ondas, tentar apanhar peixinhos, enfim, eu sou do mar. :)
Estou farto de conhecer as praias vicentinas e outras tantas: uma semana de praia chega. Ler na praia? Um pouco complicado por causa da luz e da areia, a menos que esteja num lugar protegido. :)
Os namoros de verão são passageiros. :)
Ya, as praias periféricas - não congestionadas - são mais agradáveis que as praias centrais. Tenho um estudo sobre isso e em ligação com os comportamentos sexuais, mas é muito extenso para o editar aqui, e não estou com cabeça para fazer um resumo. Estou cansado deste Inverno. :(
E claro nas praias periféricas podemos fazer nudismo... :)
Aconselho vivamente a leitura desta obra de Henri Lefebvre:
A Sociologia de Marx.
Abre perspectivas novas para fazer filosofia para o nosso tempo indigente. Aliás, há um conjunto de obras que merece ser traduzido e trazido à nossa presença. Nós só podemos desbloquear o futuro resgatando essas obras e articulando os seus conceitos nucleares: abandoná-los e substituí-los por jogos de palavras é desistir do próprio pensamento. E é isto que aconteceu desde que o neoliberalismo gritou triunfo!
E hoje a nossa tarefa é exclusivamente filosófica: teoria filosófica é tudo o que precisamos. As ciências sociais devem ser dissolvidas. Filosofia, filosofia, filosofia é o que precisamos para enfrentar os desafios deste tempo terrível.
Isso de o pessoal do Norte só passar férias nas praias do Norte é engraçado.
Nas poucas vezes que vou ao Algarve, vejo sempre por lá muita gente do Norte. A menos que sejam agentes de Lisboa, a fazer-se passar por nortenhos :)
Quanto à sua união Norte-Galiza-Castela, suscita-me uma dúvida. lembrando-me da música do Caetano Veloso, onde ele dizia "a minha pátria é a minha língua".
Neste caso, como se faria? Uma língua comum, um híbrido PortoGalaicoCastelhano?
E eu a pensar que a malta do Porto andava pelas américas e suas ilhas! Claro que tb vão para o sul, mas convém investir no turismo do Norte, para garantir riqueza e emprego.
Ah, seria uma região bilingue...
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