Hoje (8 de Outubro) na RTP1 Fátima Campos Ferreira moderou o debate entre os cinco candidatos à presidência da Câmara Municipal do Porto: Elisa Ferreira (PS), Rui Rio (PSD-PP), Rui Sá (CDU), João Teixeira Lopes (BE) e João Valente Pinto (PCPT-MRPP). O debate foi deveras interessante e Rui Rio - o actual Presidente da CM do Porto, foi completamente arrasado pelos seus adversários políticos. Como aglutinou em torno de si todas as críticas das oposições descontentes com os magros resultados obtidos durante oito anos consecutivos de má governação, Rui Rio irritou-se, mostrando a sua faceta agressiva, autoritária e desagradável. Rui Sá que o conhece de perto acusou-o de ter implementado, depois da conquista da maioria absoluta neste seu segundo mandato, aquilo que o PSD atribuía ao governo central - a asfixia política na cidade do Porto. Os restantes candidatos confirmaram este clima de medo que se vive na cidade do Porto: Rui Rio não tolera a oposição e, quando esta o irrita, corta os subsídios camarários, tal como o fez em relação à Associação do 25 de Abril ou em relação aos agentes culturais ou mesmo aos munícipes que procuram fazer ouvir a sua voz nas assembleias. A prova directa deste mau temperamento ocorreu durante a transmissão deste debate eleitoral: Rui Rio ameaçou ir embora e abandonar o debate, porque a crítica o irrita, provocando-lhe ira e um ou outro comportamento infantil, tal como o de fazer queixinhas à moderadora do debate. Rui Rio: Um homem sem cultura democrática e com mau temperamento governou os destinos da cidade Invicta durante oito longos e sombrios anos, apresentando-se nestas eleições para renovar a sua maioria absoluta. Os dirigentes do PSD que tudo fizeram para impedir que o PS obtivesse maioria absoluta nas eleições legislativas exigem nestas eleições autárquicas maioria absoluta. Afinal, as maiorias absolutas são desejáveis quando os beneficiam em detrimento dos adversários políticos: a credibilidade do PSD como força política desmorona-se com a duplicidade de critérios. Elisa Ferreira, Rui Sá e João Teixeira Lopes desmistificaram a estratégia laranja: a maioria absoluta reforçou o tique autoritário de Rui Rio que inventou uma clausula ou regra para retirar os subsídios a todos os agentes culturais que não estivessem em conformidade com o espírito laranja. O resultado desta "política de perseguição" - quase esquizofrénica - foi o esvaziamento da cidade do Porto, como lembrou Elisa Ferreira: além da perda de habitantes - 16 habitantes por dia (Rui Sá), o Porto perdeu agentes culturais que se deslocaram para outras cidades da zona metropolitana do Porto, perdeu instituições centrais que se deslocaram novamente para Lisboa, deixou escapar investimentos e empresas para as áreas circundantes, tais como o Corte Inglés, e perdeu poder financeiro. Como disse Elisa Ferreira, o Porto está a definhar e tudo isso por causa da gestão desastrosa e terrível de Rui Rio (João Teixeira Lopes) e à imposição da "lei da rolha" (Elisa Ferreira). A hostilização dos agentes culturais e criativos, o impedimento da crítica e o esvaziamento do Porto-centralidade pelas áreas metropolitanas envolventes ou mesmo por Lisboa são sinais evidentes do fracasso de Rui Rio como Presidente da CM Porto. Rui Rio converteu o Porto no seu próprio feudo que quer governar silenciando as oposições e não escutando os cidadãos portuenses. A levar a sério as acusações de Rui Sá ou de João Teixeira Lopes, podemos dizer que Rui Rio é o Alberto João Jardim do continente, aliás uma personagem elogiada por Manuela Ferreira Leite. João Teixeira Lopes vai mais longe quando falou de uma espécie de fascismo laranja, cujo rosto se mostrou no caso de corrupção do BPN. Ora, todos os cidadãos livres e independentes do Porto conhecem os efeitos negativos deste fascismo laranja: quem não dança a música do PSD não arranja facilmente emprego, tanto nas instituições públicas como nas instituições privadas, mesmo que seja mais competente que os rapazes e as raparigas do PSD. O povo portuense sabe bem que o PSD é o partido dos burrecos arrogantes, mas esse facto não constituiria problema se os burrecos se limitassem a ser meros militantes do PSD: o pior é que esses burrecos laranjas açambarcam todos os centros de decisão, condenando a cidade ao atraso estrutural e à inércia. O PSD é cada vez mais o partido dos burrecos oportunistas, autoritários, arrogantes e malcriados! No decorrer do debate, ficou evidente que de todos os candidatos Rui Rio é o único que não tem uma verdadeira perspectiva da cidade. Perante o diagnóstico terrível (João Teixeira Lopes) que os outros fizeram dos seus oito anos de governação, Rui Rio afirmou que se recandidata ao terceiro mandato com "a mesma estratégia", incluindo desta vez a inclusão social, precisamente aquilo que não soube promover nos mandatos anteriores. Elisa Ferreira lembrou-lhe que ele não tinha realizado as obras que prometera concretizar nos outros mandatos, tais como o Parque da Cidade, o Parque do Oriente, o Palácio de Cristal, a Praça de Lisboa ou o Mercado do Bolhão. Rui Sá lembrou-lhe que, sem inclusão social e condições dignas de vida dos seus habitantes, o Porto está condenado a perder competitividade, como se verificou nestes últimos oito anos. A sua política de reabilitação dos bairros sociais não foi bem sucedida, porque no Porto continuam a haver "ilhas" escondidas por casas senhoriais degradadas que ainda não têm saneamento. Elisa Ferreira acrescentou que muitas dessas obras de recuperação foram realizadas com o apoio financeiro do poder central socialista. João Teixeira Lopes lembrou-lhe que não tem poder judicial e que não tem autoridade para criticar a subsídio-dependência, dado não ter feito nada para promover o desenvolvimento económico da região. Rui Sá constatou que Rui Rio pretende privatizar os equipamentos públicos da cidade que estão ao dispor dos cidadãos para promover a sua qualidade de vida. Os outros candidatos endossaram esta acusação: Rui Rio cede o património da cidade a privados, com prejuízo para os seus habitantes. Mas aquilo que mais evidenciou a ausência de perspectiva da cidade de Rui Rio foi o seu projecto para o Bairro do Aleixo: a demolição por causa da droga e da segurança. A noção de Rui Rio de bairro social exclui a construção em altura. Ora, se juntarmos a este preconceito atávico a proibição de construções no Parque da Cidade, ficamos a compreender que o pensamento de Rui Rio sobre desenvolvimento urbano é claramente antimodernista. O problema da droga e da segurança não se resolve com a demolição do bairro do Aleixo: Rui Rio usa essa desculpa para levar a cabo uma política de privatização, com o objectivo de construir condomínios fechados ridículos e rasteiros, privando os cidadãos portuenses e os turistas desse espaço nobre da cidade. A cidade do Porto não se reduz ao seu centro histórico: a centralidade histórica do Porto deve ser reforçada por novas centralidades modernas. Rui Rio nega a modernização do Porto, porque é contra a construção em altura, é contra o alcatrão, é contra a criação de novos espaços verdes, é contra as instituições culturais, é contra a abertura de novas avenidas, é contra o São João do Porto, é contra o investimento, é contra as grandes empresas, enfim é contra a construção de um futuro próspero. Ser antimoderno é, de certo modo, ser "fascista": o exemplo de Barcelona causa náusea a Rui Rio, que tudo fez para atrasar o desenvolvimento económico, social e cultural da Cidade Invicta, negando-lhe toda a centralidade no contexto do Norte ou mesmo no contexto nacional. Rui Rio não é um promotor da inclusão social, mas sim um construtor da exclusão social. Rui Rio não apresentou um projecto de futuro para o Porto: "Porto, Cidade do Turismo", "Porto, Cidade do Ensino Universitário", "Porto, Cidade da Cultura", "Porto, Cidade ligada ao centro da Europa", "Porto, Cidade do Trabalho", "Porto, Centro Financeiro", "Porto, Espaço Público de Qualidade", foram algumas ideias avançadas pelos candidatos da oposição, em especial por Elisa Ferreira, sobre as quais Rui Rio ficou completamente mudo. Às palavras de ordem do programa de Elisa Ferreira - Trabalhar, Habitar e Viver, Rui Rio opôs o seu realismo da pobreza e da miséria. Elisa Ferreira não lhe perdoou este realismo da pobreza, confrontando-o insistentemente com a questão de saber o que ele tinha feito nestes últimos oito anos. Ora, como é o presidente da CM do Porto sem OBRA, Rui Rio irritou-se e passou à agressão verbal, sendo desautorizado nesse comportamento por João Teixeira Lopes: o poder de punir pertence aos tribunais e não a Rui Rio. Porém, toda a governação de Rui Rio pode ser vista como uma punição: Rui Rio puniu o Porto, Rui Rio puniu os cidadãos portuenses e portistas, enfim Rui Rio ODEIA a Cidade do Porto. Embora diga ser a favor da regionalização, pelo menos quando procura caçar votos, Rui Rio é claramente contra a regionalização defendida por Elisa Ferreira: Rui Rio governou o Porto não para servir os cidadãos portuenses, mas para agradar aos lisboetas e, como diz Elisa Ferreira, aos benfiquistas. A centralidade do Porto no contexto europeu e mundial é uma noção estranha à mente encarnada de Rui Rio, que nada disse sobre a ligação do Porto ao mundo, através do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, dos dois portos - Leixões e Aveiro (João Valente Pinto), da construção do terminal de cruzeiros no porto de Leixões e da linha de TGV que ligará o Porto à Corunha e ao centro da Europa. Um Porto ultra-moderno e cosmopolita, limpo e orgulhoso: eis a mensagem de Elisa Ferreira que irrita profundamente o conservadorismo de direita encarnada de Rui Rio! O Porto vai votar nestas eleições autárquicas em Elisa Ferreira, porque está cansado do autoritarismo de Rui Rio e da sua gestão desastrosa dos destinos da cidade do Porto. A herança que os portuenses recebem destes dois mandatos de Rui Rio é um Porto envelhecido, sujo, pardacento, pobre, derrotado, destruído, abandonado, inseguro, humilhado, triste, deprimido, feio, esburacado, submisso a Lisboa, sem ânimo e sem futuro, sem competitividade e sem qualidade de vida. O rumo de futuro que tinha sido imprimido ao Porto pela brilhante governação modernizadora de Fernando Gomes e Nuno Cardoso refluiu com Rui Rio: o Porto perdeu competitividade, centralidade e dignidade, a cultura portuense foi maltratada e, não satisfeito com todos estes danos causados à Invicta, Rui Rio entrou em conflito com o FCPorto, a única instituição da cidade que lhe dá prestígio internacional. Elisa Ferreira soube decifrar o sentido macabro da estratégia de promoção nacional de Rui Rio: Rui Rio usou a hostilidade aberta contra o FCPorto e o seu Presidente - Jorge Nuno Pinto da Costa - para promover a sua imagem como protagonista nacional, talvez pensando vir a assumir a liderança do PSD nacional. O ataque ao FCPorto foi pensado para gerir a sua imagem como homem político, adepto dos diabos encarnados. Fingindo ou simulando uma separação entre o futebol e a política, Rui Rio conquistou os adeptos do Benfica e, para todos os efeitos, aqui no Porto ele é visto como um amigo do Benfica, o que faz dele um inimigo da cidade do Porto e do FCPorto. É preciso muito descaramento encarnado para apelar ao voto de uma população maioritariamente portista. Rui Rio foi completamente abandonado pelas classes médias do Porto que confiaram nele na sua primeira eleição, mas neste momento a sua presença como homem do leme da CM do Porto é desagradável. A única marca de prestígio do Porto no mundo continua a ser o FCPorto que Rui Rio hostilizou, sem no entanto ter dado aos portuenses outras marcas de prestígio internacional. Rui Rio está absolutamente sozinho: o povo portuense e portista não o admira. Votar em Rui Rio é votar na pobreza da Cidade Invicta e na morte pobre: Rui Rio é o coveiro do Porto que usa o poder local para lançar a sua candidatura nacional. O futuro do Porto foi sacrificado para que Rui Rio projectasse a sua imagem no contexto nacional. Rui Rio deixa atrás de si um Porto sujo e pobre, sem obra, para agradar aos lisboetas encarnados. Tal como os cavalos inúteis, Rui Rio deve ser abatido nas urnas com os tiros dos votos dos portuenses e dos portistas: abater Rui Rio deve ser a prioridade da esquerda portuense. O Partido Socialista nacional devia ter dado mais apoio a Elisa Ferreira e promovido atempadamente uma grande coligação de esquerda, com o objectivo de derrotar a direita portuense reaccionária. Se queres ser livre no Porto, vota em Elisa Ferreira. J Francisco Saraiva de Sousa
5 comentários:
O Porto está a ser asfixiado pelo fascismo laranja. Já regresso para comentar o debate moderado por Fátima Campos Ferreira sobre as autárquicas do Porto. Tenho pena que a esquerda não tenha feito uma coligação para derrotar a direita asfixiante nestas eleições. Vota no PS; caso contrário, seremos humilhados e vencidos aqui no Porto! :(
O PSD é uma desgraça aqui no Porto/Norte! A nossa pobreza deve-se à gestão danosa dos autarcas do PSD - o fascismo laranja que mostrou o rosto no caso do BPN!
Se queres ter qualidade de vida e futuro aqui no Porto, vota contra Rui Rio e a aliança de direita fascizante! Abaixo a direita que empobrece o Norte e que presta vassalagem a Lisboa, isto é, ao poder central. Se queres verdadeira regionalização, vota em Elisa ferreira! :)
Portuenses e portistas:
É preciso abater Rui Rio nas urnas e votar em bloco em Elisa Ferreira. O Porto merece outro futuro. O tempo escasseia e chegou a hora de decidir: votar na mudança é votar em Elisa Ferreira. :)
Elisa ferreira é uma mulher formidável: Ela faz a campanha sozinha sem o apoio do PS do Porto. De certo modo, é mesmo uma candidatura independente que, se for vencedora, é uma derrota merecida do PS do Porto, repleto de figuras burrecas, decadentes, oportunistas e meio-corruptas.
Vota em Elisa Ferreira para derrotar o PS do Porto e a sua má direcção política.
Desforra-te de José Sócrates e da sua alma encarnada e vota em Elisa Ferreira, a mulher que lhe vai fazer frente, exigindo autonomia e desenvolvimento para o Porto.
Lembra-te: Rui Rio arruinou-nos, humilhou-nos e deixou-nos de tanga. Derrota-o nas urnas e vota em Elisa Ferreira! :)
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