Hoje (12 de Outubro) o debate Prós e Contras - moderado por Fátima Campos Ferreira - foi dedicado à análise das relações entre política e jornalismo, tendo como convidados Henrique Monteiro (Expresso), José Manuel Fernandes (Público), João Marcelino (Diário de Notícias) e Paulo Baldaia (TSF), no palco, bem como José Alberto Carvalho (RTP), André Freire, Joaquim Vieira (provedor do Público), Paquete de Oliveira (provedor da RTP) e Salvador Cunha (consultor de comunicação), na plateia. O título do debate é demasiado filosófico e merece ser pensado como uma explicitação filosófica da actividade jornalística nas suas relações com a política. Pelo menos, tinha a intenção de fazer o comentário deste debate entre agentes da comunicação a partir da perspectiva alargada da filosofia da comunicação, de modo a clarificar os conceitos articulados no seu título, mas a segunda parte do debate trouxe a lume um caso mediático que assombrou a campanha eleitoral legislativa: o caso do email, mais precisamente a suposta vigilância da Presidência da República por parte do governo, de resto um caso bem conhecido dos portugueses. Com este caso, que minimizou o problema das sondagens, o título clarifica-se completamente: dúvidas e notícias sobre a suposta vigilância mas nenhum "facto" - no sentido empirista estabelecido por Claude Bernard - que confirmasse a notícia publicada pelo Público um ano antes das eleições legislativas e retomada durante a campanha eleitoral pelo mesmo jornal dirigido por José Manuel Fernandes. A discussão deste caso eclipsou a ideia básica ventilada na primeira parte do debate: a suposta autonomia do jornalismo em relação ao poder, em torno da qual se articula a ideologia espontânea dos jornalistas. Os jornalistas são seduzidos por esta ideia que, numa versão mais trabalhada teoricamente, toma a forma do jornalismo e da comunicação social como "quarto poder", isto é, como um poder estranho ao poder político que pode e deve ser usado para o controlar. A ideologia espontânea dos jornalistas é muito sedutora do ponto de vista profissional, visto dotar aparentemente a classe dos jornalistas de unidade social própria e de consciência de classe profissional: o jornalista atribui a si próprio poderes, em especial o super-poder de controlar os restantes poderes, que efectivamente não tem. A ideia de quarto poder e da sua autonomia é uma ilusão ideológica: o poder da comunicação social inscreve-se nos aparelhos ideológicos de Estado, não sendo portanto um poder exterior ao poder político - simbolizado neste post pela imagem do Palácio do Freixo (Porto) - ou mesmo ao poder económico. Penso que José Alberto Carvalho traduziu este conceito quando definiu o jornalismo como "espelho e reflexo da sociedade". Porém, a sociedade é uma totalidade negativa e, como tal, é dilacerada por antagonismos sociais. Ora, se a sociedade não é uma unidade sem conflitos, o jornalismo que a reflecte espelha necessariamente esses conflitos que dilaceram a sociedade. Não há nem pode haver jornalismo isento ou neutro em relação aos conflitos sociais, como mostrou o caso das supostas escutas, porque, no seio de uma sociedade antagónica, a neutralidade significa tomar partido pela conspiração em curso, favorecendo os interesses dos conspiradores em detrimento dos interesses das vítimas de uma tal conspiração. Em Portugal, predomina na esfera pública o princípio de desconfiança, que José Alberto Carvalho reconduz à suspeita generalizada entre os portugueses de que os jornalistas manipulam as notícias. Embora tenha usado o princípio de desconfiança para caracterizar negativamente um clima de manipulação das notícias, José Alberto Carvalho não fechou as portas à sua utilização como princípio da suspeita justificada, até porque, como reconheceu, as notícias são desde logo manipuladas pelas grandes agências de comunicação ou de imagem, as quais são controladas pelo poder político e económico. A tese do princípio de desconfiança interpretada na sua dimensão positiva - não meramente descritiva - desmente cabalmente a teoria ideológica, portanto pré-científica, do jornalismo como quarto poder: a notícia inscreve-se na teia das relações de poder e da luta política e, por isso, está sujeita à manipulação ideológica. A inscrição material da notícia nos aparelhos ideológicos de Estado ou nos mecanismos do poder possibilita criticar um outro aspecto fetichista da ideologia espontânea dos jornalistas: a noção de que a produção da notícia resulta de um processo de elaboração cientificamente conduzido, como se o jornalismo de investigação fosse uma prática científica. O recurso à ciência para reforçar a credibilidade da notícia é, ele próprio, uma prática ideológica, isto é, um modo ou procedimento usado pelo ideologia dominante para conservar a sua hegemonia, garantindo o consentimento de todos os membros da sociedade ao seu domínio. Embora seja um agente da dominação, o jornalista tem o seu próprio espaço de manobra, pelo menos nas sociedades democráticas: desenvolver o espírito crítico, tomando partido na luta hegemónica a favor do interesse superior da emancipação e do fortalecimento da sociedade civil. Se os homens adquirem consciência da sua posição social no terreno das ideologias em conflito, o jornalismo crítico deve contribuir para a formação de uma autoconscência crítica dos seus leitores, de modo a levá-los a fazer parte de uma força hegemónica que lhes permita desenvolver uma concepção do mundo coerente e unitária e a optar racionalmente pela realidade objectiva, isto é, pela realidade que é verificada por todos os homens que se entregam à busca cooperativa da verdade. Dado ser um organizador das notícias, o jornalista crítico estabelece com os seus leitores uma relação pedagógica, cuja finalidade é fortalecer e desenvolver os leitores, de modo a prepará-los para a transformação do mundo exterior. O jornalismo político reflecte os antagonismos sociais e políticos, até porque as suas fontes são geralmente políticas. O caso da suposta vigilância dos membros da Casa Civil da Presidência da República por parte do governo ou dos Serviços Secretos revela como os sectores conservadores procuraram manipular as notícias durante o período da campanha eleitoral, de modo a servir os interesses da Direita retrógrada, em especial do PSD. Os jornais da Direita - Público e Expresso - e os seus directores prestaram-se a servir os interesses da Direita conservadora: José Manuel Fernandes publica uma notícia que carece de fundamento factual, isto é, de prova - porque uma suspeita não prova a existência efectiva de vigilância -, e Henrique Monteiro, que recebeu o célebre email que revelava a fragilidade, ou melhor, a natureza ideológica dessa notícia, resolve não o publicar para não estragar o jogo da Direita, isto é, a campanha política do PSD montada em torno da acusação de que o governo socialista estava a promover a asfixia democrática. Ambos os jornalistas converteram um "suspeita ideológica" de um membro da Casa Civil do Presidente da República num "facto político" consumado: o estado de ânimo ideológico do assessor era e é a única "prova" da existência da vigilância, o que significa que não há verdadeiramente prova. A neutralidade do jornalismo corporativista defendida por José Manuel Fernandes e Henrique Monteiro revela a sua verdadeira face: um jornalismo que produz "factos ideológicos" com o objectivo de favorecer a ideologia dominante na sociedade capitalista, ajudando o PSD a conquistar o poder político. Ora, se uma fonte fabrica uma notícia falsa para prejudicar o adversário político, neste caso particular o PS, cabe ao jornalista crítico denunciá-la e foi o que fez João Marcelino quando decidiu publicar parte do email que o Expresso não quis publicar por razões puramente ideológicas. Quando são desmistificados e apanhados com as cuecas nas mãos, os conspiradores de Direita tendem a recorrer a argumentos de natureza jurídica e moral: José Manuel Fernandes e Henrique Monteiro acusaram o seu "colega" de profissão - João Marcelino - de ter violado a correspondência privada (argumento jurídico) e de não ter sido solidário com o director do Público (suplemento moral da ideologia jurídica). Henrique Monteiro recorre a um argumento de autoridade, que irritou profundamente Paquete de Oliveira, com o qual pretende inferiorizar o jornalismo desportivo que João Marcelino exerceu antes de passar para o jornalismo político: os seus 30 anos de carreira garantem-lhe a sua própria autoridade. Com a ironia que lhe é própria, José Alberto Carvalho, que não aprecia a velha argumentação moralista, recorreu ao código deontológico dos jornalistas para mostrar que a notícia originária das escutas não devia ter sido publicada, visto que não foi provada por um "facto" que corroborasse a suspeita - infundada - do assessor da Casa Civil. Paulo Baldaia que tomou a defesa de João Marcelino corrobora a perspectiva de José Alberto Carvalho: Adiar a publicação do email para depois das eleições, como pretendia fazer Henrique Monteiro, seria ser cúmplice de uma terrível mentira que beneficiava a campanha negativista do PSD, dando credibilidade pública à sua falsa tese da asfixia democrática. Henrique Monteiro é de tal modo elíptico que defendeu a ideia de que a política está a esvaziar-se de conteúdos, mas esta é uma ideia da Direita que não quer assumir publicamente a sua identidade política e ideológica. O jornalismo é, ele próprio, um campo de batalha, como confirmou este debate entre jornalistas, onde se confrontam dois tipos de práticas jornalísticas que não são alheias aos interesses em conflito. José Alberto Carvalho denunciou a sacralização da política, isto é, dos meros jogos formais de poder que inibem o jornalista de colocar a sua actividade ao serviço do esclarecimento e da emancipação. Afinal, um jornalista também é um cidadão empenhado na luta contra as forças que bloqueiam a libertação. Sem esta dimensão política - o compromisso político com a verdade, o jornalismo torna-se cativo da ideologia dominante. André Freire não teve coragem para sacar esta conclusão do debate, preferindo destacar a responsabilidade do Presidente da República em todo este caso, aliás um assunto consensual neste debate. Ao não desmentir as escutas e as suspeitas do seu assessor, o Presidente da República alimentou a tese da asfixia democrática até ser confrontado com declarações de alguns membros do PS e a publicação do email privado que o levaram a demitir o seu assessor. J Francisco Saraiva de Sousa
17 comentários:
Francisco,
infelizmente vi apenas os últimos dez minutos do programa de ontem do Prós e Contras; sei que costuma ver com assiduidade e não resisti para ao menos debater aqui no seu blogue.
Ora, quanto ao chamado quarto poder, bem, acho que o Francisco disse o essencial, mas quer-me parecer que o fundo mais controverso dessa questão - e não quero dizer nenhum disparate, ou incorrer em algum erro de palmatória tão próprio de mim - é que os factos que geram a notícia são de uma ordem estritamente natural... Bem, é um pensamento rudimentar, devo confessar; mas a falta de exactidão - ou os "erros" propriamente ditos; aqueles em que incorremos no encontro ao entendimento - é que possibilitam a margem de manobra aos críticos. No fundo, os jornalista possuem esse sobejo poder - o quarto poder, diga-se - porque têm a faculdade de traduzir os "sinais". Não admira que isso aconteça quase exclusivamente em Praça Pública. E que os implicados sejam quase sempre os corruptos.
Do espaço sideral,
Goggly
Goggly
Sim, os jornalistas têm efectivamente poder, mas esse poder inscreve-se - digamos - na materialidade dos próprios aparelhos ideológicos de estado, sejam públicos ou privados, cuja unidade é garantida pela ideologia dominante.
No entanto, procurei seguir outro rumo, tentando explicitar aquilo a que chamo ideologia espontânea dos jornalistas. O debate de ontem fornece alguns elementos para realizar tal tarefa, mas preciso de mais tempo para pensar. Um facto estabelecido ontem é o papel forte dos consultores da comunicação que, em termos de salários, superam a condição de jornalista, segundo disseram ontem. Ora, essas grandes agências são controladas pelo poder estabelecido. De resto, tentei destacar a luta pela hegemonia cultural... Há sempre um poder contra-hegemónico e as mudanças podem assim ser realizadas.
No entanto, procurei desmistificar uma ideia do agrado do PSD - a suposta neutralidade da imprensa. Ora, isso é falso, porque sabemos que o Público, o Expresso ou mesmo a SIC, para não falar da TVI, exprimem os interesses da Direita que não gosta de ser identificada como direita. Mais vale tomar claramente partido do que simular essa falsa neutralidade: a esquerda deve estar atenta a estes sinais do poder ideológico.
Basta ler o post deste articulista reaccionário - inimigo da rtp - para compreender o que está em jogo: o fim do monopólio que o PSD tinha na comunicação social.
Eis o post
http://espectivas.wordpress.com/2009/10/13/a-promiscuidade-entre-a-politica-e-os-me%c2%aedia/
Ai, fico lixado quando vejo um reaccionário a querer pensar, como se tivesse cérebro! Mas afinal somos nós os vencedores, nós marxistas! :)
Francisco,
quando disse que você havia dito o essencial, eu disse-o na verdade com toda a justiça, mas constato que alardeei sobre um assunto deveras insignificante - isto, perante a perspectiva que o Francisco tomou -, pelo que peço encarecidas desculpas. Mas sim, li o seu artigo e achei muito interessante.
Na vasta região do espaço sideral,
Goggly.
Goggly
Tenho estado a pensar no problema da justiça, tal como tem sido colocado pela filosofia moral contemporânea, que ainda não teve uma resposta marxista séria.
Curiosamente neste debate da justiça e da racionalidade prática, o marxismo já tem uma tradição - este é um facto novo. O desenvolvimento que leva a esquerda até ao pensamento nómada deve ser criticado. Bem sei que alguns marxistas tentam ler Marx à luz desse pensamento, mas sinceramente não vejo essa ligação.
Hoje em dia é muito difícil pensar, porque está tudo muito complexo, mas essa é a função da filosofia. Sim, a prática jornalística merece mais atenção, porque anda desorientada em termos de teoria. :)
A retórica do consenso começa a irritar-me; desconfio do consenso.
Deleuze e Derrida devem ser submetidos à crítica...
O Pedro deixou este comentário no meu post antigo - "Fernando Pessoa: o Poeta das Trevas", que reproduzo aqui:
"Fernando Pessoa... concordo e também o acuso de reaccionário, disse muitas das maiores imbecilidades que já vi em literatura, mas também vi precisamente o contrário na sua obra heterónima. Ele escreveu um dia no seu auto-retrato caracterizando-se anti-socialista e anti-comunista, mas também escreveu o facto de ser anti-fascista. Ele não era nada, agora é um grande poeta para os portuguesas segundo aprendemos na escola. No estrngeiro ainda há dificuldade em ser aceite precisamente pelo facto das suas controvérsias o deixarem muitas vezes em más interpretações e outras numa falta de filosofia. O mesmo digo de António Nobre. Coisa que não aconteceu com Antero de Quental que fora um homem de pouca aparência, e por isso menos falso, com um intelecto para além da sua época. Para mais não fosse a filosofia dos modernistas de Lisboa que por muito tetmpo vi ser a única da época em Portugal, estava muito abaixo do nível daqueça que desprezada fez erguer o Porto na instauração da Répública, e continuou durante os anos seguinte. Exmplo disso é Ângelo Jorge, quase desaparecido e tão pouco ser conhecido, que, mesmo se literáriamente era pouco interessante, apresentou uma filosofia de vida muito mais proóxima daquela por quem muitos intelectuais actuais tomam caminho. E essa questão da ideologia, de a ter ou não, são mais imbecilidades de Pessoa, como também desse jogo medíocre em que caíram de quem gosta ou não do poeta. A ideologia é uma forma rígida, polar e sectarizante? A falta dela é resignação, conmodismo e por isso nada? Ora as duas são verdades, a questão é onde está a filosofia? A de Fernando Pessoa era pobre. A poesia é rica nos heterónimos, nos espasmos contra a guerra de Álvaro de Campos, no anti-catlicismo de Alberto Caeiro, por exemplo, e isto porque com forma, mas sem conteúdo um poema não pode ser mais que um poema fraco. A estética, a técnica e a ética são os príncipios para que a arte se reúna em si mesma e se constitua.
Eu já li tudo quanto encontrei de Fernando Pessoa, e considero também uma mentalidade mesquinha por detrás de toda a falta de capacidade creativa. Para mais não seja um frustrado que utilizou isso como pretexto para representar todas as frustrações da sua época e dos anos seguintes até agora. Olhai os estudantes portuguesas e poderão ver que a maior parte deles são o reflexo da pouca poesia que conhecem, embanhados numa falta de intelectualismo, enfrascando-se em alcóol sem fins esperados, levantando pastas que benzem em igrejas, e vestidos como na idade média com capas demarcando a elite "intelectual" daquela do "macaco" que é o operário que ao menos sabe cultivar batatas melhor que comprar congelados para meter no micro-ondas e sandes de atum quando estão de ressaca para ir às cantinas universitárias. Esses doutores são os nossos engenheiros, os nossos banqueiros, os nosso ministros, os nossos representantes, e onde é que fica Pessoa no meio disto tudo sabendo que o "modesto" poeta que superaria Camões estava consciente de que também não eram muitos na época a saber ler e escrever e dos poucos que sabiam, estes estavam repletos de propagandas, guerras partidárias, religião, e no povo o anarco-sindicalismo expandia e punha em causa a república? Ora deixa-me lá não ser de nenhum, agradar toda a gente e provocar um bocadinho de tempos a tempos. Para mais não falar no amigo que mais o promoveu, Almada Negreiros, que era paupérrissimo de filosofia pois se condicionou a um nacionalismo provinciano que ainda vinha de Teixeira Pascoaes. Pessoa só foi conhecido mais tarde durante o fascismo ee ultra-valorizado a partir dos anos 80quando os portugueses já não têm uma India, uma Angola, um Cabo Verde para explorar, e pequeninos não sabemos para onde nos virar. Pessoa não sabia para onde se virar, mas tinha um desejo de glória como todo o nosso Portugal."
Depois disso escrevi outros dois posts sobre Fernando Pessoa e outros sobre a "escola do Porto" - Guerra Junqueiro, Teixeira de Pascoaes, etc., e um sobre Antero de Quental. Penso que estes posts vão ao encontro das preocupações do Pedro. :)
Três notas para o Pedro:
1. Infelizmente desconheço o pensamento de Ângelo Jorge, mas vou tentar recolher informação.
2. O "nacionalismo" de Pascoaes é hermeneuticamente contornável, até porque ele pensa o futuro de Portugal em molde grande e talvez pouco provinciano.
3. A escola do Porto possibilita pensar uma filosofia em língua portuguesa, desde que se use muita violência hermenêutica para contornar os seus elementos atávicos e provincianos. Tenho tentado fazer isso em relação a Guerra Junqueiro e a Pascoaes, por exemplo.
Ah, concordo absolutamente com a crítica que o Pedro faz aos estudantes universitários. :)
"Ângelo Jorge (1883-1922) foi um escritor português nascido a 4 de Setembro de 1883 na cidade do Porto. Foi para o Brasil aos nove anos e ai, ainda em terna idade dedicou-se ao jornalismo. Regressou a Portugal em 1901 começando a colaborar em vários jornais. Escreveu poesia, ficção e ensaio. Também fez traduções."
Sim, Lisboa exerce uma hegemonia terrível sobre Portugal, usando o ensino, a media e os currículos, para nos colonizar a mente. Por isso, devemos lutar pela regionalização total. E dizer NÂO à hegemonia saloia de Lisboa que atrofia a mente e a nossa economia. :)
Sr.,
Vou aparecendo! :)
Segui o link e adorei o vídeo, os blacks são mesmo votados para a música e a dança! Para o ritmo! O tal, dionisíaco! ;)
Olá Else
Também sou capaz de EMIGRAR; vamos ver as condições que me dão! :)
Eu tb queria emigrar, mas só pro deserto...
Pra quem n conheça, ultimo post aqui http://ipsons.forumeiros.com/geral-open-f1/cinema-t82-15.htm
:P
Sr
No deserto faz muito calor durante o dia, mas os paises árabes preferem profissões meramente técnicas: pesquisa fundamental e filosofia soa-lhes mal. :)
Já tive contactos com árabes, mas sou muito rebelde e seria uma experiência muito safada.
Ainda vou acabar por fazer outra pesquisa de terreno num outro país, apesar de ter prometido a mim mesmo não regressar ao terreno. Ah, mas fico com casa aqui no Porto e virei cá muitas, muitas vezes, espero. :)
Aliás, não consigo imaginar-me fora do Porto durante muito tempo... Mas estou habituado a mudar de território.
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