Vai chegar o tempo em que cada um de nós desejará estar morto...
... o desejo será mais radical: o desejo de não ter nascido. A humanidade regrediu paradoxalmente no meio da abundância. O homem não presta: deram-lhe alguma dignidade e eis de regresso o animal.
O capitalismo é o grande inimigo, mas o socialismo nunca foi alternativa saudável. Não temos saída pensada.
E se a pobreza regressar já não vamos conseguir sair dela. Aliás Portugal nunca chegou verdadeiramente a sair dela.
Criámos um problema com a educação. Platão tinha razão: todos são necessários mas cada um no seu galho.
Os portugueses vigarizam o Estado... Sabemos isso - de cima e de baixo. Tanto roubaram que estamos à beira da pobreza feia. Eles pensaram que o dinheiro caia do céu... Além disso, em Portugal nunca foram os competentes os vencedores: os portugueses odeiam o mérito e a honestidade. Eles admiram os vigaristas.
A morte é mais digna do que a pobreza.
O que me preocupa é o facto da nova geração não estar realmente preparada, mas este problema já abrange diversas gerações. Nada é verdadeiramente novo em Portugal...
E há outro problema: a China, a Índia, a América latina já não alimentam o nosso modelo, o que quer dizer que conflitos mundiais podem estar no horizonte. A natureza revolta-se contra o homem e os homens lutam uns contra os outros. Não vejo futuro bom. E o pior é que a democracia ajudou a criar uma sociedade inviável...
A paz sempre foi podre desde o império romano que caiu nas mãos dos bárbaros que serviam no seu exército. E nós ocidentais vamos cair...
As guerras renovam, criam mobilidade, libertam-nos do excesso populacional, fomentam a economia, dão objectivos às pessoas, aglutinam-nas em torno de um projecto, etc. Os europeus pensaram uma sociedade de velhos como se fossem a última geração. Roubaram o futuro aos novos e eis que não temos futuro: longevidade nunca foi projecto de sociedade. O nascimento é política. A mortalidade é anti-política. Só uma catástrofe natural nos pode abrir o horizonte: as pessoas precisam morrer... muitas a morrer para dar espaço aos outros viáveis. Sem essa ajuda exterior imprevista não vejo futuro...
2 comentários:
Vai chegar o tempo em que cada um de nós desejará estar morto...
... o desejo será mais radical: o desejo de não ter nascido. A humanidade regrediu paradoxalmente no meio da abundância. O homem não presta: deram-lhe alguma dignidade e eis de regresso o animal.
O capitalismo é o grande inimigo, mas o socialismo nunca foi alternativa saudável. Não temos saída pensada.
E se a pobreza regressar já não vamos conseguir sair dela. Aliás Portugal nunca chegou verdadeiramente a sair dela.
Criámos um problema com a educação. Platão tinha razão: todos são necessários mas cada um no seu galho.
Os portugueses vigarizam o Estado... Sabemos isso - de cima e de baixo. Tanto roubaram que estamos à beira da pobreza feia. Eles pensaram que o dinheiro caia do céu... Além disso, em Portugal nunca foram os competentes os vencedores: os portugueses odeiam o mérito e a honestidade. Eles admiram os vigaristas.
A morte é mais digna do que a pobreza.
O que me preocupa é o facto da nova geração não estar realmente preparada, mas este problema já abrange diversas gerações. Nada é verdadeiramente novo em Portugal...
E há outro problema: a China, a Índia, a América latina já não alimentam o nosso modelo, o que quer dizer que conflitos mundiais podem estar no horizonte. A natureza revolta-se contra o homem e os homens lutam uns contra os outros. Não vejo futuro bom. E o pior é que a democracia ajudou a criar uma sociedade inviável...
A paz sempre foi podre desde o império romano que caiu nas mãos dos bárbaros que serviam no seu exército. E nós ocidentais vamos cair...
As guerras renovam, criam mobilidade, libertam-nos do excesso populacional, fomentam a economia, dão objectivos às pessoas, aglutinam-nas em torno de um projecto, etc. Os europeus pensaram uma sociedade de velhos como se fossem a última geração. Roubaram o futuro aos novos e eis que não temos futuro: longevidade nunca foi projecto de sociedade. O nascimento é política. A mortalidade é anti-política. Só uma catástrofe natural nos pode abrir o horizonte: as pessoas precisam morrer... muitas a morrer para dar espaço aos outros viáveis. Sem essa ajuda exterior imprevista não vejo futuro...
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