A necrofilia é uma parafilia que, apesar de ter desafiado a imaginação dos pioneiros da sexologia, levando-os a procurar uma explicação para esta estranha atracção sexual pelos cadáveres, caiu praticamente no esquecimento: a escassez de estudos científicos actualizados testemunha esse esquecimento. No período clássico da sexologia, a necrofilia foi incluída muitas vezes no sadismo. Porém, como nos casos de necrofilia não há rigorosamente nenhum sofrimento imposto ou recebido, não podemos inclui-los no sadismo ou no masoquismo: os cadáveres não impõem e não recebem sofrimento, e os sádicos sexuais não desejam matar as suas vítimas mas apenas controlá-las. Pelo facto do estímulo sexual poder derivar do choque emocional do contacto com um corpo morto, Havelock Ellis preferiu inserir os casos de necrofilia na categoria mais ampla de algolagnia. O termo algolagnia foi forjado por Schrenck-Notzing para designar a conexão entre a excitação sexual e o sofrimento, sem referência à sua diferenciação em forma activa e em forma passiva: a forma activa é o sadismo - a excitação sexual associada ao desejo de infligir sofrimento físico ou moral ao objecto da excitação, e a forma passiva é o masoquismo - a excitação sexual ligada ao desejo de ser subjugado fisicamente e humilhado moralmente pela pessoa que desperta a emoção. Quer sejam activas ou passivas, reais ou simbólico-imaginárias, as acções que constituem a algolagnia fornecem uma satisfação adequada do impulso sexual e asseguram a detumescência sem necessidade de coito. Freud operou a fusão do sadismo com o masoquismo, encarando este último como sadismo voltado contra o próprio eu. No entanto, Havelock Ellis abriu outra via ao reconhecer a possibilidade de incluir os casos de necrofilia no grupo mais vasto do fetichismo erótico, ligando-os ao vampirismo. O futuro da pesquisa das parafilias depende muito do esclarecimento do fenómeno do fetichismo erótico e da sua ligação estrutural à sociedade capitalista. O meu informante de campo preferido - o JL - gostava de me confrontar com casos sexuais bizarros e, numa noite quente de verão, apresentou-me a Maria dos Caixões, aquela "bicha louca" que frequentava assiduamente os bares e as discotecas gay da cidade do Porto (ou de Lisboa?), em busca de novos parceiros sexuais. A Maria dos Caixões não sabia que eu já conhecia todo o seu historial sexual, nomeadamente aquilo a que ela chamava a sua "fantasia erótica": acariciar os órgãos genitais dos cadáveres masculinos, esfregar-se contra os seus corpos frios e fazer sexo com outros homossexuais dentro dos caixões. Ela olhou para mim e segredou-me ao ouvido: «Já tinha reparado em ti e fiquei interessada em te conhecer, mas não me ligaste nenhuma...». O JL interrompeu o gesto atrevido da Maria dos Caixões, dizendo-lhe que eu era o seu "namorado" - o meu procedimento oculto em acção no terreno - e que estava unicamente interessado em conhecer em pormenor a sua atracção sexual por cadáveres. Para podermos conversar calmamente sobre a sua necrofilia sexual, saímos da discoteca e fomos para a rua. A Maria dos Caixões era um homem homossexual efeminado que trabalhava na Agência Funerária do seu pai: a sua homossexualidade revelou-se quando ela descobriu que se excitava sexualmente ao ver os órgãos genitais dos cadáveres do sexo masculino. Há aqui uma associação que parece explicar a sua necrofilia sexual, mas não é preciso recuar no tempo até um determinado período crítico de desenvolvimento para verificar que indivíduos criados longe dos cadáveres podem ficar incomodados com a visão dos órgãos genitais dos mortos. Nas Faculdades de Medicina, os cadáveres são frequentemente identificados e nomeados pelos estudantes em função de certas características dos seus órgãos genitais. Alguns estudantes reconhecem que podem ficar ligeiramente excitados ao fixar a atenção sobre os órgãos genitais dos mortos, não porque sintam atracção sexual pelos cadáveres, mas porque começam a fantasiar e a pensar em sexo. A Maria dos Caixões foi mais longe: ela desejou acariciar os órgãos sexuais masculinos dos mortos que vestia e, com o decorrer do tempo, acabou por os levar à boca e fazer sexo oral. E, quando estava segura de que não podia ser surpreendida por um olhar punidor, despia-se e esfregava o seu corpo e o seu pénis erecto contra o corpo frio do morto, até ejacular e atingir o orgasmo. Na altura, ao escutar a descrição destas cenas de comércio erótico com os cadáveres, fiquei chocado, porque via à minha frente uma pessoa muito doente que, em breve, iria fazer a derradeira viagem para junto dos "seus" mortos. Infelizmente, não voltei a conversar novamente com a Maria dos Caixões: a Sida e as doenças oportunistas que já eram visíveis mataram-na poucos dias depois. O caso da Maria dos Caixões não se enquadra na moldura clínica dos casos clássicos de necrofilia sexual: a Maria dos Caixões não era um psicopata heterossexual que, sendo rejeitado pelas mulheres, recorria aos cadáveres para saciar o seu desejo sexual, violando os seus corpos e mutilando-os, como no famoso caso de necro-sadismo de Sergeant Bertrand. O necro-sadismo de Bertrand começou com a fantasia de maltratar as mulheres, imaginando mais tarde que as mulheres eram cadáveres frios: as mutilações dos cadáveres não visavam infligir crueldade, mas sim aumentar a sua excitação emocional. O diagnóstico de psicose proposto por Richard Krafft-Ebing aplica-se a este caso de Bertrand, que acreditava estar a infligir a maior humilhação às suas vítimas femininas sem vida, e aos casos em que os necrófilos sexuais violam sepulturas ou assassinam pessoas para satisfazer a sua perversão, mas não se aplica à Maria dos Caixões que, dado ser um homossexual passivo, nunca pretendeu humilhar os mortos que encontrava naturalmente nos necrotérios da cidade e na sua agência funerária. Ela descreveu o uso sexual que fazia dos mortos como um "abraço erótico": ao esfregar o seu corpo contra os corpos dos cadáveres e ao sugar os seus pénis mortos, ela aquecia-os, dando-lhes vida. A sua fantasia - ou obsessão? - erótica com os mortos era efectivamente um fetichismo erótico: a Maria dos Caixões não só se excitava com os corpos masculinos mortos, com os quais obtinha gratificação sexual, como também precisava levar os homens vivos que engatava nos bares ou nas ruas para a agência funerária, onde era brutalmente "possuída" dentro de um caixão. O que a Maria dos Caixões me relatou foi confirmado pelos seus parceiros sexuais que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente, antes e depois do nosso único encontro. Depois dos jogos sexuais premilinares, incluindo sexo oral como preliminar do sexo anal, a Maria dos Caixões levava-os para dentro de um caixão, pedindo-lhes que se deitassem, para que ela pudesse "cavalgar sobre eles". Este seu "fetiche sexual" justifica a sua alcunha "Maria dos Caixões": "Maria" porque era uma "bicha passiva", e "dos Caixões" porque fazia sexo dentro de um caixão. Poucos eram os seus parceiros sexuais que conheciam a sua real atracção sexual pelos mortos, mas aqueles que a testemunharam ficaram sexualmente excitados quando viram a Maria dos Caixões a acariciar os órgãos genitais dos mortos. O caso da Maria dos Caixões e dos seus parceiros sexuais permite-nos distinguir dois tipos básicos de manifestações da necrofilia: a necrofilia sexual que é o desejo manifestado pelo homem - heterossexual ou homossexual - de estabelecer relações sexuais ou outro tipo de contacto sexual com os cadáveres do sexo atractivo (1), e a necrofilia não-sexual que é o desejo de manipular, de se aproximar e de examinar pela visão os cadáveres e, particularmente, o desejo de os desmembrar e de os esquartejar, algumas vezes associado à necrofagia. No seu estudo exaustivo de casos de necrofilia, H. von Hentig (1964) refere como exemplo de necrofilia os actos de contacto sexual com o cadáver de mulher ou de homem, como mostra o nosso caso (1), a excitação sexual produzida pela visão de um cadáver (2), a atracção sexual por cadáveres e túmulos e objectos vinculados aos túmulos (3), os actos de esquartejamento de um cadáver (4) e o desejo de tocar ou de sentir o cheiro de cadáveres ou de algo pútrido (5). A parafilia necrófila da Maria dos Caixões era exclusivamente sexual e, numa perspectiva psicanalítica, está provavelmente associada ao erotismo anal. Embora fosse dotada de um pénis avantajado (18 cm), a Maria dos Caixões raramente fazia uso dele nas relações sexuais que tinha com os seus parceiros sexuais vivos e mortos: usava-o apenas nos seus actos masturbatórios solitários e necrófilos, sem nunca ter tentado ou desejado penetrar analmente um cadáver. As relações homossexuais tendem a ser afectivamente pouco gratificantes para os parceiros passivos: a atenção erótica está totalmente concentrada sobre os parceiros activos, que usam os parceiros passivos para intensificar o seu prazer sexual sem retribuição afectiva. A passividade confirmada destes homossexuais efeminados - como a Maria dos Caixões - presta-se ao seu uso como objectos sexuais, até que chega finalmente o momento da verdade: o seu isolamento emocional e social, em tudo idêntico ao das vítimas de violência doméstica. Os parceiros sexuais da Maria dos Caixões chamavam-lhe "bicha louca". O CP - um homossexual masculino paraplégico que testemunhou o seu fetichismo necrófilo - repetia frequentemente esta frase: «A Maria dos Caixões não é bicha ou mesmo bichona, mas tricha.» O termo "bicha" é usado pelos próprios homens gay para designar e estigmatizar a homossexualidade passiva e promíscua dos homossexuais efeminados e hiperefeminados que vivem a sua homossexualidade como se fossem "mulheres": o traço estigmatizado não é tanto a passividade sexual, mas sobretudo a feminilidade exibida. A homossexualidade agitada da Maria dos Caixões embaraçava publicamente os seus reais e potenciais parceiros sexuais: as suas "bichices" eram efectivamente desconcertantes e justificavam o estigma que lhe atribuíam. "Bicha louca" é a expressão usada pelos homens gay para designar aqueles "sindicalizados" que "andam sempre à caça de sexo" e de novos parceiros sexuais nos "ambientes". No entanto, chamar "bicha louca" à Maria dos Caixões era nomear não só a sua promiscuidade sexual predatória, mas sobretudo a sua atracção sexual por cadáveres e o seu fetichismo necrófilo. Nem todos os parceiros sexuais da Maria dos Caixões tinham verdadeiro conhecimento da sua atracção sexual necrófila e dos seus actos de contacto sexual com os cadáveres do sexo masculino, mas todos eles conheciam bem o seu fetichismo necrófilo: eles fizeram sexo com ela na agência funerária da família, de preferência dentro de um caixão e, nalguns casos, na presença de cadáveres, cujos órgãos genitais eram previamente observados, avaliados e manipulados. A visão de cadáveres e o cenário funerário não induziam inibição sexual nos parceiros sexuais ocasionais da Maria dos Caixões; pelo contrário, eles ficavam de tal modo excitados emocional e sexualmente que praticavam cópula anal bruta com a Maria dos Caixões a sofrê-la. E, para todos os efeitos, eles exibiram uma forma muito atenuada de necrofilia: a visão dos órgãos genitais dos cadáveres do sexo masculino e as "brincadeiras" em seu torno libertavam a sua imaginação erótica e incrementavam a sua excitação sexual. Nestes breves momentos de "loucura sexual", muitas vezes alimentados pelo álcool, a Maria dos Caixões sentia que não estava sozinha no mundo com a sua estranha atracção necrófila. O caso da Maria dos Caixões é muito idêntico ao caso de um italiano relatado por J.P. de River: a única diferença importante reside na orientação sexual. O homem heterossexual italiano, que exercia as funções de coveiro em Milão, começou a masturbar-se com a idade de 11 anos e, quando se encontrava sozinho, tocava os cadáveres de mulheres sem vida, jovens e bonitas, enquanto se masturbava. Mais tarde passou a ter relações sexuais com os cadáveres de raparigas. Quando foi viver para os USA, arranjou um emprego de lavador de cadáveres numa agência funerária da costa oeste e recomeçou a sua prática sexual necrófila, algumas vezes no caixão sobre as mesas, onde os corpos eram lavados. Além de praticar penetração vaginal, o italiano usou a boca nas partes pudendas dos cadáveres e sugou os seus seios. T. Spoerri e Von Hentig partilham a opinião de que a necrofilia é muito mais frequente do que se supõe. Por razões de ordem prática, esta parafilia encontra muitas poucas oportunidades de satisfação: os únicos indivíduos que têm livre acesso aos cadáveres e a possibilidade de satisfazer explicitamente o seu desejo necrófilo são os coveiros e os funcionários das agências funerárias. A Maria dos Caixões e o homem italiano referido são provenientes desse grupo profissional: ambos cresceram e desenvolveram-se em contacto próximo com cadáveres e, o que parece ser mais importante, ambos começaram a masturbar-se tocando os cadáveres. Com o recurso à descoberta do imprinting por Lorenz (1935), Chr. Meves (1967, 1971) conjecturou que a homossexualidade era um exemplo especialmente evidente de imprinting sexual no homem: a homossexualidade humana pode ser explicada - segundo Meves - por influências do ambiente, em especial do ambiente familiar, sofridas pelas crianças entre o 4º e o 7º anos de vida. Durante esse período de vida, anterior ao início funcional das gónadas, as crianças recebem as impressões que determinam a sua vida adulta, isto é, as percepções e as sensações que serão atraentes para elas nas relações com os seus futuros parceiros sexuais. Este imprinting geral que grava e fixa os traços gerais do futuro parceiro sexual ocorre geralmente em situações não-eróticas: a fixação a um parceiro individual ou a objectos e situações especiais - o imprinting sexual - ocorre unicamente no estado de excitação sexual. A homossexualidade seria assim a fixação firme e irreversível a parceiros do mesmo sexo provocada por acontecimentos ocorridos durante a excitação sexual. Desmond Morris utilizou o conceito de imprinting defeituoso para explicar a fixação homossexual e as parafilias: «Se a primeira experiência sexual da vida de um indivíduo é poderosa e resulta de encontro íntimo com um membro do mesmo sexo, pode desenvolver-se rapidamente a fixação a esse sexo. Se dois rapazes adolescentes começam a lutar ou praticam qualquer brincadeira sexual e têm ejaculação, isto pode produzir imprinting defeituoso» (Morris). Porém, apesar de ser sedutora, a hipótese etológica de Meves carece de suporte empírico. Os casos da Maria dos Caixões e do homem italiano desmentem cabalmente a hipótese do imprinting sexual: cada um deles tocou apenas os cadáveres do sexo atractivo, o primeiro acariciou os cadáveres do sexo masculino, em especial os seus órgãos genitais, e o segundo tocou os cadáveres de raparigas bonitas. A Maria dos Caixões já era um homem pré-homossexual - com uma clara preferência sexual pré-definida - antes de ter tocado os cadáveres: ela foi desde logo movida pelo poderoso desejo de ver e de tocar os órgãos sexuais dos cadáveres masculinos, permanecendo indiferente à visão dos órgãos genitais femininos. E, se a excitação sexual provocada pelo contacto sexual com os cadáveres determinou a sua fixação firme e irreversível a cadáveres do sexo masculino e o seu fetichismo necrófilo, esta fixação necrófila não a impediu de procurar mais tarde a companhia de parceiros vivos: a grande obsessão sexual da Maria dos Caixões que a levou à morte precoce era curtir pénis de parceiros mortos e vivos, em cenários funerários. A hipótese do imprinting sexual fracassa completamente na explicação da orientação sexual, como já vimos aqui, mas não podemos descartá-la quando procuramos compreender algumas parafilias e perturbações hipersexuais, tais como o fetichismo sexual, o fetichismo travestido, o exibicionismo, o frotteurismo, o masoquismo sexual, o sadismo sexual, o voyeurismo, a escatologia telefónica, o parcialismo, a necrofilia sexual, a zoofilia, a pedofilia, a cropofilia, a clismafilia, a urofilia, a masturbação compulsiva, a dependência da pornografia, o cibersexo, a dependência do sexo telefónico, a promiscuidade sexual e a hipoxifilia (Krueger & Kaplan, 2001). J Francisco Saraiva de Sousa
25 comentários:
Bem, este post vai demorar a ser concluído, porque eu só conheço um caso de necrofilia e este único caso não se coaduna com outros casos clínicos relatados. Todo o post estará sujeito a alterações contínuas.
Ah, a Maria dos Caixões é o nome que darei ao indivíduo homossexual que sentia essa atracção sexual por cadáveres. Irei dizer que ele é do Porto, mas pode ser de outra cidade: não vou evidentemente identificá-lo. Aliás, ele já morreu...
Bah, este post vai dar trabalho: o caso devia ter sido relatado no relatório 33 mas não o encontrei. Sei que já tinha relido esse relatório e é provável que tenha deslocado o caso para outra secção, para lhe dar mais atenção.
Redescobri o caso de um homossexual paraplégico: ambos os casos fazem parte do número de mortos da minha pesquisa. Penso que os participantes nas sessões que organizei já morreram quase todos com sida.
Agora compreendo porque tenho adiado a análise deste caso: sem uma patologia evidente, é muito difícil explicá-lo. Enfim, devemos procurar compreender, em vez de condenar e punir. Vou fazer um esforço nesse sentido. Afinal, nem penetrou os cadáveres: a sua obsessão eram as pilas, curtir todas as pilas mortas e vivas.
A teoria do imprinting parece explicar estas perversões sexuais, mas neste caso teria uma dupla-perversão: a homossexualidade e a necrofilia. Se dissociarmos as duas, considerando a homossexualidade determinada por mecanismos biológicos, podemos explicar a necrofilia sexual usando o mecanismo do imprinting: a primeira excitação sexual consumada da MC ocorreu enquanto brincava com a pila de um morto.
Que nojo.
Ya, é um pouco nojento mas não é caso único. E há casos mais preocupantes que este...
Quantas vezes já repetiste homossexual este mês?
Muitas e vou repetir mais, porque vou dedicar um post a um paraplégico que já morreu, mas facilitou muito a minha pesquisa.
Além disso, em tempos de crise devemos nomear a Morte e lembrar a mortalidade e a caducidade do mundo dos homens.
Infelizmente, não tive tempo para compreender melhor a Maria dos Caixões que não era o monstro que parece ser aqui...
Olá, Francisco! Que história desconcertante! Sem dúvida, o caso Maria dos Caixões merece atenção e um estudo aprofundado.
Apesar de atuar como psicólogo há certo tempo, não deixo de me surpreender com a extensão das taras humanas.
Olá André
Ya, tarada era ela, mas não era má pessoa: a necrofilia sexual dela não era ofensiva, apenas bizarra. É um caso complexo, porque ela tinha contactos com o mundo vivo que gostava de levar para o seu cenário.
mt gosta o francisco de desenterrar estas coisas ahah
btw, alguem como o Bataille é uma verdadeira enciclopedia nestas coisas o.O
Ya, mas Bataille não satisfaz a mente analítica e científica: é mais um discurso para consolar a mente iludida consigo mesma. :O
ui, ui... Estive com uns amigos que criaram uma empresa criativa e suspeito que dá mais trabalho que lucro. A vida está terrivelmente mal: vamos todos passar mal por causa das más políticas neoliberais. :(
Afinal, andamos todos a viver dentro deste caixão que é Portugal.
A bichona homofóbica maluca anda aterrorizada com a possibilidade de haver mulheres com pénis e homens com vaginas. Que gajo maluco!
Se acha que a Maria dos Caixões profanou os mortos, como justifica a não-existência de queixas dos mortos contra ela? A MC já era e sempre foi uma mulher barbuda com pénis! Pena estar morta, porque, se fosse viva, cortava o pénis do homófobo e lançava-o aos porcos.
:-)
A nossa sociedade capitalista necrófila não pode criminalizar a necrofilia: seria o mesmo que se criminalizar a si própria.
Porém, a necrofilia sexual sem mutilação é mais inofensiva que a necrofilia de carácter: o carácter necrófilo mata - converte a vida em morte, a necrofilia sexual não mata - opera uma despedida sexual do morto - um adeus sexual.
Prestamos um grande serviço ao conhecimento ajudando a libertar as parafilias - em defesa do paganismo sexual. :)
Detesto a Direita conservadora, reaccionária, castradora e homófoba: a minha resposta é a defesa do paganismo sexual. :)
Votar na Direita é auto-castrar-se!
Só descobri agora que a sede da sociedade ocultista de vampiros está no Porto: eu que vivo na city nunca vi um vampiro! :(
Achei este post interessante, pois ouvi uma história sobre o assunto e fiquei curiosa.
De fato nao temos como julgar o comportamento da "Maria" mas para mim e bastante bizarro.
Tenho uma pergunta: estando estas pessoas como a "Maria" praticando sexo com cadavares, nao há risco de alguma contaminação oriunda do estagio de decomposição em que se encontra o cadáver? Caso tenha o que seria e que danos irão ocasionar ao indivíduo?
Achei este post interessante, pois ouvi uma história sobre o assunto e fiquei curiosa.
De fato nao temos como julgar o comportamento da "Maria" mas para mim e bastante bizarro.
Tenho uma pergunta: estando estas pessoas como a "Maria" praticando sexo com cadavares, nao há risco de alguma contaminação oriunda do estagio de decomposição em que se encontra o cadáver? Caso tenha o que seria e que danos irão ocasionar ao indivíduo?
No final do texto, "(Krueger & Kaplan, 2001)", não fica claro - se for o caso - quais palavras se referem a esses autores.
Um abraço e parabéns por seu blogue.
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