Porto: Rua da Reboleira |
O descobrimento do mal - o mal existe! - marcou toda a filosofia de Sampaio Bruno, cuja peça-chave é a dialéctica do bem e do mal. Raul Brandão que o acompanhava nas suas deambulações filosóficas pelas ruas nocturnas do Porto, provavelmente à luz do óleo ou do gás, reteve estas palavras suas que nunca mais esqueceu:
Sampaio Bruno: «- Escusam de procurar... a nossa ruína não vem dos políticos nem do regime. Mudaremos o regime e ficaremos na mesma. O mal é mais profundo; o mal é da raça.»
Um dos amigos: «- A raça? Mas com esta raça descobrimos o mundo! ...»
Sampaio Bruno: «O mal é da raça. Se quisermos modificar o País, temos de fazer exactamente o mesmo que se faz com os cavalos, temos de mandar vir homens do norte, ingleses, escandinavos ou suecos, e de montar aqui e além postos de cobrição.» (Raul Brandão, Vale de Josafat)
Ironia portuense? Não sabemos se Sampaio Bruno proferiu estas palavras que lhe foram atribuídas por Raul Brandão, mas elas convencem os espíritos esclarecidos: o mal de Portugal são os portugueses! Infelizmente, esta é a grande verdade: Sem renovação genética - e sem uma revolução radical que liquide as pseudo-elites nacionais - Portugal não tem futuro! Afinal, quem de perfeito juízo quer jogar golfe com os "cagalhotos entalados" que dão rosto às elites portuguesas do poder? Pena não existirem anacondas gigantes a sair dos buracos para os devorarem! Malditos ladrões que nem sequer os répteis os conseguem digerir!
J Francisco Saraiva de Sousa
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