sábado, 8 de dezembro de 2007

Cimeira UE-África

Lisboa tornou-se a capital da loucura. Nunca tinha visto, via TV, tão elevada concentração de lideres que, bem analisados em termos clínicos, sofrem de alguma perturbação mental, salvo raras excepções. Vi mas não ouvi Mugabe, mas escutei as palavras proferidas pelo Presidente da Líbia, na Universidade de Lisboa, para a sua própria audiência e, depois, soube que estava alojado numa tenda no forte de S. Julião ou coisa do género.
As Nações Unidas são uma "ditadura", disse o "ilustre" presidente, talvez da corrupção, e, neste aspecto, ainda podemos acompanhá-lo, mas quando afirma que a situação africana se deve ao colonialismo, para depois exigir às potências colonizadoras uma indemnização, neste ponto a paciência esgota-se e nós europeus devíamos pensar bem nos nossos verdadeiros interesses, que não estão a ser defendidos dignamente pelos nossos representantes políticos, de resto a geração mais medíocre de lideres europeus.
Sejamos verdadeiros e honestos! Os africanos devem assumir as suas próprias responsabilidades e a sua "agressividade" devia ser dirigida contra os seus próprios lideres políticos. E deviam pensar se preferem lidar com os europeus ou com os chineses. Mas as cabecinhas despreparadas preferem reivindicar, em vez de pensar, como se alguém estivesse verdadeiramente interessado nas suas causas. Enquanto não encararmos a verdade de frente, não podemos imaginar soluções racionais, até porque, como diz Ana Gomes, eurodeputada socialista, a maior parte dos lideres africanos devia estar na prisão.
Os africanos não têm Estados sustentáveis, independentemente do regime político, seja ele democrático ou autoritário. Os africanos não têm capital e mão-de-obra qualificada. Os africanos não são unidos: a sua "união" consiste em retomar o papão do colonialismo para sacar alguns trocos concentrados nas mãos das suas falsas elites. Os africanos após a independência dos seus "países" destruíram o património que herdaram do colonialismo e inventaram uma história nacional falsa. Os africanos esquecem facilmente que a sua situação degradou-se mais depois do fim da Guerra Fria.
Porém, nem tudo é negro. Os africanos começam a acordar para a armadilha chinesa. A China precisa garantir 20 milhões de novos empregos por ano e uma das soluções tomadas pelo governo central ou mesmo local é investir em África, levando a sua própria mão-de-obra. A China não é colonizadora, mas invasora e esclavagista. Se os africanos embarcarem na onda chinesa, dentro de pouco tempo África não será negra mas amarela. Os europeus também devem estar atentos à ameaça chinesa, porque não temos boas memórias passadas dos nossos contactos com essa região profundamente nefasta da Terra, quando tentaram invadir-nos.
Este pode ser o "miolo" do acordo entre a Europa e África, mas nós (europeus e africanos) que não estamos no poder sabemos que estamos mal representados: os representantes europeus desconhecem a sua história, em particular o seu berço, e os representantes africanos desejam é sacar dinheiro e enriquecer, sem pensar no futuro das suas gentes. A questão da Democracia e dos Direitos Humanos é mera retórica. A Europa Cadela desconhece a verdadeira democracia, reduzida a mera formalidade, e, tal como os países africanos, é governada por uma oligarquia cleptocrática, que sacrifica tudo, inclusivamente o futuro da nossa Civilização Ocidental, ao lucro e enriquecimento privados fáceis. Tanto negocia com um ditador como com um democrata: a sua motivação é toda dirigida para o roubo global e, portanto, para o empobrecimento global. E também nós europeus, tal como vós africanos, somos responsáveis: permitimos que nos roubem, é certo que com mais "elegância" do que vós africanos que sóis roubados por perturbados mentais que se comportam como lideres tribais ou animais que qualquer Jardim Zoológico gostaria de exibir nas suas jaulas, até porque falam, pelo menos aparentemente.
Mas, como o Planeta Vivo dá sinais de cansaço, o melhor é aguardar a catástrofe, diante da qual seremos todos iguais. A morte vence-nos sempre e ainda bem que é assim, porque só ela pode garantir a paz eterna. Ou nos unimos em torno dessas duas causas (recusa da expansão da China e defesa do Planeta que não tolera um sistema global semelhante ao ocidental, também ele ameaçado e insustentável), reforçadas por outras ajudas estruturais e culturais, ou aguardamos a Guerra e a Catástrofe! E, nesse momento, a raça ou etnia, como lhe queiram chamar, terá a primeira e a última palavra! Dizer outra coisa seria hipocrisia e mentira cruel, sobretudo se fosse dito por mim, um defensor da biodiversidade.
J Francisco Saraiva de Sousa

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