McFadden & Pasanen (1999) descobriram diferenças entre homens e mulheres heterossexuais e homossexuais em relação a um traço sexualmente dimórfico. Quando se apresenta à cóclea do ouvido interno um som breve, ela responde com um som próprio, seguramente devido à contracção das células ciliadas externas. Além disso, a cóclea produz sons por sua própria conta, inclusivamente quando tudo está em silêncio: são as emissões otoacústicas espontâneas. Por alguma razão ainda desconhecida, a cóclea das mulheres deve produzir mais emissões deste tipo que a dos homens.
McFadden & Pasanen (1999) colocaram um pequeno microfone na orelha de homens e mulheres homossexuais, bissexuais e heterossexuais e mediram as suas emissões otoacústicas espontâneas. Descobriram a diferença que era suposta existir entre homens e mulheres. Contudo, as emissões das mulheres homossexuais e bissexuais eram menos frequentes que as das mulheres heterossexuais. Nos três grupos de homens não havia diferenças na frequência de emissões cocleares.
Esta descoberta de McFaddden & Pasanen (1999) é extraordinária por diversas razões: em primeiro lugar, revela uma diferença sexual entre homens e mulheres, mais um caso de dimorfismo sexual; em segundo lugar, revela uma diferença sexual entre mulheres em função da sua orientação sexual: as lésbicas e as mulheres bissexuais tendem a aproximar-se de um padrão masculino que não varia em função da orientação sexual dos homens; finalmente, mostra que as mulheres homossexuais e bissexuais têm valores aproximados: este traço não permite diferenciar estes dois tipos de mulheres. Ambos os grupos exibem um padrão masculinizado.
No caso masculino, as emissões otoacústicas espontâneas não têm nada a ver com a orientação sexual ou a actividade sexual. Contudo, o facto da orientação sexual de uma mulher ter um efeito sobre este traço sugere que pode haver diferenças biológicas entre mulheres que se sentem atraídas por outras mulheres e as mulheres que apenas se sentem atraídas por homens. Talvez a exposição de um feto em desenvolvimento a maiores quantidades de androgénios afecte a sua orientação sexual, tal como outros traços que não estejam relacionados com a sexualidade. Estudos de gémeos confirmam estes dados e alguns deles já foram tratados no meu blogue CyberBiologia e CyberMedicina. J Francisco Saraiva de Sousa
McFadden & Pasanen (1999) colocaram um pequeno microfone na orelha de homens e mulheres homossexuais, bissexuais e heterossexuais e mediram as suas emissões otoacústicas espontâneas. Descobriram a diferença que era suposta existir entre homens e mulheres. Contudo, as emissões das mulheres homossexuais e bissexuais eram menos frequentes que as das mulheres heterossexuais. Nos três grupos de homens não havia diferenças na frequência de emissões cocleares.
Esta descoberta de McFaddden & Pasanen (1999) é extraordinária por diversas razões: em primeiro lugar, revela uma diferença sexual entre homens e mulheres, mais um caso de dimorfismo sexual; em segundo lugar, revela uma diferença sexual entre mulheres em função da sua orientação sexual: as lésbicas e as mulheres bissexuais tendem a aproximar-se de um padrão masculino que não varia em função da orientação sexual dos homens; finalmente, mostra que as mulheres homossexuais e bissexuais têm valores aproximados: este traço não permite diferenciar estes dois tipos de mulheres. Ambos os grupos exibem um padrão masculinizado.
No caso masculino, as emissões otoacústicas espontâneas não têm nada a ver com a orientação sexual ou a actividade sexual. Contudo, o facto da orientação sexual de uma mulher ter um efeito sobre este traço sugere que pode haver diferenças biológicas entre mulheres que se sentem atraídas por outras mulheres e as mulheres que apenas se sentem atraídas por homens. Talvez a exposição de um feto em desenvolvimento a maiores quantidades de androgénios afecte a sua orientação sexual, tal como outros traços que não estejam relacionados com a sexualidade. Estudos de gémeos confirmam estes dados e alguns deles já foram tratados no meu blogue CyberBiologia e CyberMedicina. J Francisco Saraiva de Sousa
6 comentários:
Muito interessante.
Como eu tenho uma doença crónica no ouvido interno, não sei se a mim isso se aplicaria. Porque tenho, de vez em quando, emissões espontâneas de som, mas será devido à doença. Aliás, um dos meus tratamentos é colocar um diapasão a vibrar no lóbulo frontal do crâneo, para restituir o equilíbrio no ouvido.
O ouvido interno é um órgão muito interessante. :)
Lá isso é... interessante e sofisticado. Mas não forneci todos os dados. :)
Claro, nem precisa de fornecer todos os dados. Fiz este comentário porque sou excepcional, logo, achei oportuno partilhar.
Já acordada? Também estou acordado, ou melhor, meio acordado.
:) meia-acordada.
"Os Reis e os Filósofos defecam... e as senhoras também." :)))))
Os comentários infundados e acríticos não passam de escatologia.
Exacto... da escatologia erótica.
Boa ideia. Posso fazer um post sobre isso. :))))
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