terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Prós e Contras: Educação

O programa "Prós e Contras" de hoje (25 de Fevereiro de 2008) dedicado à educação deu uma imagem radiográfica fiel do estado da educação nacional. Portugal não tem professores! A Ministra da Educação venceu (e bem) o debate com algumas figuras que se auto-intitulam professores, magnificamente plasmados na sua suposta rival de partido, Fernanda Velez, que fez, como já é habito entre os militantes do PSD, uma triste figura, com aquele rosto assimétrico, sinal de "maus genes". Até a este nível (face simétrica/bons genes), Maria de Lurdes Rodrigues venceu claramente o debate pela qualidade dos seus genes, e, como sou justo, penso que o PM José Sócrates pode continuar a defender a sua Ministra da Educação ou poupá-la e dar o lugar a outro capaz de repor a ordem e realizar as reformas.
Este debate mostrou aquilo que todos sabemos: A maioria dos professores portugueses, talvez mais de 60%, é profundamente incompetente e compulsivamente ignorante. Desde o 25 de Abril de 1974, as Universidades têm distribuído arbitrariamente diplomas, cujos detentores foram tomando conta dos níveis inferiores de ensino até fecharem o círculo. Muitos indicadores poderiam ser referidos, mas há indicador um fácil de manejar: a ausência de qualidade científica e pedagógica dos "manuais escolares" e dos programas. Porém, se achar este indicador demasiado complexo, reveja o programa e verifique que, com excepção da Ministra da Educação, nenhum dos professores presentes falou das "políticas da educação" ou conseguiu criticar racionalmente os «diplomas» da "avaliação e desempenho profissional" e do "modelo de gestão das escolas", sem serem grosseiros e mal educados e faltarem ao respeito à Ministra, chamando-lhe "mentirosa" ou "incompetente". Estes comportamentos não revelam somente má educação, mas sobretudo retratam a incompetência e a falta de classe dos professores. Todos os portugueses podem estar cientes de que a classe dos professores abriga no seu seio o maior número de oportunistas e de trapaceiros que existe em Portugal.
Ao contrário do que foi "dito" malcriadamente por Fernanda Velez, os professores não formam um grupo unido, porque para haver "grupo" tem de haver um "projecto comum". Ora, os professores não têm um projecto e, por isso, não constituem um grupo. Os professores são um mero agregado de "moléculas metabolicamente reduzidas", em que cada um luta pelos seus próprios interesses particulares em detrimento de um possível interesse comum. A sua "histeria colectiva" resulta de um medo muito específico: medo de serem confrontados com a sua própria mediocridade. E, como esta pertence a cada um deles, podemos dizer que cada um se teme a si mesmo. Só os professores cientifica, cultural e moralmente inseguros temem "perder o emprego" e uma "vida de facilidade". Esta realidade é incontornável e os portugueses devem estar conscientes de que, com a maior parte destes professores, «filhos de um erro sistemático do ensino universitário» e da política irracional da "igualdade" e da "universalidade do ensino", não há reforma que consiga arrancar-nos deste antro de incompetência.
No ensino em geral reina a luta imoral e corrupta pela sobrevivência e, num tal clima, todos estão contra todos. Este "estado de guerra permanente" que se vive diariamente nas escolas, muitas vezes controlado pelos aparelhos partidários locais ou regionais e minado pelos pais, deve ser tido em consideração pelas políticas da educação. De facto, para espanto da Ministra, os professores temem ser avaliados por outros professores e, pela sua experiência, sabem o que é ser diabolizados pelos actuais conselhos directivos. Cada um sabe o que faz ao outro e com que intenção o faz. Por isso, não pode esperar uma atitude mais altruísta dos outros. Toda esta guerra entre professores deve-se à sua incompetência, ou melhor, à sua tremenda "burrice". Se não fossem os chamados "direitos adquiridos", estes professores deveriam justamente ser descartados e lançados à sua própria sorte, dando lugar àqueles que são verdadeiramente "professores". Mas, como estamos prisioneiros dos erros passados, estamos condenados a não assistir à viragem de página da história de Portugal. Temos de os sustentar no emprego e na reforma e deixar o mérito nacional órfão e sem-abrigo. Estes "grisalhos" que fumaram "erva" nos anos 60 estão a lixar-nos a vida e a comprometer o nosso futuro.
Nesta conjuntura que já é estrutura cristalizada, não podemos defender ninguém ligado ao ensino e à educação. Afinal, a única pessoa que mereceu crédito neste debate foi a própria Ministra da Educação e sei que muitos professores (40%), aqueles que já não acreditam no sistema ou mesmo nos seus sindicatos, partilham este pensamento comigo. Mas a sua voz é infelizmente pouco representativa no seio deste imenso oceano da mediocridade. Esta é a nossa triste e amarga verdade nacional: em Portugal a educação está entregue a um bando de indivíduos destituídos de habilidades e de competências!
Anexo: Pessoalmente, penso que a ideia de "professor titular" foi francamente má e os «critérios» usados são provavelmente muito injustos, porque deixaram alguns dos poucos bons professores de fora. Excluiu a competência e criou profundas injustiças, dando muitas vezes o título a candidatos a "tiranos". Esta figura deve ser abolida e o assunto repensado com mais serenidade.
O "modelo de gestão das escolas" pode reforçar a "tirania" e a arbitrariedade já presentes nas figuras dos Presidentes dos Conselhos Directivos, cujo reforço da autoridade vai criar uma situação insuportável. A "avaliação dos professores" é fundamental, mas usando outros critérios, não os burocráticos, mas os científicos e pedagógicos. A burocracia não é amiga da qualidade do ensino e da educação. É preciso ter em conta que a maior parte das escolas são antros de corrupção e de perseguições terríveis. Dada a vulnerabilidade e a insegurança da maior parte dos professores, seria melhor pensar, pelo menos provisoriamente, noutro esquema de avaliação, talvez realizado por pessoas estranhas à escola. Portugal não precisa de importar modelos estrangeiros, até porque a crise da educação é universal (Arendt). Em vez de imitar, Portugal pode e deve criar novos modelos mais adaptados às especificidades nacionais e seus erros estruturais.
Fernanda Velez fez tudo para se apresentar como a possível ministra da deseducação dessa miragem de governo bicéfalo Meneses e Santana Lopes. Pelo menos, sabemos aquilo que não queremos: um governo do PSD.
J Francisco Saraiva de Sousa

64 comentários:

Manuel Rocha disse...

Uma leitura do estado da educação com a qual concordo desde a primeira à última palavra.

Duas notas complementares.

A primeira sobre os Conselhos Directivos. Quem se der ao trabalho de ler alguns Regulamentos Internos das Escolas ( que não são ditados pelo Ministério ) percebe fácilmente que estão criadas as condições ideais para o exercicio de um poder eternizante e autocratico sob o disfarce de eleições periódicas em que votam sempre os mesmos. Quem se der ao trabalho de verificar a composição nominal das estruturas regionais da educação vai verificar fácilmente que entre CEs,DRs Sindicatos, Inspecções, rodam sistematicamente as mesmas pessoas. Que Toutatis livre um professor de ter um problema com o respectivo executivo - é cilindrado pela máquima. Estas são realidades antigas e estruturantes que nunca motivaram uma greve nacional de professores.

Sobre os "grisalhos".
Sendo eu um "grisalho" tenho de dizer algo em defesa da honra:)).
A primeira coisa é que não me orgulho do trabalho da geração a que pertenço. A segunda é que culpar sempre os pais por toda a merda que os filhos fazem terá que ter um limite. Há dias fui confrontado com um conselho de turma de uma EB 2/3 (com idades entre os 28 e os 38 anos ) que bloqueou um projecto sobre poupança de água no uso doméstico porque era impossivel calcular o volume de sólidos irregulares como uma banheira !!! Situações deste tipo tenha paciência mas não há a quem culpar senão os próprios ! E elas são muitas. Demasiadas mesmo!

Ainda sobre a conversa de ontem relativa à mudança da Ministra. Não sendo eu defensor de muitas das politicas que ela tem assinado ( e você refere algumas ) parece-me no entanto que a única forma de fazer mudanças de facto nas politicas da educação é demonstrar antes que as corporações instaladas não são invenciveis. Ora se esta Ministra sair agora, nesse processo voltamos à estaca zero !

FranciscoSantos disse...

É notável como num mesmo discurso, aparentemente fundamentado e bem articulado, se pode criticar uma classe que se insurge contra as medidas de política educativa e de carreirinha criticar também as medidas de política educativa que essa classe rejeita.
Afinal em que ficamos?
A ministra é tão boa, tão assertiva, tem uma orientação política tão clara, mas afinal produz políticas erradas?
O senhor aprova ou não aprova o diploma sobre a avaliação dos professores?
Aprova ou não aprova o decreto sobre a gestão escolar?
Concorda ou não concorda com a divisão da carreira em dois níveis? É que toda essa legislação tem uma mãe. E também tem um pai.
Decida-se homem!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Quanto ao "grisalho", referia-me a todos, incluindo os jovens presentes que falaram sem conhecer bem os diplomas. Grisalho significa ausência de pensamento e de coragem. De resto, estou de acordo consigo! :)

F Santos

É difícil decidir quando se ama e educação e aquilo que ela representa. Não me revejo em nenhuma das posições completamente. As reformas são necessárias e urgentes, mas precisam ser bem pensadas! É isso que defendo: pensar e conhecer bem aquilo que é necessário mudar. Conheço bons professores (e são poucos) que estão a desistir. Eles devem demarcar-se, unir-se e defender a qualidade do ensino. Dizer não à burocracia e chamar as coisas pelos seus nomes. Eles não acreditam nos sindicatos e nestes movimentos. Mas a educação (ser educado) é um bem necessário nestas conversas com a ministra!

E. A. disse...

Bom dia! :)

Tb n gostei nada do programa de ontem e nem cheguei à terceira parte! Aquele professor de matemática, que tinha "mulher e uma filha", envergonhou-me, sinceramente.
Só gostei de algumas abordagens mais orientadas para mudanças pedagógicas, tidas por parte do senhor sentado ao lado da ministra e do professor de pêra, porque é algo que me interessa. Tudo o resto, muito fraco, mesmo. :(
Tenho de concordar consigo, os professores parece que têm medo de se porem à prova.
- Já decorámos os manuais de uma ponta à outra, que mais querem de nós? Enfim, n sei se dá para rir ou para chorar... país patético e pateta, o nosso.


p.s.: achei piada a sua análise da simetria das convidadas. Mas eu tb n gosto da cara da ministra. A minha mãe sempre me dise para n confiar em pessoas com lábios finos.... :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

De facto, apesar dos lábios finos, prefiro a ministra. Foi uma vergonha e, segundo me dizem, isso é o dia-a-dia das escolas ou, como dizem, um "galinheiro" onde predomina a "hierarquia da picada". Conflitos, intrigas, jogos escuros, autoritarismo dos directivos... e ensino, nada! É mesmo patético! :))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O outro é professor universitário da Universidade do Minho: Formosinho. Sim, procurou analisar a educação... mas ninguém estava interessado... Então, aqueles sindicalistas são mesmo Pardos, Pardacentos... Aquele par de olhos feios! :)

E. A. disse...

Sim, a classe dos professores é do piorio, todos querem ser muito "autónomos", no sentido de fazerem o que querem sem direcções de outrem, mas autonomia plena é o q n há...
onde se viram argumentos? razões válidas? estava tudo muito nervosinho, com o rabinho apertadinho...

Ah, obrigada. N atentei ao nome do senhor. Sim, a educação precisa de uma revolução; a avaliação dos professores para mim é importante, mas muito aquém da profundidade de mudança necessária.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

É isso mesmo: "a avaliação dos professores para mim é importante, mas muito aquém da profundidade de mudança necessária."
E que mudança! Se contasse os episódios terríveis que conheço, hummm... seria um retrato vero! Imoralidade! O ministério pode ter acesso a essa informação ou tem, porque consta de alguns serviços ligados à sua tutela. Mas é muito "suja"... Contudo, insuportável no sistema de ensino... Existem professores que "sofrem" muito: um pesadelo de vida!

Anónimo disse...

Já em 1960 Douglas McGregor, no seu livro “The Human Side of Enterprise”, ao abordar questão da produtividade aliada à motivação, discursava sobre duas formas de condicionar o mesmo fenómeno, às quais atribuiu os ‘rótulos’ Teoria X e Teoria Y…

É notório que quer o compulsivamente aprovado ECD, quer o edíficio legal que tem sido montado pelo actual ME (da qual a questão da avaliação de desempenho é ‘apenas’ um dos seus pontos de relevo), enquandram-se, indubitavelmente, nos parâmetros postulados pela Teoria X. Só assim se pode compreender alguns dos princípios inerentes aos mesmos … e só assim se explica declarações como as que têm sido feitas, mais ou menos recentemente, pelo triunvirato.

Parece-me portanto que o Governo e uma generosa percentagem da chamada ‘opinião pública’ ( por virtude de muita desinformação mediatizada, de articulistas bem colocados e das más práticas de um reduzido [acredito eu] número de professores)tem dos professores as seguintes ideias:

– Os professores não gostam de trabalhar.

Têm uma aversão natural ao trabalho e evitam-no a todo o custo. Logo é urgente que se crie mecanismos [quanto mais não seja… legais] para impedir que estes sigam aquilo que é natural neles… que fujam a sete pés de tudo o que seja labor e empenho profissinal.
______

– Os professores precisam de ser controlados e punidos.

Caso assim não o fosse seria uma anarquia nas escolas onde cada um tentaria fazer menos e pior que o parceiro do lado. Para evitar tal fenómeno é necessário implementar formas rígidas de controlo de modo a identificar comportamentos desviantes e punir quem fuja da linha.
______

– Os professores são massas medíocres. Não sabem o que é o melhor para si nem para o seu futuro.

Precisam de alguém que os oriente de forma assertiva e inflexível. Reflexo da sua fraca ambição, facilmente se perdem nos objectivos a cumprir, necessitando de alguém mais inteligente e com a razão sempre do seu lado para os dirigir no melhor caminho a seguir.
_______

– No fundo, os professores apenas buscam segurança.

Sentem-se desnorteados, confusos… inseguros! Precisam de se sentir escudados da realidade ao confiarem o seu destino nos braços fortes da liderança centralizada.

Assim se percebe que com todo este afã regulamentador se pretenda implementar uma estrutura muito mais hierarquizada e piramidal, assente numa visão pessimista sobre quem educa, sobre quem gere as aulas e as escolas!

E dificilmente, ao contrário do que muitos pensarão, o rumo se alterará. Esta equipa irá manter-se até ao final da legislatura (a não ser que acontecimentos excepcionais ocorram…) e mesmo que tal aconteça… que outros se sentem nas cadeiras agora ocupadas por MLR, VL ou JP ou que se assista a uma dança de cadeiras entre eles (hipótese mais provável) é de todo impossível que, como por artes mágicas, as estratégias de política educativa do actual ME sofram uma inflexão tal que comecem a ser orientadas por uma outra ‘ideia’ de Escola, mais na linha que o mesmo Douglas McGregor definiu como Teoria Y.

Mas tal só poderia suceder caso o Governo e a equipa do ME passasse a ter dos professores as seguintes ideias:

– Os professores tiram prazer do seu trabalho.

Afinal, o dispêndio de esforço físico e mental no trabalho é algo tão natural como o descanso e o lazer. Para os professores o trabalho é fonte de satisfação e realizam-no voluntariamente… apenas quando o trabalho é visto como fonte de castigo é que ele, por processos quase subconcscientes, passará a ser evitado a todo o custo.
_______

– Os professores não necessitam de controlo externo e ameaça de castigo.

Estes não são os únicos meios que levam as pessoas a esforçar-se por atingir objectivos. Os professores têm capacidade de auto-governo e de auto-controlo que colocarão ao serviço dos objectivos que tão empenhadamente procuram atingir. Afinal… os professores possuem uma identidade e autonomia próprias e, tal como muitos outros profissionais de outras áreas, procurarão fazer o seu melhor…

__________

– Os professores empenham-se.

O empenho e compremetimento com o ofício de ensinar são factores resultantes do seu sucesso profissional e não factores formatados por corpus exteriores de controlo e punição.
_________

– Os professores são responsáveis.

Afinal, a maioria das pessoas aprendem, em condições adequadas. Quando profissionalmente consideradas e bem sucedidas as pessoas não só aceitam como procuram situações de maior responsabilidade e ambição.
_________

– Os professores são criativos.

As suas capacidades de identificação e resolução de problemas serão potenciados com uma forte aposta na sua capacidade de auto-direcção e auto-controlo.

……

Mas… tudo ‘isto’ parece-me completamente inverossímel… com estes… com outros que os possam substituir… mesmo com uma nova equipa depois das legislativas de 2009… ou mesmo com outros professores.

No entanto, ainda mais decepcionante é o constatar que alguns professores teimam em jogar no X do ‘totobola da profissão’…e aí não adianta criticar destrutivamente tudo o que o ME tem feito, afinal quem tem telhados de vidro deverá primeiro procurar substitui-los por material mais sólido antes de atirar pedras ao do vizinho.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

ImmI

Estou de acordo consigo: "afinal quem tem telhados de vidro deverá primeiro procurar substitui-los por material mais sólido antes de atirar pedras ao do vizinho."
Quanto às teorias X e Y, cada uma tem o seu âmbito de aplicação, em função do perfil dos professores. Existem inegavelmente "bons professores"! Mas a maioria é uma desilusão. Isto prende-se com a "motivação". Por isso, seria melhor dar um certo tempo e repensar alguns critérios... No plano correcto, a educação pertence aos professores, a saúde aos médicos, etc. É preciso "dialogar" mais... E talvez "simplificar".

Anónimo disse...

Do seu comentário/resposta ressalvo o seguinte

"Mas a maioria é uma desilusão. Isto prende-se com a "motivação". Por isso, seria melhor dar um certo tempo e repensar alguns critérios... No plano correcto, a educação pertence aos professores, a saúde aos médicos, etc. É preciso "dialogar" mais... E talvez "simplificar"."

E destaco:
motivação, repensar, simplificar, dialogar (pensando no concreto, procurando o objectivo... acrescento eu)

Agora diga-me... se são estes os tempos em que vivemos?

Nota: Discordo em absoluto quando diz/escreve "a maioria [professores] é uma desilusão". Ao longo dos meus doze anos de carreira trabalhei de forma mais ou menos próxima, mais ou menos directa com centenas de professores. Pedindo-lhe que de boa fé me confira alguma imparcialidade... lhe digo... a minoria (muito pequena mas infelizmente muito relevante) é uma desilusão, a grande maioria é mediana... uma pequena percentagem são realmente excelentes....

mas não se passará 'isto' em todas as profissões?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, é verdade: isso passa-se em todas as profissões!
Eu destaco mais a competência científica e pedagógica. E essa não a vejo facilmente!
Sim, também existem professores "medianos".
Os tempos que vivemos são infelizmente "indigentes", como diz o poeta! Mas nem tudo está perdido. Cabe aos professores uma palavra de mudança...

Anónimo disse...

Permita-me a ousadia de corrigi-lo...

não devendo ser a escola apenas dos professores...

onde diz "Cabe aos professores uma palavra de mudança..."

eu diria cabe a todos uma palavra de mudança.

Sob pena de colapso da escola sobre si própria e sobre os seus principais actores.

Nota: Talvez por complexo meu, retiraria os políticos do tal 'todos'... esses já deram provas mais do que suficientes do que poderão fazer à Escola.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E aos políticos também, apesar dos maus exemplos! Sou contra uma visão negativa da política! A política é digna e todos devemos participar na discussão da res publica. É a cidadania e a escola deve ser uma escola da cidadania responsável e da liberdade.
Quando digo que a escola pertence aos professores, penso no modelo médico: a responsabilidade do acto médico pertence ao médico. Isto não significa que outros não possam participar: devem participar, porque é uma "coisa pública" (saúde, educação, política...). Caso contrário, seriamos prisioneiros das "corporações". Estas, sim, constituem o inimigo público nº um!
De resto, não pretendo denegrir mais a imagem dos professores. Convido-os a meditar e a dar sinais de mudança...

Manuel Rocha disse...

Com vossa licença gostaria de comentar que a aplicação da teoria de MacGregor à classe dos professores enferma da falta de amplitude do espectro pois opõem-se dois extremos sem nada pelo meio.
E o problema está nesse “meio”.
No pós 25 Abril e depois de uma dinâmica organizativa de natureza sindical e de luta por direitos e regalias laborais, o funcionalismo público português plasmou na defesa corporativa do conquistado . Nesse contexto criou as condições onde facilmente se instalam as medianias que frequentemente tendem para a mediocridade burocratizada e pseudo-ocupada em torno de activismos inconsequentes, como sucede em muitos ambientes escolares.
Eu entendo e ponho-me ao lado de todos os professores que saiam a terreiro na defesa da honra. Mas numa condição: a de que saiba de fonte segura que tudo fizeram para a defender no seu quotidiano escolar. Há matérias em que importa a autoridade moral dos arguentes na defesa das teses que sustentam. Ora desde há décadas que não vejo os professores insurgirem-se com o facto de o seu direito ao sindicalismo ser pago pelos contribuintes; não vi que se insurgissem contra a acumulação de cargos de direcção sindical e escolar; não vi que se insurgissem contra os mecanismos de perpetuação do poder dito democrático que gere as escolas ( Salazar também convocava eleições….); não vi que tenham sido capazes de dar uso à enorme autonomia de que as escolas dispõem, para romper os vícios que criticam ao sistema; não os vi empenhados nas acções de formação que lhes eram disponibilizadas e onde maioritariamente buscavam a condição necessária à progressão semi-automática na carreira. E por isso vejo com natural reserva este “acordar” colectivo . Acho-o extemporâneo, porque coincidente com o primeiro abanão em forma à mediania instalada ! A legitima defesa de honra deveria ser precedida de uma profunda reformulação das dinâmicas internas da classe. Sem ela aos argumentos falta autoridade moral, mesmo quando razoáveis.Como diz o Francisco, impõem-se sinais de mudança.

pinto disse...

"classe dos professores abriga no seu seio o maior número de oportunistas e de trapaceiros que existe em Portugal"

Prepare-se para ir a Tribunal por difamação

E. A. disse...

Uma vez que este blog é lido por muitos, segundo o que reclama o seu autor, aproveito e faço breve publicidade institucional: http://amigosdacultura2008.blogspot.com/2008/01/pelo-direito-cultura-e-pelo-dever-de.html

Visitem, leiam e subscrevam esta iniciativa.
Num país a-culturado e néscio como o nosso, e em que os raros acontecimentos culturais de relevo acontecem na capital, urge exigir mais, ou como dizem os "amigos da cultura", exigir de direito.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hummmm

Duas ameaças, uma aqui, outra no email... Caricato!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Recebi este email:

"Devido à quantidade de ofensas que V. Exª proferiu relativamente à classe
profissional a que pertenço e às quais nem sequer perderei o meu precioso
tempo a comentá-las, enviarei hoje mesmo queixa ao meu advogado por Difamação
e não serei o único, o seu texto será divulgado de forma a que V. Exª perceba
que não pode simplesmente ofender as pessoas

Cumprimentos

MC"

Mais um indício de falta de bom senso! Querem PIDE! Ganhe juízo e tenha coragem de argumentar racionalmente no espaço público, tendo em conta que vivemos em DEMOCRACIA!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E já agora consulte o Dicionário e veja o que significa "difamação". As actas estão repletas de erros de todo o género: mais uma prova de incompetência! Isto tudo é público! De resto, avance... :)))

E. A. disse...

ahahahah... realmente super-cómico.

quer dizer, ontem chamaram a ministra de "mentirosa" e hj em vez de contra-argumentar como seres (supostamente) racionais, escrevem queixinhas ao advogado.

Cague para eles, F.
:)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

O mais triste é que não leram bem o meu post ou, se leram, não compreenderam. Mais outra prova de incapacidade de compreensão! Afinal, o cenário mais pessimista começa a tomar forma e, até agora, dois supostos nomes! Como é que podem ensinar o que quer que seja aos alunos, quando mostram publicamente incapacidade de compreensão de um texto claro como a àgua mais cristalina! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

As actas e as fichas e os testes e... estão assinadas! Aos erros correspondem nomes de professores que mancham a dignidade profissional dos Professores! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Além disso, existem centenas de professores com "processos disciplinares" e outros que estão em tribunal por causa de quem? De outros "professores" ou "colegas"..., todos muito bem comportados e bem intencionados (sic)!!!!

E. A. disse...

Hmmmm...

Eu acho que o problema dos professores (ou destes que se insurgem sem causa real) é que são demasiado emocionais; reparou como o jovem prof de matemática argumentou em seu favor? de um pathos quase de ir às lágrimas! Ou como a senhora que diz ter cara assimétrica "ofendeu" ou tentou na sua in-capacidade a ministra(!?!).
E isto n quer dizer q eu defenda as posições da ministra, mas eles criam falsos dilemas ao nos constragerem para estarmos do lado deles ou contra eles; ou seja, são continuamente falaciosos... e temo... temo mesmo, nem saberem que o são, quando o são - o q ainda é mais grave... :/

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A ministra esteve à altura desse ataque: Respondeu que, pela análise feita pela sua oponente, não poderia ser ministra por não ser loura! Dá para perceber o alcance deste "loura"!
O jovem foi muito emocional e, por isso, perdeu a razão, porque estava correcto quanto às matérias leccionadas! Tudo muito emotivo! Sem pensamento! Sem conhecer os diplomas! :(

Manuel Rocha disse...

Curioso, de facto, que a classe que difunde e.mails com uma montagem de fotos das "vacas" pintadas que estiveram instaladas em Lisboa e entre elas uma foto da Ministra legendando "descubra a vaca genuina", venha depois falar de "difamação" quando se sente acossada.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

De facto, tudo isto mostra como estamos numa situação deveras preocupante e muito pouco cultural. Ainda bem que existem bons professores... O que fazem entre si querem fazer na esfera pública! Perseguir a liberdade e a competência!

Jotaéssecê disse...

Mais um arauto da verdade!

Luís Nascimento disse...

Agora a culpa dos manuais serem maus e dos programas serem maus é dos professores???
Ou é dos politicos que os aprovam?
Quanto a essa dos genes - o boy rosinha já tem tacho num hospital para tratar genes?
Para os ignorantes que ainda não perceberam o que se está a passar eu explico:
Existem dois ministério, o do ensino superior e o da educação... no entanto são os professores universitários que mandam nos dois, que não gostam dos professores do básico e secundário, acham que eles são maus, não sabem o que é uma escola básica ou secundária, mas gostam de amandar umas larachas.
É como no futebol, como em pequenos todos demos pontapés numa bola, agora todos somos treinadores.
Como todos estudámos, agora todos sabemos de educação!
Para ministro da saúde - 1 médico
da justiça - 1 juiz
Do ensino superior - 1 prof. univ.
da educação - Qualquer um serve (de preferência que nunca tenha dado uma aula no ensino secundário).
Somos todos malucos... e o meu amigo, treinador de bancada e especialista em educação de bancada, é parte de um sistema caricato!
Abraço

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Luis

Não sei se leu os sábios comentários do Manuel Rocha? Todos estamos de acordo. A crítica não visa "demolir a educação" mas dignificá-la, bem como os seus profissionais. Nunca responsabilizei os professores pelo estado dos manuais ou dos programas. Apenas sugeri que era um bom tema a discutir e onde os professores podem encontrar argumentos racionais para denunciar certas situações que os possam "oprimir".

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Além disso, quem é bom professor e "ama" a sua profissão não gostou do que ouviu ontem...

E. A. disse...

Oh Sr. Luís, "amandar"?!?
Só espero que o senhor n seja educador!

Porque "nós" n percebemos nada do assunto, somos escarradores de crenças infundamentadas, mas, sinceramente e com desgosto, ainda n surgiu nenhum professor com senso crítico a opôr-se às políticas da Ministra!

Por isso, desejo que continue a conhecer bem as escolas básicas e secundárias e se puder assistir a algumas aulas, n lhe fariam nada mal!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hummm... Uns amigos professores do secundário enviaram-me as mensagens e os emails que enviam uns aos outros, por causa da minefestação! A mensagem diz para enviar a outros! Mobilização..., intimidação, como já se viu aqui..., aquela intimidação que, segundo me disseram, é rotina nas escolas!!! Cenário pidesco!!!

Manuel Rocha disse...

Há pouco a Pipillon tocou bem fundo na ferida. É como diz: as pessoas muitas vezes nem se apercebem de como são falaciosos os argumentos que usam! O caso é que na mediania de que falei não há capacidade metabólica para inverter os termos duma equação e não perder o pé ! Logo, é natural que estejam perante uma falácia e nem a vejam. Lamentável é que quem objectivamente vê mais longe não tente resolver por dentro estas disfunções antes de sair a terreiro para esgrimir argumentos.

É nobre a função de ensinar! Conheço excelentes professores e tiro-lhes o chapéu. Para esses, um mau programa pode ser um problema mas nunca é um obstáculo intransponível. Para os outros que mal sabem para si, é evidente que qualquer programa será sempre intransponível. E de resto se há coisa que não entendo é a razão porque sendo o sector do ensino coisa tão pouco recomendável, tem tantos candidatos em lista de espera...

Como vê Francisco, estou a fazer o melhor que posso para que não o processem só a si ! Um processo conjunto teria muita mais graça. E parece que a Papillon também se está a candidatar....:)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Que avancem com o processo! Irão surgir muitos professores! Mas o "processo intimidação" não tem fundamento! Como me disseram, parece ser uma prática de intimidação entre professores nalgumas escolas! Muito triste! A ministra, bem como os outros órgãos de soberania, devia ler estes comentários e tirar as suas conclusões... :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O mais ridículo de tudo é que não se apercebem que este post é um comentário do debate de ontem em "Prós e Contras". Está contextualizado! O país está numa situação delicada, muito delicada!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Trata-se de "insanidade pública" preocupante. Inimigos da DEMOCRACIA! Completamente alienados intelectualmente da realidade social do país e do mundo! Não é por acaso que, segundo os media, alguns consultem o psiquiatra! Os atestados provam-no...

E. A. disse...

Manuel,

"Pipillon" é giro; visto que sou Mulher, assenta-me bem. ;)

"capacidade metabólica"? Sabe o que isto significa? Influência francisquina! :)))

Pedro Luna disse...

"Ao contrário do que foi "dito" malcriadamente por Fernanda Velez, os professores não formam um grupo unido, porque para haver "grupo" tem de haver um "projecto comum"."

Isso que diz era verdade até há pouco tempo - hoje nas Escolas só uma minoria dos que acham que vão ao taxo (na minha Escola, em 70 professores, não serão mais de 2 ou 3...) não estão unidos. Um exemplo: em Leiria estamos a lançar um movimento de Defesa da Escola Pública e irei recolher mais de 95% de assinaturas dos professores das Escolas para o nosso abaixo-assinado. E embora eu continue com dúvidas àcerca dos Sindicatos, irei a Lisboa (pela primeira vez participarei numa coisa destas...) para a maior manifestação de sempre de professores em 8 de Março.

Setora disse...

francisco saraiva sousa
Ponho o nome todo para não haver confusões com o outro francisco que não me suscitaria qualquer comentário já que o conheço muito bem e s. Gilles de la Tourette me proteja.
Se conhecesse por dentro o funcionamento das escolas veria o quão inútil e até prejudicial será essa avaliação/classificação dos professores.
Não contribuirá nada para alterar positivamente processos e trazer desenvolvimento, até a professores que classifica de medianos e maus. Pelo contrário. Agudizará muitos desses problemas que levanta e as classificações mais altas não serão necessariamente para os que as mereceriam. Visa apenas travar carreiras. E, ao contrário do que diz, a progressão na carreira menos "injusta" ainda será a da passagem do tempo. Implicando naturalmente uma avaliação interna e externa das escolas e um trabalho das equipas (conselhos de turma, departamentos) completamente diferente do que existe. O Manuel Rocha põe o dedo em muitas das feridas.
A mistificação começou na invenção dos titulares e esta classificação dos professores é a continuação de um processo inquinado. A economia leva a estas descobertas mas o barato sai caro.

Nota 1 -Claro que não me agrada a sua análise pela genética e estou deveras atrapalhada - não sou loura mas por força de decisões familiares sou de letras, sou grisalha e de lábios finos...nem sei onde me esconda!

Nota 2 - Fiz uma prova pública com júri externo para passar ao 8º escalão. Serviu mesmo para isso que de resto só me trouxe dissabores.Tive muito bom, a nota máxima na altura e o "cerco" foi a sequência.

Nota 3 - Nem vale a pena discutir ministros. Talvez seja preferível discutir o sentido da escola nos tempos que correm.

Nota 4 - Quanto aos processos não se incomode. Caem todos em cima de mim e eu posso bem com eles.

Pedro Luna disse...

"Só os professores cientifica, cultural e moralmente inseguros temem "perder o emprego" e uma "vida de facilidade"."

Eu sou 1005 a favor de avaliação de professores e não tenho nenhum problema em ser avaliado, desta ou doutra forma. Só quero tempo (para eu conseguir preencher todos os papéis) e formação para os avaliadores. Mas tenho pena que este processo destrua irremediavelmente o TRABALHHO COOPERATIVO nas Escolas, lá isso tenho...

Pedro Luna disse...

"No ensino em geral reina a luta imoral e corrupta pela sobrevivência e, num tal clima, todos estão contra todos."

Parece-me que está a ver o que vem aí e não o que agora existe - hoje, na esmagadora maioria das Escolas há cooperação entre Professores (fichas preparadas conjuntamente, materiais de apoio, guiões de visitas, etc., etc.). É que o Darwinismo (que é o que cita) tem uma versão russa em que se fala em cooperação (se quiser sugestões de leitura sobre o assunto...).

Pedro Luna disse...

Acho muito curioso que no final destrua por completo aquilo que a Ministra andou a fazer (uma Escola para caciques e afilhados dos políticos na Gestão, o erro grosseiro da divisão em dois da classe, os milhares de professores que ficaram de fora dos titulares, a burocracia infernal da avaliação dos professores e, esqueceu-se desta, o estatuto do Aluno com erros de bradar aos céus).

Sugiro que veja esta imagem:
http://bp1.blogger.com/_iREOTVbwjwk/R7x-zffiNhI/AAAAAAAAAJM/RSRzQFekdx8/s1600-h/OrganigramaAvaliacaoProfessores.JPG

Unknown disse...

Caro senhor

Folgo em saber que há neste país um iluminado, ou melhor, 2! - o senhor e a Sr. Ministra da Educação!

De facto, o senhor é a prova que realmente os professores às vezes falham...

Verboreia lamentável!!

Anabel disse...

Não sei como, veio-me parar às mãos um mail com palavras escritas pelo "sábio" autor deste blog. Dei-me ao luxo de desperdiçar o meu precioso tempo a ver quem era. E, afinal, em resumo, você é mais um do tipo, e passo a citá-lo: "(...)segundo me dizem, isso é o dia-a-dia das escolas (...)". Logo não sabe exactamente do que está a falar. Não lhe vou dizer mais do que isto: ¿POR QUÉ NO TE CALLAS?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Pedro Luna, setora e Clarinda

Aqui só houve dois comentários menos adequados: dois professores que me ameaçaram com o papão do tribunal.
Eu nunca disse estar de acordo com as políticas da educação. Concordo com a necessidade de reformas e a avaliação, tal como sucede noutras profissões. Sou claramente contra a burocracia que sufoca o ensino e os professores.
Comentei um programa de informação e não gostei do modo como a ministra foi "tratada": é uma questão de educação e de respeito recíproco.
Muitas coisas que são ditas sobre as reformas não são verdadeiras e penso que os professores têm obrigação de compreender bem isso e pensar de modo autónomo. Afinal, são professores que iniciam as crianças e os jovens nestas coisas do conhecimento.
Um projecto comum é defender a qualidade da educação! Quem não a defende? Este meu blogue é crítico e aqui os outros meus amigos que participaram neste debate também são críticos. Não insultamos ou intimidamos ninguém: criticamos ideias, situações..., com humor e ironia.
Não me referia a Darwin mas a Hobbes! Também sou profissional do pensamento e sei avaliar. Nunca fui favorecido; bem pelo contrário; mas mesmo assim tive sempre as melhores notas! Como são professores, devem conhecer a ligação entre a simetria corporal e os "bons genes": é ciência! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Oh Anabel

Seja original e não repita lugares comuns. Que triste figura! Também sou professor e não sou papagaio.
Comporte-se como uma pessoa adulta! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Por estas intervenções, estou a ver que existem professores incapazes de defender a democracia! Isso é crime!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E nem sequer assumem um rosto! Sempre anónimos! Mas nem todos...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Clarinda

Repare no que escreveu:
"De facto, o senhor é a prova que realmente os professores às vezes falham..."
É o que faz aos alunos inteligentes? Também sabemos disso! Bons professores! Mas ok deve ser da emoção!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Anabel

O seu raciocínio é digno de entrar em algum livro de anedotas:

"E, afinal, em resumo, você é mais um do tipo, e passo a citá-lo: "(...)segundo me dizem, isso é o dia-a-dia das escolas (...)". Logo não sabe exactamente do que está a falar. Não lhe vou dizer mais do que isto: ¿POR QUÉ NO TE CALLAS?"

Meu Deus: uma inferência espantosa!

lp disse...

Caro Francisco, os seus posts revelam que você é uma pessoa bastante culta. Pela leitura daquilo que foi escrevendo nos últimos 2 a 3 meses (que foi o tempo decorrido desde que eu descobri o seu blogue), percebe-se que é alguém que defende ideais de esquerda (e as suas múltiplas citações de Marx estão aí para o comprovar). Estranhei, por isso, num seu outro comentário o seu apoio ao governo de Sócrates, que, está mais do que visto, não passa de um produto de marketing e de alguém apostado em governar ao centro (ele próprio o disse) e em implementar políticas liberais (porque é isto que define a dita «esquerda moderna» - ideologicamente vazia - para quem Marx não passa de uma referência da «esquerda conservadora»). O facto de não existir oposição à direita só demonstra como isto é verdade. Agora você volta a apoiar este governo declarando que quem venceu o debate de ontem foi a Ministra da Educação. Você começa a parecer-se demais com o Vital Moreira, pois começa a dar sinais de demasiado facciosismo e de prováveis interesses no partido socialista. Legítimos, claro, mas não queira parecer imparcial quando não o é. Porquê? Porque, meu caro, o seu discurso e as suas exposições e análises filosófico-políticas entram em contradição com esse mesmo apoio. E é isso mesmo que eu pretendo demonstrar a seguir.
Comecemos pela facto de a Ministra ser mentirosa. Mesmo que a intervenção do professor que disse isso tenha sido infeliz, a verdade é que quando se está a querer construir um sistema de «ensino» que só pensa no sucesso estatístico (e que não espelha qualquer real aprendizagem por parte dos alunos), então aquela intervenção, apesar de demasiado emocional e precipitada, não podia ser mais certeira. Estas reformas não pretendem melhorar o ensino, mas sim os seus resultados, que um ensino mais exigente tornaria ainda piores. È por isso mesmo que, com estas reformas, os conteúdos a leccionar ainda vão ser mais esquecidos e menorizados (é o dito eduquês e as teorias pós-modernas em afirmação). Aliás, a disciplina de Filosofia que você diz ser essencial na formação das pessoas tem vindo a perder importância (com este governo) e, provavelmente, tornar-se-à opcional, para mais tarde desaparecer dos programas escolares. Quanto aos insultos, desde há três anos para cá que os professores são sistematicamente insultados e desautorizados por este Ministério da Educação (a própria Ana Benavente o reconheceu num artigo publicado no Público). A estratégia é mais do que conhecida: divide-se para reinar e cria-se um bode-expiatório para conseguir impor medidas mais preocupadas com o défice orçamental do que com o défice educativo.
Depois, quem, como você, se queixa da falta de qualidade no ensino, só poderia condenar uma avaliação de professores que vai conduzir a mais facilitismo e a uma inflação das notas dos alunos (pois os resultados de «sucesso» assim o exigem). Aliás, o que são as «novas oportunidades» senão uma forma de fazer a tal distribuição arbitrária de diplomas, que você critica? É esta uma política de educação racional e defensável? Só por quem sofre de partidarite aguda e se esquece de que os professores não contestam ser avaliados, mas sim ser avaliados segundo este modelo burocrático (como você acaba por reconhecer em anexo). Eles gostariam de ser avaliados pela sua competência no ensino, e não pela quantidade e fabricação de notas e de diplomas dos alunos. O medo que existe é pois o medo de quem sente que para ser bem avaliado tem renunciar à função de ensinar, para passar a ser um burocrata que aprova toda a gente, assim como um ocupador dos tempos «livres» dos alunos.
Quanto à união dos professores você tem razão quando diz que nunca foram um grupo unido. Mas você devia saber que quando há um «inimigo» comum é sempre mais fácil a união das pessoas. Como diria, o muito citado por si, Karl Marx, é na luta pelos seus interesses e contra a exploração que se revela a dita consciência de classe. Ao contrário, só um discurso mais liberal e situado à direita pode considerar que os professores não passam de uns «privilegiados» que não querem abdicar de «direitos adquiridos», e que numa economia mercantilizada e ultra-liberal não têm realmente razão de ser: porque o «Estado mínimo» não tem que garantir nada disso. Mais, para além dos legítimos interesses de classe, o que une hoje os professores é também a defesa da escola pública, que com este novo modelo de gestão e de avaliação vai inevitavelmente degradar-se (olhe-se para o que aconteceu na Inglaterra...). Vai instalar-se a «cunhice», o compadrio e a partidarização e politização das escolas. E agora sim, é que a luta pela sobrevivência e o confronto entre interesses particulares se vai intensificar e instalar definitivamente. Porque isso é típico dos professores, como você insinua? Não. Porque isso é típico dos portugueses. E da mesma forma que você entende que quase todos os professores são medíocres, permita-me fazer esta generalização (onde se incluem os professores, mas também todos os portugueses que apontam isso apenas aos professores).
Enfim, subjacente ao seu post esconde-se toda uma ideologia assente em princípios neoliberais, de que a diabolização dos sindicatos é um reflexo. Para você ser consequente, meu caro, tem de acabar por defender a privatização do ensino. Então sim, dir-se-ia, segundo a cartilha neoliberal, que os maus professores seriam despedidos, e que o mercado determinaria, na base da lei da oferta e procura, quem é que é excelente, assim como os respectivos salários dos professores.
Você termina o seu post dizendo que pelo menos «sabemos aquilo que não queremos: um governo PSD». Eu diria que ficamos também a saber que o que o Francisco quer mesmo é este governo PS (pouco lhe interessando se tem algo de marxiano – seria um milagre- ou mesmo de esquerda). É que realmente não é preciso nenhum governo PSD para nada quando este PS o substitui quase na perfeição.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ip

Não defendi os diplomas tal como estão formulados. Até porque sou contra a burocratização da actividade dos professores e sua avaliação. Digo isso claramente no Anexo. No texto que o antecede limitei-me a comentar o programa de Fátima Campos, como faço habitualmente. E se tem acompanhado este blogue verifica que critico severamente a corrupção instalada no nosso país. Digo tb que esse prof de Matemática tinha razão na sua critica, mas não devia ter chamado mentirosa à ministra! Estes nervosismos não são bons para a defesa da classe dos professores, a quem compete ser responsável pela educação, tal como os médicos são responsáveis pelo acto médico. A autonomia da escola possibilita isso e os professores devem dar sinais de desejar uma mudança qualitativa do ensino e estar mais atentos à realidade presente.
Sou um defensor das escolas públicas e não sou daqueles que pensam que as privadas são melhores, porque nestas tb há muito cunhismo, como pode calcular.
Sou claramente um homem de esquerda e tenho tentado difundir os princípios de políticas de esquerda em diversos sectores da vida nacional, como pode verificar no post anterior a este. Para mim, liberalismo, como já disse noutros posts, significa liberalismo de esquerda: defesa da liberdade e da democracia e defesa da justiça e da intervenção reguladora do Estado na economia de mercado. Sou assim desde sempre e penso que a melhor maneira de garantir estes dois princípios de justiça é dialogar com o governo e lembrar-lhe a sua herança socialista. Hostilizá-lo pode dar aso à emergência dos populismos de direita que nada fizeram para garantir o futuro de Portugal. Daí as nossas dificuldades...
Penso que fui mal interpretado por um ou outro comentador, mas nunca fui contra os professores. Apenas denuncio a mediocridade existente nas diversas esferas nacionais e nem os empresários escapam a essa crítica. Defendo a cidadania e o direito de participarmos na esfera pública. Repare que a ministra mostrou alguma "abertura"... É melhor agarrá-la do que disperdiçá-la... Se ela não dialogar, então o caso muda de figura. Outras intervenções podem ser necessárias. Tb não defendi a figura do Prof Titular, porque sei que prejudicou amigos exemplares... :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Adicionei alguns dos intervenientes nestes comentários aos "Meus Elos". Democracia é debate de ideias! Deste modo, podemos trocar ideias regularmente sobre outros assuntos e estar em contacto. A isto chamo democracia electrónica! Abraço

António Chaves Ferrão disse...

Ao contrário do que foi "dito" malcriadamente por Fernanda Velez, os professores não formam um grupo unido, porque para haver "grupo" tem de haver um "projecto comum". Ora, os professores não têm um projecto e, por isso, não constituem um grupo.

Caro J Francisco Saraiva de Sousa:
Escutei com atenção as palavras da professora Fernanda Velez, e em parte alguma a ouvi referir-se explicitamente a grupo. Permita-me recordar-lhe a passagem:

Deixe-me concluir por favor.
Relativamente à avaliação, há um mérito que eu lhe quero reconhecer: que é o facto de ter conseguido aquilo que não se conseguia há muito tempo. Que é unir os professores, independetemente da sua filiação partidária.


Como pessoa preocupada com aspectos da Filosofia, talvez mesmo como professor desta área (peço desculkpa de não o conhecer o suficiente), saberá que na crítica a justeza formal é um critério não descartável.

Na sua argumentação, confunde grupo com organização. Se para esta última, além do conjunto de pessoas, o objectivo comum é imprescindível, já para um grupo se pode admitir que seja relativamente inorgânico.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

António Chaves Ferrão

Não pretendi resumir a intervenção da professora Velez. Sim, ela mostrou ser favorável à "avaliação" e falou da unidade dos professores. Mas eu sou livre para propor uma outra unidade: não a do protesto, mas a da qualidade do ensino e sua dignidade.
Já vi que tem dois blogues e, como sabe, os bloguistas não-jornalistas criam a sua própria agenda. Apenas critiquei a falta de educação: os professores devem pensar antes de falar; correm o risco de entrar numasala de aula e os alunos dizerem: "Mentirosos". :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Referia-me a um grupo-em-fusão, no sentido de Sartre! Nesse caso, essa unidade dos professores é uma série...

António Chaves Ferrão disse...

1)Pessoalmente, penso que a ideia de "professor titular" foi francamente má e os «critérios» usados são provavelmente muito injustos,...
2)O "modelo de gestão das escolas" pode reforçar a "tirania" e a arbitrariedade já presentes nas figuras dos Presidentes dos Conselhos Directivos, cujo reforço da autoridade vai criar uma situação insuportável.
3)A "avaliação dos professores" é fundamental, mas usando outros critérios, não os burocráticos, mas os científicos e pedagógicos. A burocracia não é amiga da qualidade do ensino e da educação.


Caro J Francisco Saraiva de Sousa:
Palavras suas, que facilmente seriam subscritas por toda a gente.
Se chegou à conclusão que as medidas que supostamente dão realidade à reforma não são adequadas, como é possível continuar a sustentar esta? Como reforma, passa inexoravelmente pelos seus executores: a melhor forma de deixar de contar com a sua colaboração é fazê-la atabalhoadamente, abrindo espaço para se instalar a arbitrariedade administrativa, a ausência de regras claras, facilmente percebidas e exequíveis.
Fazer atabalhoadamente, por exigências de calendário eleitoral ou outras, não dignifica, ainda segundo as suas palavras, uma visão positiva da política!
O diálogo é certamente necessário. Conhecerá melhor que eu as condicionantes que pesam sobre o êxito do diálogo. Assacar a falta dele apenas a uma parte é demitirmo-nos desde logo da sua possível reconstrução.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

António Chaves Ferrão

Estamos de acordo. Penso que as coisas vão mudar..., sem ser necessário "insultar". :)

lp disse...

O Francisco afirma que não é um defensor dos «diplomas tal como estão formulados». Sim, lendo o seu anexo é o que se conclui. No entanto, no seu post, o que diz, também, é que Sócrates pode continuar a defender a Ministra e/ou as suas ditas reformas. Isso quer dizer que estas podem avançar independentemente de serem boas ou más reformas? Os seus princípios e convicções a respeito da educação subordinam-se aos interesses partidários? Desculpe lá, mas também isto pode ser apelidado de corrupção. Depois, não se vê qualquer sinal de que se vá verificar qualquer cedência no que diz respeito ao essencial destas medidas. Até porque algo que caracteriza este governo e particularmente este Ministério é a ausência de diálogo com os professores ou com os sindicatos. Houve apenas reuniões meramente formais sem grandes consequências ao nível da avaliação, da gestão das escolas ou do ECD. Por isso mesmo se assiste, agora, a diversas manifestações e à revolta da grande maioria dos professores (dia 8 de Março ver-se-à melhor, mas não tenho dúvidas de que será a maior manifestação de professores de sempre). E nesta maioria estão de certeza excelentes professores. A revolta não é, pois, dos medíocres: é o contrário, é contra um modelo que vai impor e difundir a mediocridade.
Portanto, não concordo consigo quando diz que a Ministra mostrou alguma abertura. Basta pensar no recente debate que teve na Sic Noticias, em que impôs como condição da sua presença a não presença da FENPROF. A aparente abertura para dialogar só tem que ver com uma coisa: com a revolta crescente dos professores que este governo já não pode acusar de serem apenas comunistas ou «representantes de outros partidos» (coisa que ainda fazia há uma semana atrás). A revolta tornou-se visível de mais... e as eleições estão à porta. Você sabe perfeitamente isso, meu caro. Portanto, não se admire que eu o acuse de estar a ser faccioso na sua análise, que me parece querer sair em defesa de uma determinada linha e agenda partidária.
Depois diz, também, que não é contra os professores. Mais uma vez lembra-me o discurso da Ministra que começou por dizer que perdeu os professores, mas que ganhou a população, e que, mais tarde, corrigiu esta ideia para ir repetindo que nas escolas há tranquilidade e que os professores o que querem é trabalhar em paz, procurando com isso associar a contestação aos sindicatos (nomeadamente à FENPROF - que, lembre-se, são constituídos por professores). Ora, a verdade é que, no seu post, o que transparece é a mesma emoção e precipitação que criticou ao professor de Matemática. Em todo o post estão presentes diversos insultos aos professores- que você até pode dizer que são a verdade, tal como o outro professor pode dizer o mesmo àcerca da Ministra (não sendo difícil fundamentar esta acusação).
Finalmente, a sua bagagem cultural devia ser mais do que suficiente para você reconhecer que de socialista, ou mesmo de esquerda, este governo tem pouco. Os princípios políticos, com este governo e partido, foram substituídos pela tecnocracia; quase tudo se reduz a sessões de propaganda feitas para a televisão, ao espectáculo televisivo que se serve das técnicas da publicidade e da sociedade de consumo, próprias para manipular e alienar as pessoas. Por isso mesmo digo que Sócrates não passa de um produto de marketing, de um «sabonete» vendido pela e para a televisão (como um ex-director televisivo e apoiante deste governo profetizou que iria acontecer). Quando você diz que se deve lembrar este governo da sua herança socialista, esquece-se que isso já só é lembrado por românticos como o Manuel Alegre. Consequências práticas não há, a não ser a acalmia daqueles que se sentem desiludidos com a orientação política deste governo. Daí que eu tenha que reafirmar que se verifica uma grande diferença entre os seus comentários teóricos e políticos e o seu apoio a um partido que, na minha opinião, está completamente descaracterizado: como nunca confunde-se com o PSD. Como nunca, há um vazio ideológico na esquerda (como disse o Alegre). O Francisco se realmente anda empenhado em denunciar a mediocridade e a corrupção, devia começar por fazê-lo ao nível ideológico e partidário. Cumprimentos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

lp

Não existem reformas definitivas! Este governo é reformista e está a ter muita coragem para mudar os rumos de Portugal.
Como disse a Ministra, não há reformas perfeitas. Estas são um começo que pode ser melhorado.
Além disso, este governo está no bom caminho: já existem bons indicadores de alguma mudança. Claro que sou socialista! Isso não me impede de ser livre para criticar aquilo que merece ser criticado. Agora, supor que os outros partidos à esquerda do PS são de Esquerda vai um passo muito grande que corre o risco de cair na anarquia. Eles alinham com qualquer "revolta", independentemente da ideologia política que dizem defender. Se os capitalistas se revoltarem contra o governo, lá estão eles a apoiá-los!
Cumprimentos

Pedro Luna disse...

Caro colega:

"Não existem reformas definitivas! Este governo é reformista e está a ter muita coragem para mudar os rumos de Portugal."

Uma coisa é ser reformista outra coisa é fazer disparates atrás de disparates:

- Uma Escola com poder unipessoal controlado por uma Assembleia que terá nas Câmaras e Pais os detentores de poder quase absoluto:
- Um estatuto que dividiu os professores, de forma errada e arbitrária, em professores de 1ª e de 2ª;
- Um estatuto do aluno que leva aos limites o conceito de não te rales que o diploma e portátil já estão a chegar...
- Uma avaliação burocratizada, que leva montanha de papéis e horas a fazer e com a finalidade única de dividir os professores, acabar com o trabalho cooperativo e fazer poupar dinheiro ao estado;
- Criação de uma cultura de medo e profundamente antidemocrática nas Escolas, gerando cidadão que perpetuem estes aspectos (como posso ensinar o respeito e a democracia se estes vão ficar arredados das Escolas?).

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Pedro Luna

Sempre disse e sei por experiência que a "burocracia" é inimiga da educação e do pensamento. Essa é uma boa causa! Luta contra a "papelada"!
A cultura do medo é estrutural e provavelmente está ligada à corrupção. Outra boa causa!
Sim, as reformas podem e devem ser aperfeiçoadas, de modo a evitar essas injustiças! Digo isso no Anexo.
Cumprimentos