«O melhor conceito que o pregador leva ao púlpito, qual cuidais que é? É o conceito que de sua vida têm os ouvintes. Antigamente convertia-se o mundo, hoje porque se não converte ninguém? Porque hoje pregam-se palavras e pensamentos, antigamente pregavam-se palavras e obras. Palavras sem obras são tiro sem bala; atroam, mas não ferem.» (Padre António Vieira) O “Sermão da Sexagésima” do Padre António Vieira (1608-1697) foi pregado na Capela Real, no ano de 1655. Sexagésima significa, em termos de liturgia, a segunda dominga do período litúrgico que antecede a Quaresma, ou seja, o domingo que vem quinze dias antes do primeiro domingo da Quaresma e que é, aproximadamente, o sexagésimo dia antes da Páscoa. Quaresma refere-se ao espaço de quarenta dias de jejum, que vão de Quarta-Feira de Cinzas inclusive, até ao domingo de Páscoa, inclusive. E a Páscoa é, para os judeus, a principal festa religiosa e, para os cristãos, a festa da Ressurreição de Jesus Cristo. O título deste sermão do Padre António Vieira não se refere ao assunto tratado, pelo menos aparentemente, mas à ocasião em que foi proferido e exposto. O seu tema fundamental é expor o “Sermão do sermão”, ou, mais precisamente, uma teoria geral e formal do sermão, que é, ela própria, um sermão, não um mero sermão, mas sim o Sermão, a partir do qual todos os outros sermões devem ser elaborados ou explicitados. Sendo ela mesma um sermão, a teoria geral e formal do Sermão deve aplicar-se a si mesma. Este é o princípio interno a partir do qual se deve avaliar a consistência lógica do “Sermão da Sexagésima”: lê-lo em função dos seus próprios critérios internos, sem levar em conta, numa primeira aproximação, outros sermões que compõem o vastíssimo sermanório do Padre António Vieira. A palavra "sermão" sofreu uma evolução semântica desde o século XIII até aos nossos dias. De “conversa” passou a significar “discurso religioso”, para terminar praticamente com um sentido pouco digno: reprimenda comprida e enfadonha feita por alguém a outra pessoa que o tem de «aturar». Os dois sentidos dados de sermão diferem entre si: 1) Discurso sagrado sobre alguma verdade da doutrina de Cristo, e 2) Discurso que se pronuncia no púlpito sobre assunto religioso. Ambos os sentidos atribuem ao sermão a forma discursiva. O sermão é um discurso, isto é, uma produção verbal, escrita ou falada (oral), constituída por uma frase ou por uma sequência de frases, que tenha começo e fim e que apresente certa unidade de sentido. Assim, o que distingue o sermão de outros discursos é o facto de ser um “discurso sagrado”, não no sentido de ser, ele próprio, a palavra divina viva, mas no sentido de versar sobre alguma verdade da doutrina cristã ou sobre um assunto religioso. O sermão é geralmente proferido no púlpito de uma igreja e dirige-se a uma certa audiência. Isto significa que o sermão, a actual homília, é uma prédica ou pregação. Predicar é, desde o século XIV, dizer ou expor a palavra de Deus ao povo reunido em assembleia. Portanto, o sermão como predicação insere-se no velho género oratório do “discurso epidíctico”, que visa louvar e/ou censurar alguma coisa, acontecimento ou pessoa. Mas o acto de pregar visa, em última análise, propagar o cristianismo, portanto, evangelizar. Neste sentido, o sermão é um discurso sagrado que, sendo proferido a partir do púlpito por um membro eclesial, o pregador, visa convencer, mediante uma argumentação pertinente e eficaz, o auditório a que se dirige. A pregação é o acto de enunciar um sermão, mas o proferimento do sermão é distinto daquilo que ele trata. O sermão é um discurso sacro persuasivo: o seu objectivo último é convencer o auditório da verdade das teses defendidas, em função de uma interpretação adequada da doutrina cristã. Pregar à maneira de Mestre Eckhart ou do Padre António Vieira é anunciar publicamente a palavra de Deus perante um auditório que se pretende persuadir. Pregar é evangelizar o auditório universal, mesmo quando o pregador se dirige a um auditório particular, porque todos os homens, independentemente das suas diferenças psicológicas, sociais ou mesmo biológicas, são “iguais” perante Deus. Pregar é, portanto, cristianizar e difundir a palavra de Deus por todo o mundo. A palavra de Deus revelada, mas ainda não cumprida, é, pois, o fundamento de toda a pregação. Ao adaptar o seu sermão às características específicas do auditório a que se dirige, o orador procura persuadi-lo da verdade da palavra de Deus, levando-o a agir de modo adequado e eficaz à mensagem cristã. Neste caso específico, persuadir o ouvinte é convertê-lo ao cristianismo ou, no caso deste já ser cristão, transformá-lo num cristão adulto. É certo que enquanto discurso relativo à doutrina cristã o sermão pode ser de grande valor ou de pequeno valor. A língua portuguesa impõe esta avaliação, uma vez que reserva o termo “sermão” para designar um discurso sagrado de grande valor e chama “sermoa” ao discurso de pouco valor. Ora, os sermões do Padre António Vieira são todos eles de grande valor, mas o “Sermão da Sexagésima” é dotado de uma mais-valia adicional, porque constitui o sermão que trata do próprio sermão, da sua natureza e das suas próprias finalidades. Por isso, somos obrigados a ver nele um discurso teórico que trata dos discursos persuasivos e a lê-lo à luz da “Nova Retórica” fundada por Chaïm Perelman e L. Olbrechts-Tyteca, que, como teoria da argumentação, «prolonga, amplificando-a, (a teoria) de Aristóteles»: «Considerando que o seu objecto é o estudo do discurso não-demonstrativo, a análise dos raciocínios que não se limitam a inferências formalmente correctas, a cálculos mais ou menos mecanizados, a teoria da argumentação concebida como uma nova retórica (ou uma nova dialéctica) cobre todo o campo do discurso que visa convencer ou persuadir, seja qual for o auditório a que se dirige e a matéria a que se refere». «(…) O objecto (da nova retórica) é o estudo das técnicas discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que se lhes apresentam ao assentimento» (Perelman & Olbrechts-Tyteca). Ora, o “Sermão da Sexagésima” apresenta precisamente a retórica como a arte de persuadir e de convencer através da “pesca dos entendimentos”, o que faz do Padre António Vieira um ilustre precursor da Nova Retórica, ao qual convém regressar se quisermos pensar a dimensão social e política do discurso persuasivo. Portanto, uma retórica (teológica) da libertação que tem escapado ao entendimento dos portugueses que cuidaram e cuidam da sua memória, incluindo António José Saraiva. (Como é evidente, não posso expor aqui a análise técnica que realizei da obra de Vieira, devido à sua enorme extensão. Pode ser que possa noutros posts mostrar mais algumas ideias!) J Francisco Saraiva de Sousa
31 comentários:
Com este post sobre Vieira pretendo homenagear e comemorar os 400 anos da obra deste magnífico pensador português e também brasileiro! De resto, um homem que sempre admirei por ter apreendido as diversas figuras nacionais avessas ao futuro de Portugal.
Francisco, lembro-me de um texto do Fernando Pessoa no qual ele relata o êxtase que o acometeu quando leu os sermões de Vieira pela primeira vez. Eis o trecho:
"Fui lendo, até o fim, trémulo, confuso: depois rompi em lágrimas felizes, como nenhuma felicidade real me fará chorar, como nenhuma tristeza da vida me fará imitar. Aquele movimento hierático da nossa clara língua majestosa, aquele exprimir das idéias nas palavras inevitáveis, correr de água porque há declive, aquele assombro vocálico em que os sons são cores ideais- tudo isso me toldou de instinto como grande emoção política. E, disse, chorei: hoje relembrando, ainda choro. Não é a saudade da infância de que não tenho saudades: é a saudade da emoção daquele momento, a mágoa de não poder já ler pela primeira vez aquela grande certeza sinfônica".
Pessoa tem textos giros e o que citou é um deles. Contudo, apesar de Pessoa ambicionar uma filosofia, ainda ninguém lhe deu essa "filosofia". Já tentei essa tarefa com Guerra Junqueiro e Florbela Espanca.
Mas isto acontece em Portugal, porque a nossa filosofia académica simplesmente não é filosofia. penso que no Brasil a filosofia goza de maior status, a avaliar até pelas traduções.
Não sei se a filosofia aqui goza de maior status. Há importantes acontecimentos que sinalizam um aumento da importância da filosofia no Brasil. Um deles, como você mencionou, é a crescente qualidade das traduções. Há 10 anos não tínhamos acesso a boas traduções de Nietzsche. Esta situação mudou depois do excelente trabalho de Paulo César de Souza, um filólogo que tem feito traduções muito elogiadas.
No Brasil, sobretudo em São Paulo que é a minha cidade, nos cursos de filosofia, dá-se muita ênfase à história da filosofia. Apesar de haver raras exceções como o Oswaldo Porchat, um filósofo que realiza estudos interessantes sobre o ceticismo (neopirronismo), não temos filósofos inovadores e criativos. Francisco, esclareça-me, por favor, uma dúvida: Sei que a pergunta é meio difícil (para não dizer infame), mas o que você entende por filosofia?
Obs: perdoe-me pela minha ignorância. O que são textos giros? Seriam escritos "amalucados"?
Giro significa "bonito", mas usei no sentido de textos audaciosos que convidam ao pensamento. F. Pessoa tb tem umas frases "amalucadas" que geralmente são omitidas! Mas quem não as tem?
Geralmente, não defino filosofia ou a demarco rigorosamente da ciência. Vejo-a como um campo de batalha na teoria...
Aqui também temos as nossas lutas. Daí que tenha sido escasso em relação a F. Pessoa: os escritos políticos de Pessoa deixam muito a desejar... Por isso, prefiro ver Portugal a partir do Norte (Porto)! :)
A "história da filosofia" é necessária para a formação, mas não é suficiente... O pior é que até mesma a história é mal ensinada... Dominar a história da filosofia é difícil...
Quanto às traduções, penso que tanto aí (Brasil) como cá (Portugal), os tradutores parecem desconhecer a língua portuguesa, claramente visível na maior parte das traduções. Outra lacuna: sem domínio da língua(gem) não há filosofia!
Concordo com você quando afirma que os tradutores parecem desconhecer a língua portuguesa. Sem um amplo domínio do nosso idioma fica muito difícil realizar traduções satisfatórias. Freqüentemente comparo traduções brasileiras de obras francesas de filosofia e literatura com os textos originais e fico aturdido com as aberrações feitas pelos tradutores. Acho a profissão (professare) de tradutor algo muito bonito, um trabalho artesanal. Refiro-me à boa tradução.
De traduções oportunistas todos estamos fartos.
Veja que coisa interessante. De acordo com o dicionário Aurélio, "giro" pode significar "amalucado": "O rapaz é meio giro" (op.cit., 851). Daí o meu espanto, rs.
Resumindo: só desgraças ?
:))
O Padre Vieira era apologista de obra feita, e duvido que fosse apreciador deste nosso "fado". Tratemos pois de fazer obra e deixemo-nos de lamúrias. E que de preferência a obra se faça à moda do Alentejo: devagar e bem !
:))
André: "Aurélio" é um dicionário brsileiro. Conheço-o. Bom dicionário!
Manuel: A esse ritmo não vamos muito longe! (Não gosta de Vieira?) :)))
Lá por isso dedico o próximo post a Lenine! :)))
Curioso: O dicionário prático ilustrado define "giro" como "volta" e apresenta outros sentidos associados, além de referir um jogo. Tipo: "Vou dar um giro"! Quer dizer: um passeio, uma volta.
Mas também significa "bonito/belo". E "amalucado". :)))
E o Dicionário Compacto de Morais Silva acrescenta o/a "amalucado(a)" e "engraçado". Estava a ver que usava o termo de modo deslocado! É isso: engraçado, embora nas interacções preferirmos usar "girinho(a)" para designar o engraçado que não chega a ser bonito.
Vou-lhe contar uma coisa: Ontem um mestre de cozinha 2famoso" aqui no Porto/Portugal apresentou um programa em que a convidada era brasileira. E falaram sobre a língua. a tese dele era a de que aí o vocabulário era mais rico e deu exemplos que estão no dicionário, mas que ele não reconhecia como portugueses. Um: "dobrada" e "tripas à moda do Porto". Bem sei que aqui dizem tripas, embora eu (tal como os brasileiros) diga dobrada. Ele gozava fazendo referência à gíria futebolística do Futebol Clube do Porto: a "dobradinha" é quando o Porto vence duas vezes seguidas o campeonato.
O prato a que você se refere é conhecido aqui como "dobradinha". Não acho que o vocabulário usado seja mais rico que o utilizado pelos portugueses. Talvez existam no Brasil mais termos (normalmente exóticos), mas poucas vezes são utilizados (Gilberto Freyre, em Casa-Grande e Senzala, faz interessantes apontamentos sobre o português falado em Portugal e o falado no Brasil).
Gosto das gírias e expressões portuguesas, principalmente aquelas que são anacrônicas: "Pilhéria", bazófia", "pulha", "os olhinhos estalaram de gozo" (Eça), etc. No Eça e no Camilo há um manancial de expressões engraçadas. Recentemente li o livro "A capital", do Eça. Há neste livro passagens hilárias.
Vou reler A Capital do eça, já não me lembro.
Tem razão: ela disse "dobradinha". Daí o jogo de palavras do mestre da selecção nacional. Hummm... "olhinhos de gozo" é tipico quando estamos a "dar tanga" a alguém. Cumplicidade de olhares e comportamentos. Pobre de quem está a ser "gozado". :(
Manuel
Irei brevemente postar sobre ecologia, mas aguardo o seu post novo. Se tiver outro tema, diga qualquer coisa. Não vejo o F. Dias há uns dias...
André,
Seja bem-vindo a esta pequena e improvisada ágora! É sempre um prazer ler comentários bem escritos e atinentes. :)
Infelizmente, devo confessar que quase sempre ponho de parte traduções de obras filósoficas do Brasil; as quais, entre nós, dizemos que são em brasileiro e não em português. O problema, claro está, não reside no facto de serem brasileiras, mas o facto de serem realmente más (lembro-me, por exemplo, do Ser e Tempo, que é risível!!). Os nossos irmãos espanhóis dispensam-nos em castelhano melhores peças! Ou em italiano, francês, inglês... por aqui convém saber várias línguas para ler no original, ou ter pelo menos possibilidade de comparar traduções de origem diversa.
Em Portugal, vão surgindo boas traduções, mas a ritmo muito lento... a ciência e cultura é fraco investimento, assim é entendido neste país pobre e, pior que tudo, pobre de espírito.
Sobre o "giro"... Vem de gyros do grego, que quer dizer círculo; em português quer dizer volta (e acepções subsequentes - passeio, etc.) [os italianos mantiveram este significado com mais força - Giro d'Italia (Volta em bicicleta)]. Na gíria e no seu uso mais frequente, quer dizer "bonito". :)
Mas existe alguma boa tradução de Heidegger? Suspeito que não... Saiu nova edição brasileira num tomo, eram dois tomos. Nem de Hegel temos boas traduções... Mas saiu uma boa tradução de Benjamin de Barrento! :)))
Grato pela gentileza e pelos esclarecimentos, Papillon. Estou adorando esta ágora. Trata-se de uma verdadeira comunhão.
Francisco, gostei da expressão "dar tanga". Soa bem. Entretanto só a usarei quando souber o seu significado, rs. O brasileiro tem um repertório inesgotável de expressões chulas, bizarras. Existe aqui um "Dicionário brasileiro das ofensas". De acordo com o compilador das "pérolas", tal dicionário cumpre basicamente duas funções: A primeira seria abastecer de novas chulices o repertório do leitor. A segunda seria a de lhe fornecer meios para que, além de ofender seus desafetos, deixe-os mergulhados na ignorância, afinal poucos conhecem os termos que o compilador reuniu. Aqui é o paraíso das pilhérias...
Francisco,
Ainda não arranjei tempo para o post "Potência, Velocidade e Escala"..:(
Tem sido uma semana complicada...:)
Nada tenho contra o Padre Vieira ...até porque, segundo julgo saber, tinha algumas reticências quanto ao colonialismo.
:))
Claro que gostei deste seu post, mas isso já é hábito...esta retórica de que aqui fala não será ela a "arte do bom demagogo"??
::)))
O Fernando Dias também não o tenho visto...deve ter fechado para Carnaval ...:))
Estava a pensar como se passou de giro/volta para giro/bonito.
É fácil: antes numa sociedade muito conservadora os que davam giros "andavam no engate" (supostamente). Alguém dizia ou pensava: "Que giro (volta)! Também desejo dar um giro." Associou-se o giro à pessoa que girava e que se invejava. Daí "giro = bonito = apetecível = sexy...". :))))
F.,
Heidegger é de difícil tradução, isso é incontestável, e qualquer nova tradução, traz nova interpretação. Mas é preferível ler as tentativas inglesas e americanas, à aberração brasileira dos dois tomos. A última, desconheço-a.
Papillon, concordo com você. A tradução brasileira de Ser e Tempo é risível. Digo mais: é tóxica, embota e envenena o espírito do leitor. Durante o meu curso de psicologia, optei por um núcleo de Fenomenologia. Durante dois anos tentamos, em vão, entender ao menos duas linhas desta obra. Também há o fato de que o professor era mais incompreensível do que a nossa versão do Ser e Tempo.
Manuel
Como vão os alhos? Por causa deles, levei tanga (fui gozado: André) aqui no Porto. Dizem que existem dois tipos de alhos: uns que dão flores (aqueles alhos horríveis do São João) e outros que reproduzem os alhinhos. Fiquei confuso, porque não me lembro da planta!
André
"Dar tanga" é zombar de uma pessoa, gozá-la, humilhá-la...
Mas penso que Eça usa num sentido mais erótico essa expressão "os olhinhos estalaram de gozo"..., não sei...
Francisco, n se esqueça que "gozar" no Brasil tem uma conotação sexual...
(nós sabemos porque alguns filmes pornos são dobrados em português do Brasil)
Boa noite, senhores! :)
Papillon
Sabe que vai estar aberto o Pavilhão erótico aqui no Porto (Gondomar)? Foi uma brasileira, suponho actriz porno, que fez a publicidade hoje no telejornal...
Vi nas notícias!
:) Mas o de Lx é fracote (comparado com o que dizem ser o de Barcelona, claro!)
Barcelona é loucura, porque as pessoas participam. Aqui no passado ano os homens não participaram muito! Este ano está aberto a todos e a todos os gostos! Mas penso que os tugas n alinham a fazer sex em público...
o macho lusitano é um espécime muito inibido; ao contrário dos espanhóis, italianos, brasileiros, and so on.
E as fêmeas tb! É tudo muito casto aqui. :)
Mas sejam bem-vindas estas iniciativas que vão penetrando devagarinho a sociedade portuguesa!
Papillon, aqui infelizmente (ou felizmente para muitos) quase tudo tem conotação sexual.
Ui Papillon
Esse "penetrando devagarinho" soa a muito sexo... :)))
Enviar um comentário