quinta-feira, 28 de março de 2013

Revista Desenredos: Ernst Bloch, Ontologia da Possibilidade

Porto: Passeio dos Clérigos
A Revista Desenredos - editada pelos meus amigos Wanderson Lima e Adriano Lobão Aragão - publicou o meu artigo - Ernst Bloch: Ontologia da Possibilidade. Trata-se de um pequeno artigo que posteriormente foi desenvolvido num artigo mais extenso e profundo. Admiro imenso a obra filosófica de Ernst Bloch e lamento o facto de não estar traduzida para a língua portuguesa. Porém, a minha filosofia começa a distanciar-se da Utopia Concreta de Ernst Bloch: o seu optimismo militante é-me absolutamente estranho. Por isso, em escritos anteriores procurei elaborar uma metateoria da História que, retendo o núcleo essencial do materialismo histórico, se desembaraça do comunismo como algo que é anterior ao marxismo. Deste modo, evito todos os discursos e narrativas do fim da História e da Filosofia. O meu objectivo é deixar a tradição aberta a novas actualizações a partir da finitude radical do ser humano. De momento a minha preocupação fundamental reside no futuro da Civilização Ocidental. Em vez da desconstrução da metafísica, quase sou levado a propor a Reconstrução da Filosofia, mas de uma filosofia sem ilusões. (John Dewey escreveu uma obra com o mesmo título!) Eis o meu desafio que tentarei levar a cabo definindo a filosofia nas suas relações essenciais com a ciência e a política. Daí que rejeite categoricamente o primado da democracia sobre a Filosofia. Um tempo indigente como o nosso exige coragem filosófica.  Chegou a hora de despedir a "filosofia" pós-estruturalista e pós-analítica, as quais entraram no jogo da chamada revolução conservadora advogada pelos pensadores da Alemanha Nazi!

Evasão Filosófica

Cidade do Porto
Ando muito ocupado. De momento trabalho em algo como A Reconstrução da Filosofia. Quem perceba do assunto compreende que pretendo resgatar a Filosofia anulando tudo o que foi realizado depois do estruturalismo. Tudo começou com a redescoberta de um estudo anterior onde tinha reduzido a ontologia à neuro-logia, tendo como fio condutor a Crítica da Razão Pura de Kant. Considero a ideia produtiva embora possa introduzir alguma inquietação no domínio das neurociências. Entretanto, resolvi reler as grandes obras para zelar pela integridade da Filosofia num tempo indigente.

Já escrevi dois artigos sobre a filosofia de Habermas. Regressei ao seu pensamento depois de ter jurado que não voltaria a lê-lo. Porém, agora apetrechei-me com nova artilharia para o demolir. Ele é simplesmente cansativo e vazio! Mas não é ele o alvo preferencial da minha crítica.

Estou contente com o regresso de José Sócrates à vida política: Espero que ele ajude a revitalizar a vida política portuguesa. Passos Coelho, Vítor Gaspar e José Seguro adormecem a Grande Política. Já estava cansado deste sono político!