Estátua do Porto |
Não encaro o colonialismo como um fenómeno civilizacional nefasto: se não fosse o colonialismo português lá onde construímos cidades lindas - como Lourenço Marques e Luanda - haveria hoje palhotas. As pessoas africanas não saberiam ler e escrever, nem sequer teriam história. Sim, convém lembrar que nem os índios brasileiros nem os africanos tinham inventado a escrita: eram - e, segundo Ryszard Kapuscinski, ainda são - povos tribais e selvagens. Um exemplo de tribalismo persistente: Mandela já está morto: O que é desagradável é a luta dentro da família. Um dos netos é chefe tribal e sacou os três cadáveres dos filhos de Mandela para os enterrar no território da sua tribo. Depois chega a polícia a mando de outro familiar, invade a propriedade, desenterra os cadáveres e leva-os... Enfim, a África do Sul ainda é território civilizado?
Já escrevi muito sobre Moçambique e não tenho vontade de regressar a esse tema. Porém, dado o predomínio de ideologias anti-ocidentais nefastas, sou forçado a tecer algumas considerações sobre o assunto. Apesar da existência de abundantes arquivos, os historiadores portugueses ainda não escreveram uma História (honesta) do Colonialismo Português ou uma História de Moçambique ou de Angola. Geralmente, no caso de Moçambique referem-se estas obras, nenhuma das quais escrita por um português:
1. FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBIQUE. História de Moçambique. Porto, Afrontamento, 1971.
2. HEDGES, David (coord.). História de Moçambique: Moçambique no auge do colonialismo 1930-1961. Vol.2, 2.ª edição, Maputo, Livraria Universitária, Universidade Eduardo Mondlane, 1999.
3. NEWITT, Malyn. História de Moçambique. Mem-Martins, Publicações Europa-América, 1997.
4. PÉLISSIER, René. História de Moçambique: formação e oposição: 1854-1918. 2 vols., Lisboa, Editorial Estampa, 1987-1988
5. SERRA, Carlos (coord.). História de Moçambique: Parte I - Primeiras Sociedades sedentárias e impacto dos mercadores, 200/300- 1885; Parte II - Agressão imperialista, 1886-1930. Vol. 1, 2.ª edição, Maputo, Livraria Universitária, Universidade Eduardo Mondlane, 2000.
6. SOUTHERN, Paul. Portugal: The Scramble for Africa. Bromley, Galago Books, 2010.
A primeira e a quinta obras (Carlos Serra e Companhia) são extremamente sectárias: o marxismo usado pelos autores como grelha de análise histórica viola frontalmente a letra e o espírito dos escritos de Marx. Os autores deviam meditar os textos onde Marx trata da questão colonial: Marx nunca isolou o colonialismo da teoria do desenvolvimento capitalista para aplaudir uma teoria da luta entre raças. Há racismo nas obras referidas e, de facto, nós portugueses devemos aceitar o desafio lançado por estes pseudo-historiadores e confrontá-los com os seus próprios fantasmas raciais e, no caso dos outros autores, com as formas de colonização dos seus países. A eleição de Obama despertou nalguns desses autores o desejo de liquidar o "branco" e o Ocidente. Outros ficam desiludidos com os brasileiros pelo facto de não rejeitarem a herança ocidental. E, geralmente, são benevolentes perante as investidas do Islão. Descrevem - exagerando - os supostos crimes de ódio cometidos pelos portugueses, mas omitem a violência exercida pelos negros sobre os brancos. Estes dados são suficientes para denunciar a ideologia de rancor racial que está por detrás destas histórias, para já não falar do incitamento à violência racial. Angola e Moçambique, bem como outras ex-colónias portuguesas, caminharam para a democracia; no entanto, os partidos políticos ainda são designados como movimentos de libertação dos respectivos povos. É como se ainda vivessem sob o colonialismo português: a verdade é que eles expropriaram os portugueses julgando que a riqueza se reproduz por geração espontânea e pagaram o preço por esta infantilidade mágica: o recuo civilizacional e a destruição das cidades e do tecido produtivo. Hoje são os negros que exploram e oprimem a população negra. (Já era assim antes da chegada dos portugueses ou mesmo durante o período colonial.) Marx dizia que o capital não tinha pátria e a globalização confirma isso. Hoje podemos acrescentar que o capital não tem raça: os historiadores moçambicanos tratam os árabes com benevolência, ao mesmo tempo que tecem mentiras grosseiras sobre a "agressão imperialista", esquecendo que o capital não tem pátria e raça. (O imperialismo é um fenómeno de territorialização do capital.) Os historiadores ligados ao mundo anglo-saxónico não deviam confundir o imperialismo inglês com o colonialismo português: afinal, o apartheid é uma invenção anglo-saxónica. Meus amigos: Não há raças inocentes na história; há apenas raças, umas mais primitivas, outras mais desenvolvidas, que ocupam áreas culturais diferentes. E o cristianismo - apesar dos seus erros - ajudou a suavizar e a controlar muitos impulsos criminosos. Nós intelectuais devemos fazer todos os esforços para dizer a verdade: um intelectual mentiroso é um oxímoro e um intelectual terrorista é um cérebro patológico que deseja incendiar o mundo. O seu relativismo histórico anda de mãos dadas com o terrorismo. Os africanos já deviam saber que "intelectuais" deste calibre ajudaram a afundar e a empobrecer os seus países. Sem cérebros sadios não há desenvolvimento e paz! E sobretudo isto: os vossos inimigos - como os de todos os povos do mundo - são internos. Sejam objectivos: não culpem os outros pelos vossos pecados. (A Rússia optou pela colonização continental, tal como outros países da Europa Central, e como URSS teve a oportunidade de conquistar territórios distantes. Hoje é a China que sonha com o imperalismo colonizador. Quando referem o papel do cristianismo na colonização, os autores anglófonos aproveitam a ocasião para fazer a sua propaganda protestante, enquanto os moçambicanos falam de colonização mental sem usar o mesmo conceito para designar a acção do Islão. Mas há uma diferença entre Ocidente e Islão: o Ocidente despertou em vós um sonho social de emancipação, noção estranha ao Islão. Sim, até o marxismo é um fenómeno especificamente ocidental: ele está inscrito no genoma grego.)
Anexo: Carlos Serra diz este disparate sobre o "belo": «O belo é um fenómeno misterioso. Todavia, há sempre quem defenda a sua universalidade no sentido de que em qualquer parte do mundo sempre houve e haverá quem goste do belo, sendo o belo havido como uma substância que nasce conosco e que atinge especial profundidade em certos de nós. Porém, a concepção do belo requer condições sociais propícias ao seu nascimento, à sua reprodução e, particularmente, ao seu aprofundamento. Por outro lado, a unidade do belo está em sua diversidade social e nacional. A concepção do belo é social, não natural.» O que podemos dizer sobre isto? Merda que suja a estética e viola a biologia! Vejam como entra em acção o relativismo (sob a forma de construtivismo social delirante), o nacionalismo e a luta racial. O tema de fundo só pode ser os rostos africanos. Além disso, há aqui um paradoxo: a condenação da universalidade - atribuída ao Ocidente - e a afirmação da "unidade do belo na sua diversidade social e nacional" (étnica). E facto curioso: o autor esquece que foi o discurso universal que abriu as portas à emancipação. Mais: o que é o nascimento do belo?, a reprodução do belo?, enfim o aprofundamento do belo? Noções estranhas - cosméticas? - a qualquer estética! Afinal, o belo nunca foi tratado como uma "substância": não sei donde surgiu esta ideia peregrina. Belo e gosto... aqui há gato! Carlos Serra, comunista confesso, converteu o seu relativismo sociológico em irracionalismo.
E o que diz Carlos Serra sobre a biografia? Isto: «A biografia é um dos mais fascinantes e respeitados momentos da vida social. Dá às pessoas a crença de que o biografado contém nele a capacidade fantástica de mudar a vida e as relações de outrém. Na biografia o biografado é substancializado, magicamente tornado imune às relações sociais sem as quais, porém, não pode ser ele; é feito totalidade, unificação única, centro absoluto de um determinado mundo, o "ele era assim" do senso comum.» Até compreendo o que ele pretende dizer (a relevância das relações sociais), mas não posso estar de acordo com a condenação da biografia e do papel do indivíduo na história. Com efeito, o indivíduo não é apenas sociologia incorporada; é também biologia. Começo a crer que Carlos Serra usa e abusa da noção de substância... Será que pretende esburacar a materialidade compacta da sociedade? Ou melhor: a camada electrónica da matéria social? Mas se esburacar muito vai descobrir o vazio da matéria social. As massas populares - os colectivos - inclinam-se à passagem dos vencedores!
J Francisco Saraiva de Sousa
Anexo: Carlos Serra diz este disparate sobre o "belo": «O belo é um fenómeno misterioso. Todavia, há sempre quem defenda a sua universalidade no sentido de que em qualquer parte do mundo sempre houve e haverá quem goste do belo, sendo o belo havido como uma substância que nasce conosco e que atinge especial profundidade em certos de nós. Porém, a concepção do belo requer condições sociais propícias ao seu nascimento, à sua reprodução e, particularmente, ao seu aprofundamento. Por outro lado, a unidade do belo está em sua diversidade social e nacional. A concepção do belo é social, não natural.» O que podemos dizer sobre isto? Merda que suja a estética e viola a biologia! Vejam como entra em acção o relativismo (sob a forma de construtivismo social delirante), o nacionalismo e a luta racial. O tema de fundo só pode ser os rostos africanos. Além disso, há aqui um paradoxo: a condenação da universalidade - atribuída ao Ocidente - e a afirmação da "unidade do belo na sua diversidade social e nacional" (étnica). E facto curioso: o autor esquece que foi o discurso universal que abriu as portas à emancipação. Mais: o que é o nascimento do belo?, a reprodução do belo?, enfim o aprofundamento do belo? Noções estranhas - cosméticas? - a qualquer estética! Afinal, o belo nunca foi tratado como uma "substância": não sei donde surgiu esta ideia peregrina. Belo e gosto... aqui há gato! Carlos Serra, comunista confesso, converteu o seu relativismo sociológico em irracionalismo.
E o que diz Carlos Serra sobre a biografia? Isto: «A biografia é um dos mais fascinantes e respeitados momentos da vida social. Dá às pessoas a crença de que o biografado contém nele a capacidade fantástica de mudar a vida e as relações de outrém. Na biografia o biografado é substancializado, magicamente tornado imune às relações sociais sem as quais, porém, não pode ser ele; é feito totalidade, unificação única, centro absoluto de um determinado mundo, o "ele era assim" do senso comum.» Até compreendo o que ele pretende dizer (a relevância das relações sociais), mas não posso estar de acordo com a condenação da biografia e do papel do indivíduo na história. Com efeito, o indivíduo não é apenas sociologia incorporada; é também biologia. Começo a crer que Carlos Serra usa e abusa da noção de substância... Será que pretende esburacar a materialidade compacta da sociedade? Ou melhor: a camada electrónica da matéria social? Mas se esburacar muito vai descobrir o vazio da matéria social. As massas populares - os colectivos - inclinam-se à passagem dos vencedores!
7 comentários:
Ah ah ah... o meu facebook enlouqueceu... Gente burra!
Eis a luta:
Devo ter perdido cerca de 50 amigos/as virtuais desde que tenho comentado a questão colonial. Mas isso só confirma que estou a dizer verdades - aliás banais - que certas pessoas não querem processar: ficam com dores de cabeça sempre que tentam pensar um pouco na vida.
O curioso é que essas pessoas não são democráticas: elas são extremamente dogmáticas, intolerantes e totalitárias no seu modo de pensar. Ora, pessoas deste calibre perderam toda a credibilidade democrática: a sua mente ossificada não pode criticar; o seu espírito é osso.
E, acima de tudo, não muito burras porque não compreendem o sentido das mudanças que estão a ser operadas na Europa e no mundo desde a célebre crise financeira de 2008. Reagem quase instintivamente apelando a slogans e clichés gastos pelo fluir do tempo: perderam a capacidade de imaginar novos mundos. Enfim, são cérebros fossilizados em vida.
Se consultarem o meu blogue, constatam que critiquei sempre o sistema vigente, alertando para os perigos da ideologia dos "direitos humanos" sobreposta - eclipsando-a - à lógica imanente do desenvolvimento capitalista. Devo concluir que essas pessoas faziam do Estado Social a base dos "direitos humanos" sem explicitar o modelo económico. Ora, hoje sabemos que o modelo era o endividamento: tudo isso está a ruir e continuar a defender a mesma treta é estupidez. Deleuze, por exemplo, aplaudia o fim do modelo da produção - deslocada para a China que está a crescer enquanto a Europa empobrece. Outros defendiam a economia do conhecimento e assim sucessivamente. Ora, a realidade mostra que tudo depende da produção e do trabalho...
As pessoas estão mesmo a ficar burras... muito burras.
Eu não sou relativista e muito menos irracionalista: Chegou a hora de demolir o império relativista! É o que faço no facebook convidando as pessoas a pensar de modo racional.
Zimbabwe - antiga Rodésia - e África do Sul também foram devastadas pela independência: todos esses movimentos africanos eram pró-comunistas. No entanto, a sua ideologia foi sempre mágica: expulsar os brancos e apropriar-se dos seus bens. Eles pensavam que a riqueza e o património se reproduziam por geração espontânea: as cidades foram vandalizadas, invadidas por bárbaros e destruídas. E os povos regressaram ao seu período tribal.
Toda a filosofia subjacente a este post consiste em construir uma comunidade lusófona mais atenta ao mundo: paz é o que precisamos. E unidade tb.
Olá mulheres que sofreu que sofre por amores igual eu sofri muito,eu fui morar com um homem quando eu tinha 14 anos de idade perdi minha virgindade com ele mas eu não queria nada sério com ele queria curtir a vida e meu pai queria que eu casasse com ele eu não queria casar porque eu tinha medo de sofrer e ele pegou me botou para fora de casa.Rapaz ficou sabendo que meu pai me botou para fora de casa ele foi atrás de mim e falou que me amava muito e que ia me fazer muito feliz e me chamou para ir morar com ele eu fui com medo dele me fazer sofrer,mas ele foi um homem muito maravilhoso Fazia tudo por mim tudo para mim teve filhos,eu tô eu tava segura no meu casamento feliz.Quando eu entrei em 35 anos eu lembro como hoje todo dia ele chegava em casa no horário certo para vim almoçar esse dia não veio avisou que só ia vir à noite para jantar isso começou a acontecer frequentemente mas a gente não brigava não batia a boca saia normal tranquilo mas eu tava achando ele diferente eu perguntava ele falava que era o serviço,era cansado.Aí quando foi um dia eu comentei com uma colega minha ela mandou procurar um centro espírita falei não não precisa disso isso é tudo mentira isso é tudo besteira isso não existe.E as coisas foi passando foi acontecendo mas eu não queria acreditar que aquilo estava acontecendo comigo eu tinha uma vida de princesa a gente que é mulher acha que aquilo nunca vai acontecer com a gente né a gente que é mulher acha que nunca vai precisar de ajuda do espiritismo principalmente quando a gente é rica quando a gente tem dinheiro,pelo menos eu pensava assim eu procurei fui atrás quebrei a cara com muitas pessoas que eu procurei trabalho espiritual muitas pessoas só pegou o dinheiro e não fizeram nada.Como eu sou muito católica Rezei muito muito devota rezei muito para uma solução uma pessoa que pudesse me ajudar a consertar meu casamento que tava sendo destruído.Eu já não tava saindo mais para lugar nenhum tava triste pensativa depois de ter construído tudo no meu casamento e vendo acabando daquele jeito aí a colega minha pegou me chamou para ser madrinha do casamento dela junto com meu marido aí fui no salão arrumar meu cabelo e me arrumar,eu conversando com a moça desabafando sobre meu casamento e ela perguntou se eu já tinha procurado ajuda eu falei que eu tinha procurado mas so pegaram o meu dinheiro.Aí eu falei para ela aí ela falou para mim eu vou te passar o contato de uma pessoa se ela não resolver ninguém mais resolve.Eu não vou mentir para vocês eu gastei mas tô feliz meu esposo voltou o que era antes mas antes deu procurar ajuda eu tinha descobrido que ele tava saindo eu não falo amiga por que amiga que é amiga não faz isso que disse que era minha amiga eu compartilhava tudo com ela tudo mas o importante é que meu casamento tá salvo tá tudo resolvido meu marido voltou a ser o que era comigo antes e eu vim aqui compartilhar com vocês mulheres que passou ou que tá passando o que eu passei procura essa pessoa,não faz igual eu fiz,não duvide do espiritismo eu duvidei eu não acreditava e hoje eu acredito mas tem muita gente malandra,procure se precisar que só vai resolver mesmo seus problemas procura essa pessoa eu garanto que vai resolver igual resolveu o meu o número dela é 62995590805
Enviar um comentário