Arte de Rua, Cidade-Estado do Porto |
Durante algum tempo alimentei o projecto de pensar uma filosofia em língua portuguesa, de modo a avaliar os contributos do pensamento português para a Filosofia Universal. Porém, depressa compreendi que, com excepção da Escola do Porto, os portugueses odeiam visceralmente o pensamento filosófico e científico. A imbecilidade natural dos portugueses foi pensada por Guerra Junqueiro e Teixeira de Pascoaes, entre outros ilustres portuenses. A minha experiência de exílio interior levou-me a restringir o âmbito desse projecto filosófico destacando apenas o pensamento portuense. Ultimamente o projecto filosófico portuense converteu-se num projecto político: a auto-instituição da Cidade do Porto como Cidade-Estado. Operei assim uma ruptura com Portugal, cuja morte anuncio hoje.
1. Acordei a pensar que é necessário rever todas as nossas teorias filosóficas sobre o homem nas suas relações com o mundo. O homem não é nenhuma maravilha da natureza; é talvez o ser propenso à loucura e à violência desmesurada. As antropologias propostas com base na etologia apreenderam o diabo que habita cada um dos homens. A saturação social torna-nos inimigos mortais uns dos outros. E num tal ambiente de hostilidade cada sociedade define o Outro como alvo a abater. O clima é favorável à vinda triunfal do Anti-Cristo.
2. O sebastianismo pode ser criticado de modo a revelar a "essência" portuguesa: Um povo sem história digna de ser rememorada em termos mundiais sonha com o Quinto Império realizado sob a liderança de uma figura portuguesa. Ora, nós sabemos que os portugueses são desprezados por todos os europeus e por todos os povos da terra: Um povo medíocre e inferior - um povo sem metafísica - não pode ter sonhos mundiais. Portugal é um país medíocre habitado por gente atrasada e arcaica.
3. A figura messiânica de D. Sebastião deve converter-se - mediante mutação radical - na figura do Anjo Nocturno que anuncia o Fim de Portugal. Eis o anúncio terrível do Anjo Nocturno: "Portugal está morto". Convém aceitar este anúncio e assumir todas as consequências que resultam dele. A morte de Portugal é a única maneira de fazer justiça plena aos "portugueses" - em especial aos portuenses - que ousaram pensar neste asilo de alienados mentais que foi e é Portugal. Só à luz da morte de Portugal podemos alcançar alguma redenção e serenidade. É com alegria que anuncio a morte de Portugal.
4. Não há pensamentos portugueses. Todo o pensamento genuíno afirma-se contra Portugal. Ou melhor: Todo o pensamento é, na sua essência, anti-português. Pensar contra a existência de Portugal é pensar por antecipação um mundo liberto da imbecilidade e da corrupção, esse mal dos povos latinos e atrasados.
5. A História de Portugal é uma tremenda mentira para consumo interno, porque, na verdade, um povo sem metafísica não tem história. Os pensadores que pensaram a imbecilidade do povo português sabiam que ele era incapaz de fazer história. Aliás, os portugueses não merecem a designação de "povo": "rebanho" é o termo adequado para designar uma população animal que deve ser estudada pela Zoologia - e não pela Antropologia.
6. A Globalização em marcha reserva um destino para o rebanho português: a escravatura. As pessoas são tão burras que ainda não perceberam que o retrocesso civilizacional de que se fala é o regresso da escravatura.
7. A nossa missão filosófica e política é salvar a Cidade do Porto do naufrágio de Portugal. Quando falei da metamorfose portuense do sebastianismo nacional, procurei pensar aquilo que permaneceu impensado no pensamento portuense: a metamorfose implica - em última análise - uma ruptura política da Cidade do Porto com Portugal. A Filosofia Nocturna que se insinua nas entrelinhas do pensamento portuense anuncia claramente a morte de Portugal. Porém, a noite eterna de Portugal significa um novo amanhecer para a Cidade do Porto: a morte de Portugal é o grande dia da libertação do Porto Cidade-Estado.
8. Os pensadores portuenses reagiram mal ao Ultimatum inglês e Guerra Junqueiro escreveu uma pequena obra de poesia intitulada Finis Patriae. Hoje a reacção ao eterno resgate (financeiro) de Portugal deve ser mais profunda e radical: a ruptura política da Cidade do Porto com Portugal. Mas, para consumar a grande ruptura. é necessário um novo homem, isto é, um novo portuense suficientemente corajoso para enterrar Portugal.
9. Como é evidente, um povo apático e fatalista que se ajusta pela maleabilidade da indolência a qualquer estado ou condição - o povo português segundo Guerra Junqueiro, não pode protagonizar a ruptura com Portugal. Essa missão cabe a todos aqueles que já não conseguem olhar para os símbolos nacionais sem vomitar e sentir náusea.
10. O fracasso da revolução republicana portuense levou Sampaio Bruno ao exílio. Quando regressou do seu exílio em França e na Holanda, Sampaio Bruno refugiou-se na sua terra natal - a Cidade do Porto, onde pensou o seu exílio interior. Lá no fundo da sua alma danificada ele sabia que, para salvar a Cidade do Porto do naufrágio de Portugal, era preciso romper com essa matriz nacional, cuja história é uma "série de biografias, num desfilar de personalidades, dominando épocas" (Guerra Junqueiro). Não basta sonhar a "quimera"; é preciso realizá-la. Ora, a "quimera" foi sempre para os ilustres portuenses a auto-instituição da sociedade portuense como Cidade-Estado.
Apocalipse de Portugal, o Cumprimento da Profecia:
1. A pobreza começa a instalar-se na chamada classe média e as pessoas são tão burras que não sabem o que fazer. Por este caminho, Portugal vai recuar até aos tempos do fascismo. As pessoas já vivem no modo de sobrevivência: não há futuro.
2. A classe dos idosos portugueses passa fome e não tem dinheiro para os comprimidos. Aliás, acho que os portugueses passam fome para pagar as contas e os empréstimos: Asseguram o abrigo e passam fome. Os funcionários públicos - apesar dos cortes - ainda resistem à crise.
3. Portugal já está pobre mas no próximo ano passará a ser um país do Terceiro Mundo, portanto um país miserável. A sociedade portuguesa já entrou em colapso e nunca mais sairá da miséria. Portugal é a lixeira da Europa. A mão-de-obra escrava será recrutada entre portugueses.
4. A maldição abateu-se sobre Portugal: o povo que sonhou o Quinto Império será escravizado no futuro próximo. A verdade é que não há lugar para os portugueses na sociedade do futuro. A existência de portugueses é uma crueldade. De facto, o extermínio desta raça maldita é a salvação do mundo.
5. Portugal não está na agenda nem do Anti-Cristo nem de Cristo: os portugueses nasceram sem salvação possível. O seu lugar natural é o inferno.
J Francisco Saraiva de Sousa
7. A nossa missão filosófica e política é salvar a Cidade do Porto do naufrágio de Portugal. Quando falei da metamorfose portuense do sebastianismo nacional, procurei pensar aquilo que permaneceu impensado no pensamento portuense: a metamorfose implica - em última análise - uma ruptura política da Cidade do Porto com Portugal. A Filosofia Nocturna que se insinua nas entrelinhas do pensamento portuense anuncia claramente a morte de Portugal. Porém, a noite eterna de Portugal significa um novo amanhecer para a Cidade do Porto: a morte de Portugal é o grande dia da libertação do Porto Cidade-Estado.
8. Os pensadores portuenses reagiram mal ao Ultimatum inglês e Guerra Junqueiro escreveu uma pequena obra de poesia intitulada Finis Patriae. Hoje a reacção ao eterno resgate (financeiro) de Portugal deve ser mais profunda e radical: a ruptura política da Cidade do Porto com Portugal. Mas, para consumar a grande ruptura. é necessário um novo homem, isto é, um novo portuense suficientemente corajoso para enterrar Portugal.
9. Como é evidente, um povo apático e fatalista que se ajusta pela maleabilidade da indolência a qualquer estado ou condição - o povo português segundo Guerra Junqueiro, não pode protagonizar a ruptura com Portugal. Essa missão cabe a todos aqueles que já não conseguem olhar para os símbolos nacionais sem vomitar e sentir náusea.
10. O fracasso da revolução republicana portuense levou Sampaio Bruno ao exílio. Quando regressou do seu exílio em França e na Holanda, Sampaio Bruno refugiou-se na sua terra natal - a Cidade do Porto, onde pensou o seu exílio interior. Lá no fundo da sua alma danificada ele sabia que, para salvar a Cidade do Porto do naufrágio de Portugal, era preciso romper com essa matriz nacional, cuja história é uma "série de biografias, num desfilar de personalidades, dominando épocas" (Guerra Junqueiro). Não basta sonhar a "quimera"; é preciso realizá-la. Ora, a "quimera" foi sempre para os ilustres portuenses a auto-instituição da sociedade portuense como Cidade-Estado.
Apocalipse de Portugal, o Cumprimento da Profecia:
1. A pobreza começa a instalar-se na chamada classe média e as pessoas são tão burras que não sabem o que fazer. Por este caminho, Portugal vai recuar até aos tempos do fascismo. As pessoas já vivem no modo de sobrevivência: não há futuro.
2. A classe dos idosos portugueses passa fome e não tem dinheiro para os comprimidos. Aliás, acho que os portugueses passam fome para pagar as contas e os empréstimos: Asseguram o abrigo e passam fome. Os funcionários públicos - apesar dos cortes - ainda resistem à crise.
3. Portugal já está pobre mas no próximo ano passará a ser um país do Terceiro Mundo, portanto um país miserável. A sociedade portuguesa já entrou em colapso e nunca mais sairá da miséria. Portugal é a lixeira da Europa. A mão-de-obra escrava será recrutada entre portugueses.
4. A maldição abateu-se sobre Portugal: o povo que sonhou o Quinto Império será escravizado no futuro próximo. A verdade é que não há lugar para os portugueses na sociedade do futuro. A existência de portugueses é uma crueldade. De facto, o extermínio desta raça maldita é a salvação do mundo.
5. Portugal não está na agenda nem do Anti-Cristo nem de Cristo: os portugueses nasceram sem salvação possível. O seu lugar natural é o inferno.
J Francisco Saraiva de Sousa