sexta-feira, 30 de maio de 2008

Imortalidade e Reciclagem

Na nossa sociedade, o infinito foi reduzido a uma série de "aqui(s) e agora(s)" e a imortalidade foi reduzida a uma reciclagem interminável de nascimentos e de mortes. O nosso mundo abdica da transcendência e a vida é vivida sem ser necessário dar o salto para a eternidade. Uma vida longa e em plena forma constitui hoje o valor supremo e a finalidade principal dos esforços de vida. Pela primeira vez na História da Cultura Ocidental, os mortais dispensam a imortalidade e parecem ser felizes sem ela.
A durabilidade foi substituída pelo transitório, que tem elevados preços ambientais, humanos e culturais. As pessoas vivem os dias e contam os dias sem "garantias" e sem pensar: uma vida estranha esta! Por isso, critico a cirurgia estética: ela representa o fim da Beleza natural e, nesta matéria, a natureza não privilegia todos com a mesma medida. E que beleza se compra? Um rosto martelado, retocado e repuxado é belo? Perde a elasticidade e a capacidade de sorrir/rir: é inumano e inestético. "Vida longa"? Para quê? "Plena forma"? Que forma? A verdade é que a vida perdeu todo o sentido: aquela noção moderna de conquistar a imortalidade na família, na nação, na fama individual, perdeu-se. Agora predomina a "notoriedade", mas esta é cativa do instante e daquilo a que chamo a reciclagem.
Uma obra interessante sobre este tema é a de Michael Thompson, "Rubbish Theory: The Creation and Destruction of Value", onde mostra claramente a relação estreita entre durabilidade e privilégio social e entre transitoriedade e privação social. Ao longo da nossa história, as elites de todas as épocas rodeavam-se de objectos duradouros, quase indestrutíveis e faraónicos, deixando para os pobres os objectos frágeis e corruptíveis. Hoje assistimos à inversão desta relação: estar rodeado dos restos da moda de ontem é tomado como sintoma de atraso ou privação. Este é o sentido da sociedade de consumo: mobilidade, extraterritorialidade e rejeição da vinculação aos objectos e as pessoas.
Este pensamento constitui um aprofundamento da filosofia do homem metabolicamente reduzido, mas, como este post foi muito comentado, resolvi completar o texto com alguns dos meus comentários e dá-lo por concluído, eliminando a referência à "vergonha nacional": uma massa amorfa sem história.
J Francisco Saraiva de Sousa

175 comentários:

E. A. disse...

Graças a Deus que dispensam a imortalidade! Não considero que a vida seja um valor em si mesma, mas justificar-se numa vida para além da morte é um pensamento mais-que-infantil.

E. A. disse...

Ah! E cague p'ro Benfica. Que coisa essa sua paixoneta pelo FCP.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Todos cagamos pró benfica; o benfica é que não larga a perna: muito corrupto. Afinal, não consegue vencer com a bola no pé! Tenta a secretaria... Uma vergonha nacional.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

A tese exposta é mais complexa e tem como consequência a desorientação: a durabilidade foi substituída pelo transitório, que tem elevados preços ambientais, humanos e culturais.

E. A. disse...

Ah ok, então concordamos, a noção de tempo foi sujeita à febre de consumo: tudo tem de ser rápido, e daí, superficial. Conhecimento, intersubjectividade, para n falar do nível mais básico.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, é isso tudo e estava para tratar disso, mas estou com preguiça.
Quanto à morte, tenho verificado comportamentos estranhos que ainda não sei descrever. As pessoas vivem os dias e contam os dias sem "garantias", sem pensar: uma vida estranha esta! Por isso, critico a cirurgia estética: ela representa o fim da Beleza natural e, neste capítulo, a natureza não privilegia todos com a mesma medida. E que beleza se compra? Um rosto martelado e retocado e repuxado é belo? Perde eslasticidade e a capacidade de sorrir/rir: é inumano e inestético.
Vida longa? Para quê?
"Plena forma"? Que forma? A verdade é que a vida perdeu todo o sentido: aquela noção moderna de conquistar a imortalidade na ámília, na nação, na fama individual, perdeu-se. Agora predomina a notoriedade, mas esta é cativa do instante e daquilo a que chamo a reciclagem.

E. A. disse...

É interessante, porque realmente a noção de imortalidade continua a imperar, mas sob a forma exclusivamente terrestre/orgânica. O infinito n foi deposto, muito pelo contrário, ele é ambicionado através da tecnologia, medicina, estética e, por outro lado, pela fama, diversa da glória dos poetas ou da honra dos nobres/políticos, mas a fama dos artistas pop, etc.

E. A. disse...

ya, falamos do mesmo.
Eu gostava de ter as maminhas maiores, mas depois penso: ter duas bolas de silicone, para quê? Porque "alguém" (a sociedade) me diz que é melhor ter maminhas maiores? Nestas alturas, subscrevo Sartre: os outros são o Inferno.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A massificação nivela tudo por baixo: a cultura morre num tal ambiente e, no seu lugar, emerge a opinião histérica. Este é o modelo que precisa ser alterado, para que a vida recupere encanto.

Quanto se transfiguram cirurgicamente, as pessoas revelam ausência de identidade (corporal e selfica): tratam-se como coisas, portanto, como objectos susceptíveis de ser transformados. Desfiguram-se e iludem-se com um aspecto que não é o seu originário: perda dessa originalidade e singularidade única.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas, ao contrário da imortalidade dos faraos que gravavam os seus feitos na pedra dura e resistente, os "lagartos" buscadores de notoriedade estão condenados à reciclagem: a memória perdeu-se no transitório. Tudo é efémero, gratuito e em vão... e, na verdade, já não há Personalidades que mereçam permanecer na memória.

E. A. disse...

Sim, a alta cultura de Portugal é quase inexistente. Deveria ser promovida, contrariamente aos preconceitos de que a cultura é para todos. A cultura pode ser para todos, mas não é para todos. Nietzsche, neste sentido, foi mal interpretado... os males da democracia, como esse génio, o pai Platão, soube prever. A arte/cultura deve ser determinada pela aristocracia (os melhores) e não pela theatrocracia (a multidão, as massas).

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

É isso... A democracia de massas que é, no fundo, oligarquia simulada, conduz ao caos: anarquia cognitiva.

E. A. disse...

Sim, mas os valores também mudaram, e não mudaram com o capitalismo. Torquato Tasso foi o último poeta coroado (Goethe).

Manuel Rocha disse...

Que pessimistas eles estão hoje!!!

A História se encarregará de reconstruir os seus mitos para os fornecer de bandeja às gerações futuras tal como os antepassados nos foram servidos a nós...Boa parte dos grandes pensadores que hoje admiramos passaram completamente despercebidos no seu tempo, pelo que por aí não vai o burro às couves...

Sobre as acepções de cultura, não sei se essa é matéria que se consiga reduzir a escalas e indicadores para as hierarquizar.Qual seria o critério ?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Quanto à cultura, não abdico do critério de evolução cognitiva. Assim, quando digo que a cultura ocidental é superior às outras, uso esse critério de evolução cognitiva: o facto dessa superioridade reside na própria dominação.
Exemplo: a China tinha uma cultura "rica", mas inferior à nossa: arte, filosofia, política, humanismo, democracia, ciência, enfim técnica e o próprio capitalismo são nossas. Em qualquer uma destas áreas podemos mostrar a nossa evolução: aliás, o progresso faz parte da própria evolução. E, para ter desenvolver-se, a China recorre à nossa cultura científica e técnica. Porém, esta sem a alma filosófica é mero instrumento bárbaro.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O nosso problema é outro: a máquina despejou o maquinista. Corre descontrolada e esse é o perigo, para o qual temos de arranjar uma solução.

As outras economias só emergem se as deixarmos emergir, por razões ligadas ao capitalismo selvagem e autodestrutivo. Elas usam os nossos "instrumentos"; não os inventaram: um modo de reconhecer a sua inferioridade cultural.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ou em termos simples: o capitalismo tardio está a destruir a nossa cultura ou civilização.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Uma obra interessante sobre este tema é a de Michael Thompson: "Rubbish Theory: The Creation and Destruction of Value", onde mostra claramente a relação estreita entre durabilidade e privilégio social e entre transitoriedade e privação social. Ao longo da nossa história, as elites de todas as épocas rodeavam-se de objectos duradouros, quase indestrutíveis e faraónicos, deixando para os pobres os objectos frágeis e corruptíveis. Hoje assistimos à inversão desta relação: estar rodeado de restos da moda de ontem é tomado como síntoma de atraso ou privação. Este é o sentido da sociedade de consumo: mobilidade, extraterritorialidade e rejeição da vinculação aos objectos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Parafraseando Marx, podemos definir a cultura como a actividade humana que visa converter o volátil ou líquido em sólido, isto é, unir o finito ao infinito e, por conseguinte, criar pontes que unam a vida mortal a valores imunes à erosão produzida pelo tempo. Os pilares das pontes são areias moventes: nada está garantido na nossa aventura mortal.

E. A. disse...

Manuel,

Há cultura erudita e cultura popular. Ouvir Jonh Cage ou ouvir a Madonna é diferente. Para se ouvir o primeiro, tem, quase necessariamente, de se ter educado o ouvido, portanto de se ter tido educação musical, perceber as problemátics histórico-filosóficas da música, também, dado por exemplo q o Cage dizer que fazia "anti-arte", por exemplo. Ou seja, é uma escuta activa, experiência estética. Ao passo que a cultura popular geralmente é de consumo ligeiro, visa somente o prazer imediato. As duas devem coexistir, e nenhuma deve definhar a outra. E numa sociedade democrática devem proporcionar-se, pela educação, ambas, ainda que com mais valência na primeira, dado ser intelectualmente superior.

Denise disse...

Apesar de eu saber que vou viver até aos 100, e de prezar muito a minha imortalidade, reconheço que o Francisco tem infelizmente razão quanto às linhas orientadoras da 1ª parte do semi-post... (Quanto à secção futebolística, sorry, mas passei à frente).
O que eu constato no meu dia-a-dia, nas conversas que vou tendo por aqui e por ali, nas reacções às minhas reinvindicações e exigências, é que as pessoas encolhem os ombros e numa voz sumida me escancaram um "mas é assim a vida, e nada há a fazer". Os culpados do caos a que o mundo chegou somos nós, cada um de nós, que se esconde atrás de críticas aos dirigentes. Somos nós que nos deixamos conduzir. E, como solicitude, entregamos o pescocinho ao gume afiado da guilhotina. Porque é assim mesmo, e nada há a fazer.
Pronto. Já me marafei! Irra!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Denise

Concordo que todos temos culpa. Para mudar as coisas, é preciso trabalhar e lutar em fusão: individualmente somos muito impotentes.

Denise disse...

Com esta ausência da ideia de futuro (faz-me muita confusão não se pensar no futuro), com este viver apenas o presente, com este atrevimento do esquecer o passado (arrepia-me), vive-se egoisticamente, é verdade Francisco. Há repercussões culturais, ambientais e políticas. Mas também puramente humanas, que passam, na maioria dasvezes pelos afectos.
A aposta na vivência do efémero torna muito mais fácil a manipulação dos gentios.

A cirurgia estética é um dos simtomas. Também eu, papillon, poderia aumentar o volume das minhas ditas. E se pudesse eliminaria as estrias que os meus filhos fizeram questão de deixar no meu corpo. A cirurgia estética nem sempre passa pela concepção cultural de beleza; às vezes passa apenas pelo à-vontade que uma pessoa deixou de ter com o seu corpo e que psicologicamente impede de se envolver integralmente com outra pessoa. Por outras palavras, uma forma de preservar o outro junto de si. Não sei. Estou a divagar.
Ainda bem que a minha miserabilidade financeira me impede de taanho avanço :) Assim não caio em tentação.
Porque entre uma rosa verdadeira com alguns defeitos nas pétalas semi-carmomidas e uma rosa de plástico perfeita, prefiro a primeira. Não gosto de coisas falsas.

Denise disse...

Aliás. Não será a cirurgia estética um prolongamento da maquillage com que se procura destacar a beleza do rosto, um prolongamento dos penteados, um prolongamento dos acessórios como brincos, anéis, pulseiras, um prolongamento até do póprio vestuário com que nos apresentamos à sociedade, dos wonderbras, dos saltos altos, dos perfumes, até, com que nos besuntamos, etc, etc, etc?....

E. A. disse...

Denise,

As mamas ficam maiores depois de se ter filhos?

Denise disse...

Quanto à imortalidade dos nossos grandes... estou com o Manel.

Denise disse...

Borboleta,
as mamas (as minhas) ficaram estupidamente flácidas e com estrias e sem grande sensibilidade nos mamilos depois de os meus gémeos as terem chupado durante meses infinitos até à exaustão. Se aumentaram, foi muito pouco. E eu odeio-as.

Denise disse...

Papillon,
Concordo consigo quanto à necessidade da educação para a arte. Há tipos de artede que só se pode gostar se se compreender. Daí a relatividade do conceito de liberdade.

Denise disse...

Sim, Francisco. Sozinhos somos muito impotentes. A quem o diz. Mas, e por outra, nalgumas coisitas podemos exercitar a nossa resistência pessoal. Basta não compactuarmos com certas e determinadas aberrações. Mais que revolta, façamos uma revolução em nome próprio.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ui deixemos o tempo fluir alegremente pelo corpo: desde que nascemos estamos sempre a envelhecer e a morrer. Não somos jovens eternos: a vida deve ser doce e não uma mera embalagem.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, cultura da resistência é boa...: resistir às modas e às ondas fortalece o nosso self.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Eu procuro resistir e encontrar-me nessa resistência: estar comigo e sentir-me bem comigo mesmo. É um exercício, é uma arte de viver, sem ser manipulado pelo marketing.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Prefiro seduzir o exército e fazer uma revolução radical: libertarmo-nos de quem nos oprime e nos rouba a alegria de viver sem fetiches.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Denise

Há um dado fundamental: se não tiver confiança no seu corpo, terá dificuldade em interagir com outro corpo. Os corpos nunca são perfeitos. Mas é preciso uma relação de segurança para interagir corporalmente: pequenos ou grandes defeitos não são impeditivos, a menos que a pessoa resolva competir num mercado padronizade de beldades. A maior parte das mulheres têm esses problemas: umas superam-nos e triunfam, outras ficam muito deprimidas na relação com o corpo.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Há aqui uma diferença entre homens e mulheres: não me imagino a ficar deprimido com o meu corpo, no sentido de me sentir impedido de interagir. É provável que os homens tenham uma relação mais pacífica com o seu corpo do que as mulheres. Um homem muito preocupado com o seu corpo é uma figura preocupante...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E a maior parte dos corpos masculinos não vale nada... Explore essa área e vai ver que não está sozinha, suponho...

E. A. disse...

Francisco,

Todos gostaríamos de ser mais bonitos, isso é normal... As mulheres sofrem mais com isso, porque os homens perseguem o ideal de mulher no seu sentido mais físico, ao passo que as mulheres procuram homens "inteligentes", com "sentido de humor", bla bla bla, (ainda que tb apreciem beleza masculina). Eu gosto de ver pessoas bonitas, homens e mulheres e eles existem, não são fábula, a beleza n está somente em quem a vê, confio mais na sabedoria de Safo: quem é belo aos olhos, é sempre belo/mas quem é bom, é subitamente belo. Esta é q é a verdade. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Outra coisa: De um modo geral, os homens não mentem; as mulheres é que os fazem mentir. Quanto mais mentimos, mais a mulher fica feliz..., porque lá no fundo coloca questões que só podem ser respondidas com mentiras, por vezes tão evidentes que nem elas acreditam nelas, embora finjam acreditar para manter um estado de auto-ilusão activamente induzida.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Concordo com a sua Safo: a beleza revela-se ao olhar. (Estava a tentar responder à Denise sem rodeios.)

E. A. disse...

Os homens n mentem?? Ah! Ah! Ah!
Todos os homens q conheço mentem, uns melhores e outros pior. E, geralmente, os mais interessantes e mais inteligentes mentem maravilhosamente bem...

Denise disse...

"se não tiver confiança no seu corpo, terá dificuldade em interagir com outro corpo". Tem toda a razão F., e eu até tenho uma relação de confiança comigo mesma. Há, no entanto, o medo do impacto perante o outro.
Refere, e bem, a diferença na forma como homens e mulheres se relacionam com o seu próprio corpo. Essa diferença reside, julgo, no facto de que para os homens o aspecto físico de uma mulher é fundamental para o início de uma relação amorosa. É a lei da atracção. As mulheres, pelo contrário, deixam-se seduzir muito mais rapidamente pelo interior daquele que desejam como companheiro (inteligência, humor, sensibilidade.. essas coisas). A mulher rege-se mais pelos afectos. Os homens cedem mais aos apelos biológicos.
Depois, há as excepções.
:)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Eu tb gosto da beleza e de pessoas bonitas. Espontaneamente encontramos beleza onde ela não é visível. Porém, os homens interagem com mulheres a milhas de distãncia desse padrão. Aliás, eles temem esse padrão corporificado por várias razões, uma delas a concorrência e a traição.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas os homens no momento do acasalamento seguem outros critérios tb. Ok, em geral é como dizem... :)

Denise disse...

Ah, pois, os homens mentem muito mais.
E eu odeio mentiras.
Prefiro invectivas assim à F. Sem rodeios, como disse :)))

Papillon, escrevi o meu comentário anterior sem ter lido o seu, acerca de Safo. Estamos em sintonia ;)

E. A. disse...

N percebi o seu último comment.

Denise disse...

O meu? Como assim?

E. A. disse...

Não, Deni o do F.:

Eu tb gosto da beleza e de pessoas bonitas. Espontaneamente encontramos beleza onde ela não é visível. Porém, os homens interagem com mulheres a milhas de distãncia desse padrão. Aliás, eles temem esse padrão corporificado por várias razões, uma delas a concorrência e a traição.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Uma mulher muito bela pode não dar segurança a um homem e, por isso, muitas mulheres bonitas têm vidas atribuladas e sofrem...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O padrão foi dado pela Papillon:

"os homens perseguem o ideal de mulher no seu sentido mais físico".

Denise disse...

Eu percebi:
Os homens temem envolver-se com mulheres fisicamente "perfeitas" porque se tornam, elas mesmas, num alvo muito cobiçado pelos outros homens. Estamos a falar de mulheres-objecto. Mas o ego masculino não suporta a ideia de ser trocado por um "rival".

Denise disse...

Os homens, se bem percebi o F., preferem envolver-se com mmulheres bonitas, mas não perfeitas. Essas, as segundas, são obras de arte, apetecíveis, e até tangíveis. Mas com interdição ao afecto, por se saber demasiado efémero (concorrência....).
Ness caso ainda bem que não sou bela. Homem que fique comigo é homem que gosta de mim :))))

E. A. disse...

Hmmmm... por acaso, acho q os homens que n procuram mulheres belas, são os q n têm (suficiente) confiança neles mesmos. Mas, claro, isto é da minha humilde experiência, o Francisco como técnico é q saberá.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Exacto. Temos dois tipos de tuda: aquela desencadeada visualmente, uma mulher sexy a passar na rua, mas que tende a ser distante, e a tusa da proximidade que geralmente é eficaz.

Denise disse...

E eu falo sem experiência nenhuma. Sou uma teórica :))))

Denise disse...

Ah, Francisco!
As mulheres sexys são distantes?!
Bolas... e eu que me derreto logo toda... lá se foi a minha sensualidade! :(

E. A. disse...

Até porque se reparar, as mulheres mais bonitas n têm homens tao bonitos quanto elas. É sintomático. Dado as mulheres bonitas terem muitos pretendentes, elas escolhem sempre quem as seduz melhor, e isso depende necessariamente do que tem dentro da cabeça e não da sua beleza física.

Manuel Rocha disse...

Francisco,

Como já reparou tenho algumas resistências quanto a retirar conclusões comparativas sobre os processo histórico das culturas. Essas resistências têm a ver com a minha sensação de que o "bom absoluto" escapa á nossa capacidade de racionalização. Tenho um amigo japonês para quem a superioridade cultural da sua história nada deve à convicção que o Francisco tem sobre a mais valia da nossa. Depois, não me consta que estes processos civilizacionais sejam lineares. Têm altos e baixos, sucessos e fracassos, e o futuro está todo por acontecer, logo…

Papillon,

Eu entendo perfeitamente onde quer chegar. Mas digamos que prefiro ver as valências e as sensibilidades culturais lado a lado numa relação complementar em lugar de as imaginar em patamares hierarquizados. É que da mesma forma que temos de educar a nossa sensibilidade para tirar partido de uma peça de música erudita, o mesmo temos de fazer relativamente a coisas que aparentam ser elementares mas apenas até ao dia em que temos de lidar com elas.
Depois há nesta matéria um outro fenómeno que eu considero de “apropriação” cultural ( nem sempre muito genuína, de resto ).Nas suas raízes recentes, os músicos de jazz, por exemplo, que não sabiam solfejo nem sequer liam uma pauta, produziram música sobre a qual hoje se elabora a um nível que certamente eles nunca imaginaram, tocando-se já não no under-ground de má-fama mas nos CCB’s da nossa intelectualidade. Ora eu não sou capaz de afirmar que quem hoje lhes escuta as peças as sinta melhor( ou pior ) que os seus autores primordiais.

Denise disse...

Precisamente, Papillon. Nós, mulheres, somos superiores aos homens, porque ultrapassamos a dimensão biológica das relações. Somos mais Psique. Eles mantêm-se no Eros. Por isso eles têm mais tendência para as traições e nós criamos desde o início laços de afectividade verdadeira.

Manuel Rocha disse...

Hummm...vejo que entrei fora do tópico...;))

Lamento !

:)))

Denise disse...

Aliás. Quero fazer uma ressalva. Do alto da minha inexperiência nestes assuntos, acredito que tenha caído no erro da generalização.
Mil perdões

E. A. disse...

Olhe o Serge Gainsbourg e a Jane Birkin, sei lá tantos!

Manuel Rocha disse...

Só para me "integrar"...declaro que não tenho nada contra mulheres belas...excepto se além de belas forem burras, claro !!
Isso é que me dá muitaaaaaaa insegurança !!!

;))

Denise disse...

Olá Manuel!
E as feias inteligentes?!
:))))

Manuel Rocha disse...

Olá Denise !

A essas admiro-lhes a inteligência, claro !!!

:))))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Amigos

Estamos a falar do parceiro(a) ideal ou idealizada(o), porque na realidade há incongruência entre o real e o ideal.
Sim, Papillon, quando fala da segurança ou insegurança, tem razão: essa é outra variável.
Sim, as mulheres sexy mesmo são belas: essas desencadeiam erecção mesmo à distãncia. Uma mulher não-sexy não desencadeia erecção à distãncia: precisa de proximidade e talvez de tempo. A erceção será afectivamente mediada.
Não concordo com o Manuel neste plano real/ideal: uma loura sexy mesmo burra atrai os homens, até porque ela sabe simular a burrice (usada como xamariz).

Denise disse...

Fogo, F. Mesmo à distância?! Eu nunca me excitei só de olhar para um homem! Vou ler sobre os problemas de frigidez :P

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Claro, Denise, ele fica duro naturalmente. As excitações sexuais masculina e feminina são diferentes.

Em geral, um homem não gosta de uma mulher mais inteligente do que ele, as mulheres admiram a inteligência nos homens. Uma mulher muito inteligente não é sexualmente atractiva; falo de sexo apenas. Só um homem de inteligência superior a pode admirar. Hummm... sexualmente aprende-se mas geralmente há problemas no casal.

Manuel Rocha disse...

Francisco,

Somos diferentes...deve ser dos ares do sul, mas à distãncia não funciono ( e de perto sabe deus....:))
Quanto às louras, confesso que prefiro as morenas ( mesmo que branquinhas...;)) e quando muito vistosas, sigo o avisado conselho do meu avô: "quando a esmola é grande o pobre desconfia" !!!

Ahahah!

Manuel Rocha disse...

Francisco,

Uma Mulher verdadeiramente inteligente, sabe sé-lo sem ser hostil ! Certa tipo de arrogância gratuita não tem nada de inteligente...penso eu de que, claro...:))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Estava a falar no plano estritamente dos estudos empíricos. Não estava a pessoalizar o assunto. Se assim fosse, ficava com o raciocínio corrompido, para não magoar ninguém. Isso acontece na vida real e mentimos, como já tinha dito.

Quanto aos japoneses, por muito que lhes custe, a nossa cultura é superior à deles. se assim não fosse não teriam abraçado a nossa tecnologia e pensamento científico.
Ruth Benedict escreveu um belo livro sobre a cultura japonesa e eles reagiram negativamente, como é compreensível dado estarem em desvantagem em relação à verdade.
Eu desconheço-os completamente e não preciso nada deles para continuar a viver ou a planear o futuro. O Ocidente é culturalmente autosuficiente. Qque melhor critério quer do que este para ver que as culturas são diferentes em termos cognitivos?! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah Manuel

Claro que uma mulher inteligente deixa o homem assumir o comando: chama-se dominação sexual.

E. A. disse...

Sim, isso da inteligência é muito interessante. Eu tenho um grande amigo meu, que n é por ser meu amigo mas é muito inteligente, e que me diz mesmo que só anda com mulheres que sejam nitidamente menos inteligentes q ele. E com o meu irmão é a mesma coisa, tem uma mulherzinha ao pé dele. Enfim. Penso que haja aí uma necessidade de dominação a todos os níveis...

Ah e é verdade, F., eu sou mulher e sou inteligente e gosto de homens que sejam mais inteligentes q eu, ou q o finjam bem, porque senão n dá pica, para isso, mudava de direcção... ;)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Não podemos fingir que a realidade é diferente daquilo que dissémos: são factos com os quais lidamos diariamente. :)

E. A. disse...

N percebi. De q discrepância fala?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Das diferenças que estavamos a discutir, em especial da inteligência. Neste caso específco, as próprias mães dizem mais facilmente dos filhos que são inteligentes do que das filhas: estas são bonitas. Parece ser um tratamento cultural, mas talvez não seja, já que as ratazanas diferenciam as crias em função do sexo e os machos têm tratamento especial.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ou seja, as próprias mães incentivam as capacidades intelectuais dos filhos: "o meu filho é inteligente", expressão frequente.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E os rapazes também gostam de ser bonitos, mas geralmente não lhes é dito isso; esse tratamento é reservado mais para as raparigas.

E. A. disse...

Não. Por acaso, a minha mãezinha disse sempre q eu era inteligente. E sempre contribuiu muito para a minha auto-estima e segurança enquanto mulher.
Porque, MULHERES, a beleza (existindo mais ou menos) só brilha se formos boas pessoas, coerentes e seguras, no que desejamos, façamos e sejamos. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Uma mulher superinteligente e "dominante" pode ter um homem, mas não se sente sexualmente realizada, porque o homem mostra no comportamento essa discrepância.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A Papillon está a pessoalizar o assunto. E o que a sua mãe dizia em relação aos rapazes? Não sentiu nenhuma diferença?

E. A. disse...

Claro que estou a pessoalizar o assunto. Eu pessoalizo sempre os assuntos. Conheço-me melhor a mim, depois aos meus amigos, e tb os refiro. Vou pensar em quem? N tenho estatisticas. Penso nas minhas experiências directas e indirectas.

A minha mãe tb se dirige ao meu irmão como muito bonito e inteligente, mas a relação da mãe com o filho é sempre diferente, é tipo o seu príncipe.

E. A. disse...

Acho q tb é possível serem os dois inteligentes, sendo q nenhum se destaca substancialmente. Um equilíbrio mais ou menos estável. Isso dá pica, inclusivamente no sexo, mas tb intelectualmente. Têm é de ambos serem generosos e n competirem, senão é o fim.

Denise disse...

Pois eu digo que os meus filhos são bonitos, sensíveis e inteligentes. E assumo que me atraem os homens mais inteligentes do que eu, porque gosto de aprender e crescer intelectualmente. E que me façam rir e sentir bem. E que não me façam promessas vãs nem me iludam com mentiras (prefiro saber que não gostam disto ou daquilo, mas que estão comigo por gostarem de mim).

Quanto a Ocidente/Oriente... Muito sinceramente, F., julgo que se a civilização ocidental desaparecsse à face da terra, os orientais sobreviveriam, e muito bem, sem nós. Nós somos é demasiado arrogantes para compreender que somos perfeitamente dispensáveis.
Quanto a norte / sul, em termos de hemisférios. O que acontece é que nesta nossa arrogância, permitimos que os do lado de lá alimentassem uma dependência por nós. Arrogantes, orgulhosos e ditadores. É o que é.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Se não fosse diferente ou quando não é diferente, somos confrontados com estas crianças feras, como sucede cada vez mais frequentemente nas escolas. Muitos problemas que denunciamos começam em casa..., na relação pais/filhos.
Devemos acreditar mais nos nossos instintos: eles foram programados ao longo de milhares de anos e com sucesso reprodutivo. :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Concordo consigo Denise

Eles sobrevivem bem sem nós ocidentais, até os animais sobrevivem bem sem nós homens. Porém, os africanos em vez de esperar por comida deviam cultivá-la. Desaprenderam... :(

Mas sobreviviam sem a nossa tecnologia? Sim, tb acredito que sim, porque se ficarem com ela estaremos presentes na técnica. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Nós podemos dizer:

Inventamos o pensamento racional, a filosofia, a ciência e a técnica que os não-ocidentais usam para crescer. A menos que falsifiquem a história: nós somos a cultura que inventou a civilização tal como a conhecemos.

Denise disse...

Estou consigo, Papillon.
Os meus pais, como pais, coitados, sempre me acharam bonita. Mas o que eles elogiavam perante as outras pessoas era a inteligência e sensibilidade. E nunca se coibiram de dizer que o meu irmão era um moço bonito. E é. Muito belo, o meu irmão.

E é isso mesmo, Pappy. Num casal, podem ser ambos igualmente inteligentes. A inteligência complementa-se. Há apenas que não cair no erro da competição.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Não sei se a relação homem/mulher é uma relação de competição; pensei que era mais de posse. A competição nesses termos pode estar a criar dificuldades ao futuro e já ao presente. :)))

E. A. disse...

Francisco n sente vontade de competir com uma mulher que tenha o mesmo grau de inteligência que o F.? Isso dá imensa pica!!! E depois pode-se resolver a questão de outra forma... e aí obviamente a mulher tem que ceder, visto ser uma relação hetero.

Denise disse...

Não pode, não deve ser de posse. Não pertencemos a ninguém, mas podemo-nos entregar. E uma relação n deve ser de competição, claro, mas de complementaridade.

Francisco,
Os caminhos da tecnologia poderiam ter sido outros. Se a nossa civilização desaparecesse, seria necessária uma reinvenção. E quem sabe se para melhor.
O mesmo com a filosofia, com a cultura, com tudo.

Como terminam as relações? As pessoas ficam fartas umas das outras?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas eu não disse nada contra as mulheres verdadeiramente inteligentes, até porque fui educado por uma mãe super-inteligente.
Em qualquer relação, sem cumplicidades não há futuro risonho: um homem inteligente precisa de uma mulher inteligente e vice-verso, para haver crescimento: produtividade da relação. Entramos noutro nível de debate. :)

Denise disse...

A mulher tem de ceder, Papillon?! Eu não cedo, ora!
Bem, talvez seja por isso que me divorciei... lol... não cedi :P

E. A. disse...

A minha mãe tb é super-inteligente e super-linda tb e faz anos no Domingo. :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Denise

O rompimento é muito complexo: uma mera traição pode por em causa anos de construção de uma relação e, mesmo que "aceite", deixa sempre marca: introduz falta de confiança no parceiro. O sucesso de uma relação passa pela confiança recíproca.

E. A. disse...

Denise, sexualmente falando...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

a confiança é mais mágica do que o sexo orgásmico, embora as pessoas pensem de modo diferente e errado, como mostra a desarmonia da vida actual, ou melhor, o desencontro.

E. A. disse...

Sim, claro que a confiança entre seres humanos vale mais q orgasmos. Mas confiança sem orgasmos tb é triste... :(

Denise disse...

Sim, F., e sem traição? Também se dá o rompimento. Terá a ver com a celeridade dos dias actuais? O culto do efémero? Ou, simplesmente, a paixão se esvai?

Papillon,
Mas nem sexualmente falando. Ceder?! Jamais!

Denise disse...

Mas a confiança n se exige. Oferece-se e cultiva-se. Eu parto sempre do princípio que posso confiar. Até à 1ª mentira...

E. A. disse...

Denise,
Numa relação hetero é natural que a mulher ceda. Como é que faz? Pega num dildo? Os homens gostam de dominar e a mulher gosta de s sentir dominada, os papéis podem-se inverter, mas se for sempre é estranho... :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Denise

Há um facto incontornável quanto às culturas. A Denise disse:

"Os caminhos da tecnologia poderiam ter sido outros. Se a nossa civilização desaparecesse, seria necessária uma reinvenção. E quem sabe se para melhor.
O mesmo com a filosofia, com a cultura, com tudo."

Esqueceu dizer que os não-ocidentais são "espécies" tão antigas quanto a "espécie" ocidental: os negros ficaram na agricultura da sobrevivência e não criaram escrita; os que criaram escrita, criaram-na de tal modo que viram o seu desenvolvimento cognitivo bloqueado. Este é um facto: introduzir a democracia neste assunto é adulterar a própria democracia e tapar o Sol com a peneira (é assim que se diz?).

Denise disse...

Os negros não criaram escrita mas alguém lhe impôs outras escritas; os que criaram a escrita tornaram-se em novos analfabetos...
Quanto à antiguidade das raças, os orientais n são bem mais antigos que nós?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

1ª Mentira? A Denise é muito exigente! :)

Sexo, erotismo e amor interpenetram-se mas são componentes diferentes. Numa relação, a paixão erótica arrefece de algum modo ao fim de alguns anos e dá lugar ao amor, ao vínculo afectivo. Geralmente, após 4 anos, a relação torna-se mais difícil de quebrar. (Há casais que conseguem manter essa paixão vermelha durante muitos e muitos anos, isto é, bom sexo.)
Sim, os ritmos de vida têm o seu efeito de desgaste...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Denise

Mais uma agravante para eles: mais antigos e nunca criaram a flor da complexidade.

Denise disse...

quer dizer... eu sou oriental, mas ocidentalmente aculturada.
Se o leio demasiado, F, começo a temer perder a minhe identidade, o meu self!
:))))

Denise disse...

Bem Papilon, então tenho algo de muito masculino em mim. Mais um assunto a averiguar em psicoterapia :)))
Eu cedo, mas quando sei que o outro tb cede. Uma questão de rotatividade...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Então, se a sua cultura é ocidental, não pode ser oriental: é ocidental. Essa é a sua identidade. :)

Denise disse...

Bem, eu agarrei o meu 1º homem durante 17 anos :)
Mas há relações que duram meses. semanas. Há relações que só duram uma queca!!!! :-S

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Uma relação que contabiliza quem cede ou as cedências de cada um é um pouco desinteressante: em vez de amor, há negociação permanente e esta desgasta. :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Pois, não sei, Denise. Falo a partir de estudos estatísticos...
Viva a imaginação criadora! :)))

Denise disse...

Concordo consigo, Francisco.
Abaixo a contabilidade!!!!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Essas rupturas após 17 anos são muito raras, até em New York.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A sério, pessoalmente, não suporto relações negociadas: sem cumplicidade e os relógios sincronizados espontaneamente, as coisas ficam "chatas"...

E. A. disse...

Mas eu n falei de negociação, falei da cedência natural no sexo! Ok, whatever......................

Denise disse...

.. foram 8 anos de namoro mais 8 de casamento. Não chegou a completar 17 anos...
é a minha experiência. pouco mais sei da vida

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Percebo a Denise.
Uma relação única vivida intensamente deixa qualquer um meio atordoado quando é subitamente interrompida.
Confronta-se com uma nova reaprendizagem. Deve custar muito... Precisa de coragem e seguir em frente: aprender a cheirar novamente o mundo.

E. A. disse...

Denise,

A minha natureza é de exploradora, por isso a minha narrativa de vida é diferente da sua..., gostaria de lhe perguntar, se o seu divórcio for para a frente, n tem receio de se aventurar (suponho que queira prosseguir em relações afectivo-sexuais)? Quero dizer, acho corajoso se o fizer.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Uma psicóloga americana aconselha a mulheres a não procurar, mas tb não estou seguro da validade deste conselho: ele deve ser válido talvez em idades tardias, quando algumas mães encontram as filhas na discoteca. Aí é ridículo...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, se ainda não está divorciada, tente uma reaproximação, até por causa das crias...

E. A. disse...

Ya, eu nunca fui à procura de ninguém, os homens vêem e eu escolho.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Borboleta exploradora! Caçadora de homens... :)))

E. A. disse...

Ei! Nada disso, F. Experimentei muita coisa é certo. Mas n sou "caçadora de homens", aliás muito pelo contrário.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Quando disse "procurar", era para referir aquele comportamento de busca de homem a qualquer preço, ou busca obsessiva. Muitas vezes as pessoas devem aproveitar esse interregno para colocar a cabeça em dia... e quando menos esperam eis que conhecem alguém interessante.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Caçar é actividade muito masculina!
Estava a brincar consigo, Papillon... :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Adorei a expressão da Denise: "relações que só duram uma queca". O mundo tornou-se uma queca completa... ou melhor, constantemente interrompida...

E. A. disse...

queca interrompida é chato.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

"Rotatividade"? Hummm, parece-me um termo contrário à essência activa do homem... Espero que não seja rotatividade do "dildo"... :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Muito chato e frustrante! Meia-queca seria termo melhor, não sei...

E. A. disse...

Por falar em interrupção, daí que é aconselhável a ter parceiro fixo e de confiança para n ter de usar preservativo.

Simone de Beauvoir na rtp2, messieurs!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ya, preservativo atrapalha: monogamia estrita dá tusa de segurança! :)

Denise disse...

Ora amigos, eu estou muito bem!
Sim, F.,o divórcio já saiu.
Não, P., não receio novas aventuras afectivo-sexuais. Mas o primeiro sema é imprescindível.
E não concordo consigo, F. Não há limite de idade para um mulher procurar a sua felicidade afectiva e/ou sexual, ora essa! Nem tenho nada que procurar uma reaproximação por causa das minhas crias. Ele continua a ser pai e eu continuo a ser mãe. Agora, não nos obriguem a sermos amantes! Há quem me ache conservadora, mas o Francisco consegue suplantar-me!
Quanto a interrupções, há interrupções e interrupções, por isso, há umas chatas e outras perfeitamente aceitáveis.
E quanto a preservativo... Acho que toda a gente pensa o mesmo, não?

Gostei, Francisco, do salto metonímico: "o mundo tornou-se numa queca completa!" :))) Resta saber se das boas. Mas se o bem conheço... não chega ao orgasmo :-P

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Denise:

Orgasmo, sim chega ao orgasmo, mas não passa daí: eis o problema. (Eu sou eu: guardo-me. Não tenho nada a dizer sobre mim: estou exilado neste país cinzento. Os meus orgasmos são meus. Também não estava a referir o sexo, mas um modo de não-ser-no-mundo.)

Papillon:

Estive a ver a Simone Beauvoir: uma vida complexa. Aa vida, como diz Beauvoir, não se possui, passa... Deve ter tido um final amargo: não preparou a velhice.
Aliás, poucas são as pessoas que se preparam para a morte, aquele momento que nos rouba a vida, lançando-nos no silêncio total.

Boa noite, amigas

Denise disse...

Boa noite, camaradas.
Eu sinto-me preparada para a morte. Todos os dias :)
Até amanhã (espero)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Um dia dá-nos a receita, Denise. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Resumindo: Foi um documentário triste, muito triste. De facto, as quecas de Beauvoir foram em vão, é tudo em vão... Somos meros mortais assustados. Uma relação estranha com Sartre! Causas perdidas! Amores gratuitos! cartas de amor tontas! Tudo ilusão! :)

E. A. disse...

Bem como somos diferentes, caríssimo!
Aquilo foi tudo verdadeiro! Fez sentido porque foi a vida dela! Foi em vão porquê? Dante foi coroado poeta, mas tb morreu, a imortalidade que dá a História tb é vã!
É tão bom amar! Quem me dera ter sido "aluna" dela!
Sarte tinha boca de sapo e olhos de camaleão, mas tb n me importava de ser amiga dele. ~
Que relação estranha com Sarte? Porque diz isso? Nunca teve amizades com mulheres? De facto, tenho amigos homens que n têm amigas, só amantes!
Eles eram colegas de trabalho, amigos e amantes qd havia desejo, é isso a vida!
O Francisco passa ao lado do essencial, se insiste em pensar assim...

E. A. disse...

De facto, tenho amigos homens que n têm amigas, só amantes!
(isto lido parece conraditório, mas... n é)

E. A. disse...

Mas atenção, n gostei do documentário, porque esperava mais filosofia e história e menos quecas. Nunca me interessa muito a vida sentimental dos criadores/pensadores.

E. A. disse...

"Cartas de amor tontas!"
O Francisco é que é tontinho de todo:

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


Álvaro de Campos, 21/10/1935

E. A. disse...

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

Sublinho estas duas estrofes, como sublinho o patético inconsciente que existe em si. Quer ser muito sério, mas n se apercebe do quão tonto é.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Afinal, estamos em sintonia:

"Mas atenção, n gostei do documentário, porque esperava mais filosofia e história e menos quecas. Nunca me interessa muito a vida sentimental dos criadores/pensadores."

Foi isso que disse basicamente: muito sentimentalismo e pouco sumo de pensamento.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Quanto às cartas de amor, são ridículas, como diz o poeta. O tempo das cartas de amor já passou. Estamos na era das novas tecnologias: hoje é cybersexo e cybernamoro.
Sou deste tempo, não do passado. Além disso, acho melhor fazer sexo do que escrever sobre o "amor".

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ou então, telefonamos: sexphone.

E. A. disse...

sexphone?
oh Francisco... poupe-me. Eu fazia "sexphone" antes de perder a virgindade.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ok, escreva cartas de amor...

E. A. disse...

Claro q escrevo cartas, e-mails, sms's de amor.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Eu não escrevo essas cartas; prefiro pensar no mundo numa perspectiva cosmopolita. Sou todo kantiano.

E. A. disse...

Kant morreu virgem.

Você é todo chato, é o q é.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Não sei se Kant morreu virgem; não privei com ele.
Eu não sou mesmo nada virgem: sempre me exercito no sexo.
Não sou chato; a Papillon é que, por vezes, parece ter saudades de um tempo que já não é nosso. Escrever cartas já não é uma actividade normal nos nossos tempos: o correio é hoje mais electrónico.

E. A. disse...

"Cartas de amor" é um significado e uma intenção; pouco importa se são por via CTT, se por correio electrónico...

E sim é chato. è chato, chatinho, chatão.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

AAinda hoje me disseram que estava "apetecível"... Ninguém pensa que sou "chato", porque gostam de estar comigo, devido à aventura. Gosto de desafios e agora vou emigrar interiormente para regressar a esfera pública.
Gosto de pensar, tal como Sartre, sobre o qual tenho escrito, e partilhar com os "amigos": a Internet possibilita essa magia. O pensamento mais privado torna-se público. Já percebeu a magia desta tecnologia da comunicação? Daí a lembrança de Lessing: Open Mind, diálogo constante e interminável, manifestação da qualidade daquilo que é humano: um entre-espaço, um mundo fantástico a explorar. Esta é a mensagem da minha cyberfilosofia. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Quando me referi a Kant, pensava no seu projecto de história universal: a Internet é o começo concreto da cidadania mundial. Tal como sartre e Beauvoir, sou todinho empenhado na tarefa de mudar o mundo e, como vimos ontem, não é a queca que muda o mundo...

E. A. disse...

Yupiiiii... Francisco, o aventureiro! Está bem. Fixe para si.

E. A. disse...

Já percebeu a magia desta tecnologia da comunicação?

Não percebo, porque sou burrinha, o Francisco é q é super-inteligente.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Yupppppppiiiiiiiiiii, a Papillon esquece a retórica! :)

E. A. disse...

Weeeeeeeeee... mas o F. como é tão generoso e tão empenhado em mudar o mundo, faz lembrar mesmo aos mais amnésicos, ilumina os mais néscios e cultiva os mais estéreis. Obrigada, F.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Não percebi, Pappi...

André LF disse...

Olá, amigos! Lamento ter perdido esta discussão interessante :(
Fracisco, recentemente encontrei umas colegas psicólogas. Notei que elas estavam "puro Logos". Falavam como homens (viragos), estavam agressivas e competiam entre si pela primazia da razão.
Parece-me que elas sufocaram os belos atributos femininos que tiveram outrora. Para brincar com elas, escrevi um texto intitulado "Digressões sobre a antimulher". Ficaram possessas comigo :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Olá André

Ontem aqui este projecto de post deu celeuma e foi giro debater estes assuntos.
Sim, as mulheres agora ficam facilmente "possessas" e não sei porquê! Por um lado, não passam sem os homens, mas, por outro lado, tendem a baralhar tudo e, por vezes, impedem o crescimento do conhecimento, como sucade aqui nas Faculdades: onde há mulheres raramente há pensamento. (Há muitas e brilhantes excepções: refiro-me ao tipo "possessa".)

André LF disse...

Francisco, muitas são possuídas por um daimon consumista e metabolicamente reduzido. Bons tempos aqueles em que havia sacerdotisas :)

André LF disse...

Papillons e Denise, não se enfureçam com o que disse. Vocês são exceções :)

André LF disse...

Francisco, permita-me homenagear as minhas amigas virtuais com alguns aforismos:

Κακόν άναγκαίον γυνή
A mulher é um mal necessário (Filémon)

Muliebris lacrima condimentum est malitiae
As lágrimas de uma mulher são o condimento da malícia (Públio Siro)

Mulieribus longam esse caesariem, brevem autem sensum
As mulheres têm cabelos longos e idéias curtas (provérbio medieval)

Rara est...concordia formae/atque pudicitiae
É raro encontrar juntos beleza e castidade (Juvenal)

Χειμών κατ οίκους έστίν άνδράσιν γυνή
Para o homem, a mulher é uma tempestade em casa (Arsênio)

Des sexes, je n’en connais que deux: l’un qui se dit raisonnable, l’autre qui nous prouve que cela n’est pas vrai.
De sexos, conheço apenas dois: um que se diz racional, outro que nos prova que isso não é verdade (P. de Marivaux)

Menos mal te hará un hombre que te persiga, que una mujer que te siga (B. Gracián y Morales)

Quelque mal qu’un homme puisse penser des femmes, il n’y a pas de femme qui n’en pense encore plus mal que lui.
Por pior que um homem possa pensar das mulheres, não há mulher que não pense pior ainda do que ele. (N. de Chamfort)

Der Mann ist für das Weib ein Mittel: Der Zweck ist immer das Kind.
Para a mulher, o homem é um meio: o objetivo é sempre o filho. (Nietzsche)

Der Mann darf das Sinnliche in vernünftiger Form, die Frau das Vernünftige in sinnlicher Form begehren... Das Beiwesen des Mannes ist das Hauptwesen der Frau.
Ao homem é lícito desejar as coisas sensíveis de maneira racional, enquanto à mulher é lícito desejar as coisas racionais de maneira sensível...A natureza secundária do homem é a principal da mulher. (Novalis)

Γυναιξί χόσμον ή σιγέ φέρει
Às mulheres convém o silêncio (Sófocles)

O silêncio embeleza todas as mulheres (Sófocles, Ajax)

Das Weib war zweit Fehlgriff Gottes
A mulher foi o segundo erro de Deus (Nietzsche)

There is no fury an ex-wife searching for a new lover
Não existe fúria igual a uma ex-mulher em busca de um novo amante (C. Connolly)

Das böse Weib? Ein einzig böses Weib lebt höchstens in der Welt: nur schlimm, daß jeder seines für dieses einzige hält
A mulher ruim? No mundo vive, no máximo uma mulher ruim: pena que cada um considere a sua como tal (Lessing)

Intolerabilius nihil est quam femina dives
Não há nada mais intolerável do que uma mulher rica. (Juvenal). Obs: lembrei-me da Paris Hilton...

Nichts ist unergründlicher als die Oberflächlichkeit des Weibes
Nada é mais insondável do que a superficialidade da mulher (Karl Kraus)

Le donne, come i sogni, non sono mai come tu le vorresti
As mulheres, assim como os sonhos, nunca são como você gostaria que fossem. (L. Pirandello)

Laissons les jolies femmes aux hommes sans imagination
Deixemos as mulheres bonitas aos homens sem imaginação. (Proust)

Quod uni dixeris omnibus dixeris
O disseres a uma terás dito a todas (Tertuliano)

E. A. disse...

Olá André!

Não, claro q não, também sonho com Sibilas e Diotimas! Já n existem...

E. A. disse...

Rara est...concordia formae/atque pudicitiae
É raro encontrar juntos beleza e castidade (Juvenal)

Eu fico com esta e me vou!

Obrigada, André! Muito interessante.

Denise disse...

Puf. Vocês, homens, são incontornáveis... Vou ler o seu novo post, F.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A Papillon foi-se... :(

André

Bela a sabedoria dos nossos antepassados! Alguns ornamentos culturais mudaram, mas a própria coisa não mudou. Aliás, o sexo não progride...; a culinária progredi..., tudo parece progredir, mas o sexo permanece muito igual...

André LF disse...

Também estou indo! Vou a casa de uns parentes. Convidaram-me para comer uma feijoada :)
Francisco, espero que aprecie os aforismos

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

André

Sim, adorei os aforismos. Uma teoria masculina sobre as mulheres! :)

Denise disse...

(pois eu não lhes achei piada alguma)
Por que retirou o seu post mais recente, F.?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Denise

Estou a construí-lo aos poucos, porque o tema se tornou complexo.

E. A. disse...

O ser que é, para a maior parte dos homens, a fonte das mais vivas, e diga-se mesmo, para vergonha das voluptuosidades filosóficas, dos mais duradouros prazeres; o ser para quem ou em proveito de quem se dirigem todos os seus esforços; esse ser terrível e incomunicável como Deus (com a diferença de que o infinito não se comunica porque cegaria e esmagaria o finito, enquanto o ser de que falamos é talvez apenas incompreensível porque não tem nada para comunicar), esse ser em quem Joseph de Maistre via um belo animal, cujas graças alegravam e tornavam mais fácil o jogo sério da política; para quem, mas sobretudo por quem, os artistas e os poetas compõem as suas mais delicadas jóias; de quem advêm os prazeres mais enervantes e as dores mais fecundas, a mulher, [...].

Baudelaire, O Pintor da Vida Moderna


Acabei de dedicar este excerto a um comentador do meu blog e, em continuidade com os aforismos do André, deixo-o também aqui.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Obrigado, Papillon.

Estou a construir o meu novo post e a mudar legeiramente o seu rumo previsto: sonho para a frente a la Bloch. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

André

Um dia destes faço um post com os seus aforismos e o texto da Papillon.
Gostava de ler o seu texto para as psicólogas! Já sabe se quisar postar qualquer coisa pode contar com este blogue. :)

André LF disse...

Francisco, vou lhe mandar o meu texto sobre as minhas colegas psicologas! Pretendo em breve inaugurar um blogue. O que me inspira e (estou usando um teclado que nao acentua) a cumplicidade dos meus amigos portugueses!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

André

Temos um novo amigo Goggly: deixou 2 comentários no post "a agonia do homo sexualis". Logo que tenha tempo vou ver com mais atenção o seu blogue. :)