«O ciúme teme perder o que possui; a inveja sofre ao ver o outro possuir o que quer para si. O invejoso não suporta a visão da fruição. Sente-se à vontade apenas com o infortúnio dos outros. Assim, todos os esforços para satisfazer um invejoso são infrutíferos. O ciúme é uma paixão nobre ou ignóbil, em função do objecto. No primeiro caso, é emulação aguçada pelo medo. No segundo caso, é voracidade estimulada pelo medo. A inveja é sempre uma paixão vil, arrastando consigo as piores paixões». (Crabb) Os portugueses conhecem bem esta paixão vil que é a inveja e que, na linguagem popular, é denominada "mal de inveja". Teixeira de Pascoaes viu nela um dos maiores defeitos da "alma pátria": "Somos fantasmas querendo iludir a sua oca e triste condição. Por isso, o valor alheio nos tortura, revelando, com mais clareza, a nossa própria nulidade". Porém, na sua ingenuidade, não soube elaborar uma psicopatologia portuguesa e, deste modo, descobrir o mal radical que habita plenamente a alma portuguesa. A inveja é destrutiva e, se ela é "um esqueleto de hiena visionando um cemitério", como diz Pascoaes, então Portugal é esse mesmo cemitério, do qual a esperança foi sempre-já expulsa. A História de Portugal está ferida de morte desde o seu começo: o matricídio cometido por Afonso Henriques foi introjectado e, posteriormente, projectado por todos os portugueses nutridos no e pelo mau seio e, desse modo, incapazes de retomar o bom seio, o da gratidão. Pascoaes não compreendeu que a inveja é, como diz Klein, "o sentimento raivoso de que outra pessoa possui e desfruta algo desejável, sendo o impulso invejoso o de tirar este algo ou de estragá-lo". A inveja pressupõe a relação do indivíduo com uma só pessoa e esta relação origina-se na relação primordial e arcaica com a mãe. Embora esteja fundado na inveja, o ciúme envolve uma relação com duas pessoas, no mínimo, e diz respeito "ao amor que o indivíduo sente como lhe sendo devido e que lhe foi roubado, ou está em perigo de sê-lo, pelo seu rival". Melanie Klein (1882-1960) concedeu à inveja uma posição de importância central, tanto na compreensão da psicopatologia como no processo de tratamento, na sua concepção do conflito que está na origem do desenvolvimento. Aparentemente distante de Freud, mas talvez mais próxima de Rank ou de Ferenczi, Klein interessa-se pelos momentos pré-edipianos deste desenvolvimento e coloca em jogo a complexidade das relações que se estabelecem entre a mãe e a criança antes da intervenção do pai que provocará a violência do complexo de Édipo. Deste modo, Klein é levada a mostrar que a figura da mãe é ambivalente. A mãe pode tanto recompensar como frustrar a criança e, por isso, aparece sucessivamente como "bom" e "mau" objecto: quer dizer que o mesmo objecto é, para a criança, bom e mau, que amá-lo é também querer destruí-lo e que a figura da mãe reúne e evoca todos os sentimentos da criança, até mesmo os mais contraditórios. A presença da contradição no sujeito tende a apagar-se em proveito do nascimento de um conflito no interior dos laços privilegiados que ligam a mãe e o filho. A mãe é, portanto, o próprio modelo de toda a ambivalência. As origens da inveja derivam da agressão constitucional e a inveja precoce representa uma forma particularmente maligna e desastrosa de agressão inata. Todas as outras formas de ódio da criança são dirigidas para maus objectos que são sentidos como perseguidores e maus. Por isso, a criança odeia-os e fantasia com a sua tortura e destruição. A inveja é, pelo contrário, ódio dirigido contra bons objectos. A criança sente a bondade e os cuidados que a mãe lhe oferece, mas sente-os como insuficientes e ressente-se com o controle omnipotente da mãe, capaz de a alimentar, de a libertar dos impulsos destrutivos e da ansiedade persecutória e de a proteger de toda a dor e males provenientes de fontes internas e externas. Ora, o primeiro objecto a ser invejado é o "seio nutridor": o bebé sente que o seio possui tudo o que deseja e que é dotado de um fluxo ilimitado de leite e de amor que guarda para a sua própria gratificação. Porém, o seio materno fornece o leite em quantidade limitada e depois pára. Na fantasia da criança, no seu mundo interior povoado de fantasmas, o seio é sentido como guardando avaramente o leite para os seus próprios objectivos. O ressentimento e o ódio associam-se a esta fantasia do seio inexaurível e o resultado é uma relação perturbada com a mãe. A inveja primária do seio materno desencadeia ataques sádicos ao seio materno, determinados pelos impulsos destrutivos, que visam estragar o objecto: o seio é odiado e invejado pelo facto do bebé sentir que é um seio mesquinho e malévolo. Nas suas formas subsequentes, a inveja deixa de estar focalizada no seio e é deslocada para a mãe que recebe o pénis do pai, que possui bebés dentro dela, que dá à luz esses bebés e que é capaz de amamentá-los, e, nos estágios iniciais do complexo de Édipo (quarto e sexto mês de vida), para o pai, visto como um intruso hostil e acusado de ter raptado o seio nutritivo e a própria mãe, dando início ao desenvolvimento do ciúme. Klein distingue a inveja da voracidade, na qual o bebé quer ter todos os conteúdos do bom seio somente para si, sem se importar com as consequências para o seio, que imagina sugar até o secar. Para o bebé voraz, a destruição não é o motivo mas a consequência da ganância. Na inveja, a criança quer destruir o seio e estragá-lo, não porque seja mau, mas porque é bom. Como a riqueza do seio está fora do seu controle, a criança não pode tolerar a sua bondade e, por isso, deseja estragá-lo. O dano causado por esta inveja resulta da corrosão da primeira cisão entre seio bom e seio mau: as cisões e dispersões de objectos em bons e maus, internos e externos, precipitam e correspondem a cisões dentro do próprio self. No ódio não-invejoso, a destruição é dirigida contra os objectos maus: os objectos bons são protegidos pela cisão e, por conseguinte, o bebé pode sentir-se, pelo menos uma vez ou outra, protegido e seguro. Porém, em virtude da inveja, a criança destrói os bons objectos, a cisão é desfeita e ocorre um aumento da ansiedade persecutória e do terror. A inveja destrói a possibilidade de esperança. Se o objectivo da voracidade é a introjecção destrutiva, isto é, escavar completamente, sugar até deixar seco e devorar o seio, a inveja "procura não apenas despojar dessa maneira, mas também depositar maldade, primordialmente excrementos maus e partes más do self, dentro da mãe, acima de tudo dentro do seu seio, a fim de estragá-la e destruí-la". Isto significa que a inveja visa "destruir a criatividade da mãe". Este processo que deriva de impulsos sádico-uretrais e sádico-anais constitui um aspecto destrutivo da identificação projectiva, conceito usado por Klein para descrever as extensões de cisão nas quais partes ou segmentos reais do ego são separadas do resto do self e projectadas nos objectos. Klein traça a linha divisória entre inveja e voracidade, dizendo que "a voracidade está ligada principalmente à introjecção e a inveja à projecção". A pessoa invejosa é insaciável, destrutiva, ladra, maldosa e fraca. A inveja intensa do seio nutridor interfere com a capacidade de satisfação e, por conseguinte, solapa o desenvolvimento da gratidão: a voracidade, a inveja e a ansiedade persecutória estão interligadas e intensificam-se reciprocamente. A inveja estraga o objecto bom originário e alimenta os ataques sádicos ao seio, que, em face disso, perde o seu valor e torna-se mau por ter sido mordido e envenenado pela urina e pelas fezes. Com a capacidade de fruição arruinada, a inveja torna-se persistente e a gratidão não se desenvolve para mitigar os impulsos destrutivos. Devido à inveja persistente, a criança torna-se incapaz de construir seguramente um objecto bom interno. Pelo contrário, a criança com uma forte capacidade de amor tem "uma relação profundamente enraizada com um objecto bom e pode suportar, sem ficar profundamente danificada, estados temporários de inveja, ódio e ressentimento que surgem mesmo em crianças que são amadas e recebem bons cuidados maternos". Mas, como estes estados negativos são transitórios, a criança pode recuperar facilmente o objecto bom, sem prejudicar o estabelecimento das bases da estabilidade emocional e cognitiva e de um self forte. Esta relação positiva com o seio materno constitui, no decurso do desenvolvimento, a base sólida para a dedicação e a vinculação a pessoas, valores e causas, que absorvem, em certa medida, uma parte do amor que era inicialmente sentido pelo objecto originário. O sentimento de gratidão deriva da capacidade de amar e, conforme observa Klein, é fundamental para "a construção da relação com o objecto bom" e para avaliar e apreciar o que há de bom nos outros e em si mesmo. A pessoa invejosa não pode realizar esta tarefa de reparar o objecto bom, por ser demasiado influenciável e, portanto, incapaz de confiar no seu próprio julgamento. De modo diferente de Freud, Klein considera que a ansiedade primordial derivada do trauma do nascimento (Rank) constitui a ameaça de aniquilamento pela pulsão de morte interna: o ego que "existe desde o início da vida pós-natal", e cuja primeira e principal função "é lidar com a ansiedade", está ao serviço da pulsão de vida e, nesta luta primordial entre as pulsões de vida e de morte, compete-lhe deflectir essa ameaça para fora, de modo a preservar a sua identidade e a sentir que possui uma "bondade" própria. Enquanto a capacidade de amar promove as tendências integradoras e o sucesso da cisão primordial entre o seio bom e o seio mau, protegendo o self das identificações indiscriminadas com uma variedade de objectos e dando-lhe uma sensação de que possui bondade própria, a inveja excessiva interfere na cisão fundamental e no sucesso da estruturação de um objecto bom, donde resultam o enfraquecimento do self e a perturbação das relações de objecto. Assim, as crianças com capacidade de amar forte sentem menos necessidade de idealizar do que as crianças dominadas por impulsos destrutivos e pela ansiedade persecutória: "a idealização é, portanto, um corolário da ansiedade persecutória e o seio ideal é a contrapartida do seio devorador". Com a danificação da capacidade de selecção e de discriminação, o self fraco do indivíduo invejoso é levado a trocar constantemente de objecto amado, porque nenhum objecto pode preencher integralmente as expectativas: o objecto idealizado anterior é sempre sentido como um perseguidor e nele é projectada a atitude invejosa e crítica do sujeito. "Tudo isto leva, como diz Klein, à instabilidade dos relacionamentos". Além disso, a inveja excessiva interfere na gratificação oral adequada, estimulando a intensificação dos desejos e tendências genitais. Este início prematuro da genitalidade é frequentemente "causa da masturbação compulsiva e da promiscuidade sexual" e, em virtude da inveja excessiva do seio nutritivo e do sentimento de ter estragado a sua bondade através de ataques sádicos invejosos, pode estar ligado à ocorrência precoce da culpa. Segundo Klein, a atitude invejosa e destrutiva em relação ao seio nutritivo está na base da crítica destrutiva, descrita como "mordaz" e "perniciosa", dirigida contra a criatividade, cuja contrapartida benéfica e saudável é a crítica construtiva que visa ajudar a outra pessoa a aperfeiçoar o seu trabalho. Enfim, para não prolongar muito mais este post, diremos que a inveja está ao serviço da pulsão da morte e, nessa missão, constitui uma força destrutiva da vida e da criatividade: proíbe o sonhar acordado e paralisa o movimento de ir para a frente, como se verifica facilmente ao longo da História de Portugal, cujo objecto idealizado é a ideologia sebastianista que culmina no antiprojecto do Quinto Império de Fernando Pessoa e que se manifesta regressivamente no reino da imitação invejosa e maldosa: o luso-reino "simiesco" (Pascoaes) em que o espírito de iniciativa e as forças criadoras cedem o seu lugar ao espírito imitativo e ao pensamento de rebanho, porque, "sempre que o homem hesita na sua humanidade, aparece o macaco" (Pascoaes), ou melhor, o homem metabolicamente reduzido. As forças criativas nacionais estão condenadas à morte em vida ou ao êxodo, porque a inveja portuguesa corrompe Portugal e fecha sistematicamente as portas ao advento de um futuro inteiramente novo. J Francisco Saraiva de Sousa
29 comentários:
Uma advertência: a leitura proposta de Melanie Klein tem em conta as quatro fases da sua teoria, embora esteja fortemente apoiada na última fase (1946-1960), até porque o ensaio "Inveja e Gratidão" (1957) pertence a esta fase final e terminal. Aparentemente, Klein abraça o modelo estrutural-pulsional de Freud, mas a sua teoria move-se já no terreno do modelo estrutural-relacional. Em última análise, as pulsões de vida e de morte (metapsicologia freudiana) são relações. Contudo, não abordei este conflito de problemáticas...
Hoje estou provocante e, em face disso, lanço um desafio: Já repararam que os portugueses invejosos, quando são convidados para entrar na nossa casa, pedem, mais cedo ou mais tarde, para ir à casa-de-banho? Este comportamento tem um significado: visa envenenar e poluir o nosso espaço que eles vêem como uma extensão das nossas qualidades boas que invejam. E, como este, poderiamos referir tantos outros comportamentos invejosos e profundamente maldosos! :)
Sim, a gratidão deriva da capacidade de amar! É isso mesmo! O F. deve ser alvo de muita inveja, mas talvez as mulheres lhe possam servir de bálsamo, pois as mulheres têm mais capacidade de amar e são muito mais compassivas e gratas. :)
Hoje lia Russell e pensava no que ele dizia sobre a educação democrática: sob o princípio de que somos todos iguais, pode nascer ressentimento e profunda inveja de quem extravagantemente se destaca por algum talento, podendo mesmo ser abafado pela horda.
[Bem este seu último comentário é um pouco parvo: é natural que, se convidar as pessoas para jantar, elas se sirvam da casa-de-banho ou se passem mais de meia-hora em sua casa que tenham vontade de urinar, ou se forem mulheres de se verem ao espelho, etc. etc. etc.]
Hummm... Não é parvo, se reparar que me referi às pessoas que sabemos que nos invejam profundamente e que, frequentemente, danificam o nosso património. Não me referia a qualquer pessoa amiga mas a estes que são invejosos. Capta-se facilmente... e detectam-se os sinais por todos os lados.
As pessoas que me invejam, e que eu o perceba, nem entram em minha casa. Só tenho o hábito de convidar amigos.
Os invejosos também podem estar demasiado próximos de nós! Mas ok percebi o que queria dizer! :)
GRATA pela compreensão, amigo F. ;)
Curiosamente, este problema é colocado de uma forma deveras interessante por Adam Smith: porque admiramos os ricos e famosos e desprezamos os pobres? Uma exegese mais agressiva possibilita entrar em ressonância com M. Klein... :)
(Eu não me queixo de nada: estou habituado a lidar com a inveja!)
Ya, as mulheres são mais cúmplices, mas desde que se tenha uma relação íntima com elas, porque, noutras situações, são "rivais"... Mas numa relação forte trabalham cooperativamente..., o que não é tão frequente nas relações entre homens dominadas pela rivalidade e pela inveja. :)
Eu acho esta teoria da Klein sobre a inveja, absolutamente fictícia.
Saudades de vc, Papillon. Desculpe-me pela sinceridade, mas é raro encontrar vida inteligente nas mulheres. Você é a mais agradável exceção à regra :)
Viva André
Não tenho feito grande coisa mas resolvi, aos poucos, abrir-me a novos temas e confrontos.
Papillon
Também já achei as concepções de Klein bizarras, mas, lendo-a com atenção, vemos que as crianças se comportam como ela diz. Ela trabalhou com bebés e crianças e é a fundadora da Escola Inglesa de psicanálise das crianças. O cérebro triuno de MacLean pode lançar luz sobre estes problemas, bem como resultados da pesquisa contemporânea.
Olá, Francisco e amigos!
Meu amigo, sua mente prodigiosa nunca entra em férias :)
Ainda não li os seus últimos textos, que apresentam temas que são muito interessantes.
A questão do habitar me intriga. Quanto mais eu leio e me informo sobre o tema, mais me dou conta da precariedade do habitar do homem metabolicamente reduzido. Mesmo para aqueles que tentam escapar desta triste condição, o habitar sempre é mediado por múltiplos demônios. Ao menos aqui no Brasil...:(
Obrigada, André. E além de ser inteligente sou boa e bonita - iimagine a agradável coincidência! :)
Papillon, como todo o respeito, tal "coincidência" não se encontra aqui no Brasil, :)
Há dias que só teclo com pessoas de Lisboa e hoje é um deles... Estou ao serviço de Lx! :)
Veja lá, Francisco: não se corrompa! ;)
André: n seja assim, você deve estar grato de viver no país "abençoado por Deus e bonito por Natureza". ;)
Bom, boa noite amiguinhos, partirei amanhã, mas voltarei!
Bye Papillon!
Conversamos depois de regressar!
Ya, estou sempre ligado a Lisboa, mas sei defender-me da corrupção! Aliás, estive em Lx! :)
Uma ideia que a Papillon parece não ter apreendido é que a criança humana, dado ser prematura, nasce dotada de alguns equipamentos neuropsicológicos e de potencialidades que amadurecem aos poucos: a sua interface com o mundo é confusa e mediada por esses equipamentos até atingir o seu desenvolvimento social e cognitivo pleno, verdadeiramente humano porque cultural.
Ah, em termos de história de Portugal, estou a pensar fundá-la no matricídio, a versão kleiniana do parricídio inaugural de Freud. É uma ideia forte e extremamente fértil, capaz de ajudar a pensar os impasses portugueses. :)
Durante muito tempo, Portugal, mais precisamente o Norte, foi o noivo, e a Galiza a noiva de um matrimónio secreto ou, pelo menos, ansiado. Hoje, Portugal tornou-se uma prostituta que habita nos quartos escuros dos bares de Vigo: a Galiza cresce, Portugal mingua... A noiva come o noivo!
Enfim, se tiver tempo e paciência, vou fazer um post sobre o coming out via Internet: os portugueses estão nos chats a exibir os seus pénis e a marcar encontros sexuais. :)
Usando a terminologia de Teixeira de Pascoaes, podemos dizer que o homem metabolicamente reduzido é o "ser" que hesita na sua humanidade ou, o que ainda é pior, que perdeu a sua "humanidade" num processo de regressão, fortemente condicionado pela estrutura da sociedade capitalista tardia e da burocratização das suas "ciências", sobretudo as ditas sociais, que, dispensando o pensamento, se converteram em meras técnicas de adaptação social, isto é, em meras ideologias apologéticas da ordem estabelecida e dos seus interesses cleptocráticos. Ora, o pensamento de Marx rebela-se visceralmente contra as ciências sociais que pretendem falsamente ser suas herdeiras, assumidas ou envergonhadas. A sociologia é basura.
Outra ideia é a de que podemos encarar os primeiros anos da vida do bebé como um esforço para tentar controlar o seu equipamento inato, num diálogo constante com outros significativos. Lorenz diria talvez domesticar o seu equipamento inato...
Uma ideia que está subjacente mas que não desenvolvi neste post é esta:
Para Klein, a ansiedade surge da operação da pulsão de morte interna que é sentida como medo de aniquilamento e toma a forma de medo de perseguição. É a posição esquizo-paranóide a que se segue a posição depressiva.
Sim, os portugueses são extremamente agressivos, como se verifica na presente conjuntura.
A mim, parece que o pensamento da Klein em Inveja e Gratidão nos remete a memória do homem coletivo...todos já nascemos com um certo grau de inveja e gratidão,se vamos desenvolver um ou outro de forma adequada, já seria um caso a pensar...
Para mim ou segundo Klein voracidade (correspondente à usura adulta) nasce da incapacidade sentir satisfação ou desenvolver o sentimento de gratidão que daria origem à capacidade de amar mas por defeito constitucional e/ou estabelecido na relação com a mãe, perpetuado através de gerações forma alguns tipos de transtorno de personalidade (sociopatia) adaptado a sociedades (à vezes como líderes) ou recluso nas prisões por práticas de crimes hediondos.
A personalidade dos líderes é uma das forma de relacionar os conteúdos inconscientes à conjunturas / estrutura sociais
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