domingo, 6 de maio de 2012

União Europeia: a Nova União Soviética

União Europeia
As pessoas que ontem criticavam a União Soviética são as que hoje reconstroem a União Soviética no espaço europeu. A União Europeia está cada vez mais semelhante à União Soviética, excepto no plano da qualidade do ensino: Bolonha desgraçou o ensino universitário. Os eurocratas são criaturas demasiado burras: eles vivem as suas vidas como se fossem os últimos homens. O Projecto Europeu tornou-se indefensável: ele é o suicídio do Ocidente Europeu. Os eurocratas e os gestores e políticos nacionais deviam ser condenados a viver com o salário mínimo. O governo português - a encarnação da maldade radical - só conseguirá legitimar a sua terrível política de empobrecimento quando os seus membros voltarem à escola para estudar como deve ser e souberem viver com o salário mínimo. É fácil decretar a pobreza dos outros, mas é mais difícil viver como esses outros empobrecidos à força da pseudo-fatalidade. Os membros do governo não são melhores do que os restantes portugueses; pelo contrário, são completamente inumanos e brutais: sejam coerentes uma vez na vida e vivam como os pobres que fabricam diariamente. Passos Coelho devia deixar os portugueses sorrirem como ele faz quando anuncia o crescimento galopante do desemprego. Pensando bem, os membros do governo devem ir todos para o desemprego. Quem deseja criar um país de pobres deve dar o exemplo: sejam coerentes uma vez na vida e vivam a pobreza resultante das vossas antipolíticas do desemprego e da vida precária. Afinal, um governo que planeia a pobreza é um gasto desnecessário, uma tremenda palermice, uma brutal perda de tempo. Política do empobrecimento é um oxímoro. Todos os economistas neoliberais portugueses que converteram a economia em "ciência da pobreza planeada" devem ser despedidos e condenados a viver com o subsídio social mais miserável e sem cuidados de saúde. A sua morte precoce seria uma bênção para Portugal: menos "gordura" de Estado, menos parasitas que falam a linguagem do grupo Jerónimo Martins, na expectativa de virem a receber ordenados pornográficos nesse e noutros grupos económicos e financeiros. 

19 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, os gestores portugueses não podem justificar os seus ordenados milionários alegando que podem ir para o estrangeiro. Primeiro: ninguém os quer em Portugal. Segundo, nenhum estrangeiro quer estes bandidos à frente das suas empresas. Se não sabem gerir as empresas portuguesas, como podem gerir empresas estrangeiras????

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O mundo deve ficar a saber que, com lideres portugueses, não há futuro: a prova é a situação de Portugal. Optar por um português é optar por um mafioso. Estes portugueses não prestam.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

François Hollande venceu o palerma do Sarkosy. Abaixo a Direita reaccionária! Só falta derrubar Passos Coelho. :)

Porfirio Silva disse...

Peço desculpa pela franqueza, mas este título representa a ignorância histórica no seu máximo. As pessoas que escrevem para ser lidas deviam pensar um pouco na sua responsabilidade ao cimo da terra; talvez assim pudessem evitar o desprezo que manifestam pelas pessoas concretas que viveram certas experiências históricas. Não vale tudo, mesmo a opinar.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Porfirio

Aquilo que parece ser uma mera opinião pode ser desenvolvido em tese, o que não foi o meu objectivo. Limitei-me a dar título a essa tese. A super-estrutura da união europeia não está muito distante da da união soviética. E tem uma agravante: os seus utilizadores são seres infinitamente burros.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O facto de ser ocidental leva-me a estar preocupado com o futuro do ocidente: não faço a apologia incondicionada de nenhum mito. Não me alimento de mitos, mas de realidades desembaraçadas das suas teias ideológicas. E não sacrifico Portugal a uma união europeia capturada pelas potências do centro.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A analogia entre a união europeia e a união soviética é coisa já antiga... O capitalismo de organização incorpora princípios fundamentais da organização soviética.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sei ir para além do meu umbigo... por isso, sou crítico.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Porém, relendo o seu comentário, detectei uma diferença teórica e talvez política, em torno da noção de pessoas concretas. Eu sou defensor da grande política, não da pequena política, a menos que tenha uma noção hegeliana de pessoa concreta. Parece-me que usa a expressão pessoas concretas para designar os eurocratas. Ora, estes são pessoas abstractas.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E vou mais longe: Estaline era mais culto do que qualquer político europeu actual. Ele escreveu um pequeno tratado sobre linguística que merece ser relido. E estou a falar de Estaline, um líder musculado! Passamos bem sem os discursos dos actuais políticos europeus, mas os livros de Lenine são obras-primas. Ele foi um grande político! Fez grande política num contexto adverso e atrasado.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Já prevejo a sua reacção: o socialismo democrático é anti-leninista. Mas afinal o que é o socialismo democrático? A crítica da social-democracia está na ordem do dia! Toda a esquerda deve repensar o seu projecto político.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Há outras prioridades em relação àquilo a que chamou pessoas concretas, muitas das quais são desperdício energético. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estou cansado do efeito manada, ou de manada de pseudo-indivíduos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas eu nunca fui defensor incondicional de José Sócrates. Geralmente, procuro salvaguardar uma distância crítica em relação aos protagonistas políticos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

É preciso mudar de vida e a esquerda deve protagonizar esse projecto de mudança sem delírios consumistas e dispendiosos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A analogia que estabeleci no título tem valor crítico: ela permite fazer a crítica do presente, de modo a evitar os erros do passado. Criticar o sistema de justiça, as empresas do regime, a organização política, a corrupção, o sistema de privilégios, a estrutura dos partidos políticos, a tecnocracia, etc. etc. É uma analogia pertinente que não deixa escapar o alargamento da união europeia e as suas consequências fatais. Merkel vem da república democrática alemã!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

No fundo, trata-se da defesa da democracia...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Os europeus do leste têm uma visão selvagem do capitalismo. A deslocalização do pingo doce para a polónia reflecte a nível interno esse desvio selvagem... António Costa defende outra ideia porque não consegue evitar o consenso nacional do eclipse total da diferença.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Der Freund Olaf veröffentlicht Dinge anmutig! Auch ist es eine blaue Seele!