«O Trabalho, dizem os economistas, é a fonte de toda a riqueza. É-o sem dúvida... conjuntamente com a natureza que lhe fornece a matéria que ele transforma em riqueza. Mas é infinitamente mais ainda. É a condição fundamental primeira de toda a vida humana, e é-o a tal ponto que podemos dizer: o trabalho criou o próprio Homem.» (Friedrich Engels) Com a formulação deste enunciado simples, "o trabalho criou o próprio homem", Engels (1876) não só retoma a hipótese de Darwin (1871) e de Haeckel sobre a origem do homem, como também liberta a história das sociedades dos homens da acção da selecção natural. Ou, por outras palavras, Engels aceita o facto da evolução ou da descendência do homem a partir "de alguma forma inferior" (Darwin), mas rejeita a explicação da hominização elaborada pela escola de Darwin: os "sábios naturalistas da escola de Darwin nem sempre podem fazer uma ideia clara da origem do homem, visto que, sob a influência (da visão idealista do mundo), não reconhecem o papel que o trabalho desempenhou nesta evolução" (Engels). Para os darwinistas, a transformação do macaco em homem foi impulsionada por uma inteligência cada vez maior e mais poderosa, sendo encarada como um processo de aperfeiçoamento gradual do cérebro e de construção lenta da sua estrutura mental. Em 1828, Karl Ernst Baer defendeu que "a postura erecta é apenas a consequência do maior desenvolvimento do cérebro", ou seja, que as diferenças entre o homem e os outros animais dependem da construção do cérebro. Engels denuncia o carácter idealista da concepção darwinista da origem do homem: desde que descobriram o "trabalho projectado", "os homens habituaram-se a explicar a sua actividade pelo seu pensamento, em vez de a explicarem pelas suas necessidades (que no entanto se reflectem no seu espírito, tornam-se conscientes), e foi assim que, com o tempo, se assistiu ao nascimento da concepção idealista do mundo que, sobretudo depois do declínio da Antiguidade, dominou os espíritos". Os darwinistas deixaram-se influenciar por esta ideologia, atribuindo todo o mérito do desenvolvimento rápido da sociedade ao desenvolvimento e à actividade do cérebro, sem levar em conta o papel fundamental desempenhado pela posição erecta no processo de hominização. A teoria da hominização de Engels possibilita um diálogo produtivo com as antropologias filosóficas de Helmuth Plessner e de Arnold Gehlen, dado terem procurado superar o dualismo, levando em conta a biologia humana. A teoria da hominização ou da antropogénese de Engels não é tão simples quanto aparenta, mas, para facilitar a sua compreensão, vamos, numa aproximação simplificada, destacar três condições fundamentais e essenciais da antropogénese, a partir das quais podemos caracterizar a "homem acabado", um ser completamente distinto dos outros animais. A expressão "homem acabado" usada por Engels pode induzir em erro: o homem entendido como "trabalho", isto é, como ser-de-acção (Gehlen), feito no e pelo trabalho e na e pela luta, na acepção de Hegel, é uma tarefa de realização interminável e, como tal, não pode estar acabado enquanto viver sob "condições de servidão". Engels utiliza esta expressão para designar o produto ou o resultado final da própria hominização: o homem morfológica e fisiologicamente concluído tal como o conhecemos, homem este que, no ventre da mãe, enquanto embrião, "representa uma repetição abreviada da história de milhões de anos de evolução física dos nossos antepassados animais, a começar pelo verme", mas que, enquanto ser-de-cultura (Gehlen), repete abreviadamente, depois do nascimento e ao longo do seu desenvolvimento cognitivo, a "evolução intelectual destes mesmos antepassados, pelo menos dos mais recentes". O homem acabado não é apenas "o homem que ficou definitivamente separado do macaco", porque este homem continuou a aperfeiçoar-se no decurso da evolução, quer em termos morfológicos, quer em termos psico-fisiológicos, umas vezes com avanços vigorosos, outras vezes com recuos regressivos, mas sim o homem que se desenvolve já no seio de uma "sociedade de homens" (sociogénese). Graças ao trabalho, surgiu, a partir do bando de "macacos trepadores", a "sociedade dos homens": a antropogénese é, em última instância, sociogénese (Ver aqui.). Robert Ardrey integra esta perspectiva marxista da antropogénese naquilo a que chama a "antropologia romântica", acusada de ter invertido a afirmação radical de Vico, segundo a qual "a sociedade é obra do homem". Rousseau e Marx rompem supostamente com Vico quando afirmam que "o homem é obra da sociedade". Ardrey ignora o carácter dialéctico desse processo: as duas afirmações não se excluem, uma vez que o homem acabado é, simultaneamente, produtor e produto da sociedade. Daí o seu duplo-erro teórico e político, evitado tanto por Darwin como por Wallace: dissolver a antropologia na zoologia (1) e reduzir a história das sociedades humanas à história natural (2), como se as sociedades humanas fossem meras sociedades animais movidas exclusivamente pelo impulso da conquista, conservação e defesa do território (imperativo territorial). Numa carta dirigida a Engels, Marx (1869) definiu claramente a relação entre a teoria de Darwin e o marxismo: A obra de Darwin "contém a base de história natural para o nosso ponto de vista". Isto significa que a história natural termina onde começa a história das sociedades dos homens. O próprio Wallace reconheceu que, depois de ter adquirido as faculdades intelectuais e morais que o distinguem dos animais inferiores, o homem está em condições de manter inalterado o seu corpo, em harmonia com um universo que sofre alterações, libertando-se da sujeição às modificações físicas através da selecção natural. 1. A Postura Erecta e a Libertação da Mão. Para descrever os "macacos antropóides" que foram os nossos antepassados, Engels recorre a Darwin: tinham o corpo inteiramente coberto de pelos, possuíam barba e orelhas pontiagudas e viviam em bandos na floresta tropical. O seu modo de vida exigia que as mãos utilizadas para trepar realizassem funções diferentes das dos pés e, a partir de determinado momento, "começaram a perder o hábito de se servirem das mãos para caminhar e foram adoptando a posição vertical". A adopção da posição vertical, isto é, o bipedismo, constitui o passo decisivo para a transformação do macaco em homem: "O afinamento progressivo da mão e o aperfeiçoamento do pé por via da marcha vertical, também actuaram por efeito de uma correlação semelhante noutras partes do organismo" (Engels). A marcha vertical que já distingue os nossos antepassados peludos dos seus primos tornou-se uma "regra" e depois uma "necessidade", porque as mãos deixaram de ser usadas durante a marcha e passaram a "ocupar-se de actividades de outra espécie", donde resultou uma "certa divisão (do trabalho) entre as funções das mãos e as dos pés". É certo que os chimpanzés usam as mãos para colher e para segurar, para construir ninhos e para se abrigar, para agarrar paus e para se defender dos inimigos, mas existe uma diferença significativa entre a mão do macaco e a mão humana: a mão do homem "não é apenas o órgão do trabalho, ela é também o produto do trabalho", graças ao qual se adaptou a operações sempre novas e cada vez mais sofisticadas, iniciando o "domínio da natureza" e a sua transformação num mundo habitável pelo homem. A acção metódica do homem conseguiu marcar a Terra com o "selo" da sua vontade: "o animal apenas utiliza a natureza exterior e provoca nela modificações apenas pela sua presença; por seu lado, o homem transforma-a para que ela sirva os seus fins; domina-a." Esta diferença entre o homem e os animais deve-a "o homem mais uma vez ao trabalho". Engels atribui o bipedismo a uma mudança de estilo de vida, mas, como sabemos, esta mudança ocorreu por causa de uma mudança climática (Yves Coppens): o processo de transformação do clima provocou, no seio da população dos nossos antepassados, a separação entre os nossos primos e nós próprios, a partir do Mioceno superior. No continente africano, o berço da Humanidade, a floresta estendia-se do Atlântico ao oceano Índico. O Vale do Rift, ao aluir, perturbou o regime das precipitações, desencadeando a Leste a redução da floresta. Os elementos da nossa família que permaneceram a Oeste continuaram a viver num ambiente húmido e arborizado, melhorando a sua adaptação à vida simultaneamente no solo e nas árvores, enquanto os que ficaram no Leste foram forçados a adaptar-se a um ambiente cada vez mais seco e desarborizado. Os Panídeos (Gorilas e Chimpanzés) representam provavelmente os descendentes dos nossos antepassados que permaneceram numa paisagem coberta, enquanto os Australopitecos e os Homens são os descendentes dos nossos antepassados que, isolados por um acidente tectónico convertido gradualmente numa barreira ecológica, foram obrigados a adaptar-se a uma paisagem aberta. O "homem neuronal" (Changeux) surgiu na face da Terra porque "a Terra se fracturou" e o clima secou (Coppens), ou, como preferia dizer Engels, a evolução do homem começou pelos pés e não pela cabeça, como supunham os darwinistas do seu tempo, com exclusão de Haeckel. As descobertas paleontológicas (Louis Leakey, C. Arambourg, Mary Leakey, Richard Leakey, F.C. Howell, Jean Chavaillon, Maurice Taieb, Donald Johanson, Y. Coppens, S.L. Washburn, Ruth Moore, David Pilbeam, W.E. Le Gros Clark, Robert Foley) e pré-históricas (Gordon Childe, A. Leroi-Gourhan, L.R. Binford, Grahame Clark) confirmaram a conjectura de Engels: o Australopithecus "caminhava erecto e fabricava instrumentos", embora tivesse "a fisionomia e a capacidade craniana de um macaco" (G.G. Simpson). O Australopithecus constitui o "elo perdido" que o darwinismo foi incapaz de prever (G.G. Simpson, Stephen Jay Gould): as pegadas de Laetoli, na Tanzânia, com uma antiguidade de 3 500 000 anos e imputáveis a Hominídeos, apoiam a hipótese de Engels, segundo a qual o bipedismo se desenvolveu muito antes do surgimento de cérebros volumosos (Washburn & Moore). 2. A Invenção da Linguagem Articulada. Engels nunca questiona a sociabilidade dos "nossos antepassados semiescos", porque, na sua perspectiva, "é impossível fazer derivar o homem, o mais sociável dos animais, de um antepassado imediato que não o fosse". Com o desenvolvimento da mão e do trabalho, o horizonte do homem foi-se alargando gradualmente, até que "o desenvolvimento do trabalho contribuiu para aprofundar os laços entre os membros da sociedade, multiplicando os casos de assistência múltipla, de cooperação comum, e tornando mais clara em cada indivíduo a consciência da utilidade de tal cooperação": "os homens em transformação chegaram a um ponto em que tinham algo a dizer uns aos outros". A "necessidade" criou o órgão: a laringe não desenvolvida do macaco foi-se transformando lentamente, mediante a modulação, até adquirir a capacidade de emitir sons, e os órgãos da boca aprenderam, a pouco e pouco, a pronunciar sílaba após sílaba. Engels explica a origem da linguagem a partir do trabalho e das novas actividades que daí resultaram: os animais comunicam uns com os outros, mas aquilo que comunicam é de tal modo exíguo que pode ser efectuado sem recurso à linguagem articulada. O endocrânio do Homo habilis (L. Leakey, P. Tobias, J. Napier) revela um acréscimo da capacidade do encéfalo: as regiões parietal e temporal do cérebro desenvolveram-se, a irrigação da dura-máter destas mesma regiões foi incrementada e a área de Broca parece ter emergido, mas, como a reflexão e a linguagem não se fossilizaram, não sabemos se o Homo habilis, o comedor de cadáveres, se serviu dessas regiões para falar e reflectir. 3. O Desenvolvimento do Cérebro e dos Sentidos. "Primeiro o trabalho; e depois dele e em seguida a par dele, a linguagem: tais são os dois incentivos mais importantes sob cuja influência o cérebro de um macaco se foi a pouco e pouco transformando num cérebro de homem que, embora lhe seja semelhante, o ultrapassa de longe em tamanho e perfeição. Mas, a par com o desenvolvimento do cérebro houve também o dos seus utensílios imediatos, os órgãos dos sentidos. Assim como o desenvolvimento progressivo da linguagem se acompanha necessariamente do correspondente aperfeiçoamento do órgão da audição, também o desenvolvimento do cérebro se acompanha em geral do desenvolvimento de todos os sentidos" (Engels). O cérebro humano é o maior cérebro primata: a sua área contém 9,5 bilhões de células, provenientes de 33 divisões sucessivas, e a superfície do córtex cerebral alcança 22 260 cm2. A posição vertical não só libertou a mão, como também possibilitou o desenvolvimento do cérebro. Por um lado, o crânio libertou-se da extremidade anterior do animal e passou a estar colocado sobre a parte superior do corpo, o que lhe conferiu uma grande liberdade de movimentos, ao mesmo tempo que permitiu aos órgãos sensoriais captar o máximo de informações provenientes do mundo exterior. Por outro lado, a massa encefálica adquiriu um maior equilíbrio em relação ao campo de gravidade, o que lhe permitiu crescer em todos os diâmetros. O isocórtex homotípico atingiu o desenvolvimento máximo e, como se sabe, é o responsável pela praxis, gnosia, memória, linguagem e faculdade de previsão. O desenvolvimento do cérebro e dos sentidos, tais como a clareza crescente da consciência reflexiva e o aperfeiçoamento da faculdade de abstracção e de raciocínio, actuaram sobre o trabalho e a linguagem, contribuindo para o seu aperfeiçoamento que conduziu à sociedade dos homens. "O trabalho começa com o fabrico de ferramentas" e os utensílios mais antigos que conhecemos são os "instrumentos de caça e de pesca", sendo os primeiros usados como "armas". A caça e a pesca "supõem a passagem da alimentação puramente vegetariana ao consumo de carne". Engels encara esta passagem como um passo essencial para a transformação do macaco em homem: a alimentação carnívora não só "continha, numa forma quase completa, as substâncias de que o organismo necessita para o seu metabolismo", como também "abreviava, simultaneamente com a digestão, a duração dos outros processos vegetativos do corpo correspondentes à vida vegetal e ganhava assim mais tempo, mais matéria e mais apetite para a manifestação da vida animal no sentido próprio". Quanto mais se afastava da planta, mais o homem em formação se elevava também acima do animal: a alimentação carnívora deu-lhe "a força física e a independência" e, fundamentalmente, agiu sobre o desenvolvimento do cérebro, fornecendo-lhe, "em quantidades muito mais abundantes do que antes, os elementos necessários à sua alimentação e ao seu aperfeiçoamento". Deste modo, o cérebro começou a desenvolver-se mais rapidamente e mais perfeitamente de geração em geração. Após ter destacado o papel essencial da caça na hominização, Engels considera que a acção da alimentação carnívora sobre o cérebro constitui um facto essencial: "o homem só se tornou homem com a alimentação carnívora", a qual conduziu "todos os povos que conhecemos, numa época ou noutra, ao canibalismo". A hipótese da caça defendida por Robert Ardrey não constitui uma novidade: o homem é homem porque matou para viver. Engels atribui dois novos progressos decisivos à alimentação carnívora: a utilização do fogo que permitiu encurtar ainda mais o processo digestivo, abastecendo a boca de um alimento semi-digerido, e a domesticação que tornou o consumo de carne mais abundante, mediante o fornecimento adicional de novas fontes de carne, para além da caça, bem como de leite e produtos derivados. Ambos tornaram-se meios de emancipação do homem, com profundos efeitos sobre o desenvolvimento do homem e da sociedade. O homem aprendeu a viver sob todos os climas e espalhou-se através de toda a parte habitável da Terra, sendo seguido pelos animais domésticos e pelos parasitas: a passagem do calor uniforme do clima da "pátria de origem" para regiões mais frias criou novas necessidades, tais como criar abrigos e vestuário para se proteger do frio e da humidade. A conjugação da mão, dos órgãos da palavra e do cérebro, tanto em cada indivíduo, como na sociedade global, permitiu ao homem realizar operações mais complexas, tais como a agricultura, a fiação, a tecelagem, o trabalho dos metais, a olaria, a navegação, a arte, a ciência, o comércio, a indústria, a transformação das tribos em nações e em Estados, o direito, a política e a religião, "o reflexo fantástico das coisas humanas no cérebro humano". (Continua com o título "Ciência e Crise Económica: Darwin ou Marx?".) J Francisco Saraiva de Sousa
6 comentários:
Lido à distância do calor da disputa ideológica, Engels é deveras interessante e, se não fosse a falta de tempo, metia ao barulho toda a sua obra, de modo a apresentar uma outra teoria da evolução, liberta das ambiguidades rústicas e dos erros consecutivos de Darwin: Engels era um apaixonado por moléculas e proteínas e não suportava o "idealismo da cabeça" dos darwinistas, mas o estado da ciência do seu tempo não lhe permitiu ir mais longe. Hoje podemos ir muito, muito longe... Com a diferença: hoje não existem génios. A nossa época é a era da malta burreca! Esta é uma verdade preocupante! :(((
Curiosamente, Engels antecipa muitos conceitos da antropologia filosófica que tenho analisado neste blog. A carne (caça) criou o homem: eis como Engels antecipa Ardrey e outros, mas sem animalizar o homem. Em suma: descobriu aquilo que o darwinismo posterior, actual, pretende ter descoberto, mas entretanto o esquema marxista impulsionou os estudos pré-históricos e históricos.
Uma crítica feita a Engels é a de ter adoptado a noção da hereditariedade dos caracteres adquiridos, mas Darwin também a aceitou: o esquema da antropogénese pode ser lido à luz da genética evolutiva, bastando introduzir as pressões selectivas que as mudanças do meio exercem sobre o organismo. A "fase intermmediária" (entre o homem acabado e o macaco) pode ser vista como uma acumulação gradual de mudanças, da qual resulta o salto qualitativo: o homem acabado no seu novo meio, a sociedade dos homens que procura, através do trabalho, controlar a natureza, e, através da luta, a própria história humana. E, como veremos, a antropologia de Engels não é dualista. :)
Não posso desenvolver mais este post, porque o trabalho intelectual, quando resulta da verdadeira actividade de pensar com fundamento, exige recapitulações que funcionam como novos inícios: seria necessário fazer entrar toda a obra e reavaliar os caracteres que distinguem o homem do animal e recorrer à evidência empírica.
Mas, como deu para perceber, faço uma avaliação muito positiva da hipótese de Engels. Concluída a "história natural" do homem (um tema que preocupou os filósofos antropólogos), começa a periodização da história do Homem, ou seja, a ciência da história descoberta por Marx. Uma tarefa enorme! :)
Seguindo Haeckel, Oliveira Martins destaca a posição erecta do homem: a "atitude erecta", mas sem conseguir captar o "centro-motor" da hominização.
Convém esclarecer que a recepção da obra de Darwin e de Haeckel em Portugal deve-se a nomes ilustres da Universidade do Porto: as suas traduções foram lidas pelos ilustres filósofos do Porto. O resto são batatas de Coimbra! :)
Ótimo texto Francisco!
É interessante e esclarecedor situar e comparar a Biologia para Engels com a Biologia moderna.
Lendo os textos de Engels sentia necessidade de estar em contato com a Biologia moderna, temendo que Engels cometeria muitos erros.
Agora posso observar como muitas de suas afirmações estavam acertadas, mesmo para termos modernos.
A essa visão surpreendentemente correta para o seu tempo, devemos a o método de análise de Engels.Um método que combate a unilateralidade dos lógicos formais e idealistas.A dialética, que combate preconceitos e conceitos sagrados, sempre em movimento superando e englobando cada vez mais o entendimento e o conhecimento.
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