quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Victor Frankl: Análise Existencial e Logoterapia

«A pessoa espiritual é perturbável mas não destrutível por via de uma doença psicofísica. O que uma doença pode destruir, o que ela pode desorganizar, é só o organismo psicofísico. Este organismo representa, todavia, tanto o espaço de acção da pessoa como o seu campo de expressão. A desorganização do organismo não significa menos, mas também não significa mais do que a obstrução do acesso à pessoa - nada mais! E isto devia ser o nosso credo psiquiátrico: esta crença absoluta no espírito pessoal, - esta crença "cega" na pessoa espiritual "invisível" mas indestrutível! Minhas senhoras e meus senhores, se eu não tivesse esta crença então preferia não ser médico». (Victor E. Frankl)
«O espírito é, como tal, naturalmente invisível; a pseudo-metafísica espirita quer, todavia, torná-lo de algum modo visível. O espírito, como invisível, não se pode ver; em certo sentido, tem-se, portanto, de crer no "espírito". Todavia, a metafísica espiritista - na medida em que ela torna o espírito em alguma coisa visível, portanto, o quer ver -, numa palavra, a crença no espírito do "que vê o espírito", torna-se, exactamente, por isso, também uma superstição». (Victor E. Frankl)
Tal como Bruno Bettelheim, Victor Frankl sofreu a experiência dos campos de concentração nazis, da qual resultou a obra Um Psiquiatra Deportado Testemunha. Frankl formulou a análise existencial em psiquiatria - cuja prática terapêutica é a logoterapia - antes dessa experiência terrível, mais precisamente em 1934. A análise existencial opõe-se à psicanálise. Para Frankl, a vontade de sentido é mais dominante na economia mental do homem que o princípio de prazer de Freud e a vontade de poder de Adler: os doentes de Frankl não sofrem somente de frustrações sexuais ou de complexos de inferioridade, mas são, a maioria das vezes, confrontados com um vazio existencial que lhes provoca vertigens. A neurose - vista como um tipo de existência ou de ser-no-mundo - revela um ser frustrado do sentido da vida. Frankl defende que a necessidade fundamental do homem não é nem a satisfação sexual nem a valorização de si, mas a plenitude de sentido. Ao automatismo freudiano de um aparelho mental, opõe a autonomia espiritual do homem que, no seu íntimo, é um ser responsável. A existência humana tem, ao mesmo tempo, o carácter de um problema, tal como a vida, e o carácter de uma resposta: não é o homem quem deve pôr a questão do sentido da vida, porque o interrogado é o próprio homem. Lançado no jogo do mundo, o homem é desafiado a dar uma resposta às questões que a sua vida lhe coloca. A resposta dada pelo homem é sempre uma resposta em acto. A análise existencial de Frankl encara o neurose como um tipo de existência: o objectivo do seu método terapêutico é conduzir o homem à consciência da sua responsabilidade. Aquilo que na logoterapia se torna consciente não é o instinto, como sucede na psicanálise, mas o espiritual: o homem é um ser responsável, porque não é somente ser de pulsão, mas também e fundamentalmente ser espiritual. Toda a acção terapêutica está centrada não nas pulsões, mas no inconsciente espiritual: a tarefa do psiquiatra é libertar a pessoa espiritual do handicap psicofísico.
Sören Kierkegaard definiu o homem como «uma síntese de alma e corpo» e, ao mesmo tempo, como «uma síntese do temporal e do eterno». A noção de homem incondicionado de Frankl está muito próxima da noção de existência humana de Kierkegaard, o que lhe permite criticar a problemática da terapêutica psicocirúrgica na sua relação controversa com a psicoterapia. Para facilitar a compreensão desta controvérsia médica, penso poder afirmar que Frankl censura basicamente o materialismo subjacente à utilização da psicocirurgia, até porque ele próprio recomendou algumas vezes esse procedimento cirúrgico para aliviar os seus doentes do sofrimento desnecessário e sem sentido: «Deixar sofrer um homem desnecessariamente é um erro médico». A cirurgia cerebral é indicada não para privar o homem do sofrimento da esfera do eu - sofrimento necessário e com sentido, o que equivaleria à auto-alienação, mas para o aliviar do sofrimento sem sentido, pondo o eu em descanso. Egas Moniz (1874-1955) recebeu o Prémio Nobel da Fisiologia e Medicina em 1949, prémio partilhado com Walter Rudolf Hess (1881-1973), por ter desenvolvido a angiografia cerebral e a técnica de lobotomia frontal ou de leucotomia pré-frontal concebida como uma terapêutica para determinadas perturbações emocionais. Os mass media e muitos neurocientistas não perdoaram a Egas Moniz o facto de conceber a destruição de uma grande porção do encéfalo como uma forma de tratamento e, por isso, contam que este médico português acabou estranhamente paralisado por um tiro disparado na espinha por um dos seus pacientes lobotomizados. Portanto, foi feita justiça poética contra o médico português que, sem suporte teórico substancial, acreditava que podia corrigir o excesso de emoção através deste procedimento cirúrgico. De facto, nesse tempo sombrio, Klüver & Bucy mostraram que lesões no encéfalo podiam alterar o comportamento emocional e, na década de 30, John Fulton e Carlyle Jacobsen relataram que lesões do lobo frontal tinham efeitos calmantes nos chimpanzés. Confiante no princípio segundo o qual se o sistema límbico controla a emoção, conforme estipulado pelo circuito de James Papez (hipocampo, hipotálamo e giro do cíngulo), então as pessoas com problemas emocionais - pacientes melancólicos, obsessivo-compulsivos e esquizofrénicos - podem ser clinicamente ajudadas, Egas Moniz não se inibiu e desenvolveu o procedimento cirúrgico da psicocirurgia, aplicando-o aos seres humanos. Milhares de cirurgias foram realizadas em todo o mundo nos anos 40 e 50 do século XX, usando diversos procedimentos: os pacientes submetidos a estes procedimentos cirúrgicos, em especial os esquizofrénicos, tornaram-se meras sombras dos seus eus anteriores. Egas Moniz queria «golpear literalmente as associações delirantes» (Frankl) dos seus pacientes, como se o seu procedimento fosse uma intervenção cirúrgica na psique e como se o bisturi pudesse atingir a realidade da alma. A sua explicação redutora lembra o chamado delírio interpretativo racionalizante secundário. Segundo Frankl, a leucotomia não toca a pessoa espiritual - o seu eu inalterado, a sua existencialidade, mas apenas o organismo psicofísico - a sua facticidade: «O corpóreo é condição, mas não causa do psico-espiritual. A doença física limita as possibilidades de desenvolvimento da pessoa espiritual, e o tratamento somático restitui-lhas, dá-lhe, de novo, oportunidade para se desdobrar e isto ensina-nos a clínica. O que nós podemos explicar através da clínica é somente a diminuição das possibilidades do espiritual; mas podemos compreender a realidade do espiritual unicamente a partir de uma metaclínica» (Frankl). A lobotomia deixou de ser utilizada, excepto nos casos de perturbação obsessiva intratável, onde a operação moderna se limita a uma cingulotomia, em vez de uma lobotomia frontal completa.
A maioria dos neurocientistas tende a ser materialista na sua actividade experimental, embora o fisicalismo enquanto filosofia seja impensável: o materialismo radical auto-anula-se enquanto figura do pensamento. No entanto, no seio da própria ciência, surgiram críticas antimaterialistas que merecem atenção. Pioneiros geniais das neurociências tais como Charles Sherrington e W. Penfield abandonaram o materialismo, adoptando a defesa da autonomia da alma, e John C. Eccles e Karl Popper defenderam sempre um dualismo interaccionista. Alistar Hardy acusa as concepções monistas que predominam na comunidade científica de serem excessivamente perigosas para o futuro da civilização, porque estas ideias convertem a dimensão espiritual do homem simplesmente num produto superficial de um processo material. O dogma fisicalista é tão injustificável quanto os dogmas mais absurdos da Igreja Medieval. Diversos psiquiatras mostraram que a crença no reducionismo tem um efeito desastroso e nefasto sobre a saúde mental, especialmente sobre a prudência e o juízo do homem. Viktor Frankl acredita que uma das maiores ameaças à saúde mental é o vazio existencial. Com efeito, o número de pacientes (20%) afligidos pelo sentimento de vacuidade interior - o sentimento de total e absoluta falta de sentido da vida, especialmente em face da morte, que recorrem à ajuda clínica, aumenta assustadoramente em todo o mundo, sobretudo nos países ocidentais. Frankl pensa que esta perturbação é o resultado directo e desastroso da negação do valor e de uma vida com valor - atitude característica da moderna sociedade cientificamente orientada, ou seja, da crença de que, como a ciência é, em grande medida, reducionista quanto à sua técnica, o reducionismo é a única filosofia em que devemos crer. Para Frankl, existe no homem uma tendência intrínseca para procurar significados que possa compreender e valores que possa actualizar. O reducionismo predominante mais não é do que um disfarce do niilismo que, na sua versão actual, deixou de anunciar o "nada" para afirmar simplesmente "nada mais do que": a psiquiatria, a psicoterapia e a psicanálise apresentam o homem como um ser reflexo ou um feixe de instintos, como ser condicionado, accionado e determinado, ora pelo complexo de Édipo, ora por sentimentos de inferioridade. Ora, afirmar que o homem nada mais é do que feixe de reflexos ou feixe de pulsões é apresentá-lo como «uma marionete - ou, como se diz hoje em dia, um zombie - que esperneia por meio de fios, ora ridiculamente visíveis, ora escondidos» (Frankl). O homem é algo mais do que aquilo que pode ser explicado completamente pelo biológico, psicológico e sociológico: o biologismo, o psicologismo e o sociologismo pecam contra o espiritual, construindo imagens do homem que ameaçam o próprio homem e que o impedem de alcançar um humanismo: «Enquanto virmos no homem somente isto ou aquilo condicionado, enquanto não virmos no homem também o incondicionado, não descobrimos o verdadeiro homem, o Homo Humanus, mas sim uma espécie de homúnculus. A partir do biologismo, psicologismo e sociologismo não há qualquer caminho para o humanismo, mas para um simples homunculismo!» (Frankl). Nesta perspectiva que aponta para um pensamento metaclínico, o verdadeiro niilismo não é o existencialismo, que afirma a irredutibilidade do ser humano, recusando tratá-lo como coisa entre coisas, mas o reducionismo que, nas escolas e nas universidades, socializa as pessoas, levando-as a crer na concepção reducionista do homem e na visão reducionista da vida - o clericalismo científico, segundo a expressão feliz de Teixeira de Pascoaes. O vazio existencial é, portanto, a frustração da força motivacional fundamental do homem: a vontade de sentido, completamente distinta da vontade de poder dos adlerianos e do desejo de prazer dos freudianos.
Hyman confirmou esta perspectiva existencial nos seus pacientes submetidos a cirurgia cerebral: a procura de sentido é uma força motivacional básica do animal symbolicum (Ernst Cassirer). Esta descoberta da necessidade de sentido no ser humano levou Frankl a tomar uma posição oposta à de Freud a respeito da religião. A teoria freudiana da religião é sobejamente conhecida: Deus mais não é do que uma imagem interiorizada do pai todo-poderoso e a religião, uma neurose obsessiva. Frankl rompe claramente com esta noção de Deus, defendendo a solidez da ideia de Deus na sua obra O Deus Inconsciente. Além disso, certas neuroses são produzidas pelo recalcamento da religiosidade. Frankl não proclama uma determinada religião universal: o que ele pensa é que o homem caminha para uma religião pessoal, na qual cada um descobrirá a sua própria linguagem. De certo modo, a religião pessoal decorre do próprio processo de secularização da sociedade e da consciência e do seu corolário - a privatização da religião. A afirmação de Marx segundo a qual «a religião dos trabalhadores não conhece Deus dado que procura restaurar a divindade do homem», que chocou Henri de Lubac e que foi completamente explicitada por Ernst Bloch, vai ao encontro da noção de que os homens diferentes têm valor diferente, mas dignidade igual: a dignidade incondicional de todos os seres humanos, incluindo os psicóticos, os doentes e os que sofrem. O homem é condicionalmente um ser (espiritual) incondicionado: «O homem é mais do que organismo psicofísico; ele é pessoa espiritual. Como tal, ele é livre e responsável - livre do psicofísico e livre para a realização de valores e a satisfação mental da sua existência (Dasein)» (Frankl). O homem luta não só pela existência, mas também e sobretudo por um conteúdo da existência: a tarefa mais notável da acção psiquiátrica é ajudá-lo nesta luta por um sentido da existência e pelo auxílio recíproco na descoberta do sentido. A imagem do homem esboçada por Frankl não oferece soluções definitivas para os problemas metaclínicos - as perguntas eternas da humanidade pensante: o seu objectivo é estimular as pessoas e convidá-las para o pensamento metaclínico, convocando-as para a necessidade de uma decisão. Num sentido amplo, a concepção frankliana da religião e do seu papel essencial na vida e na promoção da saúde das pessoas foi recentemente suportada empiricamente pela pesquisa no domínio da neurociência espiritual (D'Aquili & Newberg, 2000, Lee & Newberg, 2005, Newberg & Lee, 2005): a religião não só desempenha um papel crucial na vida de milhares de pessoas, como também exerce um efeito positivo sobre a sua saúde. (Este post desenvolve ideias tratadas num post anterior - Rollo May: Psiquiatria Existencial, e retomadas em Defesa de uma Psiquiatria Dialéctica.)
J Francisco Saraiva de Sousa

91 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Não tenho a intenção de ser exaustivo neste post, de resto centrado na plenitude de sentido, a noção que me interessa reter de Frankl. Quanto ao vazio existencial, já o abordei noutro post. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Aliás, já deu para compreender que admiro os médicos alemães por causa da sua forte preocupação filosófica. Na Alemanha, sempre existiu esta colaboração entre filosofia e medicina, mesmo quando a Faculdade de Filosofia entra em conflito com a Faculdade de Medicina! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Em Portugal, só existiu um médico que se aproximou desse espírito - Abel Salazar, aqui do Porto, mas não soube resistir ao objectivismo reificado.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A linha de Egas Moniz - a psicocirurgia - arrepiou Frankl que foi Professor de Neurologia e Psiquiatria. Como é possível fazer uma intervenção cirúrgica na psique? Eis a questão! A realidade da alma não pode ser atingida pelo bisturi! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

É possível destacar o Porto de Lisboa até a nível de tradição médica: Lisboa sempre tentou a cirurgia, de modo a aniquilar o espírito, sinal da liquidação da mente e da sua manipulação que opera a todo o momento. Lisboa desconhece a vida mental superior - não tem espírito! Lisboa é zombie! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sr

A propósito da filosofia para crianças, deixei-lhe outro comentário que reproduzo aqui:

«Penso o contrário e, portanto, defendo a qualidade da Filosofia! A Filosofia não é exercício popular ou mesmo infantil! Se tentar introduzir alguma noção filosófica num ser pré-adolescente, sei que vou perder a própria noção abstracta, traduzindo-a em algo muito, muito concreto que posteriormente pode bloquear o acesso à noção filosófica». :)

Não vejo filmes portugueses! :)

Unknown disse...

lol q toliceS!
1º - O cinema do pedro costa n é cinema no sentido entertainement ou tendencialmente arty. Não, quase pelo contrario, o q ele faz é uma verdadeira incursão etno-antropologica na realidade social portuguesa. Portanto, n é facil de digerir, mas só lhe fazia bem sair da torre de marfim de qd em vez :P

2º Quanto à fil para crianças. LOL, com essa tirada fez-me lembrar aquele tipo de pessoas q simplesmente sao alergicas a crianças pq so as vêm como - birrentas, super-agitadas, porquinhas, em suma, uma autentica maçada ranhosa ambulante ahaha
LOL, claro q o q se faz ali n é filosofia no sentido academico, mas sim, estão lá as preocupaçoes e interrogaçoes fundamentais, com a vantagem, eu axo, q com essas idades reflectem menos depressiva e niilisticamente q so adultos
Afinal, quem n gosta do Princepezinho!? :P

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ui, Que Horror! Cinema etno-antropológico sem o ser efectivamente! Esse é o género de cinema que não ajuda na tarefa da mudança! Etno-antropologia portuguesa em ficção!

Ah, as crianças são seres angustiados! :P

Unknown disse...

um exemplo do q acham lá fora sobre o pedro costa
http://theeveningclass.blogspot.com/2008/03/pedro-costa-and-others-on-o-sangue.html


Sim, as crianças tb podem ser seres angustiados, mas é precisamente por se ter a evidencia disso q projectos como aquele aparecem.. o.O

E. A. disse...

Sim, de facto, completas tolices que só revelam a sua ignorância, caro Francisco, mas tb n há problema n tem que saber tudo nem ler tudo nem ver tudo.

Quanto à capacidade de abstracção das crianças Piaget dizia que n era possível, mas Vygotsky sim. Portanto, n é assim tão linear.
Quanto à Filosofia para Crianças ela é praticada desde os anos 70 nos USA, e os estudos revelam precisamente o contrário do q diz, q ficam precisamente muito mais abertas ao estudo posterior da filosofia, bem como aumenta a capacidade para assimilar matemática, dado o uso da lógica, bem como da expressão verbal. Portanto, antes de falar, informe-se.

Quanto ao cinema português, o Francisco nem vê português nem quase nenhum, e só se pode criticar falando, portanto veja e se estiver nas suas capacidades, critique. Isso sim, é de mestre. ;)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, sim... o abismo separa-nos: vocês os dois querem tudo regulamentado; eu luto pela autonomia e pela responsabilidade. Vocês querem introduzir juízes; eu quero que a pessoa seja o seu próprio juíz. Modos de ser-no-mundo diferentes: vocês querem ditadura; eu quero democracia.

Quanto à filosofia para crianças, tudo depende do que se entende por esta expressão.

Ah, a criança descrita por Sr deve ser da classe operária ou uma criança abandonada ou negligenciada. Ora, uma tal criança sofre níveis elevados de ansiedade.

Vejo muito cinema mas americano: não acredito em filmes pseudo-intelectuais! Não sou pessoa para ir na onda ou seguir modas: prefito criar.

Ah, se todos seguissem filosofia estávamos tramados: o mundo findava! E nesse caso a filosofia para crianças seria uma espécie de promoção do curso de filosofia. Ora, detesto todos os tipos de corporativismo ou de profissionalismo!

Além disso, as crianças não nascem todas com as mesmas aptidões. Vygotsky, célebre marxista, focou a questão em torno da mente social e da linguagem. Essa coisa da lógica é meio estranha! Cheira a congelamento glacial! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, e não sou bajulador! :)

Que triste exemplo o da América! Que filosofia profunda tem produzido! :(((

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E eu que ensino estatística não vejo colegas da filosofia com aptidões matemáticas ou mesmo lógicas! É um problema tuga estrutural, mas tb não vejo filósofos americanos a inovar a lógica e muito menos a matemática! Esse projecto da filosofia para criança deve ter falido! :P

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O cognitivismo que estava atrás disso faliu! Essa é a verdade!

E. A. disse...

Só um post-scriptum q revela, mais uma vez, a ignorância do q fala, caríssimo:

"Quanto à filosofia para crianças, tudo depende do que se entende por esta expressão."
N é uma "expressão", é uma metodologia criada pelo filósofo Matthew Lipman. E a filosofia para crianças n tem por objectivo criar filósofos, isso é ridículo! Ensinar matemática tem por objectivo criar matemáticos? A didáctica da arte tem por objectivo criar artistas?

"Vejo muito cinema mas americano: não acredito em filmes pseudo-intelectuais! Não sou pessoa para ir na onda ou seguir modas: prefito criar"

Ahahahah! Esta é tão boa q n sei se dê para rir ou para chorar. O que é filme "pseudo-intelectual"? È filme que n é americano? Pq há muito filme americano q é independente e n é criado nos grandes estúdios com objectivo do lucro!
Porque n admite que n obstante ser mto culto em algumas áreas, noutras tem um desconhecimento quase total? Seria mais belo q o admitisse. Nós somos seus amigos e admiradores, a sua ignorância, sobretudo artística, é notória, e isso n é uma falha, é um facto. Se prefere ser ignorante, é uma decisão aceitável, mas n seja pretensioso (ou seja, orgulhoso da sua ignorância) ao falar de "modas" e de "pseudo-intelectualidade" pq, admitamos, n sabe do q fala. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hummmm... Precisa que eu minta para ser feliz? Ok, seja feliz com essas filosofias da treta! Vou comentar o prós e contras e depois verá que as coisas vão mudar - bem ou mal - vão mudar! ;)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Colonizar mais a infância é uma péssima ideia: isso é burocratização que rouba o espaço de manobra das pessoas em desenvolvimento. As pessoas em crescimento e desenvolvimento não aprendem escutando ideias, ideias, recietas, receitas, normas, normas, preconceitos, preconceitos, que podem dar emprego a meia dúzia de tolinhos à custa da saúde do mundo.

Outra coisa: a minha agenda e o meu pensamento sou eu que os estabeleço livremente. Eu respondo por mim e não faço jeitos: amo demasiado o conhecimento para ficar prisioneiro de coisas que desprezo ou de falas que considero serem tontas. Eu sou autónomo: a verdadeira criatividade é individual, não é colectiva.

Outra coisa: neste diálogo não usei termos insultuosos. Também sou educado!

E. A. disse...

Blá blá blá... a sua necessidade de "defesa" dá piedade.

Insultuoso? Não a ignorância n é um insulto, todos nós somos ignorantes. Mas qd sou ignorante sobre uma matéria, tenho humildade para o admitir e fazer perguntas - como já deveria ter reparado. N tenho problemas em fazer perguntas, tenho um mundo à minha frente q desconheço. O Francisquinho em vez de o admitir diz balelas... É só isso. Tb tenho q ir trabalhar. Bye

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Por razões óbvias, alterei as datas destes doir últimos posts, bem como a ordem: o último está ainda em construção. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Afinal, até vou ser mais sistemático e exaustivo do que o previsto! Fui procurar o tratado de história da psiquiatria, mas fiquei desiludido: os colegas americanos andam muito redutores e não compreendem que a psiquiatria biológica e a genética não são incompatíveis com uma abordagem mais integrada do humano. :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Enfim, a obra é mais um tratado de psicofarmacologia e de psiquiatria biológica e genética. Também não é surpresa: afinal, esta é de facto a orientação dominante, com a qual trabalho. :)

Unknown disse...

Provavelmente hoje ainda n terei tempo/disposição pra ler este post.
Francisco, pra descontrair, leia aqui um pouco do Romaria

http://jornal.publico.clix.pt/noticia/01-12-2009/mensagem-clonada-18325758.htm




:))

Unknown disse...

Ah, ainda n tinha lido isto:

"
Blogger J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Colonizar mais a infância é uma péssima ideia: isso é burocratização que rouba o espaço de manobra das pessoas em desenvolvimento. As pessoas em crescimento e desenvolvimento não aprendem escutando ideias, ideias, recietas, receitas, normas, normas, preconceitos, preconceitos, que podem dar emprego a meia dúzia de tolinhos à custa da saúde do mundo."


Blah, isso tb é estar preso da conhecida mania de perseguição do ideal de "pureza" e verdade filosofica.
Nem me informei sobre o projecto, mas o q me interessou focar foi o facto do mesmo incidir sobre camadas de população desfavorecidas - pra n dizer até escravizadas endemicamente.
Por outro lado, a rigidez dessa sua posição, não so indicia conservadorismo, como n faz mais q passar um atestado de incompetencia intelectual e etica a pessoas com os mesmos interesses e objectivos q os seus: emancipação positiva do ser humano(basicamente é isto).
Ainda, q eu saiba, esses projectos n surgiram propriamente como programa estatal? Inevitavelmente e em grande parte lá deverão cair, de qualquer modo, se compararmos até com os profs de fil q estão no ensino oficial, parece-me que estes sim, estão bem mais domesticados e alienados.


:P

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, esses profs são pseudo-profs. :)

Eu conheci em Lisboa uma professora do ciclo básico que ensinava filosofia aos alunos dentro do tempo lectivo e com autorização do ministério! Não é isso que questiono, mas sim a noção de infância subjacente e a eventual colonização.

O caso que refere está -segundo parece - politizado: crianças desfavorecidas precisam de outros cuidados básicos, nomeadamente alimentação, agasalho e nutrição afectiva. Depois disso estar satisfeito podemos dar esse complemento filosófico! Mas não vejo necessidade de teorizar filosofia para crianças e muito menos profissionalizar = burocratizar essa actividade: elas tb precisam de brincar!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hummmm... as crianças e os jovens têm um excesso de disciplinas e horários sufocantes! Mais disciplinas da merda, não! O ensino não existe para dar empregos ou para preencher o horário dos profs, mas para educar para a liberdade e a responsabilidade!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E o problema não é só o Estado, mas a comercialização da coisa: os circuitos comerciais aniquilam a mensagem subversiva das coisas. Eu sei como ensinar filosofia a um jovem ou mesmo a uma criança, mas para isso não preciso escrever filosofia para crianças ou criar essa coisa. Coisas do género já foram feitas noutras áreas e não vejo resultados animadores: é puro negócio, tal como os manuais portugueses. Um horror!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A filosofia está sempre presente nas nossas relações com o mundo, sem precisar ser nomeada ou tornar-se um fardo: as noções filosóficas respiradas têm efeito e eficácia maiores do que as noções ensinadas, incutidas, endoutrinadas!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Então, se a criança for parecida comigo - tal como fui na minha infância -, ela é naturalmente seduzida pelos livros dos adultos que devora e tenta decifrar! A política entra aqui para garantir igualdade de oportunidades e permitir que todas as crianças possam desenvolver os seus potenciais - que não são os mesmos em todas. Por isso, referi o meu caso!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Aquilo que retive e me marcou para toda a vida foi o que descobri por mim mesmo! Aqui está um dos segredos da educação: eu por temperamento nunca quis ser colonizado pelos profs ou pelos papás!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E agora não encontro um dos tratados sobre o cérebro e preciso dele para solucionar uma dúvida neurohistórica. Bah...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, lembrei-me e estou seguro, mas fico lixado por não saber do destino de um livro tão, tão grande e pesado! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, já encontrei e estava mesmo diante dos olhos, juntamente com artigos de António Damásio: Norman Geschwind que defendeu a tese da localização de certas faculdades superiores tb suavizou o seu materialismo neuronal. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Aliás, Norman Geschwind e outro grande neurocientista elaboraram uma teoria da linguagem que me interessa particularmente, até porque envolve a acção organizacional da testosterona: enviaram-me dos USA esses artigos seminais! :)

Unknown disse...

ja ca volto, entretanto, ponham aí nos vossos fav o escritorio do Pai Natal.
Tem inside e outside cam*

http://www.santaclauslive.com/main.php?link=santa_claus_live&kieli=eng&pid=3

Unknown disse...

retro schock ahaha

http://www.youtube.com/watch?v=w05oOXJPHbQ&feature=related

E. A. disse...

o Francisco ou é contraditório ou defende a descolarização. Qualquer formação é deformação. Um não-argumento o seu, de dizer q se coloniza as crianças! bah! E, de facto, o Francisco ao ler os livros dos "adultos" - que criança mais triste, q nem vive a infância -, n é colonizado! Bah, q fraco discurso!!!

Mas, pelo menos, foi aqui registada o porquê da sua fraca criatividade e pouco apurado gosto - infância aprisionada a mofo de livros.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ui... a Papillon está cada vez mais tonta! É tão pueril! E muito ceguinha de mente! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Não capta os conceitos psicológicos! Atrofia mental! Que horror!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A Papillon deve ter sido escolarizada para deformar: deforma as palavras e não capta os conceitos. Enfim, vomita "comida" estragada... Bahhhh...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Enfim, deve ser um mau programa de computador! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, eu aprendo com os livros, os mestres e a a prática científica; outros bebem da latrina! Básico! AHHhhhhhh... Que tontice a sua!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Enfim, deve prolongar a infância até idades avançadas da vida adulta: a filosofia para crianças é afinal "filosofia da treta" para adultos infantilizados! Isso é patológico! A borboleta é um programa computacional defeituoso! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hummmm... Não é o meu discurso que é fraco; o seu entendimento é que é fraco: não tem faro para estas coisas - a sua infância deve ter sido uma mutilação mental e cognitiva. Insensibilidade total!

Unknown disse...

ja me ia esquecendo de ca voltar:)

Entao, e a proposito daquele vd do tiago onde se fala do poder da corporação Bilderberg no post anterior, lembrei-me de ter lido isto do Lyotard sobre o dominio da tecno-ciencia:

«Um novo cenário se vai instalando lentamente. Em traços largos: o cosmos é o ponto de queda de uma explosão; os detritos ainda se espalham sob o impuso inaugural; os astros, ardendo, transmutam os elementos; têm a vida contada ; o Sol também; a hipótese de que a sintese das primeiras algas ocorresse na água sobre a Terra era infima; o Humano é ainda menos provável; o seu córtex é a organização material mais complexa que se conhece; as máquinas que engendra são a sua extensão; a rede que irão formar será como um segundo córtex, mais complexo; terá de resolver os problemas de evacuação da humanidade para o exterior, antes da morte do sol; a escolha entre os que poderão partir e os que estão votados à implosão começou, sob o critério do «sub-desenvolvimento»

Sacam? o gajo, em 1979, tb já tinha a percepção de q o Terror e o Estado totalitário(ag subst pelo capitalismo) n so n tinha atingido ainda o seu zenite, como até já tinha tudo planeadinho pra bazar da Terra usando como trampolim sub-humanos como nós. :)
Um cenário bem à CIA eheh

Unknown disse...

pra situar melhor isto, ele antes tb escreve:

«Não foi a ausência de progresso, mas pelo contrário o desenvolvimento tecnocientifico, artistico, económico e politico que tornou possivel as guerras totais, os totalitarismos, o afastamento crescente entre a riqueza do norte e a pobreza do sul, o desemprego e os «novos pobres», a desculturação geral com a crise da escola, ou seja, da transmissão do saber, e o isolamento das vanguardas artisticas (e agora, durante algum tempo, a sua renegação).



Esta passagem ilustra na perfeição o alerta de nietzsche sobre o perigo do dominio tecnocientifico e sobre a autentica caixa de pandora q abre mas q insiste em negar, imho*


Gotta go 0/

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, e continuando a ler Lyotard, chocamos com o seu lamento: não ter conhecido mais cedo a Escola da Frankfurt que já tinha desenvolvido essas ideias. :)

Há porém uma diferença: nada está perdido enquanto houver homens lutadores. Quanto à explosão do sol, não precisamos estar preocupados por isso, porque falta tanto tempo que quando ocorrer já não há humanidade. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Agora reparo que Frankl traduz certos conceitos freudianos em termos cerebrais e suas lesões, o que antecipa MacLean, mas isso não é completamente estranho porque ele participou no arranque da cirurgia cerebral. Mas estes assuntos são mais técnicos e vou mantê-los fora do debate.

Unknown disse...

maclean? o do cerebro triúnico?


Sobre o Lyotard. Exacto, ele assume abertamente essa divida em relação a Adorno e à importancia das micrologias(q o Lyo evoca pela "confusão de razões").
O q n deixa de ser comico sabendo q o Lyotard passou todo o tempo a ser chamado de irracionalista hihi


Tenho tado a ler aqui a Oligarquia das Bestas, do Pessoa. Tenho-me fartado de rir coas bocas do gajo à republica e à monarquia ahah

Unknown disse...

onde eu mais me ri até agora foi qd ele chama ao Afonso Costa piolho politico e... ESFREGÃO huehueh

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Quem lhe chamou irracionalista?Desconheço essa crítica, embora conheça as críticas que lhe foram feitas a propósito da condição pós-moderna.

Outra coisa curiosa são as primeiras obras sobre economia libidinal de Lyotard, aliás próximas de Marcuse!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, o do cérebro triúnico!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Curiosamente, em termos neuronais, o comportamento religioso tem essa componente obsesseiva-compulsiva - a neurose obsessiva de Freud, cujo circuito está implicado em muitas doenças neurológicas, algumas muito mediáticas. MacLean ajudou a estabelecer essa ligação aquando do segundo programa das neurociências.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Aliás, o meu prof é que era especialista nessa coisa e iniciou-me nisso!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas houve discussão, porque eu e o prof de neuroanatomia seguiamos outra linha - a modular, dizendo que não precisávamos discutir o modelo de MacLean. Depois com a troca de correspondência com MacLean, tudo acalmou - e eu era ainda estudante.

Unknown disse...

yep, economia libidinal! Gostava de ler essa, dá pra ver q tem certo paralelismo com a econom da despesa, do bataille. :P
E, sim, o lyotard foi mt atacado de irracionalista por ter usado o crivo da critica nos pp intelectuais(Tombeau de le intellectuel et autres papiers)
Merece uma releitura mais atenta pq parece-me bem ter sido meio ostracizado pela inteligentzia no poder `a epoca.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, o Sr não está a levantar em conta uma conexão histórica: alguns intelectuais franceses colaboraram com o Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, entre os quais Aron, cuja revista tem artigos sobre Batallie e Callois. Aliás, a teoria da festa do último era conhecida por Benjamin! Eles não podem dizer que desconheciam a Escola de Frankfurt - fingiram não a conhecer, como geralmente fazem os franceses para reclamar algumas migalhas de originalidade, mas os alemães conhecem essa tara francesa!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Gadamer faz referência a isso, mas conheço isso através da correspondência entre os meus mestres!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E não leva tb em conta a matriz que alimentou esses pensamentos - o marxismo, porque a economia libidinal reconduz a MARCUSE!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mais: o mentor original é Reich. A Escola de Frankfurt possibilitou a criação de um instituto de psicanálise - o primeiro, porque estava interessada na tal psicologia elaborada para o marxismo.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Não meta Nietzsche ao barulho, porque nesse período entre guerras ele era reclamado pela direita reaccionária! Depois da segunda guerra as coisas começam a mudar, por causa da obra de Heidegger.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Pensando na conjuntura económica actual, economia da despesa é literalmente tudo aquilo que não queremos! A despesa pública afunda-nos! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E nos ensaios tardios de Marcuse, alguns publicados depois da sua morte, encontramos uma crítica muito actual da despesa, que visa um dos desenvolvimentos disparatados do capitalismo.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Aliás, essa crítica já tinha sido feita por Adorno a propósito de Veblen. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E a respeito daquela citação que fez de Bataille sobre os palavrões, foram recentemente editados estudos de Marcuse e de Franz Neumann que analisam essa linguagem na perspectiva das teorias da mudança social. O Instituto de pesquisa social publicou muitos estudos e, aquando do nazismo, Bataille guardou muitos escritos da Escola de Frankfurt. Tudo isso é conhecido e não vale a pena escamotear o óbvio! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E a revista da Escola chegou a ser publicada em Paris! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mais: Sartre esteve em contacto quando foi para Berlim e Lefebvre cita Horkheimer! A teoria crítica era conhecida - eles todos mentiram, incluíndo Foucault. Quem em Maio de 68 não conhecia, pelo menos de nome, Marcuse, bem como Goldmann (radicado em Paris), Lukács...

Unknown disse...

meu deus, meu deus, q envergonhado q fiquei com essas revelaçoessssss

http://i49.tinypic.com/2419y4n.jpg












:P

Unknown disse...

LOL, tb sei bem dessas ligações à fil alemã, n entendo bem é pq insiste q tds eles a esconderam ahaha
Pelo contrario, ha até varias fotos e docs q foram tornados publicos pela pp vontade dos visados e n pq fossem "descobertas" pelos media etc

Agora mesmo tava a ver umas do heidegger em frança, em longos passeios com renée char e jean beaufret(seminario de Thor*)

:))

Unknown disse...

rené* :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Descobertas pelos media? Hummmm... os media não sabem descobrir essas coisas! Referia-me a declarações datadas que podem ser desmentidas por outros indicadores materiais. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Char foi um poeta meditado por Heidegger: isso é evidente, basta conhecer a obra! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Até lhe posso dizer que, estando num país dito periférico, já era teórico crítico muito antes dessas tais declarações francesas: o ridículo é precisamente esse - afirmar desconhecimento já nos anos 70, 80 ou mesmo 90.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Quando na verdade tudo começa nos anos 30!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Todas as obras seminais da filosofia que deram origem às diversas tendências filosóficas foram editadas nos anos 30, com alguns textos já datados dos anos 20.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

3 das quais sairam com a mesma data! Não preciso mencionar porque conhece a história! Lol :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Portanto, no meio de tudo isto, alguém não foi intelectualmente honesto, como sabe, querendo apagar a linhagem do pensamento, como se o tivessem criado do nada! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Há pessoas que se apropriam e tentam enganar os outros e a si mesmas. Enfim, falta de carácter!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A memória é fundamental e, sem ela, o homem perde-se, repetindo o mesmo, o início, aquilo que já devia estar integrado. O diálogo torna-se impossível! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O défice de memória é de tal modo marcante que já existem grupos a comercializar tratamentos e vai chegar o tempo em que a publicidade dirá: Tome Creb qq e adquira memória! E o problema é tão simples de resolver sem Creb! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O FCPorto esmagou o Guimarães! Viva o FCPorto e o jogo limpo que faz! Os comentadores são mesmos dementes! É um comentário doentio que prolonga a corrupção e a mediocridade!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Os economistas deviam remeter para um pensamento meta-económico: ficariam mais humanos e cientes de que os seus raciocínios escondem interesses pouco dignos. :)

Ontem, na SicNotícias, Ana Lourenço apresentou uma peça sobre o caso dos submarinos muito interessante: gostei do modo de tratamento jornalístico. Foi um bom momento de jornalismo! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Perdi mais tempo com Frankl por duas razões: a primeira prende-se com o projecto lateral que resolvi assumir, e a segunda pelo facto da sua psiquiatria estar a despertar a atenção de etólogos e de neurocientistas, além de constituir a raiz da psiquiatria existencial, conforme mostrei em outros dois posts anteriores.

Isto não significa que sou movido pelo espírito de enciclopédia: a elaboração de estudos exige domínio dos conhecimentos da área, sem o qual a investigação não é possível. Além disso, não partilho - como já disse noutra ocasião - os resultados da pesquisa que empreendi no sentido de construir uma teoria médica unificada. O resto - o que se diz por aí - não me interessa! Sempre fui autónomo desde bebé! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O post seguinte deveria ser este - Angústia e Dialéctica, mas vou adiá-lo. :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, alguém deixou um comentário patético - que depois eliminou - que não merece resposta: o meu blogue não tem como objectivo divertir mentes atrofiadas e inúteis! Aqui não discuto o sexo dos anjos e não produzo banalidade opinativas e fracas! Isso sempre foi evidente! Portanto, quem lamenta a falta de seriedade sou eu e não o tal comentador imbuído de maldade. :P

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Uma comentadora tão "culta" que não capta onde me distancio de Frankl, pregando-lhe uma ou duas rasteiras! Bahhhh... Tanta cultura da treta! ;)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Numa época indigente, tenho de ser "enciclopédia" / erudito - ou dominar os assuntos? - e criativo, mas de qualquer modo não sou compreendido! Pela comentadora da "cultura"... :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Enfim, a "lógica" do Planeta dos Macacos não permite chegar lá, funcionando como uma espécie de magia que encobre uma vaidade ilusória, desconhecendo que socialização e colonização são conceitos distintos, já para não falar de outros. Os macacos querem escravizar os humanos! Planeta dos Macacos! Lógica de Macacos! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ora seguem Heidegger, ora seguem Nietzsche, ora seguem Kierkegaard, ora seguem o que vem sempre a seguir, mas na hora certa estão com as mãos vazias - ou a cabeça?! Que horror!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

No Planeta dos Macacos, a psiquiatra macaca descobre que os humanos sabem mais do que ela/eles - macacos. Curiosamente, nesse enredo transparece uma ideologia da ciência, mas tem um momento de profundidade marxista: a anatomia do macaco é insuficiente para explicar a anatomia do homem! :)

Unknown disse...

Ainda n li o frankl grrr


Divirta-se:

http://umfernandopessoa.blogspot.com/

http://www.ionline.pt/conteudo/35838-exclusivo-i-fernando-pessoa-poe-e-loucura-metodica


:)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Apanhei mais chuva, fiquei todo molhado e o tema de conversa era a desagregação da família e do tecido social português, e isto a propósito dos crimes recentes. Entretanto, os estudantes universitários estavam nos restaurantes - completamente alienados de si e do mundo. :(