terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cidade do Porto: Candidata a Melhor Cidade 2012

Ribeira, Cidade do Porto

«A Cidade do Porto é uma das nomeadas para o prémio de Melhor Cidade 2012, nos Design Awards da revista britânica Wallpaper, lado a lado com Londres, Guagzhou, Cidade do México e Berlim. A revitalização da vida cultural da Baixa, a activa comunidade artística e estudantil, as casas de granito, e a atraente arquitectura moderna estão na base dos pontos a favor da Cidade Invicta, assim como os seus restaurantes e as vistas excepcionais» (Livening, 28 de Dezembro de 2011).

O Porto visto da Torre dos Clérigos
Largo da Pena Ventosa, Porto
Escadas dos Judeus, Porto

12 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estou em estado de choque com a situação do ensino em Portugal e a actividade editorial!

Entretanto, adiei a religião inca porque ainda não decidi se vou tratar dos cultos populares: a religião imperial é relativamente simples! Mas há o passado mais arcaico e as culturas andinas que precederam os incas. Medito a estrutura... :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Só agora me lembrei que tenho uma recolha de todos os mitos e lendas das culturas pré-colombianas - uma recolha mais acessível. A monumental obra andava perdida algures num enorme monte de livros. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Bem, há outro problema: debato-me com a pertinência do mito do dilúvio e dos gigantes na costa do Equador. Também não sei como articular o Con com os outros deuses. E há o cultura de Nazca que me fascina e que aparentemente não tem nada a ver com os incas.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E a Grande Obscuridade - o desaparecimento do Sol durante 5 dias? Não sei... mas há aqui uma conexão que ainda não sei definir.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, relendo o mito já solucionei o problema relativo ao Con, o ser sem ossos. Afinal, a humanidade que ele criou foi destruída por Pachacamac e substituída por outra. Depois desconheço o destino de Con. Há a ideia de destruição de humanidades e da sua transformação em animais.

O animismo e o feiticismo relacionados com as huacas são deveras estranhos: deve ser uma camada religiosa arcaica que sobreviveu, tendo estado presente na religião imperial dos incas. O imperador tb alinhava com as huacas... No fundo, tendo em conta o colapso que se seguiu à conquista, os cultos do sol e de viracocha não foram bem sucedidos: os peruanos regressaram aos cultos ancestrais e ainda hoje veneram as diversas huacas.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estive a pensar e descobriu semelhanças entre estas religiões - maia, asteca e inca - e os cultos celtas!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E as múmias incas e não só? Ora, um trabalho sobre religião inca deve incluir as múmias que eram levadas para as grandes festas de Cuzco! Além disso, a múmia conta-nos uma história interessante sobre certas crenças! E os livros quase não falam delas! Esta é uma lacuna que não pode ser justificada pela escassez de textos indígenas: o que escapou à fogueira da inquisição espanhola é suficiente para reconstituir essas crenças.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Claro que tenho um livro sobre as múmias andinas. No fundo, apontam na direcção da crença de uma outra vida além-túmulo, tal como no Egipto, com algumas diferenças: as posições das múmias são intrigantes.

O Con é, afinal, o deus do trovão na versão de um outro grupo étnico.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O panteão inca pode ser reduzido a estas figuras: o Sol (e a sua esposa Lua, nalgumas versões), Viracocha, Inti Illapa (deus do trovão), deidades astrais, deidades animais e deidades terrenas. As huacas, os totens e os fetiches devem ser colocados noutro nível. O pior é a existência de lacunas: os fragmentos não permitem reconstituir o todo. Falei das múmias mas há uma lacuna por preencher, a menos que se recorra ao filho mau de Viracocha, embora não faça sentido.

A via será distinguir entre o culto oficial - dado à especulação teológico-política - e as formas de religiosidade popular. Para mim, Pachacuti era maquiavélico... o imperador-sacerdote.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ou então distinguir entre cultos centrais e cultos periféricos no seio da própria religião imperial, o que exige uma crítica radical dos livros existentes.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Bem, a distinção entre culto central e culto periférico foi aplicada ao xamanismo, em especial à possessão. Literalmente, aplica-se ao império inca: o culto central é o culto imperial sediado em Cuzco, os cultos periféricos seriam os cultos praticados nas províncias submetidas ao Inca. Uma espécie de hierarquia: deuses superiores, os do império, e deuses inferiores. De certo modo, os cultos periféricos são práticas dos submetidos: estão literalmente na periferia. Mas a distinção pode ser mais complexa... Vacilo...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, divindades tutelares e espíritos maus. Se as acrescentar ao panteão, posso descobrir outra chave de leitura, embora o sincretismo inca não ajude.