domingo, 5 de junho de 2011

José Marques da Silva: Edifício A Nacional, Porto

Quem não conhece este belo edifício - A Nacional - localizado na Avenida dos Aliados? O arquitecto que o projectou chama-se José Marques da Silva (1869-1947), mais outro arquitecto portuense que marcou fortemente os belos espaços da cidade do Porto. A história da arquitectura do Porto está intimamente ligada aos "estilos" dos seus arquitectos nativos: a auto-suficiência arquitectónica do Porto prende-se à paixão que é ser portuense num país estranho e hostil. A bela cidade do Porto é uma construção dos seus próprios arquitectos nativos que, nas sucessivas mudanças de época, souberam preservar o passado sem fechar a cidade à modernização e à obra dos arquitectos estrangeiros. É isso que não é compreendido pelos alienígenas invasores que governam neste momento o destino da cidade: o Porto-Fantasia arquitectónica e escultural não pode fechar-se à modernização. O crescimento em altura já está inscrito no código genético da Torre dos Clérigos. Cidadãos do Porto, não temam as alturas vertiginosas do céu! A Cidade Fálica - o Porto orgulhosamente erguido em altura - sempre quis conquistar o céu e a sua azulidade!

Anexo. Tenho estado a pensar e, neste dia cinzento das eleições, cheguei à conclusão que o Porto deve fechar-se à influência saloia do resto do país, sobretudo do sul. A arquitectura histórica da cidade do Porto não se coaduna com o actual perfil psicológico e cognitivo dos seus habitantes e atribuo este desfasamento à influência nefasta dos meios de comunicação social. Para renascer, o Porto precisa assumir a sua condição única no todo nacional e, ao mesmo tempo, distanciar-se dele. Carregar este país de alucinados saloios às costas não faz sentido, porque corremos o risco de perder tudo, até mesmo o nosso passado. Os portugueses não formam um todo homogéneo, pelo menos do ponto de vista biológico. Há diferenças significativas entre os portugueses, de uma região para outra, e é, neste terreno da biologia humana, que devemos trabalhar a diferença que permita descolar e escapar à maldita noite em que todos os gatos são saloios. Não sei até que ponto as más políticas nacionais agravaram a velha deficiência mental e cognitiva dos portugueses, mas sei que o seu estado de saúde mental é preocupante. Infelizmente, conversar com um português "normal" ou com um tolinho internado num asilo de doenças mentais é, neste momento, a mesma coisa. E isto é deveras preocupante: Portugal regrediu...

J Francisco Saraiva de Sousa

3 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

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J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mais um ritual sisudo - ir votar. Nunca compreendi esta atitude de comadre silenciosa no dia das eleições: os portugueses são cinzentos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Bem, tento compreender esta alma portuguesa mas ela é-me completamente estranha. Não me sinto português... e fico feliz por assim ser - não sou cinzento e feio.