sábado, 15 de setembro de 2012

Portugal: Revolta Popular contra o Governo de Passos Coelho

















Portugueses: As manifestações pacíficas não mudam o sistema. À violência das políticas governamentais da austeridade é preciso opor a violência revolucionária: a violência é a parteira das grandes mudanças sociais. Houve muita ingenuidade nas manifestações de hoje: a emotividade deve ceder o seu lugar à Razão Calculadora, à Racionalidade Revolucionária, enfim ao momento de Surpresa! O governo perdeu legitimidade popular para governar, mas, como em Portugal os governantes não têm vergonha na cara, tudo vai permanecer na mesma: o povo unido deve constituir-se em FORÇA POLÍTICA e derrubar o governo. É preciso passar da palavra ou da intenção à acção! O que deve ser feito é simplesmente feito. O Governo de Passos Coelho usa o Estado para enriquecer as empresas à custa dos trabalhadores. Um povo revoltado sem ideologia é inofensivo. Há um nome que assusta o poder neoliberal: Karl Marx. Se tivesse havido cartazes a mostrar o rosto de Marx, eles estavam agora com mais medo! Não queiras ser um povo passivo e pacífico; não vais longe. Algumas figuras públicas, entre as quais jornalistas lacaios do poder estabelecido, dizem que todo o protesto do povo português resultou de uma dificuldade de comunicação do governo: eles estão a tentar desvalorizar as manifestações de hoje contra o governo de Direita. Não deixes reduzir a razão de ser das manifestações a uma dificuldade de comunicação: foca o conteúdo mas de um modo ideologicamente elaborado. Mostra que o povo não quer passar mais fome para alimentar os ricos.

15 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Imagens de Lisboa e Porto.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estou duplamente furioso: com uma certa Esquerda que usa o nome de Karl Marx para defender causas suicidas, e com Miguel Beleza que, apesar de ser portista, trata Marx como coisa do passado. A Filosofia deve proteger os seus filósofos do ataque dos economistas, cujos modelos instrumentais arruinaram o mundo. A crítica radical da economia e dos seus modelos neoliberais constitui um imperativo para a actividade filosófica: Marx elaborou a teoria do capitalismo e nada do que digam estes oportunistas altera a sua verdade.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Já todos sabemos que Portugal é governado por um bando de mafiosos: não temos classes dirigentes; temos máfias no poder. O divórcio dos portugueses com a política deve-se a esse facto: as máfias do poder descredibilizam a política. A despolitização do povo reforça o poder das máfias nacionais: os movimentos sociais devem ser politizados. A política não é monopólio do poder estabelecido. É isto que os manifestantes de ontem ainda não compreenderam: a política é luta de classes.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Os portuenses de hoje não são dignos da sua cidade. Travo uma luta permanente como todos aqueles portuenses que temem a modernização da cidade do Porto: a construção em altura dignifica uma cidade. Se os portuenses do passado pensassem como os de hoje, o Porto simplesmente não existiria. No entanto, estes portuenses com medo das alturas aprovam obras de requalificação que uniformizam os espaços interiores. Há algo na arquitectura moderna que não me seduz: ela é igual em todos os lugares do mundo; ela é uniforme e monótona; ela não tem identidade local.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O espírito de imitação promovido talvez pelo fascismo uniformizou as cidades portuguesas. Há monotonia na arquitectura urbana portuguesa. O Porto que é um centro de irradiação arquitectónica foi levado para outras cidades, dando-lhes rosto. Odeio profundamente o espírito de rebanho dos portugueses e responsabilizo-o pela falta de competitividade de Portugal.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Predomina entre historiadores portugueses uma concepção da história com a qual discordo profundamente: a ideia de que a história é coisa do passado, coisa já feita e concluída. Ora, eu sou marxista e, para mim, a historicidade vai do passado até ao futuro, fazendo-se no presente. A história nunca está concluída: todos nós fazemos história e a história que fazemos hoje será estudada no futuro. A minha teoria da história não cristaliza as cidades no já feito; pelo contrário, abre as cidades ao futuro. Dinamismo histórico!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O restauracionismo violento é a ideologia daqueles que desistiram do futuro. Se a saudade traduz este estado de alma, então sou anti-saudacionista. A minha saudade é a saudade do futuro que nos é recusado.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Daniel Oliveira diz e escreve muitas patetices: as suas análises políticas carecem de fundamentação económica e filosófica. Quando o escuto no "Eixo do Mal", fico com a impressão de que ele pressupõe um cartão de crédito ilimitado: as suas falas parasitam a linguagem do poder estabelecido. A Esquerda infantil é a maior inimiga da mudança social qualitativa, porque é uma esquerda que se alimenta nos restaurantes capitalistas.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A teoria filosófica marxista pressupõe alguma versão da crítica da economia política, sem a qual não pode existir. O fracasso ideológico da Esquerda contemporânea deve-se ao facto de realizar a crítica sem fundamentação económica. A "economia" foi entregue aos economistas neoliberais, enquanto a Esquerda ladrava sem orientação teórica. A Esquerda infantil é responsável pela situação de miséria em que vivemos - miséria material e intelectual.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Uma agenda política para o movimento Que se lixe a troika:

1. Manifestações contra as empresas do regime, tais como EDP, GALP, PT e Águas de Portugal.
2. Manifestações contra as Faculdades de Economia - os seus núcleos neoliberais mafiosos - e escolas de Gestão e Contabilidade: a Crise foi desencadeada pelos modelos preconizados pelos economistas neoliberais.
3. Manifestações contra os gestores.
4. Manifestações contra a bancocracia e o poder financeiro.

Enfim, o movimento deve politizar-se e o povo converter-se em Força Política capaz de operar a Grande Mudança de Portugal.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O povo indignado, faminto e revoltado deve exigir os despojos que lhe pertencem: as cabeças dos corruptos numa bandeja. A imagem teológica pode ser e é efectivamente uma imagem política da libertação do povo português.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Por engano foi aqui colocada uma foto de Istambul! Não a vou tirar... acontece e, de certo modo, contribui para difundir um erro que me foi enviado. Acontece nas redes sociais! Sorry!

Eu próprio não reconhecia a Av de Berna e uma das fotos da Av dos Aliados deve ser de Maio de 1974!

Jorge Willian disse...

O texto me faz lembrar aqui do Brasil, onde as riquezas também são repassadas pelo Estado a meia dúzia de empresas.Também acredito que o "fantasma" de Marx amedronta aí e aqui aqueles que querem perpetuar este monstro que se devora enquanto destrói homens e sonhos,este monstro de nome capitalismo.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, o capitalismo espalha a desgraça pelo mundo: com ele caminhamos para a morte. Precisamos procurar alternativas ao capitalismo! Aqui em Portugal os políticos são corruptos! Uma tristeza! Gente burra e ladra!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Este governo português é a maior vergonha de Portugal: gente incompetente e bandida!