«A implantação das perversões é um efeito-instrumento: é pelo isola-mento, pela intensificação e pela consolidação das sexualidades periféricas que as relações do poder com o sexo e com o prazer se ramificam, se multiplicam, percorrem o corpo, penetram os comportamentos. E sobre este avanço dos poderes fixam-se sexualidades disseminadas, anexas a uma idade, a um lugar, a um ponto, a um tipo de práticas. Proliferação das sexualidades pela extensão do poder e crescimento do poder, ao qual cada uma destas sexualidades regionais confere uma superfície de intervenção: este encadeamento, sobretudo desde o século XIX, é assegurado e continuado pelos numerosos lucros económicos que, por intermédio da medicina, da psiquiatria, da prostituição, da pornografia, se associaram, ao mesmo tempo, a esta desmultiplicação analítica do prazer e a esta valorização do poder que o controla. Prazer e poder não se anulam; não se viram um contra o outro; perseguem-se, sobrepõem-se e relançam-se. Encadeiam-se segundo mecanismos complexos e positivos de excitação e de incitamento». (Michel Foucault) Conheci um casal heterossexual extremamente curioso: a mulher era bissexual e o casal frequentava um círculo estreito de amizades homossexuais. O marido tolerava a homossexualidade da mulher e as suas fantasias sexuais. A mulher comprou um vibrador e usava-o não só nas suas relações sexuais com outras lésbicas, mas também para se masturbar diante do marido. O vibrador imponente circulava pelo grupo de amizades homossexuais e todos conheciam a derradeira finalidade que a mulher lhe queria dar: a sua fantasia era usá-lo para penetrar analmente o marido, levando-o gradualmente a desejar fazer sexo com outros homens. A maior parte dos seus amigos homossexuais masculinos ansiava pelo sucesso desta conversão sexual, porque o marido era de facto um homem musculado e sexualmente atractivo. De um modo geral, os homossexuais masculinos e femininos são propensos a negar a rigidez das sexualidades de género masculino, e, neste caso particular, a mulher acreditava que podia transformar a homofilia - ou melhor, a homossociabilidade - do marido em comportamentos homossexuais que a excitavam. O marido resistiu durante algum tempo às tentativas persistentes de penetração anal da mulher: aceitava ser estimulado analmente e sugar o vibrador, mas não permitia a penetração anal. Mas a mulher não desistiu e acabou por convencer o marido a ser penetrado pelo vibrador e, mais tarde, a ter relações homossexuais com ou sem a sua participação. Ela usou esta suposta conversão sexual do marido para refutar a minha teoria da rigidez das sexualidades de género masculino, mas o que me intrigava nesta história era o facto do marido beijar na boca e trocar carícias afectivas com os seus parceiros masculinos, isto é, exibir todos os comportamentos afectivos que excitavam a sua mulher. Conhecia casos em que homens heterossexuais tinham experimentado relacionamentos homossexuais após o divórcio ou mesmo antes de se casarem, mas sem beijar na boca os seus parceiros masculinos. Apesar de fazerem sexo com outros homens, quase sempre homossexuais, estes homens consideram-se heterossexuais: as ligações homossexuais são reduzidas a relações puramente sexuais, sem qualquer tipo de envolvimento e de vínculo afectivos, tal como sucede em meios masculinos privados de mulheres. Além de exibir comportamentos e actividades homossexuais, o marido da minha informante mostrava ser capaz de criar laços afectivos com outros homens, mas, como não trocou a mulher por um homem, arquivei todos os casos deste tipo, pondo-lhes o rótulo de anomalias, no sentido de não serem explicados cabalmente pela minha hipótese de trabalho. Aliás, a própria mulher e as suas amigas lésbicas forneceram-me os dados necessários para elaborar uma distinção entre sexualidade e afectividade: as lésbicas usam muito esta distinção para explicar os seus comportamentos bissexuais ou mesmo as oscilações das suas atracções sexuais, alegando que preferem os homens para lhes dar prazer sexual e as mulheres para satisfazer as suas necessidades afectivas. Nesta perspectiva bissexual e lésbica, as relações heterossexuais são vistas como relações predominantemente sexuais e as relações lésbicas como relações predominantemente afectivas: esta dissociação entre sexualidade e afectividade ajuda a explicar as oscilações das atracções sexuais das mulheres bissexuais, mas não funciona nas relações homossexuais masculinas, que, mesmo no caso de resultarem de encontros anónimos e casuais, envolvem simultaneamente elementos sexuais e afectivos. A sexualidade e a afectividade estão relacionadas, porque as pessoas têm tendência a envolver-se emocionalmente com aqueles com quem têm relações sexuais, e a envolver-se sexualmente com aqueles de quem se encontram emocionalmente próximas. No entanto, a sexualidade e a afectividade podem ocorrer dissociadas uma da outra nas relações sexuais sem envolvimento emocional ou nos envolvimentos emocionais sem sexo. Em relação à infidelidade, os homens e as mulheres heterossexuais exibem padrões opostos: os homens ficam psicologicamente mais perturbados pela infidelidade sexual das suas parceiras, enquanto as mulheres exibem maior preocupação psicológica perante a ideia de infidelidade emocional dos seus parceiros. O ciúme dos homens é mais sensível a sinais de infidelidade sexual, e o ciúme das mulheres é mais sensível a sinais de infidelidade emocional: estas são diferenças universais entre os sexos. Os homens e as mulheres homossexuais exibem padrões diferentes daqueles que são revelados pelas suas contrapartes heterossexuais: as lésbicas ficam mais perturbadas do que as mulheres heterossexuais em relação à infidelidade sexual das suas parceiras, e os homens homossexuais mostram-se mais perturbados do que os homens heterossexuais em relação à traição emocional dos seus parceiros. Na forma como reagem aos dilemas do ciúme, os homens homossexuais são mais parecidos com as mulheres heterossexuais do que com os homens heterossexuais, e as lésbicas aproximam-se mais dos homens heterossexuais do que das mulheres heterossexuais. Os homens homossexuais utilizam esta dissociação para justificar a elevada frequência de encontros sexuais fora das suas relações primárias, alegando que as relações sexuais sem envolvimento emocional não constituem traições, uma vez que não trocam os seus parceiros permanentes pelos outros com quem fazem sexo. A categoria das anomalias foi reaberta quando a minha pesquisa da Internet Sexual me confrontou novamente com homens heterossexuais que fazem sexo com outros homens. Com efeito, as pessoas com identidades sociais estigmatizadas ou com preferências sexuais exóticas ou parafílicas, são motivadas a juntar-se e a participar em grupos da Internet que possibilitam discutir aspectos das suas identidades e realizar os seus desejos e as suas fantasias sexuais, sem violação do anonimato e da segurança dos seus participantes. O conceito de oásis erótico é usado para designar um lugar considerado física e socialmente protegido de ameaças exteriores, de acordo com os padrões definidos pela subcultura gay, onde os seus frequentadores se reúnem para estabelecer interacções sexuais mutuamente desejadas. O oásis erótico é, portanto, um lugar subculturalmente atribuído para a prática de sexo. A extensão deste conceito ao ciberespaço possibilita examinar determinados sites sexuais como nichos eróticos virtuais, dos quais os mais populares são os sites Web-Cam. Estes sites encorajam abertamente a exteriorização pública das fantasias sexuais dos seus utentes, a discussão de aspectos das suas identidades sexuais, a desmarginalização do self e a concretização de interacções sexuais: o cibersexo que se realiza neles posiciona-se entre a excitação sexual resultante da visualização de material pornográfico e o contacto sexual real. Os sites Web-Cam derrubam muros, eliminam barreiras, ajudam a destruir preconceitos sexuais e, do ponto de vista masculino, incentivam o diálogo e a interacção entre homens com diferentes orientações e preferências sexuais. Muitos homens heterossexuais exibem-se sexualmente para os homens homossexuais e trocam e-mails com eles, de modo a criar amizades on-line que valorizam mais as afinidades do que as diferenças existentes entre eles, enquanto outros revelam interesse em explorar novos prazeres, envolvendo-se abertamente em cibersexo homossexual. Nos sites Web-Cam, as interacções entre homens envolvem não só as interacções entre residentes e visitantes, mas também as interacções entre residentes e as interacções entre visitantes, no decurso das quais os homens heterossexuais revelam ser menos preconceituosos e, portanto, mais abertos a novas experiências sexuais. Alguns fazem cibersexo com homens homossexuais, não porque estes tenham simulado uma personagem feminina on-line - gender-bending, o que acontece frequentemente, mas porque eles próprios desejam ampliar os seus horizontes sexuais e explorar novas formas de prazer sexual, iniciando-se primeiramente no cibersexo homossexual para depois, mais tarde, realizarem essa actividade homossexual nas suas vidas reais off-line. A anulação da distância exterior, mediante a qual os homens são expostos às exibições fálicas e sexuais uns dos outros, desarma os homens heterossexuais, despindo-os dos seus preconceitos sexuais interiorizados e desinibindo-os em termos de resposta sexual aberta aos estímulos masculinos. Os sites Web-Cam, enquanto espaços de confluência das sexualidades masculinas, tendem a transpor a rigidez das orientações e das preferências sexuais dos seus utentes, levando-os a colaborar eroticamente uns com os outros. Num desses diálogos que mantenho regularmente com os membros residentes dos sites Web-Cam, um homem heterossexual italiano, casado com uma mulher, contou-me que, finalmente, tinha feito sexo oral com outro homem no Metro de Milão. A confissão do meu amigo virtual não é, à primeira vista, surpreendente, porque geralmente os homens heterossexuais que fazem sexo com outros homens praticam sexo oral e penetração anal, desempenhando o papel activo. Porém, detectando este equívoco, o meu amigo virtual esclareceu que tinha sido ele - e não o outro homem - a praticar sexo oral, apresentando uma justificação curiosa para este seu desejo de sugar o pénis de outro homem: o facto de "brincar" com o clitóris da sua mulher despertou nele o desejo de sugar um "pénis verdadeiro". O desejo realizou-se pela primeira vez no Metro de Milão num encontro casual e, como a experiência foi gratificante, o meu amigo virtual passou a usar o site Web-Cam para marcar encontros homossexuais, explorando todas as mais-valias eróticas do mesmo sexo. Nos países latinos, sobretudo da América Latina, o macho afirma a sua virilidade enrabando outros homens ou dando o seu pénis para ser sugado por outros homens, mas nestes dois casos referidos este princípio da actividade masculina - ou da dominação sexual masculina - é violado: o marido da minha informante é penetrado analmente pela mulher e o italiano prefere sugar o pénis dos seus parceiros sexuais. Apesar de exibirem comportamentos homossexuais, eles continuam a auto-definir-se como homens heterossexuais. Homens heterossexuais que sugam o pénis dos seus parceiros masculinos (1), homens heterossexuais que são penetrados analmente pelas suas mulheres, usando vibradores, dedos, dildos e outros apetrechos sexuais (2), homens heterossexuais que sugam o seu próprio pénis, isto é, que praticam auto-felação (3), homens heterossexuais que se masturbam publicamente, saboreando e deglutindo o seu próprio sémen (4), homens heterossexuais que penetram o seu recto com vibradores, dedos, mãos e dildos (5), homens heterossexuais que vendem os seus serviços sexuais a outros homens (6), homens heterossexuais que se exibem para outros homens (7), enfim homens heterossexuais que fazem sexo com outros homens (8), são no mínimo heterossexuais exóticos, cujos comportamentos homossexuais exibidos violam as normas de género da heterossexualidade masculina convencional, tal como tem sido normalizada pelo heterosexismo. Da reabertura da categoria das anomalias resultou a criação da categoria das heterossexualidades masculinas exóticas para descrever e explicar todas estas manifestações não-convencionais das heterossexualidades masculinas. Bombardeando persistentemente os meus amigos virtuais com dois perfis de sexo diferente - um masculino, outro feminino, constatei que, quando confrontados com o dilema de escolher entre sexo com um parceiro masculino e sexo com um parceiro feminino, estes heterossexuais exóticos optam preferencialmente pela relação heterossexual, o que justifica a sua auto-definição como homens heterossexuais. Este grupo de homens heterossexuais não pode ser diluído no grupo dos homens bissexuais, dos quais se diferenciam não só pelo facto de afirmarem ser heterossexuais nos seus perfis, mas também por determinados indicadores comportamentais: os seus envolvimentos afectivos são predominantemente heterossexuais e as actividades homossexuais são vistas como recursos extra de gratificação sexual. Porém, o que chamou a minha atenção não foram estas diferenças entre as sexualidades de género masculino, mas sim um elemento que parece ser comum a todas elas: a componente narcisista das sexualidades masculinas, que atinge o seu ponto de cristalização máxima nas homossexualidades masculinas. O narcisismo do género masculino - aliás um indicador do elevado sex drive masculino - manifesta-se claramente no facto dos homens exibirem atitudes mais favoráveis em relação aos seus próprios órgãos genitais do que as mulheres em relação aos seus próprios órgãos genitais: os homens referem mais vezes os seus órgãos genitais e manifestam opiniões mais favoráveis sobre eles do que as mulheres ou mesmo os homossexuais hiperefeminados. Os homens apreciam e orgulham-se dos seus órgãos genitais, como se toda a sua masculinidade e toda a sexualidade girassem em torno da genitália masculina. A admiração masculina pelo pénis, que se converte nos indivíduos homossexuais em atracção sexual fixa, penetra todos os comportamentos masculinos, dando-lhes real ou potencialmente uma coloração homossexual: a rivalidade intramasculina ou a homossociabilidade podem transformar-se, a qualquer momento, em atracção homossexual e em sexo entre homens. O elemento comum a todas as sexualidades masculinas é um elemento homossexual: a distância que separa a admiração pelo seu próprio pénis e o desejo do pénis do outro é demasiado curta e, quando menos se espera, ela foi superada. As heterossexualidades masculinas exóticas eliminaram - interior e exteriormente - essa distância, despertando e fazendo desabrochar o elemento homossexual que atravessa toda a sexualidade masculina: curtir a sua própria masculinidade com outros homens e, ao mesmo tempo, explorar a masculinidade intumescida dos outros, para além dos estereótipos sexuais castradores, é o que fazem os heterossexuais exóticos. Ora, como é evidente, os homens homossexuais não precisam de incitamento externo e de trabalho interior para eliminar essa distância: eles são por natureza seres que curtem a masculinidade intumescida uns dos outros. Protegidos dos efeitos rígidos dos constrangimentos genéticos que fixam a atracção sexual nos homens homossexuais, os heterossexuais exóticos gozam de maior espaço de manobra sexual: o despertar do elemento homossexual que atravessa a sexualidade masculina exige apenas a sua libertação dos mecanismos-dispositivos sociais interiorizados que o reprimem. Os heterossexuais exóticos assumem, em meios favoráveis - e os sites Web-Cam são meios favoráveis que eliminam automaticamente a distância exterior, colocando desde logo os homens nus em contacto visual uns com os outros -, a condição verdadeiramente masculina de omnívoros sexuais. A heterossexualidade masculina exótica é infinitamente mais flexível do que as homossexualidades masculinas, aliás extremamente rígidas, sobretudo nos seus fragmentos efeminados, e, neste aspecto, aproxima-se muito do padrão feminino: é mais fácil para um homem heterossexual fazer sexo com outros homens do que para um homem homossexual fazer sexo com mulheres, porque neste último não existe a distância interior que o homem heterossexual pode livremente desejar anular em alguns momentos ou eliminar para sempre. J Francisco Saraiva de Sousa
32 comentários:
Olá Francisco, como está?
Recomeça a falar de sexo, e a borboleta pousa, eheheh :)
Uma curiosidade: porque diz que a mulher era "lésbica"? Ou seja, parece-me que seja mais "bi". De qq das maneiras, esse casal não é nada estranho, há muitos homens hetero que gostam de ser estimulados analmente - quem n gosta? Muitos n o fazem por vergonha ou pq têm medo de gostar. Isso fá-los um bocado gays? Ou bis? Talvez, mas o que interessa é o prazer e um casal "ambivalente", tem muito mais hipóteses de prazer...
Viva a "estranheza heterosexual"! I am one of this kind!
Olá Else
Sim, hoje conheço casais em que a mulher usa o apetrecho para penetrar analmente o marido, fazendo-o vir-se. O estranho reside no facto dessa prática desafiar as teorias vigentes, mas já vou tratar disso. :)
Aliás, eu tinha arquivado todos esses casos como anomalias - factos sem explicação científica, até ser novamente confrontado com esses comportamentos na pesquisa da Internet Sexual. E agora estou a tentar compreender esses comportamentos.
Sim, no caso desta mulher, ela era bissexual: tinha o marido e as amigas.
Não são nada "anomalias"... é a expressão sexual de quem n tem complexos e gosta de prazer. :D
Infelizmente somos poucos... :(
Vejo que a Else encara esses comportamentos como alargamento do prazer e não nego isso. :)
Claro. Anomalias para mim são a pedofilia, zoofilia, necrofilia e outras patologias... ou fetiches que bloqueiam outras formas de prazer. Um heterossexual ou pseudo-heterosexual ter comportamentos homossexuais n é "anómalo"... e penso q seja minoritário por uma questão de pudor. :)
Ah, eu não disse que o comportamento dele era anómalo. Usei o termo anomalia para referir um comportamento que não é antecipadamente explicado pela teoria dominante. Aliás, o homem de que falo é hetero que faz uma vez ou outra sexo com homens e não apresenta nenhuma perturbação.
O que pretendo é chamar a atenção para o número crescente de homens e de mulheres heterossexuais que fazem sexo com parceiros do mesmo sexo, sem reivindicar ser bissexuais. Ora, este comportamento implica alguma fluidez nas preferências sexuais. Pontualmente, caso a caso, pode ser explicado por certas outras variáveis, mas na globalidade exige uma reformulação da teoria dominante. Em termos masculinos, a homossexualidade - aqui distinguida da bissexualidade - pode ser mais rígida que a heterossexualidade, que neste aspecto estaria próxima da heterossexualidade feminina. Ou seja, pode ser mais fácil um hetero ter relações com homens que o homo ter relações com mulheres.
Portanto, um hetero fazer sexo com homens não tem nada de estranho. Daí o título - heterossexuais estranhos??? :)
Ai, ai,,, estou cansado de pensar. Vou ver se concluo amanhã este post. A minha mente recusa abrir arquivos e ligá-los... :)
Bem, percebe-se facilmente que fui conservador em matéria de teoria: introduzi novas distinções conceptuais sem mexer muito com a teoria dominante, embora tenha provocado um deslocamento interno. Penso que caminho para uma reformulação que pode ajudar a compreender melhor a homossexualidade animal e facilitar a pesquisa genética. Neste post, cobri o mecanismo genético com um conceito móvel - a distância interior e exterior.
break nesta pouca vergonha!!!
cindy sheehan
http://bit.ly/cIwq4a
o.O
ASTA \0/
Não percebi essa da pouca vergonha mas também não interessa.
Bem, Medina Carreira deu uma entrevista a Judite de Sousa, onde volta a criticar o sistema. E o debate entre Aguiar-Branco e Rangel não mostra propostas positivas: falam de bombas atómicas mas não apresentam um programa de mudança. Se votasse no PSD, não sabia em quem votar, porque o que me interessa são propostas para resolver a crise nacional e criar emprego.
Ah, a minha reformulação implica uma alteração radical dos pressupostos da teoria dominante, um dos quais diz respeito à separação entre sexo e reprodução, a partir da qual podemos demolir o heterosexismo.
Estou contente com a visita de José Sócrates a Moçambique: o fortalecimento da lusofonia é fundamental para os nossos países e para a comunidade de língua portuguesa.
É fundamental para Portugal retomar estas relações mais estreitas com Moçambique e outros países de língua portuguesa: todos juntos podemos ser uma potência económica e cultural emergente.
E fui adicionado por mais moçambicanos, mas como não detectei a existência de blogues não os posso adicionar: fazem parte da lista de amigos que não está visível neste blogue. Mas prometo fazer mais posts sobre Moçambique! :)
Aliás, os estudos antropológicos realizados em Moçambique inspiraram esta mudança de perspectiva que tento tematizar. Além disso, tenho informação sobre comportamentos moçambicanos e essa informação revela uma visão mais profunda da sexualidade. Para esclarecer isto, precisava reformular a própria história da sexualidade. Aqui a minha perspectiva foi muito objectiva - centrada sobre comportamentos observáveis, mas já prevê solução para os grandes enigmas da sexologia.
Eu tinha dito que utilizava conceitos móveis que implicam substractos genéticos, neurobiológicos e neuro-endrócrinos. Mas essas equações genéticas e variações neuro-endócrinas foram omitidas. A mobilidade dos conceitos usados reflecte a incerteza destes factores... :)
Hoje estou optimista com o futuro da blogosfera: um círculo de boas pessoas, prontas a aprender para mudar o mundo.
Um site classificou o meu blogue como blogue para iniciados. Bem, têm razão, mas eu faço um esforço para ser acessível a todos. :)
Eu gostava contribuir para a criação de uma blogosfera lusófona unida, mas não domino a realidade de todos os países de língua portuguesa: a colaboração de todos é fundamental.
Ah, talvez um dia trate das relações uma mulher + dois homens, duas mulheres + um homem, etc., como me pediram, mas penso não haver novidade nessas relações. Umas vezes são muito gratificantes, outras vezes são uma seca... :)
O meu blogue visa a libertação de todas as sexualidades... :)
ah,muito bem, libertações de todas as sexualidades, já está a melhorar o discurso!!! :)
*libertação
Boa Tarde Menina Else
O meu discurso é sempre um discurso de abertura às sexualidades alternativas. :)
O post está finalmente concluído.
Até o anúncio publicitário pergunta a cada homem se a tem grande ou pequena. Enfim, a publicidade reduz-nos ao tamanho do pénis.
Há um pormenor que acho fundamental: os homens que têm mais testosterona, mais sex drive e o pénis maior, de orientação sexual heterossexual, tb são aqueles que têm mais inclinação para experimentar práticas homossexuais. O que é interessante é perceber se o contrário se verifica, i.e., se os homens de orientação sexual homo, activos e testosterónicos, têm desejo pelo sexo oposto.
Mas penso que não, portanto a homossexualidade é um fenómeno bastante complexo, porque a poderíamos reduzir ao desejo e às hormonas, mas assim n dá.
Sim, os homens hiperandrogenizados ou portadores da versão longa do gene receptor da dopamina 4 têm relações homossexuais. O tipo gay equivalente pode ser levado a ter relações com uma mulher, mas geralmente evitam a amizade de mulheres: são predadores sexuais.
Ora, para dificultar as coisas, os gays efeminados trocam beijos na boca com amigas - lésbicas ou não. Porém, o envolvimento emocional com mulheres pode resultar em sexo: umas vezes corre bem, outras não.
É evidente que existe um mecanismo cortical de inibição, que pode ser enganado sempre que um homem enfia o pénis num buraco da glória: o receptor pode ser mulher ou outro homem. E, sem saber, o homem tem um orgasmo provocado por outro homem.
Um aspecto associado a isto que não referi no texto é o facto do homossexual encarar o amigo como potencial parceiro sexual: o envolvimento emocional sem sexo é quase um tabu entre homossexuais. A amizade quase não existe...
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