«Um idealista é um homem que sabe ao mesmo tempo de que estação sai e qual é o seu destino; sabe-o antecipadamente e quando apanha o comboio, sabe para onde vai, uma vez que o comboio o leva. O materialista, pelo contrário, é um homem que apanha o comboio em andamento sem saber de onde vem nem para onde vai». (Louis Althusser)
Infelizmente, os auto-intitulados agentes culturais da cidade do Porto são geralmente figuras cinzentas e amarelas que cheiram a naftalina: o Movimento do Bom Sucesso Vivo (MBSV) é mais uma cristalização colectiva de figuras de naftalina que tudo fazem para bloquear o projecto de requalificação do Mercado do Bom Sucesso ou qualquer outro projecto de modernização da Cidade Invicta. A decadência cultural e económica do Porto e do Norte deve-se à acção destes idiotas culturais, alguns dos quais aproveitaram indevidamente as novas oportunidades para tirar um doutoramento, antes mesmo de concluir a licenciatura: o Porto Cultural tem estado entregue a esta ralé pseudo-cultural que perdeu há muito tempo o comboio em movimento. Aliás, o movimento do comboio do desenvolvimento assusta-a de tal modo que prefere imobilizá-lo, projectando o seu universo sombrio e depressivo para a cidade do Porto. A sua "cultura" é a cultura da imobilização: os idiotas culturais do Porto odeiam a cultura genuína que lhes é profundamente estranha e adversa. Os portuenses que queiram conquistar o futuro e garantir a criação de empregos devem erguer as suas vozes e as suas armas contra estes bandos de idiotas culturais que monopolizam a visibilidade da cidade do Porto. Chegou a hora de dizer "Basta!" e de expulsar estas figuras de naftalina dos palcos centrais da cidade do Porto: elas são a vergonha personificada da Cidade Invicta. O Mercado do Bom Sucesso e o Mercado do Bolhão devem ser requalificados: o Porto é sempre-já abertura à modernização.
Anexo. Já dediquei diversos textos e conferências à Escola do Porto e, quando o fiz, procurei requalificar o pensamento portuense, confrontando-o com o pensamento filosófico mundial, contra as patetices ditas por estas figuras portuenses de naftalina. Comigo elas não "tiram estilo", porque as reduzo facilmente à sua própria mediocridade. Porém, como perderam a vergonha, recusam ser "testadas", dizendo-se portadoras de um conhecimento interiorizado sem expressão pública. Infelizmente, há universidades privadas que passam diplomas a portadores deste tipo de conhecimento ultra-subjectivo - conhecimento que só existe para o seu suposto portador. Só nos resta rir destas figuras portadoras de conhecimento não-público.
J Francisco Saraiva de Sousa
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