segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Helmuth Plessner: Conditio Humana

«Sem o sopro da vida o corpo humano é um cadáver; sem o pensar o espírito humano está morto.» (Hannah Arendt)
Os posts que tenho editado sobre antropologia filosófica visam, em última análise, destruir toda a história da sociologia "atarefada" e o seu pretenso relativismo, que, quando foi levado a sério, como no caso da ex-URSS ou nos gabinetes de pesquisa administrativa, contribuiu para a liquidação da individualidade e da dignidade da vida humana, como testemunham os erros cometidos pela interpretação "comunista" da teoria de Marx.
Alheios à tradição de Sócrates e, portanto, à tradição do pensamento crítico, os sociólogos "atarefados" atarefam-se em mil e uma actividades rotineiras, sem imaginação, em busca de fama ou de algum prémio, como se essa ambição mesquinha lhes restituísse a dignidade do exercício de pensamento. E o seu Homo sociologicus (Ralf Dahrendorf) mais não é do que um fantoche, manipulado pela má-publicidade (Habermas) e, portanto, destituído de "verdadeiro self" (Rogers) e de pensamento autónomo, figura contra a qual a antropologia filosófica na sua ociosidade criativa elabora a noção de Homo absconditus. Esta é a única figura que faz justiça à afinidade existente entre dialéctica e tragédia que Lucien Goldmann soube captar na sua obra "Le Dieu Caché", retomando os textos do jovem Georg Lukács.
Em 1928, Helmuth Plessner (1892-1985) publicou a sua obra fundamental de antropologia filosófica, "Die Stufen des Organischen und der Mensch", mas, quando regressa à Alemanha após o seu exílio holandês, em 1945, confronta-se com duas obras, a de Heidegger que ilude o aspecto "natural e social" do ser humano, e a de Arnold Gehlen que destaca o seu aspecto biológico. Plessner não se inibe e procura retomar o seu caminho já presente na sua obra anterior "Die Einheit der Sinne" (1923). Para Plessner, o homem não é um animal dotado de um espírito que lhe foi insuflado de fora (concepção quase bíblica), mas um "ser de uma-só-peça" (aus-einem-Guss-Sein), composto pelo biológico-natural e pelo espiritual-cultural, pela physis e pela psyche. Isto equivale a dizer que a condição humana é um corpo animado e um espírito encarnado. Deste modo, Plessner afirma a unidade indissolúvel, sem fissuras, da interioridade (Innen) e da exterioridade (Aussen) do ser humano.
Contra o dualismo platónico, cristão e cartesiano, Plessner elabora o conceito de "posicionalidade" (Positionalität) como categoria unitária dos seres vivos. Isto significa que a posicionalidade é própria dos organismos vivos por oposição ao inorgânico: os organismos vivos mantêm as suas relações com o seu meio e afirmam-nas, enquanto o inorgânico se caracteriza pela sua "a-relacionalidade" com o mundo-circundante.
Com este conceito de posicionalidade, a antropologia de Plessner estuda as estruturas, não como essências ou princípios absolutos, mas na sua relação com as conjunturas ambientais, históricas e emocionais, sempre mutáveis e imprevisíveis. Fundada na relação entre o organismo e o meio, a antropologia de Plessner distancia-se da oposição mantida pela antropologia de Max Scheler entre espírito e vida. Com o homem, a esfera da vida dá um salto radical e alcança um nível distinto do "desenrolar normal" do existente. A identidade humana reconhece-se no seu ser-corpo e também no seu ser-no-corpo. Isto significa que o "eu" pode reconhecer-se plenamente tanto na esfera física como na esfera psíquica.
Por causa da sua "posição excêntrica", portanto, anticartesiana, o homem pode relacionar-se tanto com a dimensão corporal como com a dimensão espiritual, tanto com o mundo externo como com o mundo interno. Isto quer dizer que o homem se tem a si mesmo e é si mesmo, ou seja, pode compreender o seu corpo (Körper) como um objecto qualquer, analisá-lo e compará-lo com outros corpos e objectos, mas também pode identificar-se com o seu corpo (Leib), identificado com o centro das suas sensações, acções e emoções. Ao contrário dos animais, o homem não é somente um corpo, mas tem também um corpo, o que permite a Plessner falar do duplo-aspecto (Doppelaspektivität) do ser humano.
A posição excêntrica em que se encontra o homem permite-lhe descentrar-se, renunciar à sua própria centralidade em relação às coisas e às pessoas do próprio meio, e, quando se distancia de si próprio, o homem pode ver-se a si mesmo e a sua situação no cosmos. Esta distância foi chamada consciência, vista como sinónimo de laceração ou de fractura incurável que se manifesta em todos os momentos da existência humana. A necessidade de ser um corpo no sentido somático e psíquico e a necessidade de ter um corpo no sentido material conduzem a uma fractura irremediável no interior da existência humana. O homem é supostamente essa fractura, o centro da incessante mediação entre o exterior e o interior e, por isso, em todos os momentos da sua existência, deve procurar um equilíbrio, sempre provisório e precário, que é expressão da sua condição utópica, da sua inalcançável fixação de homo absconditus.
A obra "Die Stufen des Organischem und der Mensch" propõe uma teoria dos modelos orgânicos essenciais, chamada "teoria apriorística dos caracteres orgânicos essenciais", onde leva a cabo uma dedução, em sentido kantiano, das categorias e dos princípios a priori de que dependem as características da vida em geral e, muito especialmente, do homem. O centro desta teoria é ocupado pelo princípio de posicionalidade, que permite estabelecer, ao nível ontológico e cognitivo, a diferenciação entre realidade orgânica e realidade inorgânica e entre o mundo animal e o mundo humano. Esta diferenciação posicional entre os diferentes reinos da natureza (vegetal, animal e humano) é entendida como um verdadeiro princípio constitutivo da natureza, mais do que uma mera classificação, da qual se originam os distintos níveis do orgânico, cujo carácter gradual se fundamenta na coesão interna do vivente, na sua capacidade de relação com o mundo externo e na autonomia interior do próprio eu. Nesta "escala posicional", o homem ocupa o vértice, sendo cada uma das escalas autónoma em relação às outras.
1) O primeiro nível da escala é o vegetal. Marcado por uma forma aberta, o organismo vegetal encontra-se englobado numa área concreta, sem poder distinguir-se dela e, deste modo, destacar a sua individualidade. Torna-se impossível distinguir, no mundo vegetal, entre um mundo interno e um mundo externo, porque não há um centro, um si mesmo, que confira consciência ao sujeito. Isto significa que, na ausência de um órgão central, uma planta não é um individuum, mas um dividuum, incapaz de se mover voluntariamente e, por conseguinte, de alcançar a plenitude. A planta permanece para sempre incompleta: é um inacabamento intrínseco.
2) No reino animal, a forma aberta transforma-se em forma fechada, porque as interacções com o meio ocorrem através da mediação de uma estrutura central determinante, que activa a inserção do animal no seu habitat. O animal é um organismo autónomo que reage ao seu ambiente de acordo com os seus próprios impulsos, sensações e instintos. Além disso, o animal é dotado de consciência, porque é capaz de distinguir-se do seu meio e de opor-se ao seu meio. Contudo, apesar de possuir um centro, o animal não possui capacidade reflexiva: «O animal vive no seu centro e retorna a ele, mas não vive como centro» (Plessner), porque, embora saiba conhecer e actuar, o animal não tem consciência dos seus conhecimentos e das suas acções. Isto significa que o animal não tem consciência do que faz, porque ainda não possui um "eu".
3) O homem encontra-se na posição mais elevada da escala do orgânico. Tal como o animal, o homem possui uma forma fechada, mas, ao contrário do animal, é capaz de distanciar-se de si próprio e alcançar a autoconsciência, que constitui o ponto culminante de todo o sistema dos seres vivos. Por causa desta sua capacidade reflexiva, o homem pode distanciar-se voluntariamente do seu centro, o que lhe permite superar a necessidade biológica à qual o animal permanece prisioneiro, dado ser incapaz de ter consciência daquilo que faz. A autoreflexão possibilita ao homem transcender o seu próprio centro biológico e, deste modo, conquistar uma posição excêntrica: «Esta posição de ser centro e, simultaneamente, estar na periferia, merece o nome de excentricidade» (Plessner).
A posição excêntrica do homem manifesta-se através de uma pluralidade de formas e torna-o capaz de interpretar diversas personagens no cenário do grande "teatro do mundo". Como vimos, com o animal passa-se do dividuum, que é típico do vegetal, para o individuum, que é a singularidade garantida pelo centro. Com a sua excentricidade, o homem passa do indivíduo para a pessoa, que é a perfeita realização da excentricidade como autoconsciência. Embora saiba distinguir entre ele mesmo e o seu meio, o animal é incapaz de distinguir entre ele e ele próprio, portanto, não consegue estabelecer uma distância consigo próprio. Ora, o homem constitui-se como tal a partir da autoreflexão, a qual implica uma visão, ponderação e interpretação de si próprio desde um ponto exterior, descentrado e crítico, aquilo a que Plessner chama a sua "posição excêntrica" (exzentrische Positionalität).
Plessner procurou formular uma «doutrina das leis fundamentais ou categorias da vida», com o objectivo de estabelecer lógica e sistematicamente (não em termos evolutivos) as etapas do desenvolvimento dos seres vivos, entre os quais o homem ocupa um lugar privilegiado. Estas leis antropológicas fundamentais são a artificialidade natural, a imediatez mediada e o lugar utópico, as quais explicam como o homem constrói a sua vida a partir da separação originária da "imediatez mediada", expressão que Plessner retoma da dialéctica de Hegel.
1) A primeira lei é a da "artificialidade natural". O homem não vive em contacto imediato com o seu meio, porque é forçado a transformar o mundo natural num mundo artificial. Esta transformação implica a imersão do homem na instabilidade e na perplexidade que o confrontam constantemente com a atitude interrogativa e o desafiam a responder às questões: Que devo fazer?, Como devo viver? ou Como devo solucionar os meus problemas? O homem não pode ser exclusivamente um ser natural, mas é obrigado a produzir instrumentos que lhe permitam transformar o mundo natural e convertê-lo no seu próprio habitat: um mundo artificial, no qual encontra a sua "terra natal", a sua "segunda natureza". Dado ser um "animal carente" (Gehlen), o homem deve suprir com o seu engenho, artificialmente, as suas carências naturais: quer dizer que o homem é naturalmente um "ser artificial" e tudo o que produz (moral, valores e vinculação às normas ideais) é resultado da artificialidade humana. Ao contrário do animal, que se mantém em equilíbrio consigo mesmo e com o meio, o homem é um "coração inquieto": está sempre à procura de equilíbrio, reconciliação, porque não possui um meio natural próprio.
2) A segunda lei é a da "imediatez mediada". O homem vive ao mesmo tempo como organismo animal na imediatez da natureza e como ser excêntrico através da mediação cultural. Na peugada de Hegel, Plessner destaca a importância das mediações na existência humana, as quais são reflexivas, devido à sua posição excêntrica. Ao contrário do animal, o homem é confrontado com uma "imediatez mediada" (Unmittelbarkeit) e uma fractura da imediatez que é própria do animal: o homem deve proceder a constantes transformações do natural, para dar vida ao inexistente, as múltiplas criações artificiais que alcança através das interrogações e dos reptos que lhe coloca a própria existência.
3) A terceira lei é a do "lugar utópico", à qual Plessner dedicou uma obra inteira. Como ser excêntrico, o homem encontra-se constantemente projectado para além de qualquer para além. Isto significa que o homem nunca se sente em casa, nem nas suas objectivações culturais, nem nas suas ordenações sociais, simplesmente porque para o homem não há nenhum lugar fixo no universo. Até a história carece de sentido definitivo. A tese da excentricidade humana é incompatível com toda a posição definitivamente consolidada, colocando o homem à procura constante de novas possibilidades, sempre abertas e, portanto, condenadas a não conseguir fixar a sua posição. Como diz Plessner: «(O homem) está em posição excêntrica esteja onde estiver, e, ao mesmo tempo, não está onde está».
(Este texto está sujeito a alterações ou mesmo acrescentos, provavelmente editados num novo post.)
J Francisco Saraiva de Sousa

30 comentários:

E. A. disse...

Nota-se muito Heidegger na análise da "conditio humana" de Plessner. A "excentricidade" do ser é o ser-aí heideggeriano.
Quanto à teoria dos princípios orgânicos essenciais, n percebi bem a não-plenitude da "posição" dos vegetais. Os vegetais tb têm movimento que conduz a um fito, que pode ser alcançado ou não. Tal como os animais, e como nós, mas gradualmente diverso.

Fernando Dias disse...

Este conceito de mente corpórea, relacional e contextual com o ambiente, para mim, faz muito sentido.

Já a ideia utópica em que corpo e mente são heterónimos de uma trindade com o espírito, em que este é o Uno, o Eu que centraliza e se desdobra… este pássaro já não o consigo agarrar.

Sujeitos soltam as suas heteronímias, tipo passarada, que andam por aí à vontade…

Mas aqui continuamos nós, sem nenhuma pressão económica, espero, e o Francisco a manter o gosto de comunicar aos outros aquilo que vai aprendendo. Esta passarada é de muito boa qualidade, do melhor que tenho conhecido.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, Heidegger está presente, mas as ligações ainda não foram estabelecidas e pensadas, embora haja bons estudos alemães, evidentemente!
Só forneci um esquema. O vegetal carece de sistema nervoso, embora tenha uma ou outra oportunidade, mas é preciso ter cuidado antes de falar de "sociologia vegetal" como fazem os novos botânicos. Linguagem muito forçada! Não precisamos dela para amar a natureza e a vida! :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Fernando Dias

De facto, como acho já lhe ter dito, temos todos os instrumentos de trabalho ao dispor. Falta pensá-los e tentar trilhar um caminho. A antropologia filosófica é fundamental, sobretudo a "passarada" que tenho exposto. Foram homens de pensamento, isto é, que abraçaram o pensamento como "profissão": aquilo a que os sociólogos da treta chamam "ócio-logia"... :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Não consegui criar um verbo a partir de "artificial": o homem tece, no sentido cria seu mendo artificial...

E. A. disse...

Passarada! :)) Cómico.
O Francisco é uma ave rara, sem dúvida: um híbrido entre a sapiente coruja e o elegante pavão... :)))

O verbo que quer compor corresponde à noção de "trabalho" de Arendt (?), cujo agente é o artífice que cria o mundo artificial à sua medida, no sentido, tb, que possibilita a sua transcendência.

Hmmmm artefactura(r)? Fica feio.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Era esse, mas fica feio. Labora o mundo, trabalha o mundo, cria/tece o mundo, segrega o mundo, artificializa (não) o mundo... Não temos o verbo... :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Giro: Eu tive pavões e, quando era miúdo, brincava com eles quando faziam a corte, escindia-me atrás dele. Ele permitia a minha proximidade. Contudo, a pavoa nunca conseguiu chocar os ovos. O meu pai recorreu aos serviços de uma perua e eles nasceram... :)))

E. A. disse...

Eu adoro pavões, há-os à solta no castelo de S. Jorge... gosto de ir vê-los.

Manuel Rocha disse...

Vê-se que são urbanos...:))

O verbo que lhes falta é "cultivar".

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hoje não consigo "cultivar" nada: estou com dor lombar e já tomei um relaxante muscular!
"Cultivar"? Acho que não é o mais apropriado...

Manuel Rocha disse...

Sinceras melhoras. E quando lhe passar logo me explica porque não considera apropriado...eu acho que é preconceito...::)))

E. A. disse...

ahahaha... imagine, Manuel, que ontem trouxeram um galo cá pra casa! E é um galo bem bonito, com uma bela crista vermelha! :)

O Francisco n aguenta uma dorzinha. Tem umas belas penas, mas n as suporta. :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Cultivar não parece estar ligado ou associado a "criar artefactos". Talvez "fabricar" se aproxime mais do "artificializar": produzir artefactos. A Papillon prefere: artefactar... Não sei... A nossa capacidade de ter engenho é engenhosidade humana. Ter capacidade de construir artefactos é... 8falta o termo)!

E. A. disse...

eu n disse artefactar.
engenhar, engendrar, urdir, tecer.

Engenhosidade? engenho!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Corrijo: A Borboleta disse "artefacturar". Talvez seja o termo procurado... Mas soa a "facturar"... Contudo, em português, "artefacto" é produto das artes mecânicas... Revolução semântica!

Manuel Rocha disse...

Papillon:

Perspectiva-se revolução no conceito urbano de animal de estimação ?! Se funcionar bem tem vantagens: dispensa o despertador e subsiste com os restos orgânicos da cozinha...::))

Francisco,

Sou suspeito neste ponto, mas tenho dificuldade em conceber "artefacto" mais completo que a agricultura. Nada lhe equivale na capacidade revolucionária de moldar/ adaptar o mundo pela "domesticação" da energia. Tão básico que já nem damos por isso. E cultivar é conceito integrador de arte, engenho e cultura....::))soa rústico mas é semãntico !

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Talvez... Também gosto do termo cultivar... Mas, traduzindo Plessner, diríamos "cultivar o mundo" no sentido de o transformar num mundo artificial?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Lamentavelmente devo ter perdido um comentário do F. Dias que sugeria outra via...

E. A. disse...

Está de passagem. Compraram-no num leilão, tinha um lacinho azul e tudo. :)))

Amanhar o mundo, torná-lo à-mão, no sentido heideggeriano. Ainda é mais rústico! Eu n gosto de "cultivar", porque tem um sentido de conservação e não de (re)invenção para-si.

Fernando Dias disse...

Já tinha notado que o sistema de controlo dos comentários atraoaplha um pouco os intervenientes.

Podíamos tentar a linha de palavras - artífice, artifício, artificiar...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O F. dias sugeria a ligação a "artífice" e fui ver no Dicionário Compacto de A. de Morais Silva que sugere "artificiar": "empregar trabalho e arte para melhorar os produtos naturais; executar com engenho e artifício". Sim, está mais próximo do termo alemão. Afinal, temos verbo: artificiar, e substantivo: artificiosidade. (Desculpe F. Dias, mas devo ter esquecido editar a sua mensagem!):)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Exacto: É isso mesmo. A proposta da Borboleta também é boa. afinal, a nossa língua é rica! :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Já leu o que Adorno diz da rusticidade de Heidegger? Adorno era urbano e burguês! Heidegger era rural e camponês! :)

Manuel Rocha disse...

Pronto, rendo-me...a ditadura dos urbanos é temível...eu bem que tento trazé-los de volta às raizes...:))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Acho que não sei conjugar o verbo "artificiar"... :(

Manuel Rocha disse...

…e no entanto a expressão cultivar ( de agricultar ) casa na perfeição com a primeira das leis de Plessner…ou seja, estou vencido mas não convencido ( maldita democracia…) !

Papillon…podemos pedir opinião ao galo ??

E. A. disse...

Não, não sei o que diz Adorno de Heidegger.

"Artificiar" é muito artificioso, falsificado. Eu artificio, tu artificias, ele artificia?? Bah!

Não diga isso, Manuel. Olhe que tenho casa no campo, no Gerês, gosto de vacas e todos os animais da quinta; de apanhar amoras, nadar nas cascatas, já mugi vaquinhas e cavei batatas! Tudo por desporto, claro. Mas gosto.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Vamos meditar no cultivar que deriva do latim e tem etimologia muito rica... Afinal, "cultura" vem daí...

E. A. disse...

O galo já dorme!

Sim, meditem meus senhores, que eu me vou. bye bye