terça-feira, 8 de julho de 2008

Prós e Contras: O Estado da Saúde em Portugal

«À semelhança do que a Reforma fez, arrancando o monopólio da escrita aos clérigos, nós podemos arrancar o doente aos médicos. Não é necessário ser muito sábio para aplicar as descobertas fundamentais da medicina moderna, reconhecer e atender a maioria dos males curáveis, para aliviar o sofrimento do próximo e acompanhá-lo quando se aproxime a morte. É-nos difícil crê-lo porque, complicado de propósito, o ritual médico nos esconde a simplicidade dos actos. (...) Trata-se de saber se o progresso deve significar independência progressiva ou progressiva dependência». (Ivan Illich)
Fátima Campos dedicou o seu programa "Prós e Contras" (7 de Julho de 2008) ao futuro do Sistema Nacional de Saúde, a única conquista relevante e cheia de mérito do sistema "democrático" pós-25 de Abril. O debate girou aparentemente em torno de duas posições: uns defendem que "o sistema nacional de saúde está em risco e o sector privado cresce à custa do investimento público"; outros pensam que "nunca como agora houve um investimento tão forte no sector público da saúde". Os convidados do palco e da plateia, cujos nomes não fixei, pertenciam a entidades públicas e privadas, entre as quais o Observatório Português dos Sistemas de Saúde. Quer fossem adeptos de um sistema público ou privado de saúde, todos eles concordaram no facto de caber ao Estado "financiar" e garantir os cuidados médicos a todos os cidadãos portugueses. Os industriais ou empresários da saúde não confiam verdadeiramente nos princípios da economia de mercado e na iniciativa privada: servem-se do argumento da "gestão eficiente" para garantir o acesso aos dinheiros públicos. A privatização vive dependente do Estado e aumenta ainda mais as despesas médicas.
Deste modo, ilude-se a distinção entre o privado e o público e, a médio prazo, como já promete o discurso perigoso de Manuela Ferreira Leite, visa-se o financiamento público, estatal, do sector privado de saúde, ficando o sector público condenado a formar os médicos através do uso e abuso dos menos favorecidos e da sua precária saúde. A sociedade administrada portuguesa tornou-se subtilmente totalitária e profundamente desigual e injusta. Com recurso ao discurso ideológico do fatalismo economicista, da "boa gestão", da "eficiência", da "excelência", e da sustentabilidade dos sistemas, a "saúde" está a ser transformada numa indústria dos cuidados médicos e num grande sector económico lucrativo em rápida expansão. A saúde converte-se numa mercadoria dominada pelo valor de troca, a produção de saúde é falsamente identificada com o crescimento da "qualidade da vida", os pacientes são reduzidos a consumidores de saúde e a sociedade é medicalizada. No entanto, nenhum destes aspectos é tido em conta pelo discurso oficial, que tende a concentrar-se na faceta economicista da saúde com exclusão de outras facetas. O discurso oficial da saúde incorre numa falácia metodológica: a fetichização.
As posições mencionadas não reflectiram, portanto, uma clivagem ideológica e política e, por isso, não podem ser tratadas verdadeiramente como duas concepções políticas da saúde: uma de esquerda preocupada com a manutenção, a protecção e o melhoramento substancial do sistema público de saúde; a outra de direita que, ao abrigo da vigência do monstro neoliberal, procura fazer as suas mais-valias privadas com os dinheiros públicos. Nenhum dos convidados conseguiu criar um discurso próprio e confrontá-lo com outros discursos autónomos, porque todos eles, uns de modo mais competente do que os outros, falaram a linguagem do mesmo paradigma: o pensamento unidimensional. O Sistema Nacional de Saúde, a única obra de mérito criada depois do 25 de Abril, parece estar a ser ameaçado de morte, simplesmente porque as novas classes dirigentes recorrem ao fatalismo economicista para defender os seus interesses de grupo, sem levar em conta o interesse nacional. São movidas pela Némesis, a encarnação social da cobiça, da inveja e da preguiça, e bloqueiam automaticamente qualquer alternativa para viabilizar um novo princípio de realidade. A política perdeu autonomia e tornou-se escrava dos chamados imperativos económicos da competição, da eficiência, da produtividade e da excelência.
Ora, em face da invasão médica, é urgente elaborar um conceito filosófico de saúde e retomar a filosofia médica. A iatrofilosofia ou filosofia da medicina, oriunda da matriz teórica da teoria crítica, portanto, herdeira da obra de Karl Marx, possui todos os elementos teóricos e empíricos para elaborar uma teoria crítica da medicina e do sistema de saúde, capaz de iluminar a praxis transformadora e as reformas necessárias. Ivan Illich colocou o problema fundamental em termos de "medicina heterónoma", aquela em que os cuidados de saúde são monopolizados pela corporação médica que, por impulso interno dos seus membros, tende a favorecer um sistema privado de saúde, dependente do financiamento público, e de "medicina autónoma", aquela que defende, em última análise, a independência progressiva do próprio doente e que, em princípio, está aberta ao pluralismo dos cuidados de saúde e das práticas médicas. Embora não tenha usado necessariamente estes conceitos, Ivan Illich escamoteou o "fetichismo da mercadoria" descoberto por Marx e, por isso, ficou impedido de ver que, no capitalismo tardio, o próprio homem se converteu numa mercadoria peculiar, isto é, num mero valor de troca. O fetichismo antropológico revela-se cruamente no sistema de saúde encarado numa perspectiva meramente económica e administrativa: a produção de mais-valias depende cada vez mais da exploração da organização metabólica do ser humano, reduzido a matéria-prima, a instrumento de trabalho e de consumo, das novas indústrias metabólicas ocidentais.
O fetichismo médico explora de tal modo o padecimento e o medo da morte dos "pacientes" que os reduziu ao status de "clientes dóceis" e submissos à concepção da medicina como uma "empresa industrial", controlada por uma "organização médica", formada pelos seus "produtores" (médicos, hospitais, laboratórios, farmacêuticos, ordens, sindicatos), que protege o seu "monopólio", a medicalização da sociedade e da saúde, mediante a educação médica e paramédica, a profissionalização e a hierarquização da sua organização. O resultado da colonização médica manifesta-se na diminuição do nível global de saúde de toda a sociedade e na redução da autonomia pessoal: os pacientes tornam-se dependentes dos cuidados prestados pela organização médica e avessos à possibilidade de confiar em si próprios. A Némesis médica reduz a autonomia do paciente e aumenta a miséria e a dependência da humanidade, criando mais problemas do que os que resolve: a sociedade metabolicamente reduzida é uma sociedade submetida à tirania da medicalização total da saúde, uma ideologia forjada pela própria organização médica. Só o homem que possui a coragem de enfrentar a morte tem coragem de se assistir a si mesmo e ao próximo. O saneamento da medicina comercializada é uma tarefa política urgente. (Voltarei a tratar da iatrofilosofia noutro post.)
J Francisco Saraiva de Sousa

38 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Afinal, este comentário está concluído e, elevando o nível de abstracção, cobre os temas abordados neste último debate, sem referir nomes ou pessoas. A luta pela transparência continua! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Amigos

Vou estar um pouco indisponível, porque estou a fazer pesquisas maravilhosas que me roubam o tempo. Surgiu uma nova teoria e novos resultados que estou a processar: o sexo está cada vez mais enigmático. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas talvez resolva partilhar mais tarde alguns dados recentes sobre as parafilias. :)

Ah, o orgasmo feminino tornou-se uma "teoria" em constante alteração: não há consenso quanto ao assunto. :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sempre disse que os portugueses exibiam algumas "anormalidades" e começo a ter "pistas" desses efeitos deletérios e involutivos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Em suma, vou elaborar um modelo biosocial da "sexualidade" humana, menos bioredutor!

E. A. disse...

Oi F.,

Fez-me rir com as "anormalidades" da sexualidade do português! :))

Parece-me muito interessante - sucesso! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Oi Papillon

Estou a "estudar" a instabilidade de desenvolvimento e as lésbicas apresentam elevada assimetria flutuante: cinco em sete traços bilaterais. Contudo, estou com a "pulga" atrás da orelha: os portugueses tendem a ser muito assimétricos nos traços bilaterais simétricos e associo isso à "inteligência reduzida". :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Isto implica que diversos factores genéticos, hormonais, experiências de stress e outros, podem ajudar a compreender o carácter nacional. Já reparou como as pessoas instaladas nos órgãos de poder são assimétricas?

E. A. disse...

Mas essa assimetria que analisa é percepcionável e identificável a olho nu?
Se for, a assimetria tem a ver com beleza. Mas diz também que tem a ver com "inteligência reduzida"... então, faz-me lembrar a educação grega que incide no exercício para belos corpos e na moral para belas almas: kalos k'agathos, como o Lísis. :)

E. A. disse...

Para os gregos pessoas feias indicariam almas perversas. Daí que Sócrates causasse tanta indignação porque era baixo, entroncado, com o nariz achatado, como o descreve Platão e, para eles, feio. :)

Eu acho os portugueses feios. Sobretudo as mulheres. Mas, também, porque não se sabem arranjar e favorecer, não têm gosto, nem brio.

E. A. disse...

E tinha lábios grossos - Sócrates - lembrei-me! Para os gregos não era muito apreciado, mas agora entre nós é! E as mulheres enchem a boca até desfigurarem a linha dos lábios e parecerem com a boca inchada como se tivessem sido picadas por algum bicho - lembro-me da Manuela Moura Guedes.
Eu tenho os lábios grossos, por isso estou destinada a ser uma sensualista!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estou um pouco pasmado com os resultados: é difícil questioná-los mas é necessário fazer trabalho teórico e mostrar que os cientistas também estão a ficar metabolicamente reduzidos.

Coisas que todos sabemos do dia a dia são investigadas como se fosse novidades, porque foram traduzidas numa linguagem padronizada. Já nem os grupos de sangue e o factor Rhesus escapam à pesquisa...

E. A. disse...

Hmmm... isso a mim não me diz nada! :(

Que um daimon o ilumine e guie pela verdade! :) Boa noite!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Grupo de sangue:

Tipo A: raro nos homens gay; muito comum nas lésbicas.

Factor Rh:

Rh (negativo): elevada prevalência nos homens e mulheres homossexuais.

Genética:

Cromossoma 9 contém os alelos do tipo de sangue e possui muitos genes envolvidos na determinação sexual de várias espécies, incluindo os marsupiais.

Cromossoma 1 contém os genes que controlam o Rh factor.

Ambos podem implicar o sistema imunitário envolvido no contínuo homo-heterossexual.

Historial

Depressão maníaca: Tipo 0 de sangue.

Fumar cigarros: tipos B e AB de sangue.

Suicídio: Tipo 0 de sangue.

Os homens têm, em média, olhos e cabelos mais escuros do que as mulheres, porque a testosterona aumenta a pigmentação da pele e do cabelo.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A simetria facial (e não só) tem a ver com a beleza, a inteligência e "bons genes". :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Agora percebe porque razão o cabelo escurece na puberdade/adolescência: o pico hormonal. :)

E. A. disse...

Bom dia! Isso é muito interessante! O Francisco trabalha com objectos de estudo extremamente interessantes!

Apague o comentário do amigo Bernard!

Eu sou do tipo O RH positivo.
Mas esse factor, considera-o mesmo determinante?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Oi Papillon

Segundo uma teoria, esses factores têm algum peso, mas pessoalmente vejo neles uma espécie de indicadores ou orientadores de um caminho de pesquisa: dado serem factores hereditários, podem "localizar" os cromossomas onde podem estar os genes que interessam. Contudo, a organização social e burocrática da ciência está a destruir a espontaneidade e a criatividade individual. Não se pensa muito sobre o que se faz: o que interessa é obter resultados e apresentá-los numa linguagem padronizada. :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Vejo que os nossos "amigos" desapareceram de "cena": Eu sempre disse que a "amizade virtual" deve estar centrada na partilha de ideias e projectos, sem grandes "intimidades" ou objectivos off-line. Com efeito, criamos uma imagem "fantástica" das pessoas que não resiste ao confronto com a realidade. É preciso ter isso em conta: o mundo virtual está cheio de "sonhos" e de "ilusões". Pura fantasia! Convém não perder o contacto com a realidade, porque esta é mais "humana". :)

E. A. disse...

Francisco,

Os seus "amigos virtuais", aliás, todos nós: trabalhamos, namoramos, comemos, dormimos, etc., e às vezes não dá para conciliar com diálogos virtuais, por mais prazer que tenhamos com eles.

Mas concordo consigo, por exemplo, eu acho o Francisco um ser extraordinário (no sentido literal - fora do comum): muito inteligente e nobre e admiro-o por isso, de tal maneira, que não me interessa conhecê-lo pessoalmente. Fica na minha mente e na minha imaginação que fica bem entregue. :)

Quanto a preferir a realidade à virtualidade: enquanto formos sãos, é o que acontece!

E. A. disse...

Mas se tiver oportunidade de saber que está num determinado evento público, iria cumprimentá-lo com toda a certeza, pois não sou tímida e nada ingrata. :)

E. A. disse...

"o que interessa é obter resultados"

Precisamente, e isto passa-se um pouco por todos os campos de investigação: quanto mais resultados, mais sucesso - uma relação proporcional que acaba por ser perigosa, ao apressar resultados, demasiado esquemáticos e simplistas.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estou com a agenda repleta e estou impressionado com a capacidade de trabalho dos utentes ingleses: não temos psicologia para competir com eles. As nossas universidades são mentiras e conversas da treta. Contudo, posso contorná-lo teoricamente... Estão a "bloquear-me" o acesso a "sites da oposição" e não consigo neutralizar esse bloqueio: "espionagem informática", cybercontrolo... Com tempo, consigo, porque já o fiz várias vezes. :)

Mas estou meio desconfiado: penso que há algum interesse escuro que comanda as investigações, a começar por mudança de terminologia, com segunda intenção, suponho. O "politicamente correcto" impede-me de ser mais claro... Mas topei o jogo em cena...

Também tenho vida real, demasiado real, mas, como trabalho com computer, recebo as mensagens e posso responder... A Papillon percebeu o que escrevi... :)

E. A. disse...

Bom trabalho! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Obrigado, Papillon

Regresso mais tarde; vou estar sem computer ou longe dele. :(

André LF disse...

Olá, Francisco! Estou interessado nas suas pesquisas sobre o modelo biosocial da sexualidade.

Entendo as suas decepções relacionadas ao desaparecimento de muitos cyberamigos (ou cybercolegas). No meu caso, sinto-me profundamente ligado a esta àgora virtual.
Na maior parte do tempo, trabalho com pessoas e fico distante do computador. Além disso, estou a estudar para um concurso público.
Às vezes preferia ficar mais próximo ao computador, para poder trocar idéias com os meus amigos portugueses. Mas aqui é preciso cuidar da vidinha, como sempre lhe digo.

Você disse que é "preciso ter isso em conta: o mundo virtual está cheio de 'sonhos' e de 'ilusões'.
Sim, mas o mundo "real" também está repleto de ídolos e imagens que obscurecem o nosso relacionamento com as pessoas.

Estou cada vez mais decepcionado com alguns indivíduos "reais". Estes sempre se valem de pérfidos estratagemas e de uma demagogia infinita para obterem mais poder e influência. É por isso que, quanto mais conheço as pessoas, mais aprecio os melros, os cães e os golfinhos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Olá André

Faça umas pausas e não deixe que lhe aluguem os ouvidos. É o que eu faço, para me manter "vivo", livre e feliz.

Papillon

(Acho melhor fazer aquela mudança sozinha, porque a dois ou a três fica muito "corrompido". :))

Estou com vontade de "atacar" um cientista, que até é boa pessoa e facilita-me a vida, mas sou "calmo" e cerebral.

Estava a estudar, ou melhor, a pensar nos estudos dos "fa'afafine" de Samoa. O tal estudou-os e baralha um pouco a mente esclarecida: os transexuais não são bem "gays". Além disso, os gays são muito iguais a si mesmos em todo o mundo. Curiosamente, os brasileiros estão incluidos nas amostras não-ocidentais. Estudei alguns brasileiros e, pela partilha da língua, não vejo o termo "paneleiro" ter um significado diferente do que tem em Portugal. Bem, de um modo ou de outro, vou criticar estes estudos e a androfilia tomou uma extensão tal que corre o risco de nada designar. Confuso o raciocínio do meu amigo americano! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Isto é: um estudo brasileiro diz que, numa aldeia ligada à pesca, o "paneleiro" é o que fica "debaixo do outro"; este que fica "em cima" não é "paneleiro". Temos aqui um "preconceito, porque ambos são "paneleiros".

O mais importante é o facto destes investigadores não terem estudado as pesquisas que tratam da propensão ou não dos homens heterossexuais fazerem sexo com parceiros do mesmo sexo; ou os gay em relação ao sexo oposto. O último estudo publicado revela que, na amostra, ninguém tinha tido uma aventura contrária à sua orientação sexual, nos últimos seis meses. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

As mulheres, sim, tinham feito sexo lésbico. ;)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, um ataque diplomático aos latino-americanos, com exclusão dos latinos europeus.

De certo modo, foi detectado um padrão de comportamento que também existe no ocidente, mas de forma mais "encoberta". Diante dos hiperefeminados latino-americanos, é preciso diferenciar a amostra e ter consciência que a "mãe" tem um presença total e absorvente na vida dessas criaturas com disforia de género. Freud enganou-se: não é o pai que produz homossexualidade mas a mãe que induz a comportamentos efeminados. Uma grande diferença, porque actualmente, se surgem mais efeminados, deve-se a invasão total da mãe na educação. Isto que é afectado por factores ambientais e sociais é apenas a ornamentação: o importante é biologia. Contudo, isso também ocorre na Europa... Devemos deixar o terreno aberto a novas pesquisas...

E. A. disse...

Sim, as mulheres adaptam-se melhor às circunstâncias. ;)

Penso que para os meninos e rapazes o escutismo seja uma boa pedagogia. É uma espécie de tropa-light, há chefes adultos do respectivo sexo, vão para o "mato" e aprendem a ser autónomos sem a alçada da mãe.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estou com vontade de fazer Guerra contra o Império Amarelo: não percebo porque lhe fornecemos tecnologia para o enxame nos destronar. O Ocidente deve estar acima de qualquer outro imperativo. Precisamos de guerras para mudar o mundo e dar-lhe uma nova oportunidade.

Ui Freud tem cada frase: um veneno. Estou convencido que o seu impacto sobre as mentalidades foi terrível.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Nós todos, meninos e meninas, precisamos de escola verdadeira e justiça verdadeira, além de novas lideranças inteligentes: não os burrecos que estão a destruir Portugal.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Li Spengler muito "criança" e o veredictum dele acompanha-me sempre. E vejo um ocidente metabolicamente reduzido, frouxo, decadente, obeso, doméstico, corrupto, com as pernas abertas a qualquer invasor. :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estou convencido que, se não formos subjugados pelo I Amarelo ou outro do género, teremos tumulto social, violência e luta, e, talvez mais tarde, sem conquista de novos mundos, os velhos irão ser mortos, porque estão a mais e já gozaram muito, destruindo o futuro. A geriatria é um problema grave e, de certo modo, os velhos corrompidos estão a merecer ser "reformados": bloquearam o futuro e são muito egoístas, mesmo em relação aos filhos e netos. Referi-me aos velhos que estão à cabeça dos diversos poderes desde sempre. Deviam ter vergonha na cara e abdicar da crítica, porque o mal reside neles e na sua presença continuada. As mesmas "moscas" não alteram nada: afundam tudo na sua "merda"...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

As coisas entre Norte e Sul (Lisboa) estão muito mal: já existem sinais de guerra e, se alguém a liderar, o "povo" adere, porque não suporta a corrupção lisboeta do futebol. Já ouvi muitas pessoas a pedir autonomia radical de Lisboa. Eu também tenho vergonha da "justiça" de Lisboa que é clubística: os derrotados querem vencer na secretaria. Pode ser bom para nós sermos autónomos, mesmo muito bom ficarmos livres da corrupção que por aí é gerada. Podemos ser uma zona livre e desenvolvida, com os nossos de cá.

Manuel Rocha disse...

Illich iria gostar de ter lido este seu post.

Nâo vejo como poderia ser melhor caracterizada a situação do sector. Subscrevo inteiramente.

Quanto ao "desaparecimento" dos seus amigos, falo por mim: não estou desaparecido, mas apenas submerso pelas "invasões romanas que periodicamente" atingem aqui o norte de Marrocos...;)

Abraço.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Obrigado Manuel. :)