Prós e Contras debateu hoje (28 de Junho) a questão da introdução de portagens nas Scut: o PS e o PSD tentam chegar a um acordo para cobrar aos portugueses os custos dos erros governativos que cometeram nas últimas décadas. Jorge Lacão (Ministro dos Assuntos Parlamentares) afirmou que o tempo não é de divergência - a divida do país triplicou, de modo a lembrar ao PSD que o governo está empenhado na tarefa de alcançar entendimentos alargados com o maior partido da oposição. Miguel Macedo (PSD) respondeu-lhe, afirmando que o seu partido aceita uma negociação exigente sem cheque em branco. Fiel ao princípio do utilizador/pagador, o PSD foi sempre contra as Scut, responsabilizando o PS pela sua criação. É muito difícil tomar partido neste debate a dois, porque ambos são partidos da máfia nacional: a diferença entre eles é meramente semântica. O PS defende isenções ou discriminações positivas, enquanto o PSD prefere falar de comparticipações, mas ambos querem introduzir o dispositivo electrónico de matrícula (chip) e portagens nas Scut. O secretário de Estado defendeu o chip de matrícula com recurso ao exemplo dos países do Leste, o que evidencia a ambição totalitária deste governo e do PSD: escrutinar os movimentos dos cidadãos portugueses e vedar aos estrangeiros - em particular aos espanhóis - o acesso a Portugal. Além de serem partidos do sistema mafioso nacional, com vocação totalitária, o PS e o PSD revelam falta de imaginação política: a crise económica não lhes ensinou nada de novo, porque continuam a cometer os mesmos erros sistemáticos que nos levaram à situação de miséria presente.Portugal está sem rumo: o tango dançado a dois - PS e PSD (Heitor de Sousa) - afunda-nos cada vez mais nas profundezas do abismo da miséria e da pobreza. As únicas intervenções que mereceram alguma credibilidade foram as de António Filipe (PCP) e de Heitor de Sousa (BE): os governos do PSD e do PS planearam mal as obras e fartaram-se de construir estradas, vias rápidas e auto-estradas, muitas das quais foram construídas com dinheiros comunitários. Para fazer frente ao endividamento externo do país, sob coacção da Comissão Europeia, o PS e o PSD estão a converter as estradas em bens de luxo, forçando o país a viver da economia das estradas que não pode ser exportada, e tornando os pobres cada vez mais pobres para pagar a crise que geraram. Carlos Alberto Amorim retomou o protesto de Rui Rio e falou da revolta das portagens: os portugueses precisam vencer o medo e revoltarem-se contra o actual sistema partidário. A actual conjuntura política, económica e social é favorável à emergências de novos partidos políticos que saibam interpretar o verdadeiro interesse nacional: o PS e o PSD não merecem a confiança dos portugueses. Com estes dois partidos Portugal não tem futuro: os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, mais pobres. A revolta das portagens, sobretudo no norte que este governo quer penalizar, é a nossa oportunidade para renovar Portugal e livrá-lo do domínio total. A vocação totalitária do actual PS envergonha-me: os utilizadores das Scut devem recusar pagar as portagens e converter esse protesto em acto político revolucionário.J Francisco Saraiva de Sousa
3 comentários:
Este debate foi uma merde: estou desiludido com os partidos do poder. :(
Já somos dois :-(
Este povo anda frouxo; perdeu a raça.
Abaixo a Europa neoliberal!
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