terça-feira, 21 de setembro de 2010

Soares dos Reis: O Desterrado

11 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mais outro ilustre portuense da Escola do Porto! Escultura maravilhosa que nos lembra que somos desterrados ou exilados em Portugal.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ando muito chateado com este povo! Afirmarem que os bois têm vida interior e vivências é demais para mim! Agora, quando olho para um português, vejo um boi! E para mim a sina do boi em ser convertido em bifes! :(

Manuel Rocha disse...

Bem, definitivamente, se vc anda mesmo com tanta vontade de lidar com bovinos ponho-o já em contacto com o meu maioral em Portalegre e vai para lá dar uma ajuda, o que até dá imenso jeito, pois a época de partos está aí e vc tem melhor acesso á vida interior das criaturas...e na volta ainda sai de lá com um estudo de caso inovador...;)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hummmm... referia-me às pessoas-bovinas que no facebook me enviam mensagens a pedir que não refira livros que as pessoas não lêem! Descobri que a esquerda oportunista é um antro de arbitrariedade e de autoritarismo. :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Os tais bovinos com aspecto de homem acusam-me de ser excessivamente racional. Ora, eu não tenho outra opção a não ser racional num país emocional e histérico: está cada vez mais complicado lidar com portugueses imbecilizados e malvados na sua estupidez.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Bem, vou partilhar fragmentos da crítica que fiz no facebook a uma candidata à literatura:

Apetecia-me criticar um textos sobre rosas, mas se o fizer a autora insulta-me: há pessoas que não suportam a crítica construtiva!

É assim o andamento de lugares-comuns: por um lado, ama tudo e não ama nada, porque, por outro lado, sofre de melancolia metamorfoseada em tristeza que conduz ao suicídio.

O príncipe encantado perdido algures no oceano não a salva, porque ela é feia - ou talvez porque seja ele próprio uma cópia travestida da bela adormecida. Ai, ai, não tem qualidade literária!

Os candidatos a artistas precisam resistir à crítica literária: os que sobreviverem merecem o reconhecimento da sua qualidade estética; os outros são meros sonhadores que tropeçaram na sua própria ilusão!

Masturbação de palavras gastas não produz um texto literário! Sou capaz de preferir a prosa bovina: alimenta a fome!

É claro que a autora das rosas descarta desde logo a crítica masculina, dizendo que os homens não compreendem as mulheres - outro lugar-comum. Mas neste caso particular há efectivamente algo para ser compreendido???

A tese da linguisticidade do ser de Gadamer só se aplica lá onde se produziu um texto com sentido!

O quadro anterior - Inside and Outside - revela outra fraqueza desse textos sobre as rosas: a autora está dentro e fora da sua trágica heroína, embora sejam a mesma pessoa. Ora, como a autora sobreviveu, o suicídio foi uma simulação - uma farsa!

Simular o seu próprio suicídio é uma arte masculina! Deixo as inferências para o leitor!

O ser errante faz parte da natureza masculina; a mulher sempre foi mais sedentária!

:)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sem crítica dura não podemos construir um Portugal novo e genuíno!

:)))))))))))))))))))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, não tenho paciência para mentir e dizer que uma coisa má é boa! Não faço jeito a ninguém: fazer isso é ser corrupto!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

No facebook tb há diálogos interessantes como este a propósito de um vídeo:

Eu - Mas o final deste vídeo é a morte!
Este vídeo - bem como outros do género - coloca muitas questões: o título dado deve ser questionado e posicionado em relação às teorias da evolução. Por outro lado, há outra questão: os homens perderam o contacto com a natureza e as suas re...Ver mais

Marta - Igor/ Francisco, será que o final deste video terá de ser forçosamente a morte??? É certo que já assisti á minha gata brincar com um pássaro moribundo antes de tentar comê-lo, mas também já assisti á adopção de um gato orfão por esta mesma ...Ver mais

Eu - Sim, vi a história desta fêmea de leopardo num canal de TV e o pequeno babuíno acaba por morrer. Há mais histórias deste tipo, nas quais um grande felino adopta uma cria da espécie que mata para comer.
Eu conheço estes animais no seu meio natural e já lidei com eles. defendo a vida animal e a sua conservação, mas não faço deles aquilo que não são - seres humanos ou pessoas morais. Um leão é um leão e não um ser humano: eu respeito a diversidade na sua radicalidade!
Mas há vídeos que mostram um chimpanzé a raptar um bebé humano, a levá-lo para a selva e a comer-lhe a face! Ou de uma jibóia a matar e a engolir um humano... ou tantas outras situações terríveis. A ética é especificamente humana! É aqui que reside a divergência: a minha biofilia não é emotiva e ainda bem, porque sei que não posso dialogar com um animal e pedir-lhe que justifique afirmações que não fez efectivamente!
E neste caso do leopardo e da cria babuíno a reacção do felino não é racional: ela reage a uma pequena criatura depois de ter morto a mãe que desperta nela o instinto maternal.
As pessoas podem reagir às imagens como quiserem mas não podem fazer dessa reacção conhecimento objectivo. Até porque a maior parte pessoas são indiferentes ao sofrimento alheio: a nossa sociedade não é efectivamente constituída por pessoas boas e altruístas, porque se o fosse estaria livre da miséria - e não está.

Marta - Não devia ter perguntado, se a morte é o desfecho inevitável...E mantenho a minha convicção que é de extrema importância para o homem, como ser emocional para além de racional que é, que se emocione subjectivamente, se isso contribuir para se aperfeiçoar, para se consciencializar do que o rodeia. Creio que este era o objectivo do video.

Eu - Respeito a sua perspectiva - mas a via emocional não é o melhor caminho para gerar solidariedade com os outros - animais e humanos.

Marta - Será que o ser humano é capaz de perspectivar a solidariedade desprovida de emoção? Não será que é isto mesmo que o move para empreender acções solidárias? A emoção e a razão contribuem ambas para as considerações que se fazem sobre um determinado assunto. Sendo assim, usar apenas a razão no processo mental de solidariedade e impossível.

Eu - «Trabalhando, para saber, a fim de poder», «o homem tem de dar contas do supremo dever que lhe incumbe, o dever para com a natureza inteira. Libertando-se a si, libertando os seus irmãos de espécie, ele contribuirá já para a libertação universal». (Sampaio Bruno)
O bem mais escasso numa comunidade emocional é precisamente a razão.
Quando fica encharcado pelas hormonas, o homem perde o auto-controle e fica muito, muito desagradável. :(
E depois envia mensagens privadas a intimidar os que pensam de modo diferente, como me sucedeu ontem por causa desta polémica em torno dos bois! Muito desagradável ser confrontado com emoções negativas: a razão disse-me para não lhes responder porque são pessoas menores em termos de uso público da racionalidade.

Marta - Não tem necessariamente de chegar a esse ponto! Admito que por vezes precisa de alguém que o traga de volta para a razão, para o bem senso.

Jose - Estou a assistir com agrado e gratidão a esta troca inteligente, sensível e polémica....Mas não se pode, porque é irreal, pretender a pureza de uma separação entre razão e emoção. Leia-se o erro de Descartes de António Damásio.Saudações

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, algo não foi gravada totalmente - eis aqui a minha primeira intervenção:

Este vídeo - bem como outros do género - coloca muitas questões: o título dado deve ser questionado e posicionado em relação às teorias da evolução. Por outro lado, há outra questão: os homens perderam o contacto com a natureza e as suas relações com ela são mediadas por estes filmes sobre vida animal. Ora, neste aspecto, os estudos demonstram que o homem tem uma imagem cada vez mais distorcida da vida animal. Estes problemas não podem ser resolvidos com reacções emocionais, com emissão de opiniões subjectivas, porque são problemas reais que implicam o futuro da natureza e da vida, incluindo a vida humana.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E a da Marta:

Igor/ Francisco, será que o final deste video terá de ser forçosamente a morte??? É certo que já assisti á minha gata brincar com um pássaro moribundo antes de tentar comê-lo, mas também já assisti á adopção de um gato orfão por esta mesma gata. E há registos de adopções entre espécies diferentes. Neste video não me pareceu ver acções de presa/ vítima...
Não me parece parece também que seja muito desprezível reagir de modo emocional, subjectivo, a videos deste cariz, se eles proporcionarem abertura para os paralelismos que se podem fazer com a vivência do homem e desta forma contrubuirem para modificar e melhorar os seus valores e atitudes, os seus pensamentos e sobsequentemente as suas acções.
Não terá a sua importância romantizar a vivência do ser humano e a natureza, se não for prejudicial para ambos?