sexta-feira, 27 de julho de 2007

BIOÉTICA E PENSAMENTO GORDO

Os portugueses gordos não pensam: comem e cagam, como se todo o seu cérebro estivesse confinado no cérebro visceral da luso-merda.
As comissões bioéticas deste pobre país são geralmente compostas por papistas e homens de pensamento reduzido, que exteriorizam facilmente as suas flatulências oralmente. Como sempre, são homens de Igreja, agarrados aos saiotes dos padres. Sem nunca terem lido seriamente a Bíblia, citam-na abundantemente para confirmar e provar as suas opiniões medíocres sobre temas bioéticos que não dominam, por vezes misturadas com afirmações de filósofos, tiradas dalgum luso-livro de citações célebres, mas não plenamente compreendidas. Corte e costura é o estilo predominante da luso-retórica.
Além desta falta de honestidade intelectual e moral, usam títulos e cátedras para reforçar a autoridade das suas opiniões grosseiras de segunda mão. Neste aspecto, auto-revelam-se como iletrados: as categorias bíblicas não são trans-históricas e é muito difícil encontrar nelas «soluções» para situações que estavam para além da sociedade arcaica que as elaborou. Tudo o que diz respeito à vida e à investigação biomédica que se faz actualmente nem sequer tem nome nos textos bíblicos. Apesar disso, os oportunistas dependentes da Igreja servem-se da autoridade da Bíblia para defender disparates improvisados e pouco dignos. Açambarcaram a bioética, sem formação filosófica e científica, para impedir o Futuro e exibir o seu feio metabolismo.
Os luso-incompetentes estão a destruir a cultura nacional e sobretudo as humanidades, com a ajuda do ministério da educação! Os luso-burricos colonizam o futuro de Portugal: quer dizer negam Portugal, como se tudo lhes pertencesse, até mesmo o futuro. Ainda por cima defendem hipocritamente o direito à vida, contra o aborto, ao mesmo tempo que negam qualquer possibilidade de vida com dignidade.
Infelizmente, a bioética é mais um baluarte da luso-mediocridade.
J Francisco Saraiva de Sousa

1 comentário:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A bioética é uma disciplina filosófica respeitável, mas apenas quando elaborada por filósofos profissionais competentes, tal como Hans Jonas ou Habermas, o que infelizmente não sucede em Portugal, onde os oportunistas pseudo-cristãos verbalizam coisas terríveis, como se a vida fosse o valor supremo. Esta noção é, como demonstrou Hannah Arendt, completamente estranha à tradição ocidental e deve ser severamente criticada, como um resíduo sujo da sociedade metabólica.