terça-feira, 2 de junho de 2009

Prós e Contras: O que divide os advogados?

"O que divide os advogados?": "Prós e Contras" (RTP1) debateu hoje (1 de Junho de 2009) esta questão e, depois de ter escutado os intervenientes, só há uma conclusão a tirar: com excepção do Bastonário da Ordem dos Advogados - Marinho Pinto - e dos seus apoiantes corajosos, os outros fizeram uma figura muito triste e deveras vergonhosa, além de mostrarem falta de educação, de vergonha, de saúde mental e de competências genuínas. Tal como outras classes profissionais, a Ordem dos Advogados é uma VERGONHA NACIONAL, não devido ao "estilo" do actual Bastonário, mas sim devido aos interesses corruptos instalados, provavelmente do Sul ao Norte de Portugal.
O discurso público do Bastonário - António Marinho Pinto - foi completamente confirmado: a "elite aristocrática de Lisboa" conspira contra si desde que foi eleito democraticamente pelos seus pares para dirigir a Ordem dos Advogados. Como verificamos diariamente nos meios de comunicação social desde 30 de Novembro de 2007, essa "elite gorda" instalada em Lisboa alimenta uma campanha mediática de difamação para impedir que o Bastonário execute o seu "programa": aquele que lhe valeu a confiança e a aprovação democrática dos seus pares. O Bastonário foi eleito por todos os advogados portugueses, conforme lembrou Fernando Campos (Conselho Distrital da Madeira), tendo legitimidade para os representar, mas, apesar dessa legitimidade democrática, um "grupo de instalados", talvez as "maçãs podres" (sic) da Ordem, não aceita jogar as regras do jogo democrático, exigindo neste momento de degradação acelerada da vida pública nacional a demissão de Marinho Pinto. Sob o impulso de Carlos Pinto de Abreu (Conselho Distrital de Lisboa), que não desmentiu o facto de apoiar e incentivar a demissão do Bastonário, e de outras figuras mediáticas, pretendem fazer uma espécie de "golpe de Estado" na Ordem dos Advogados, isto é, "demitir pela força" Marinho Pinto, porque não aceitam as "reformas profundas da Ordem" propostas pelo seu Bastonário e sufragadas nas eleições de 2007.
Segundo Fernando Campos e Eduardo Vieira (Conselho Distrital dos Açores), dois dos apoiantes de Marinho Pinto, esta "onda de contestação não faz sentido", porque os "tiros do Bastonário não são de pólvora seca": acertam nos alvos pretendidos e os "incomodados" acabam por mostrar a cara de uma maneira ou de outra, directa ou indirectamente, o que revela que a luta heróica pela transparência de Marinho Pinto "mexe com os interesses instalados", nomeadamente com os interesses de formação e de gestão dos dinheiros públicos da Ordem. Marinho Pinto é "objecto de guerrilha desde o primeiro dia": os incomodados não o respeitam, como se viu no decorrer do debate. Os instalados opõem-se à mudança qualitativa da Ordem e isso ficou cabalmente demonstrado neste debate: os oposicionistas rebeldes, Carlos Pinto de Abreu e António Cabrita (Conselho Distrital de Faro), deram visibilidade a essa guerrilha instalada na Ordem dos Advogados. O próprio ex-bastonário, Rogério Alves, reconheceu que os seus "queridos amigos" estavam a produzir "um discurso paupérrimo", à medida dos seus cérebros, centrado em torno de "questões menores", isto é, de questões de luta ilícita pelo poder, que convém manter escondidas nos bastidores, longe dos olhares perplexos e desconfiados dos portugueses que não acreditam no "sistema de justiça". De facto, a verborreia destes seus "colegas de bancada" trouxe ao debate uma incrível "pobreza de ideias", aliás colapsadas pela visibilidade omnipresente dos seus interesses particulares mesquinhos. O Direito, mais o seu suplemento de ideologia moral, sempre foi a ideologia das classes dominantes: uma forma ideológica de subjugação das consciências, que zela para que todos os indivíduos aceitem (voluntariamente e livremente) o lugar que as elites do poder lhes atribuem, ameaçando com punições os que não cumpram as "leis" que garantem a reprodução pacífica da sociedade estabelecida. A justiça não constitui o fim do ofício do Direito, embora seja vulgarmente pensada nesses termos, pelo menos desde o Direito Romano ou, mais remotamente, a Filosofia do Direito de Aristóteles. Como sonho de igualdade absoluta e sonho de liberdade, aliás dois sonhos incompatíveis, a justiça é uma criação do idealismo alemão. A justiça ansiada pelos cidadãos não se conquista nos tribunais, mas na luta social e política constante e contínua pela realização de um mundo melhor. Numa sociedade democrática, a "justiça" devia defender todos os cidadãos das arbitrariedades dos diversos poderes existentes, mas, neste país profundamente corrupto, ela é feita pela classe dirigente de molde a garantir os seus próprios privilégios, quase sempre conquistados por meios ilícitos e imorais. Em Portugal, a criminalidade-de-colarinho-branco compensa, como estamos a ver com os casos de corrupção política e bancária (Eduardo Vieira) que invadiram todas as esferas dos poderes portugueses: as leis são feitas de modo a garantir a impunidade de indivíduos que fingem ser simpáticos e estar preocupados com os outros e o destino nacional. Eduardo Vieira já não acredita na integridade moral dos lideres nacionais e, por isso, não aconselha os seus filhos a segui-los como modelos exemplares. Os membros das classes dirigentes constituem maus exemplos de conduta: são os coveiros corruptos do futuro de Portugal. De facto, alguns exemplares que se exibem quase diariamente nos ecrãs da TV comportam-se como os alunos mais indisciplinados e malandros que povoam as escolas portuguesas: constituem amostras da actual miséria humana.
A Ordem dos Advogados vive neste momento uma "guerrilha interna" ou talvez uma "guerra civil" (Rogério Alves). Inicialmente, Rogério Alves tentou moderar o debate, ameaçando colocar Fátima Campos Ferreira no desemprego, e arrefecer os ânimos exaltados dos seus "queridos amigos", pelos quais diz "pôr as mãos no lume", puxando-lhes as orelhas pela sua "retórica" inconveniente da conquista ilegal do poder. Embora tenha defendido que os mandatos devem ser cumpridos até ao fim, demarcou-se de Marinho Pinto, dizendo que discordava "com o que diz e como o diz": não aprova o seu "estilo". Pelo contrário, o seu estilo - o de Rogério Alves - é "simpático". E o dos seus "queridos amigos" pelos quais põe as mãos no fogo? A verdade é que Carlos Pinto de Abreu e António Cabrita comportaram-se como se estivessem num jardim zoológico, cuja sobrevivência dependesse da execução de um número de circo, capaz de conquistar as "gargalhadas" ridículas de um público não menos comprometido na conspiração contra a legitimidade democrática de Marinho Pinto. A este respeito, o comportamento de António Cabrita foi "contra-exemplar": Sempre que o Bastonário desmentia as suas "moscas", - e ele "comeu muitas moscas" -, mandava-o calar. "Cale-se, cale-se, cale-se": eis as únicas palavras que António Cabrita conseguiu soletrar sem dificuldade, tal era a sua "riqueza lexical" e o seu sentido de respeito pelo "seu" Bastonário. A sua "linguagem dos factos" - talvez inspirada num positivismo jurídico pouco crítico - esquece que os "factos", sobretudo os factos jurídicos, podem ser inventados, fabricados e difundidos pela imprensa "travestida" de Lisboa, mesmo quando são meras mentiras ou ciladas. Carlos Pinto de Abreu já tinha mostrado o que entende por democracia, exibindo muita raiva quando era interpelado por Marinho Pinto. Não quis aceitar as regras do jogo dos debates "Prós e Contras" e, se não fosse a intervenção moderadora e disciplinar de Fátima Campos Ferreira, teria feito uma figura mais triste do que a que fez, até mesmo através das suas expressões faciais que revelaram as intenções escuras da sua alma sombria e restringida. No entanto, acusou o Bastonário de "não respeitar a Ordem" e de ser "contra tudo e todos", mas a verdade é que os incomodados não respeitam Marinho Pinto e os advogados que o elegeram. Em face destes comportamentos malcriados, agressivos e indisciplinados, pôr as mãos no fogo pelos seus agentes é queimá-las: Rogério Alves só pode ter as mãos completamente queimadas. Se por discurso simpático entende a conversa interminável que deixa tudo na mesma, sem afrontar os interesses instalados, então permite-nos desconfiar da veracidade da obra que diz ter realizado à frente da Ordem, porque a vida nos ensina ser impossível servir ao mesmo tempo dois deuses, o deus da transparência, do serviço ao cidadão e da justiça, e o deus dos milhões instalados que circulam do Estado para certos "escritórios de advogados", tal como o de Magalhães e Silva que não conseguiu clarificar a "dúvida legítima" de Marinho Pinto. Porém, o verniz da suposta simpatia de Rogério Alves caiu quando começou a exaltar o que tinha feito à frente da Ordem: a campanha eleitoral já começou neste debate televisivo e Rogério Alves pretende provavelmente recandidatar-se novamente. Este comportamento exibido de "eterno candidato a todos os cargos" revela outra faceta dos membros das elites nacionais: açambarcar e concentrar nas suas mãos todos os cargos de decisão nacional, de modo a conservar as suas redes de conhecimento pessoal, pelas quais circulam as "trocas de favores" e o dinheiro.
Enfim, o debate só foi interessante pelo facto de ter possibilitado aos portugueses tomar conhecimento da corrupção e da degradação moral que parecem estar solidamente instaladas nos poderes que nos governam. A sociedade que se instalou após o 25 de Abril está a trair os seus ideais e o próprio espírito da democracia: o nível de vida crescente e a possibilidade de consumo aumentada foram utilizados pelas elites instaladas para estreitar a personalidade e a individualidade dos portugueses, de modo a operar uma adaptação psíquica quase perfeita à sociedade existente que garante a continuidade vergonhosa dos seus privilégios ilícitos e imorais. O resultado deste golpe de Estado silencioso foi a triste e inquietante transformação das pessoas em simples executantes, os chamados técnicos especializados, muitos dos quais bem remunerados, com um nível de vida elevado, reformas chorudas vitalícias e férias mais ou menos longas e pagas, mas com a consciência restringida. A actual crise financeira e económica põe em causa este estilo de vida, ao mesmo tempo que revela o verdadeiro rosto das elites do poder: elites criadas na e pela corrupção que, neste momento de crise, fazem tudo para garantir os seus privilégios e bloquear as mudanças sociais qualitativas. Apesar da cabala que lhe foi montada pelos incomodados pertencentes a esta elite do poder, absolutamente contrária ao discurso da verdade e da transparência, Marinho Pinto afirmou estar habituado à verdade desde a infância e, como "a verdade é granito como o do Marão", não pretende demitir-se; pelo contrário, prometeu continuar a lutar pelas suas ideias e princípios. Penso que todos os portugueses devem apoiar a sua luta pela transparência da justiça e contra a corrupção. Os advogados que elegeram os incomodados das distritais deviam ficar muito envergonhados com a sua participação no debate e assinar petições para exigir a sua demissão imediata. Não é com homens deste calibre cognitivo, moral e psicológico que não respeitam nada, nem ninguém, que podemos mudar qualitativamente Portugal e garantir um novo futuro mais justo, livre e fraterno.
J Francisco Saraiva de Sousa

82 comentários:

Lugones disse...

Advocacia, eis um tema interessante! Esperando pelo resto da sua exposição sobre o tema, quero apenas salientar que não podemos transformar esta história em mais um debate estafado sobre os diabos de Lisboa versus os incorruptíveis morais do resto do país. A disputa é mais complexa do que esse maniqueísmo superficial e se formos por aí, estaremos a fazer um debate estéril em ideias. Marinho Pinto tem apoiantes em Lisboa e o problema da Ordem dos Advogados afecta todo o país, havendo culpados de norte a sul, passando pelas ilhas.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, a corrupção vai de Norte a Sul e vice-versa, embora o poder central esteja sediado em Lisboa. Mas a minha missão era permanecer fiel ao próprio debate. :)

E. A. disse...

Só cheguei a ver a 1ª parte.
Também aprecio a coragem do Marinho Pinto, ao denunciar a corrupção entre política e advocacia que, no fundo, é do senso comum. E também apreciei o discurso impecável e irónico do Rogério Alves. Ouvir advogados (por um bocadinho) é bastante prazenteiro. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ya, mas acabou por ser um triste debate, devido à inconveniência dos opositores: as suas ambições são maiores do que as suas possibilidades reais. Existem muitos advogados e os cursos abundantes de Direito carecem de credibilidade: começam a ir para o desemprego e, no mercado de trabalho, não têm grandes habilitações. Mas este é um problema nacional: o descrédito do ensino universitário. Muitas pessoas que ocupam lugares de destaque no chamado sistema de justiça não têm competência cognitiva e moral: deviam ter vergonha mas não têm; perderam a vergonha, o que indica a sua regressão animalesca. É a nossa triste vida pública! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Acabei de melhorar substancialmente o post, de modo a construir pontes com temas afins tratados noutros posts. Espero que ajudem a clarificar as ideias directrizes. :)

E. A. disse...

Sim, alguma dessa falta de credibilidade adveio das faculdades privadas que ao pretenderem fazer dinheiro, abrem vagas e cursos sem critério.
De qualquer modo, acho que se pode tirar direito, ser-se jurista, e executar outras profissões. A formação em jurisprudência é sempre interessante e "útil" - seguindo a demanda da socidade de hoje.

E. A. disse...

Ah, e mais um breve apontamento: a corrupção é generalizada, n é só aqui em Portugal. Para se chegar a lugares de topo na Europa, qualquer que seja a profissão, ou se é aristocrata ou mafioso. Não nos enganemos. O discurso deve ser mais aberto e complexificado, para ser mais rigoroso e extrair as consequências correctas. Devemos pensar a Europa, começando por Novalis: uma unidade espiritual e não económica.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ya, como por exemplo Berlusconi: o mafioso corrupto e louco. É a decadência e a degradação moral da Europa, mas essa tendência para a vigarice requer uma explicação mais biológica. No entanto, as condições sociais favoreceram a sua manifestação...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

ah e tem a ver também com a própria tecnocracia: a regulação da economia pelo Estado e o controle que este quer exercer sobre a sociedade e a vida privada fizeram surgir os "peritos" que são propensos à corrupção. Mas esta tendência foi logo denunciada à nascença, mas o que triunfou foi o pensamento tecnocrático...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Acho que o avião foi raptado por um OVNI, tripulado por cientistas famintos, com muita vontade de comer um assado de carne humana! Porém, mesmo que tenha caído ao mar, outras criaturas encarregam-se de os comer. É a vida um eterno ciclo trófico!

E. A. disse...

Ahaha! Não o encontram?

Pois, a Natureza pode sempre mais que o Homem.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Encontraram agora alguns destroços que dizem ser do avião, mas o oceano é muito fundo naquela zona, segundo dizem...

Para Novalis, a "filosofia significa propriamente nostalgia, aspiração a estar em toda a parte como em sua casa". Isto significa que a filosofia é o sintoma de uma laceração entre o eu e o mundo. Os tempos felizes não têm filosofia; apenas os tempos infelizes têm filosofia.

E. A. disse...

Não concordo. A Filosofia nasceu de tempos alegres e leves, pelo menos, para os nobres gregos, no glorioso século de Péricles. É claro que a Filosofia, pela sua radicalidade das perguntas que coloca, nos faz desconfiar do mundo, afastar dele, mas para o reecontrar, ou transformar, como diria Marx; de outra maneira, é pensamento decadente, doente, pelo seu cinismo extremo ou pelo seu adiamento ao ultra-mundo.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Pois, mudar o mundo era a tarefa que Marx atribuia à filosofia, mas ninguém hoje quer mudar o mundo; já nem sequer a cisão entre eu e mundo é "vivida" como uma laceração; até o "eu" se afundou no consumo e perdeu-se o contacto com o mundo. Estamos completamente abandonados - pelos deuses, pelo mundo, pelo eu - e não sabemos (estou democrático!) que estamos sozinhos, talvez porque o eu se perdeu e com ele a esfera dos ideais. Uma época deveras triste! Precisa - sem o saber - de Filosofia...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Dentro do horizonte do meu pessimismo metódico, até tenho sido optimista, mas quando escuto as pessoas fico muito desiludido: elas já nem sequer falam, fazem gestos perdidos num corpo abandonado pelo cogito. Olhar para elas ou para uma manada de vacas loucas é quase a mesma coisa: o sentimento de estar só entre outros que já não são outros...

carolus augustus lusitanus disse...

Deixemos de apelidar o povo (também não fazemos parte dele?) de rebanho e, comecemos, antes, a mostrar-lhe uma visão otimista sobre o importante papel que sempre desempenhou (e vai continuar a desempenhar) na história.
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Boa malha, campeão! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hoje acordei federalista e até tive a ideia de uma "Liga Federal de Língua Portuguesa", capaz de trazer desenvolvimento às nações que falam português. As nossas empresas ganhariam uma outra dimensão no palco mundial, bem como a cultura lusa. Era bom para todos poder circular livremente pelo imenso espaço lusófono retomando a sua dimensão imperial...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ya, Cardeal

Sou campeão por ser adepto do FCPorto: eu pessoalmente nunca ganhei uma taça; medalhas sim... :)

Voltando à ideia federalista: tinhamos petróleo para explorar conjuntamente, empresas de electricidade, de telecomunicações e outras com grande dimensão, podiamos ajudar os irmãos africanos e timorenses a recuperar o seu atraso, alargavamos a aprofundavamos a democracia, enfim a vida seria mais estimulada para todos. Teríamos uma agricultura diferenciada e rica, indústrias diversificadas, etc. Teríamos espaço e uma audiência alargada...

Iacobus disse...

Sim, quando a Filosofia desistir, como no dia-a-dia, há tanto, desiste a Humanidade... Se eles desistem, mantém-te, Indivíduo!
;)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Também podíamos criar uma Taça Federal de Futebol: um campeonato entre os melhores clubes de cada "país"; o futebol pode ser usado para aproximar as nações lusófonas e a azulidade do azul é simplesmente bela!

E. A. disse...

É interessante o que o Tiago diz. Mas, por acaso, não concordo: a Filosofia, se a entendermos em sentido estrito, como fenómeno cultural ocidental, pode perecer e a Humanidade continuar; esta já existia antes daquela nascer. Se a Filosofia morrer, morre o Ocidente... e talvez iremos já a meio no cortejo fúnebre.

E. A. disse...

Façamos coro ao canto do cisne e filosofemos até morrer.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

É, se desistirmos, esse é o nosso destino, mas individualmente podemos optar por morrer com as armas filosóficas nas mãos, uma morte mais digna...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Tiago, em relação ao comentário do post anterior, é preciso ter em conta a presença de Espinosa e, nesse sentido, Pascoaes liga-se ao pensamento da Europa Central, incluindo Novalis aqui já referido. Aquilo que disse está nessa linha, mas o indivíduo já abandonou os palcos: o novo romance testemunha isso ou mesmo o existencialismo na sua versão funda, mas nesse aspecto seria necessário retomar a questão estética a partir de Hegel e o tema do fim da arte...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Em relação a Pessoa ou mesmo a outros, reconheço que deixei o elemento demoníaco em suspenso; no nosso universo aberto e mortal, abandonado pelos deuses, resta-nos a ironia, mas prometo abordar esta questão noutra oportunidade.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, a Filosofia e o seu fim, a ciência, são puramente ocidentais, mas já nem isso querem reconhecer..., tal é a cegueira do mundo presente.

Iacobus disse...

As minha reticências podem não ter sido entendidas. Peço desde já desculpa. Aveugle.Papillon, vou reformular:

O que eu quis dizer foi que se a humanidade, ou parte dela, pelo menos (aqueles que nos rodeiam, de que o Francisco se lamentava, e não só ele), se estes, que são o Colectivo, não são seres filosóficos e não aspiram a sê-lo, que o Indivíduo não desista de o ser, forte na sua individualidade, quanto possível (o que nem sempre é). Mas é preciso dissiminar a Filosofia, como o era na Grécia - solar. Ou seja: que não contabesçamos apesar da contabescência circundante. Mais vale, sim, morrer de «armas filosóficas nas mãos», secundando o bloguer da casa.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estamos a vencer - ao intervalo - no andebol contra o nosso arqui-inimigo. Com felicidade, mais uma taça para o dragão! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Vencemos a Liga Portuguesa de Andebol: mais uma taça! Só falta vencer no Hoquei... De resto, todas as taças ficam no dragão! Viva o FCPorto!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A cidade do Porto esteve sempre associada aos grandes momentos da história de Portugal: Descobertas, não só pelo facto do Infante D. Henrique ser portuense, mas por outras razões explicadas por J. Cortesão, o período luminoso do Brasil (colonização), cuja riqueza se traduz na arquitectura da city (as mansões dos brasileiros), resistência às invasões francesas e seus saques na Sé, o cerco histórico, com apoio forte da causa liberal (D. Pedro), a industrialização do país, a imprensa livre e implantação da república. Acima de tudo, o seu contributo para a cultura e o pensamento português... Apesar disso, não temos uma boa história da cidade do Porto! Sei que saiu uma recentemente, mas não me identifico com ela.

O fascismo apagou (tentou) a nossa luz, bem como o actual capitalismo da capital, mas não nos venceram. Mas pior que isso são os portuenses instalados e corruptos ou as presidências do PSD da CMP, pelo menos as anteriores às vitórias do PS. Estes sim são os inimigos internos do Porto!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, temos uma arquitectura única, rica e diversificada, com grandes arquitectos, o nosso granito abundante e forte marca a cidade, dando-lhe solidez e verdade. Mas também neste capítulo não temos bons estudos: não basta editar livros de fotos, é preciso interpretar, ler e compreender. Os portuenses ditos cultos ou letrados não estão à altura da grandeza da cidade, até porque muitos estão distantes do sangue que corre nas veias portuenses.

A Universidade do Porto precisa ser purificada e liberta dos burrecos que a povoam. Generalizo para não fulanizar! As nossas fundações precisam de pessoas descomprometidas das teias do conhecimento pessoal e os nossos empresários deviam apoiar mais a cultura genuína, o que não acontece. Nem tudo o que diz ser cultura é cultura: temos muitos falsos artistas e agentes culturais; muita infantilidade é revelada nas exposições que fazem. Popular? Talvez, mas acima de tudo regressão cognitiva e cunhismo...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Enfim, o Porto deve seguir o exemplo do FCPorto e ser solidário com o seu campeão, disseminando a onda azul e branca, a nossa raça!

Deve investir na educação, na cultura, no pensamento, na filosofia, na ciência, na tecnologia. Formar bons quadros políticos e empresariais. Investir nas suas gentes e no cultivo das suas competências. Fazer justiça à imprensa livre e responsável. Lutar pelo seu próprio canal de TV. Ser solidário! Educar, educar e educar... Lutar em todas as frentes, levando em conta o exemplo de Barcelona!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Precisamos cuidar das nossas forças de segurança e zelar pela justiça: tribunais, magistrados e advogados formados na escola do Porto. Nada de estrangeiros! E muito menos pouco esclarecidos. A juventude portuense deve ser educada na disciplina e no conhecimento: os estudantes do Porto não devem seguir exmplos estranhos ao espírito da Invicta! Sigam sim a nossa tradição! Competência, orgulho, vontade de vencer na luz, não na secretaria! Ser portuense é ser herói, é ser vitorioso, é saber mostrar o orgulho que se sente em ser do Porto!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, precisamos continuar a seduzir a Galiza e os nossos galegos, como faz o FCPorto: devemos manter laços culturais, intensificá-los e fortalecer as nossas relações económicas: a Galiza gosta do Porto city e devemos investir no Porto para não perdermos essa força de atracção. Vir ao Porto faz parte da rotina de muitos galegos que aliás adoram a nossa língua! O nosso vinho do Porto! A imponência da nossa cidade toda falocrática! O nosso rio Douro! O nosso aeroporto! A nosso porto de Leixões! As nossas praias! Enfim, a Ribeira, o sexo, todas essas coisas mais vulgares, mas comerciais!

E. A. disse...

O sexo? Na Ribeira? N fazia ideia.
Este ano vou ser turista no Porto, na noite de São João. :)
Acho q o Porto devia apostar nisso: festins bacanais, está votado para isso.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O S. João também leva ao sexo; é preciso querer ou estar no grupo certo! (Brinco, embora seja verdade!)

Erasmos é também sinónimo de "free sex"! É o que os students fazem: noitadas e sexo livre! E animam a city todo o ano, as noites...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O Porto está repleto de zonas de cópula colectiva, durante todo o ano e os nossos amigos galegos já as descobriram e lá aparecem carros com matrícula da Galiza! No Verão intensifica-se evidentemente, mas também aí em Lisboa existem zonas destas e pelo país...

E. A. disse...

Sim, querido F., mas para ter sexo n é preciso andar 300km rumo ao Norte. De qq modo, acho q o Porto deveria apostar na sua especialidade báquica. O povo portuense é óptimo conviva e boa esponja; os homens são viris e as mulheres um pouco ordinárias, logo, o q se quer para o fds do lisboeta stressado.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hummm... querida borboleta, os portuenses não alinham muito com lisboetas stressados, nem sequer galegas. Agora a fauna desejada é outra: muito turística!

Mas o S. João é actualmente uma festa já mundial e tem novas significações: afirmação da cidade no mundo. (O sexo tornou-se banal... e o S. João perdeu de certo modo essa significação de iniciação sexual. Tem uma significação familiar tb...)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

As mulheres do Porto não são "ordinárias", longe disso, mesmo muito longe disso, até mesmo mulheres da Sé são muito orgulhosas e lutadoras: não são nada "burras", porque sabem bem enganar os convencidos quando querem. Muito auto-determinadas e rebeldes!

E. A. disse...

Mas como é q sabe isso? É proxeneta nos tempos livres?

E. A. disse...

São um bocadinho ordinárias, sim. Todas as mulheres do Norte o são, mas faz parte do charme... :P

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E, quando encantadas, são deveras leais, as mulheres portuenses das camadas mais populares. As outras são cosmopolitas e, nos estratos mais elevados, muito distantes. Há de tudo, ainda bem...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, as prostitutas? Penso que a maioria não é portuense, são de fora da city ou estrangeiras, em especial brasileiras... Mas muitas delas são simpáticas e leais à city, muito leais e já adoram o azul do Porto.

E. A. disse...

ahah...

Perguntava como é q sabia q os portuenses n gostavam de lisboetas stressados. Nunca dei conta de tal, e eles gostam muito de vir até cá à capital... :)
Mas, entretanto, lembrei-me q discutir consigo o povo portuense é irrisório, pq a sua opinião é fanática, logo, desinteressante.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Se vem ao S. João, evite chamar ordinárias às mulheres do Porto, porque elas são mulheres para lhe dar uma tareia e não há homem que se meta com elas nesse momento de fúria justificada!

E. A. disse...

Claro q me dariam uma tareia, só se confirmaria a ordinarice endógena. :D

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A Else tem uma visão do Porto distante da verdade. Os portuenses sabem fingir bem, mas são muito autonómicos. Queira-se ou não, não gostam de Lisboa... Dizer o contrário é falsificar o sentimento portuense genuíno!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A lealdade portuense é com Portugal, não com Lisboa!

Se não as insultar, não lhe batem ou a desprezam...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O problema das tareias tem outras razões e no Porto as mulheres ainda não andam à tareia, mas a violência é um problema nacional e mundial.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

No entanto, a ordinarice que é difundida pelos canais de TV é predominantemente lisboeta: nunca viu um portuense ser tão ordinário como esses cangurus lisboetas!

E. A. disse...

Não tenho nada... lol
Prova é que vou visitar os meus amigos do Porto, portuenses e portistas, q amam o Porto, e que me vêm visitar a Lx, e q adoram a capital, tb. Pode ser q os meus amigos n sejam uma amostra representativa, é certo... mas se o resto do povo for como conta, prefiro n continuar a desconhecê-lo, porque admiro almas generosas e inteligentes. ;)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O Porto é uma cidade que sabe fazer ironia e tem muito sentido de humor: daí que a violência seja sublimada e dispersa. O humor neutraliza a ordinarice!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, estamos a falar de coisas diferentes: diversão é outra coisa. Eu divirto-me em todas as cidades... Mas isso é saber viver e socializar...

E. A. disse...

Isso é verdade! Os homens portuenses e do Norte em geral têm um óptimo sentido de humor! Característica muito atraente, de resto. :)

E. A. disse...

Explique-me, sexólogo F., por que é que as meninas gostam tanto q as façam rir??? :)

Fico à espera da resposta, agora vou trabalhar :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O que me preocupa são as gerações mais novas: acho que estão a ficar muito agressivas e intolerantes, mas o problema transcende a minha vontade...

Mas ainda resolvemos muitas tensões através do humor...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O rir: um bom tema. Mas varia em função do tipo de meninas: o riso neutraliza a agressividade e é provável que quando um rapaz faz sorrir uma menina lhe transmita esse sentimento de segurança, embora as meninas apreciem rapazes agressivos capazes de as defender. "Quero-te amável comigo e agressivo com os intrusos!": eis a mensagem que guardam. Agora seria preciso explicitar as outras significações...

Iacobus disse...

«as meninas apreciam rapazes agressivos capazes de as defender. "Quero-te amável comigo e agressivo com os intrusos!"» - a psicologia inerente a esta ideia, é desprezível. As meninas que precisam de alguém que lhes defenda a parvoíce... e os parvos que compactuam e defendem as parvas, para manterem o óbvio. Até no interesseirismo (pq é q esta palavra ñ está nos dics. on-line?) são falso, ah!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Até pode ser psicologia desprezível, mas é a psicologia evolucionista humana; esta psicologia funciona muito na cultura de bar, fechado ou livre, ou mesmo nas escolas. Tenho tomado conhecimento de casos de tareias por causa desta psicologia que algumas meninas, sobretudo adolescentes, sabem manobrar.

Iacobus disse...

Mas claro! Essa é a psicologia típica. Até o menos dotado a conhecerá. Há muito comportamento humano, que chateia (ñ q tenha sido vítima alguma vez, desse caso específico). Mas essa capacidade caprichosa de manobra, revela muito do estado das coisas. Nem é da natureza, mas um capricho humano baixo: o state of the art feminino, ah!, grande evolução...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E eu suponho que está cada vez mais na "moda" e há casos nas escolas graves que envolvem "facadas" mas são abafados em termos públicos. É provável que já haja neste clima alguns efeitos de domesticação, mas nunca me interessei pelo tema. Porém, outro sinal de alarme é a violência verbal e não só dirigida contra os que não alinham no esquema. Parece paradoxal mas os jovens estão a regredir. Talvez o haxixe suavize um pouco esses efeitos...

Iacobus disse...

Acha que o haxixe atenua a violência?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Não, claro que não: estava a ser irónico, porque se consome muita droga...

Iacobus disse...

:)
Sempre achei que a origem etimológica da palavra - q segundo li deu origem ao termo «assassino» - relevante... Ou talvez seja eu que não seja grande crente dessa droga: estupidifica e inutiliza (o q são tipos de violência). Mesmo assim, aqueloutra é uma teoria muito vaga (lá por os árabes a terem utilizado para se inspirarem em tempos de guerra...); mas que provoca alterações contrárias no sistema nervoso, é um facto. Como qq droga. O problema é o exagero, a continuidade que lhe dedicam, sim. Eu bebo aos fins-de-semana: talvez tb abuse :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Outra droga na moda é o crack e é utilizada quase em público. Sim, agora é mistura de bebidas, de drogas e de tudo: um ritmo alienante total. Sim, o consumo de haxixe ou crack não é interessante, até porque duas doses diárias do último ainda é dinheiro. Depois é o "cravar dinheiro" para comprar uma dose... Muito chato e triste, além dos efeitos posteriores.

Quanto à hipótese evolucionista estava à espera da reacção da Borboleta, mas ainda deve estar a trabalhar. As raparigas têm essa fase adolescente do rir imenso, mas é efeito das hormonas. Vai passando com o tempo...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E nós também temos a nossa fase de agressividade, lutas, rivalidades, desafios e irresponsabilidade: corremos riscos estúpidos, mas é tudo efeito da testosterona...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Curiosamente, o riso das adolescentes, em determinadas ocasiões, pode ser interpretado mal, quase como uma agressão, e nesse caso desencadeia uma resposta agressiva ou defensiva. É preciso ter imensa paciência e lembrar a nossa própria adolescência... É uma fase meio "parva" mas a vida é tb meio-parva...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O homem é um caniço tout court!

E. A. disse...

Oi F.,

Sim, acho que em parte pode ser isso: neutralização da agressividade, porque o riso funciona como descompressão; mas por outro lado a capacidade de fazer rir, ser irónico, é uma crueldade sublimada, o q pode indiciar a agressividade latente nos homens e desejada pelas mulheres, na competência defensiva, mas também na competência sexual. Ou seja, o riso e a capacidade de fazer rir, traz esta ambivalência, talvez por isso é tão difícil compreendê-lo e fixá-lo.

E. A. disse...

Mas, é um facto interessante... todas as mulheres se "embeiçam" por palhaços (no bom sentido).
De resto, é um sinal de inteligência. :)

E. A. disse...

Pelo contrário o sentido de humor nas mulheres incomoda muitas vezes os homens... susceptibiliza-os.

E. A. disse...

O riso da adolescente, o riso da Lolita... é atraente, provocante, mas ao mesmo tempo é desconcertante.

E. A. disse...

O homem fica conturbado, ofendido até, e a sua resposta é muitas das vezes a possessão sexual da rapariga - resposta agressiva.

E. A. disse...

Completa divagação, a minha!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, é isso e tudo parte das premissas do esboço que fiz.

O Tiago é que achou essa psicologia desprezível, mas não deixa de ser a nossa psicologia, que podemos modificar nalguns aspectos, embora difícil de anular completamente, porque o controle total dessas aptidões inatas tb pode desencadear outros comportamentos menos interessantes.

Hoje o meu dia foi terrível; só regressei agora e vou dormir.

Iacobus disse...

esse tema do riso, q vocês andam a explorar, é realmente interessante. já o vivi, como vocês decerto, sob várias formas (ñ só com miúdas) e graus. mas é tão vasto, e interna tantos aspectos, que não consigo, por mais que queira, opinar. deve-se tb às horas... cheguei agora de uma saída... (sem drogas, F. :) mas com álccol :P)

Iacobus disse...

o q acho desprezível é a psicologia, isto é, a lógica psíquica, que dirige os nossos comportamentos. e ñ as análise que daí se inferem. tenho a mania que podíamos ser melhores, q hei-de fazer. boa noite! bons sonhos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, há diversos tipos de riso: partimos do pressuposto de ser um estado normal, portanto, não suspeito ou indicador de outra coisa. Depois há a ligação curiosa entre o riso e o choro, muitas vezes intercalados ou mesmo em simultâneo. Mas é de outro domínio. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Bons sonhos tb. Também já não penso bem a esta hora! :)

Iacobus disse...

e referia-me em particular ao que citei. referia-me a essa utilização do homem pela mulher para metê-lo a fazer coisas parvas. ex.: gosto de alguém, mas se esse alguém faz uma coisa parva, não poderei defendê-lo/a. quanto a tudo o mais de que falaram, ñ opinei. mas acho, ou parece-me, coerente, apesar dos muitos aspectos inerentes, e de possível abordagem, ao intrincado tema.

Iacobus disse...

força, agora é que vamos parar! :)