quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Europa está morta

Cemitério militar norte-americano, em Colleville-sur-Mer, Normandia, França
A Europa está morta e já não podemos fazer nada para ressuscitá-la. Morreu decadente, corrupta e velha. Enterremo-la.

10 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ai, acabei de ler o tal artigo sobre a alienação mental no Porto - hospital do conde de ferreira - e fiquei desiludido: um fraco estudo histórico.

A determinada altura, os 3 estagiários de história colocam a questão: há mais loucos do que loucas. Porquê? Para responder, citam um dos clínicos que até se aproxima da verdade, mas não sabem do que falam. Na perspectiva em que se colocaram, deviam ter dado uma resposta contemporânea. Citam alguns livros de psiquiatria dos clínicos do hospital mas não conhecem a problemática da alienação mental, nem a oitocentista, nem a contemporânea. Portugal é uma tristeza cognitiva! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Outro disparate reside no facto de citarem Foucault para reforçar o poder terapêutico da água! Não compreenderam Foucault!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O que acho estranho é o facto de alguém ter tutelado o trabalho e ter permitido a sua publicação sem correcções científicas! O ensino superior não funciona bem!

É suposto terem lido a história da loucura de Foucault sem a ter compreendido! Foucault aparece na hidroterapia! Uma vergonha! Mas responsabilizo a tutela!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Enfim, já nem sei se Portugal foi sempre atrasado ou se são os portugueses que são de tal modo atrasados que não detectam as inovações de outros tempos - cobertas pela sua própria ignorância.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Bem, para todos os efeitos, os portugueses de hoje são burros! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O mais caricato é esta malta pensar que faz investigação. Hoje os tugas são todos investigadores - quer dizer pesquisam o cagalhão!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ai, ai, Portugal precisa de ser colocado no seu lugar - o asilo dos alienados cognitivos!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Eu bem tento dar algum brilho à cultura made in portugal, mas quando leio estes artigos fico desesperado, sem saber o que fazer com tanto lixo.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A Europa está morta, mas Portugal já cheira mal... está podre!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Algures escrevi isto, dando uma resposta:

A anatomia não significa realmente "destino", porque quase todos os homens destas amostras examinadas eram machos perfeitamente normais e funcionais. Mais importante do que a morfologia é aquilo que as pessoas fazem da anatomia. A teoria da determinação sexual e da diferenciação sexual do cérebro e do comportamento mostrou que o estado de repouso para os mecanismos centrais de género é feminino, ou seja, entre os mamíferos, o impulso natural é ser fêmea ou produzir fêmeas. O comportamento masculino resulta fundamentalmente da regulação hormonal, mais precisamente, da organização do cérebro fetal pela testosterona pré-natal (Wilson & Davies, 2007; Hines, 2006). Se os androgénios forem bloqueados, a feminilidade reaparece, mas, se forem activados, como sucede na via normal do desenvolvimento masculino, aparece a masculinidade. Esta conceptualização implica o reconhecimento de dois "factos" que desmentem frontalmente a psicanálise de Freud. Primeiro, um facto anatómico genital: em termos embriológicos, o pénis é um clitóris masculinizado. Segundo, um facto neurofisiológico: o cérebro masculino é um cérebro feminino androgenizado. As parafilias referidas são exibidas predominantemente por homens e mostram claramente que as sexualidades de género masculino são sexualidades em risco. Esta observação é perfeitamente congruente com a teoria da fragilidade masculina (Kraemer, 2007) e com a instabilidade do cromossoma Y (Graves): o velho preconceito de que os homens são mais resistentes do que as mulheres constitui um insulto social que visa reforçar a própria vulnerabilidade biológica do género masculino, aliás bem patente nas desvantagens dos homens no domínio socialmente mediado, na sua vulnerabilidade biológica manifestada desde a concepção, nas atitudes negativas exibidas em relação aos défices masculinos, na elevada mortalidade masculina, na maior imaturidade masculina, na maior propensão a abusar de substâncias viciantes e na elevada prevalência de perturbações de comportamento e de desenvolvimento e de doenças letais. A vulnerabilidade biológica masculina exige mais atenção e maiores cuidados prestados aos homens: o desenvolvimento do cérebro masculino está sujeito permanentemente a riscos. O macho é, por excelência, o ser-em-risco permanente e, por isso, a sociedade deve dar-lhe mais atenção.