quinta-feira, 29 de abril de 2010
Tran Duc Thao: O Mistério da Transcendência
terça-feira, 27 de abril de 2010
Prós e Contras: Para comer é preciso produzir
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Marxismo e Fenomenologia
domingo, 25 de abril de 2010
Portugal Morreu...
Quando me enviam emails do estrangeiro a pedir informação sobre as Universidades Portuguesas, fico muito embaraçado, porque não sei mentir: as universidades portuguesas são desertos/asilos mentais e cognitivos. A publicidade portuguesa difundida pelo mundo é realizada provavelmente por uma agência funerária: Portugal é um imenso cemitério de ambulantes destituídos de cérebros. Quem queira morrer de atrofia mental e cognitiva compra uma viagem até Portugal, onde pode viver a morte em vida entre zombies arrogantes, feios e invejosos. O ensino universitário português está completamente corrompido e morto há décadas: Portugal não deseja importar cérebros do estrangeiro e não pode exportar o que não tem - cérebros nacionais. Portugal é um lapso/colapso cerebral. O discurso da fuga de cérebros é, portanto, mentiroso. As universidades portuguesas não formam cérebros; matam cérebros e abusam dos corpos. Anunciar publicamente a morte de Portugal Mental é a resposta mais adequada e sincera que posso dar a todos esses emails: uma maneira elegante de aconselhar outra escolha, outro destino. Enterrar o morto: eis a derradeira missão dos seus assassinos - os zombies portugueses que deambulam pelos bares das praias, aterrorizando as estrelas e o mar. Em Portugal, as poucas pessoas que pensam são exiladas na sua própria pátria: Portugal odeia a inteligência, a beleza e o bom carácter. Portugal é medíocre e, claro, tem o que merece: o atraso estrutural objectivo que, só por si, confirma a tese que defendi. A própria História de Portugal é feita por «historiadores» que a encaram como uma acumulação inusitada de factos inertes (veja aqui): mineralização total dos feitos dos zombies. J Francisco Saraiva de Sousa
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Thomas Nagel e Josef Stalin
terça-feira, 20 de abril de 2010
Prós e Contras: Cinzas na Economia
O debate Prós e Contras de hoje (19 de Abril) foi um caos não de cinzas ou plumas vulcânicas mas de moléculas humanas - cerca de quinze participantes, incluindo os quatro convidados especiais - que se dispersaram em discursos normalizantes redundantes e insensíveis ao sofrimento e às apreensões sombrias dos habitantes da Islândia. A erupção de um vulcão da Islândia obrigou as autoridades europeias a fechar o espaço aéreo europeu, o que gerou um caos ou uma crise nos aeroportos da Europa e na coordenação dos diversos sistemas de transportes. Os prejuízos sofridos pelas companhias aéreas levou-as a considerar o fechamento do espaço aéreo europeu como uma medida de excesso de zelo da União Europeia, mas António Mendonça (Ministro das Obras Públicas) vê nesse acto uma primeira reacção de prudência máxima face a uma situação desconhecida. Quando desconhecemos os efeitos imprevisíveis de uma situação anómala, como é o caso das erupções vulcânicas, a prudência - um conceito aristotélico usado pelo ministro - aconselha a garantir a segurança das pessoas. Fernando Pinto (Presidente da TAP) reforçou a prudência do ministro, frisando que a Europa enfrenta pela primeira vez um problema desta escala: o facto do sector dos transportes aéreos ser muito regulado levou os decisores europeus a tomar todas as precauções para garantir a segurança dos voos, até porque os motores dos aviões podem ser danificados irremediavelmente pelas cinzas vulcânicas que os ventos espalharam pelo espaço europeu (Adérito Serrão). No entanto, após um longo fim-de-semana de crise, os ministros europeus dos transportes reuniram-se finalmente em videoconferência (19 de Abril) e decidiram efectuar hoje (20 de Abril) uma abertura progressiva do espaço aéreo europeu, que foi dividido em três zonas sujeitas a monitorização de seis em seis horas.
Os participantes deste debate reconheceram que o homem controla muita coisa, incluindo a bolha financeira (sic), mas não controla a natureza. A Islândia é um paraíso para os vulcanólogos: os seus vulcões têm marcado a história social da Europa, como testemunha o célebre Inverno Europeu. Teresa Ferreira (Vulcanóloga dos Açores) inventariou todos os tipos de erupções vulcânicas, para mostrar que a ciência não consegue prever a sua evolução e os comportamentos dos vulcões. Os vulcões são máquinas naturais «projectadas» para matar os humanos e destruir as suas obras, e é nesta sua capacidade mortífera e destruidora que reside o seu fascínio: o que podemos lamentar é o facto deles não serem selectivos na «escolha» dos alvos humanos a abater, matando arbitrariamente todos os seres vivos que habitam os territórios vizinhos ou próximos. As catástrofes naturais ajudam a moldar a história das sociedades humanas e, por vezes, quando não dizimam culturas inteiras, como já sucedeu no passado, podem criar as condições subjectivas e objectivas necessárias para a inovação social, tecnológica e cultural. Mas é muito difícil convencer os burocratas kafkianos que zelam pelo funcionamento e pela manutenção do sistema estabelecido da necessidade urgente de mudança de paradigmas: o seu impulso natural enquanto homens de direito divino (Sartre) é, como disse Fátima Campos Ferreira, "apagar o vulcão". António Mendonça, Fernando Pinto, José Manuel Viegas e o séquito de técnicos convidados apagaram o vulcão da Islândia. Como? Bloqueando a reflexão, silenciando o pensamento que deseja libertar o futuro do colonialismo tecnocrático. José Manuel Viegas falou da necessidade de melhorar a articulação dos diversos sistemas de transportes e de aprender com esta crise. Fernando Pinto lamentou os prejuízos causados pelas erupções do vulcão da Islândia, afirmando que são maiores do que aqueles provocados pelo fatídico 11 de Setembro. E António Mendonça não resistiu à tentação de promover a grande obra pública do governo: a construção da linha de TGV que irá ligar Lisboa a Madrid. A posição periférica de Portugal na Europa protegeu-nos das cinzas vulcânicas, mas o ministro preferiu usá-la para justificar a necessidade de coordenar as nossas - entenda-se as de Lisboa - articulações internacionais: as cinzas vulcânicas revelaram as fragilidades e as vulnerabilidades das ligações entre Portugal - isto é, Lisboa, - e os outros países europeus, que o governo pretende solucionar com o seu novo - ou velho? - plano estratégico de transportes. A preocupação pela segurança demonstrada pelos zeladores do sistema burocrático estabelecido não é tanto a preocupação pela segurança das pessoas que, no fundo, não existem para eles, dado serem tratadas como cifras, mas sobretudo a preocupação exclusiva pelo funcionamento regular, monótono, cinzento e normalizado do mecanismo que montaram e que lhes garante a sua própria sobrevivência egoísta: o que eles deveras pretendem é mitigar os efeitos criativos das catástrofes naturais sobre a normalidade monótona do funcionamento do sistema. A redundância é a resposta adequada que o sistema dá a todas as situações críticas que desafiem a sua perpetuação: os burocratas kafkianos só sabem articular um único discurso que rejeita a mudança social qualitativa.
As erupções vulcânicas e os sismos confrontam-nos com a nossa própria condição mortal: os humanos são mortais. Nestes momentos sublimes, quando enfrentamos a nossa mortalidade essencial que faz de nós seres livres, individuais e históricos, precisamos de ironia e não de discursos pseudo-securizantes, como aqueles que foram apresentados neste triste e pardacento debate moderado por Fátima Campos Ferreira. Num mundo abandonado por Deus, como é o nosso, a ironia é, como escreveu Georg Lukács, «a mais alta liberdade possível». Um mundo abandonado por Deus é um mundo que perdeu a sua ancoragem no além: entregue à imanência de um mundo social carente de sentido, o homem torna-se solitário e procura desesperadamente na sua própria alma o sentido que perdeu quando ficou desamparado e sem-abrigo. A utopia compensa, de algum modo, esta perda irremediável de um mundo seguro e fechado: o homem pode imaginar ou sonhar mundos melhores e tentar realizá-los. Ora, a burocracia instalada em Lisboa odeia visceralmente a utopia: o sistema lisboeta faz tudo para castrar a imaginação produtiva e liquidar a ironia que identifica erradamente com o seu próprio sarcasmo. Lisboa é uma dupla-anormalidade defeituosa - isto se não levarmos em conta o Benfica, o aborto total -, porque foi abandonada por Deus, sem ter conquistado a ironia que se instalou no Porto. A ironia portuense escuta o horizonte, procura apreciar o presente e sonha o futuro: a ironia que protesta contra o status quo e provoca o seu domínio universal desencadeia o sorriso e, deste modo alegre e tranquilo, conduz à maiêutica social - o nascimento de uma nova sociedade. Portugal precisa da ironia dos portuenses, Prós e Contras precisa ser um dia - pelo menos uma vez - moderado pela ironia de Judite de Sousa: libertar o futuro de Portugal das nuvens cinzentas de Lisboa-Anaconda-Gigante - a inimiga invejosa da ironia - é tarefa para a liberdade criadora dos portuenses.
J Francisco Saraiva de Sousa
sábado, 17 de abril de 2010
Jean-Paul Sartre: Situações
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Pensamento Conservador e Inquisição
O pensamento conservador de matriz cristã é terrorismo inquisitorial que, no caso de ter uma oportunidade, elimina fisicamente todos aqueles que amam a liberdade e o pensamento. A Inquisição Romana condenou à morte na fogueira Giordano Bruno (1548-1600), acusando-o de ser herético. Quando menciona Espinosa, Goethe está a fazer alusão a Giordano Bruno: a sua substância é vista com os olhos ébrios do mundo de Bruno, cujo fogo ilumina a interpretação que apresenta de Espinosa. O panteísmo bruniano - a sua heresia - é, como observou Schopenhauer, «a forma mais cordial de abdicar de Deus». Porém, antes de o ter queimado na fogueira, o Santo Ofício submeteu-o a terríveis torturas e maus tratos durante os seus últimos oito anos de vida. A peripécia da prisão de Bruno é verdadeiramente macabra: Com a desculpa de desejar aprender a arte da memória, Giovanni Mocenigo conseguiu atrair Giordano Bruno - que vivia em Frankfurt - até Veneza. Depois de o ter trancado num quarto, Mocenigo chamou os carrascos do Santo Ofício para o prenderem. Preso no San Castello no dia 23 de Maio de 1592, Bruno foi torturado durante oito anos consecutivos até ser finalmente queimado na fogueira no Campo de Fiori no dia 17 de Fevereiro de 1600. A morte bárbara e cruel de Giordano Bruno irá ajudar a Filosofia a reconquistar a sua independência em relação à religião em geral e ao cristianismo em particular. O Renascimento situa-se já no terreno dessa luta pela autonomia na passagem histórica do mundo fechado para o universo infinito, da ordem feudal para a sociedade capitalista, do mundo da intolerância para a democracia: a Filosofia recusa ser escrava de uma teologia obscurantista, intolerante e criminosa. O que caracteriza a Filosofia enquanto forma de consciência esclarecida é precisamente a sua luta contra as tradições dogmáticas das sociedades fechadas. Tendo nascido livre e crítica na cidade dos homens livres, a Filosofia quer continuar a ser livre e crítica, purificando-se do nefasto contágio cristão. O cristianismo é pensamento arcaico, bárbaro e primitivo que emergiu num outro território. O nascimento da Filosofia precede o cristianismo e não tem nada a ver com a ideologia das suas seitas primitivas. Filosofia e cristianismo são geneticamente fenómenos autónomos e, em termos cognitivos, divergentes e antagónicos: o universo de Platão e o universo de Jesus Cristo são completamente distintos e a distância que os separa é a clivagem qualitativa que existe entre o pensamento esclarecido e o pensamento primitivo. Werner Jaeger defende que o pensamento cosmológico dos gregos teve um efeito directo sobre a sua maneira de conceber o que chamaram - num sentido novo - "Deus" ou "o divino", mas esta "teologia natural" fundada na compreensão racional da própria natureza da realidade não tem nada a ver com a teologia cristã que foi posteriormente elaborada. Se a ideia de teologia é uma criação especificamente grega, como afirma Jaeger, então a cópula que ocorreu mais tarde entre o pensamento grego e o cristianismo deve ser vista como uma helenização do cristianismo: a teologia significa a aproximação a Deus ou aos deuses por meio do logos, a grande descoberta grega. O cristianismo apropria-se do logos grego para se tornar civilizado: o cristianismo civilizado é o cristianismo helenizado. Sem esta articulação teórica que o eleva ao domínio da teo-logia, o cristianismo seria mais uma religião ou uma dispersão de seitas fundamentalistas tão bárbaras como as suas congéneres islâmicas: a Inquisição e a homofobia mostram a todos o bárbaro que há em cada católico ou cristão. A Filosofia despreza o mundo mesquinho e sujo dos conservadores cristãos que assassinaram o divino e soube lutar contra eles, minando o seu «pensamento» e difundindo as suas próprias sementes: um filósofo iniciado não precisa do cristianismo para recolher as sementes, cuidar delas e deixá-las germinar. A autonomia absoluta da Filosofia sempre esteve garantida, mesmo nos tempos sombrios em que a Igreja Católica perseguia o pensamento superior e queimava os seus representantes. A flor da complexidade da civilização ocidental é a Filosofia e ela não tem adversários à sua altura. Só muito recentemente alguns teólogos - eles próprios agentes filosóficos infiltrados na organização feudal - descobriram a presença da filosofia grega no cristianismo, mas já era demasiado tarde para corrigir o destino: ou se convertem à Dialéctica da Libertação ou regressam às suas misérias bárbaras, num mundo que já não as tolera, porque o cristianismo foi completamente esvaziado pela filosofia moderna desde Descartes e Espinosa até Hegel e Marx, passando por Kant. Voegelin usa o termo gnosticismo para designar todo o caminho percorrido pacientemente pelo pensamento filosófico para matar a barbaridade cristã, mas, como é um mero conservador, isto é, um zombie que não pensa, não se apercebeu que, invocando o divino Platão, dava um tiro no seu próprio coração: a Filosofia não nega "o divino"; o que a Filosofia não suporta é o cristianismo bárbaro e a sua revelação dogmática, como o testemunha a própria gnose. Até mesmo Santo Agostinho, Scoto de Erígena, Anselmo, Abelardo, Alberto Magno, Tomás de Aquino, Rogério Bacon, Duns Escoto, Guilherme Ockham e Nicolau de Cusa, ajudaram-nos a destruir o cristianismo bárbaro: o homem conservador - essa terrível criatura diabólica da Idade Média - é um louco que vagueia sozinho num mundo que não o suporta e não deseja a sua companhia. O conservadorismo cristão tornou-se desagradável - e anacrónico - por estar fora de prazo há muito tempo: cheira mal, cheira a putrefacção. Em Portugal, a Inquisição foi introduzida em 1536 e extinta em 1821. António José Saraiva acompanha de perto a perspectiva de H.C. Lea e de J.C. Baroja quando destaca a Inquisição portuguesa e espanhola como um caso à parte dentro da história geral da Inquisição, definindo esta particularidade a partir da qualidade dos réus que perseguia: os chamados cristãos-novos ou marranos ou, simplesmente, os judeus. A relação estreita entre o poder estatal e o poder inquisitorial na Península Ibérica e a perseguição organizada e criminosa dos judeus permitem vislumbrar a afinidade estrutural entre a Inquisição e o Nazismo, que o silêncio e a cumplicidade da hierarquia eclesial católica perante o Holocausto testemunham e confirmam. O Nazismo é, no século XX, a versão tecnológica e burocrática da velha Inquisição Católica. Porém, António José Saraiva - pouco versado na teoria crítica - segue um outro caminho que deixa escapar a referida afinidade e, sobretudo, o papel reaccionário desempenhado pela Inquisição em Portugal: 285 anos de organização centralizada e estável do poder inquisitorial e político marcaram profundamente a História de Portugal, bloqueando e adiando indefinidamente o seu desenvolvimento económico, político, social e cultural. Antero de Quental identificou correctamente a causa estrutural do atraso dos povos ibéricos: o domínio da Igreja Católica. A aliança negra entre o poder inquisitorial e o poder político português expulsou os judeus, impediu a Reforma e bloqueou fatalmente o surgimento do capitalismo em Portugal. A tese que associa o desenvolvimento capitalista dos países do Norte da Europa e a conquista de vida independente como resultado da Reforma Protestante foi elaborada por Max Weber, Troeltsch e Sombart, em resposta ao debate iniciado na Alemanha por Marx, e retomada posteriormente por R.H. Tawney. Instalada no Sul da Europa, a Igreja Católica criou uma clivagem de desenvolvimento no mundo ocidental: os países do Norte que fizeram a Reforma desenvolveram-se, libertaram-se e democratizaram-se, enquanto os países do Sul ficaram privados do desenvolvimento, do progresso, da liberdade e da democracia, até serem eclipsados pelo fascismo mediterrânico, a variante do século XX da aliança negra entre poder político e o poder religioso de cariz católico. Ser católico significa literalmente ser atrasado, tradicionalista, feudal, anti-progressista, anti-revolucionário, antiliberal, reaccionário e homófobo: nos lugares do mundo onde a Igreja Católica predomina, como sucede na América Latina, não há desenvolvimento, progresso e liberdade, ou, nas palavras de Montesquieu, «piedade, comércio e liberdade». A Reforma influenciou a perspectiva dos homens face à sociedade, sendo por sua vez influenciada pelas mudanças económicas e sociais que se operaram nos séculos XVI e XVII: a economia deixa de ser um ramo da ética e a ética um ramo da teologia, passando a ser províncias paralelas e independentes, governadas por leis próprias, julgadas segundo diversos padrões e submetidas a diversas autoridades. A Reforma ajudou a quebrar a sua integração num único esquema maior orquestrado pela Igreja Católica. Na luta feroz contra a hegemonia da Igreja Católica encontrou o Ocidente a sua via do progresso material e espiritual: o actual conservadorismo é, por natureza, uma força regressiva e bárbara que anseia pelo regresso da unidade totalitária da velha Cristandade, aquela ordem feudal que amordaçou e oprimiu os nossos antepassados, dando-lhes na terra o sofrimento e prometendo-lhes no além a salvação da alma. Anexo: Em Portugal, a cidade do Porto - a cidade de Almeida Garrett e de Júlio Dinis - enfrentou desde cedo todas as forças obscurantistas e tradicionalistas, lutando contra o poder dos Bispos e dando protecção aos judeus portugueses. Embora tenha nascido em Lisboa, Alexandre Herculano - deputado eleito pelo Porto em 1840 - captou a fibra única e matricial da cidade do Porto, chamando-lhe o berço da monarquia, «porque dela Portugal tirou o nome». A história do Porto relatada por Herculano na História de Portugal, na História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal e nos Opúsculos, não é uma história conservadora; pelo contrário, é uma história de luta contra o conservadorismo. O Porto já era, no período medieval, um burgo próspero e rico, vocacionado para o comércio, que soube acompanhar ao longo da sua história as grandes mudanças europeias: a industrialização, o liberalismo, o socialismo e a república. Convém lembrar o carácter revolucionário do Porto - a pátria dentro da pátria - para exorcizar o marasmo em que se encontra neste momento. J Francisco Saraiva de Sousa
terça-feira, 13 de abril de 2010
Prós e Contras: O Resultado das Reformas da Saúde
J Francisco Saraiva de Sousa