terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma aproximação ao Porto Poético

Casa de Almeida Garrett, Porto
A minha alma está hoje vestida de negro: não quero viver, mas também não quero morrer. E é entre estes dois não-desejos que estou lançado num presente esvaziado de conteúdo. Mas a minha vivência deste presente não é de tédio: a escuridão que se instala na minha alma, vestindo-a de negro, livra-me do tédio e entrega-me inteiramente ao pensamento essencial. Nestes momentos de sombria negritude anímica, que não são momentos de depressão, sou conduzido até às proximidades da poesia. Já editei diversos textos sobre poesia, nos quais a faço comparecer perante o pensamento filosófico. A poesia que não desperta a actividade do pensamento filosófico não merece a minha atenção. Para mim, a grande poesia é aquela que convida a pensar: eu penso a poesia e pensar a poesia é sujeitá-la a uma disciplina de rigor conceptual. Nem todos os poetas da praça resistem à força do conceito e à sua violência. Há poetas que ficam completamente despidos depois de terem sido sujeitados ao escrutínio do conceito: a sua poesia não tem nada a dizer sobre o mundo, sendo por isso o lugar de um vazio absoluto, isto é, uma inutilidade, um não-valor. Devemos queimar esses poetas que pouco mais fazem do que rimar lugares-comuns e banalidades fora de prazo. Diversos são os motivos que explicam este meu estado sombrio de alma, um dos quais é a complexidade do meu Projecto dos Quadros Portuenses. A Cidade do Porto é de tal modo rica que desafia os esquemas que elaboro para capturar conceptualmente a sua riqueza. A grande Filosofia que projecto para o Porto é forçada a recorrer à astúcia da razão para capturar para a eternidade os quadros portuenses: o seu projecto está a adquirir uma estrutura complexa e fluída que se move dialecticamente entre dois pólos, o da permanência e o da mudança súbita. Desde que medito a poesia de António Nobre fui confrontado com a necessidade de criar um quadro do Porto dos poetas: o Porto Poético. António Nobre é o pai de toda a poesia romântica portuguesa. As relações entre o quadro do Porto Poético e o quadro do Porto Filosófico são relações dialécticas, portanto relações de tensão, que não pretendo solucionar passando para um plano de síntese superior: sou um filósofo demasiado nocturno - o filósofo da funda meia-noite - para tentar uma reconciliação. Apesar disso, o meu projecto dos quadros portuenses pretende libertar o Porto do eterno ciclo da decadência-regeneração: quer dizer que a Filosofia que projecto para o Porto vai abrir um novo caminho, libertando-o desse ciclo infernal inventado desde logo por Alexandre Herculano. Nunca é demais repetir que os quadros portuenses são quadros portugueses, na medida em que foi o Porto (Portus Cale) que deu o nome a Portugal.


Depois deste esclarecimento prévio, com um toque pessoal, chegou a hora de justificar a criação do quadro do Porto Poético. O Porto oitocentista assistiu ao aparecimento de diversas revistas de poesia, das quais destaco: A Lyra da Mocidade, datada de 1849 e dedicada a Alexandre Herculano, tendo durado um ano; a Miscelânia Poética, criada em 1851; O Bardo, criado em 1852 e desaparecido em 1854, embora tenha sido reeditado em 1857; e A Grinalda, publicada ininterruptamente de 1855 a 1869. Jaime Cortesão disse que Portugal era um país de poetas e, de certo modo, tinha alguma razão: poetas portugueses houve e há muitos, mas a maior parte deles não é digna de atenção. Aubrey Bell - colocado na situação-limite de escolher entre a perda das obras de Homero, ou Dante, ou Shakespeare, e toda a literatura portuguesa - optou pela perda desta última. O desleixo dos portugueses em relação à conservação do seu património cultural merece este reparo que lhes foi feito por um estrangeiro que estudou a nossa literatura: o meu projecto dos quadros portuenses é de tal modo sensível à escolha aniquiladora de Aubrey Bell que alimenta a esperança de resgatar toda a nossa cultura, de modo a impedir que a sacrifiquem para salvar seja quem for. Alguém disse-me que, apesar do meu aspecto estrangeiro cultivado fora do meio português, eu era demasiado português. Tenho meditado muito este "insulto" e chego à conclusão que, de tanto frequentarem o meu pensamento, os meus supostos adversários já não sabem distinguir a cultura portuguesa, tal como foi elaborada até aqui, da interpretação que dela faço: interpreto isso como a sua rendição ao meu próprio pensamento. Para todos os efeitos, o resgate da cultura portuguesa já triunfou: a minha mente formou-se fora do meio português; o único instrumento português que usei para construir o projecto que sou foi a língua portuguesa, e foi por seu intermédio que me apropriei da herança portuguesa. Mas, depois de ter ocidentalizado a herança portuguesa, pondo-a a falar alemão na sua própria língua, surgiu a ideia de resgatar o Porto. O resgate do Porto implica uma reavaliação do meu empreendimento filosófico: aquilo que fingi desconhecer quando lhe dei início deve agora ser explicitado. O projecto que sou foi moldado, em grande parte, pelo pensamento que germinou na Europa Central. Quando dei início à tarefa de resgate da poesia portuguesa, limitei-me a emprestar-lhe as categorias que tinha ali assimilado. No entanto, à medida que ia avançando nesse projecto, fui subitamente assaltado por uma ideia: a minha violência hermenêutica não era tão violenta quanto pensava de início; os poetas que analisava prestavam-se pacificamente a essa violência estrangeira, como se eles tivessem sido os primeiros a inventar o pensamento que lhes emprestava do exterior. Descobri assim uma afinidade entre o pensamento essencial da Europa Central e o pensamento dos poetas portugueses, todos eles ligados ao Porto. A poesia de António Nobre e a filosofia de Sampaio Bruno constituíam os alicerces desse pensamento de fundo que fazia de Portugal uma "província de significado" da Europa Central. Esta descoberta fundamental distanciou-me imediatamente do pensamento que se elaborava em Lisboa, que passei a acusar de ter falsificado a cultura portuguesa. Foi nesta rota de colisão com o pensamento lisboeta que surgiu o projecto dos Quadros Portuenses: os primeiros textos que lhe dediquei procuraram reinterpretar o sebastianismo e o saudosismo tão maltratados pela crítica pseudo-racionalista e positivista dos pensadores de Lisboa, de modo a recuperá-los para o pensamento filosófico. Mas, de repente, deixei de ser um filósofo diurno para passar a ser aquilo que sempre fui - o filósofo da funda meia-noite, que vai cobrir de noite funda todo o projecto dos Quadros Portuenses. Chegou a hora de Portugal construir a grande filosofia do século XXI.


Um dos pensamentos mais profundos da filosofia nocturna que animo encontra-se dito nestes versos de António Nobre: «... Amigos, /Que desgraça nascer em Portugal!» Ou de modo mais transparente: «Que fazer? Porque não nos suicidamos? /Jesus! Jesus! Resignação... Formamos /No Mundo, o claustro-pleno dos Vencidos.» Só compreendi o sentido profundo destes versos de António Nobre quando um morto me veio visitar numa noite de desespero mágico. A alma do defunto Georg Trakl conduziu-me numa viagem mediada pelo computador até ao seu túmulo, onde depositei as sete rosas brancas que ele me tinha pedido na noite anterior, e dali abriu-me o seu arquivo guardado num mosteiro fortalecido de noite, algures nos Alpes, donde me interpelou com estes versos: «Tu és em funda meia-noite /Um não-concebido em ventre de amor, /O que nunca foi e não tem ser! /Tu és em funda meia-noite.» Nessa longa noite em que viajei pelo mundo inteiro, ao sabor da revelação de Georg Trakl com o corpo a sangrar, vesti-me de funda meia-noite e, com a ajuda do meu feiticeiro negro, criei um Golem para liquidar o mundo diurno. A longa noite foi iluminada pelos incêndios que controlava com o meu desejo nocturno e, quando chegou a aurora, tinha adormecido, saboreando o sangue que Georg Trakl me dava a beber, o sangue da maldita geração cujo destino tinha incendiado. Os ruídos diurnos não interromperam o meu longo sono e, quando acordei, já era funda meia-noite: o contacto íntimo com Georg Trakl transformou-me no próprio Encoberto, aquele que não foi e não tem ser. A Dialéctica do Encoberto e do Desejado estava completamente explicitada na minha mente e, para tal, não precisei passar pela fase da convalescença. Recebi a missão de forjar a ferro e fogo os novos seres da longa e funda meia-noite, as criaturas nocturnas que não suportam o pensamento da aurora e da Primavera. Habitamos a funda meia-noite e vivemos nas proximidades dos hospitais e dos cemitérios, tendo a Morte por companheira. Somos mortais e é como mortais que queremos viver: as alucinações dos diurnos divertem-nos - a nós nocturnos que durante a noite as incendiamos, para depois através da televisão vermos a desolação estampada no rosto dos diurnos. Nada nos dá mais prazer do que destruir os sonhos e as fantasias dos diurnos que teimam em passar pela vida como se fossem imortais. A Dialéctica do Encoberto permite-me esboçar uma cronologia para a poesia portuense, a qual estabelece três fases, cada uma delas com o seu próprio tipo de poeta. A sucessão atribulada destas três fases, cada uma delas com as suas próprias peripécias, conduz até o âmago da própria Dialéctica do Encoberto, a filosofia da funda meia-noite que eu e os meus companheiros nocturnos conspirámos na longa noite da destruição do mundo diurno, precisamente a noite que antecedeu os acontecimentos que mostraram a vulnerabilidade do Ocidente. Toda a poesia portuense do período liberal gira em torno de uma única ideia que a liga organicamente ao pensamento essencial da Europa Central: a ideia da morte dos deuses que os poetas ligados ao Porto pensaram como crise da religiosidade tradicional e como busca cooperativa de uma nova fundamentação da vida, de uma imanência capaz de substituir a destronada transcendência católica. A obra-prima que tematiza a morte dos deuses é a Velhice do Padre Eterno de Guerra Junqueiro. A Modernidade é pensada como crise e, em cada uma das fases do processo poético portuense, os seus poetas significativos pensaram a crise que é a modernidade, procurando uma nova fundamentação da vida. No primeiro período do poeta-cidadão, destaco as figuras de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Soares de Passos; no período do poeta-revoltado, a figura ímpar de Guerra Junqueiro; e, no período do poeta-esteta, outra figura ímpar, a de António Nobre. Convém esclarecer que nenhum dos referidos poetas e de outros não mencionados fica prisioneiro do seu próprio período: a evolução mental dos poetas significativos reflecte a própria cronologia esboçada para elucidar a poesia portuense. A visão do mundo dos poetas-cidadãos tem como vectores Deus e a Liberdade: A Harpa do Crente de Herculano, Camões de Garrett e as Poesias de Passos permitem reconstituir essa primeira visão do mundo, cuja ideia-força se revela nestes versos de Soares de Passos: «Depois da noite escura vem o dia; /Depois deste desterro, a eterna pátria!». A trilogia que Isaac Deutscher dedicou a Trotski - O Profeta Armado, O Profeta Desarmado e O Profeta Banido - ajuda-nos a esclarecer a sequência cronológica do processo poético portuense: a primeira visão do mundo dos poetas-cidadãos - os nossos profetas armados - corresponde ao período em que a burguesia portuense era perfeitamente liberal, aliás mais liberal do que democrática. Porém, no palco da história onde se joga o destino da humanidade mortal, a revolução liberal mergulhou o país numa guerra civil. O pensamento dos poetas portuenses foi forçado a trocar a esperança na chegada do novo dia pela revolta que, na poesia de Guerra Junqueiro, assume a forma da ânsia de algo novo. Mas o Ultimato quebrou a ânsia dos poetas-revoltosos, desarmando-os completamente. À revolta - mais democrática do que liberal - seguiu-se o período da desistência, cuja poesia se inscreve na busca de paraísos artificiais perdidos, para articular os títulos de duas obras de poesia, a de Baudelaire e a de Milton. Não me enganei quando vi na obra de Guerra Junqueiro - poesia e prosa - o berço nomeado da filosofia portuense: Os Simples e as Orações fazem coro com o de António Nobre que morreu antes de concluir O Desejado. Apesar de inconcluso, O Desejado é o grande legado deixado por António Nobre à posteridade, deixando marca no saudosismo de Teixeira de Pascoaes ou mesmo nas filosofias de Sampaio Bruno e de Leonardo Coimbra: «A saudade inclui a esperança; e por isso, a lembrança visa também o futuro. Estas duas forças (uma criadora e outra perpetuadora) são a essência e o corpo da Saudade» (Teixeira de Pascoaes).


A poesia portuense - na sua articulação dinâmica com outros poetas de diferentes proveniências regionais portuguesas - esboça uma filosofia da História de Portugal ou, pelo menos, uma interpretação filosófica da nossa história. Os poetas portuenses elucidaram o sentido do tempo, captando os três momentos do fluir irreversível do tempo, o passado, o presente e o futuro: o tempo psicológico - a duração - cede o seu lugar ao tempo histórico e, sobretudo, ao tempo nacional. Em Portugal, o passado pesa e pesa muito sobre a consciência poética. Alexandre Herculano foi o primeiro pensador oitocentista a pensar a decadência nacional, a qual se teria iniciado antes do descobrimento do caminho marítimo para a Índia, com a instauração do regime absoluto de D. João II. Ora, este sentimento da decadência - aliado ao peso esmagador da história - levou os poetas-pensadores a procurar caminhos para resgatar Portugal. O sentimento da decadência nacional consuma-se poeticamente em duas obras de Guerra Junqueiro: Pátria e Finis Patriae, a segunda das quais é antecedida por trechos da História de Portugal de Oliveira Martins. A grandeza azul-anímica de Soares de Passos revela-se nestes momentos críticos: «Esta nação de laureada fronte, /Esta a ditosa pátria minha amada! /Ditosa e grande quando foi potente, /Hoje abatida, sem poder, sem nada.» A concepção de passado cristalizada no sentimento da decadência nacional está ligada à experiência saudosa: a saudade da Pátria perdida, cujos contornos nunca foram definidos pela consciência do desterro. No entanto, esta saudade da Pátria perdida muda de matiz após o fracasso do 31 de Janeiro, a tentativa de implantar a República levada a cabo no Porto. A consciência do desterro converte-se em sentimento profundo de exílio da alma na terra, que, na obra de Sampaio Bruno, adquire uma moldura metafísica: os poetas e os filósofos portuenses sentem-se exilados numa sociedade que os nega, os corrompe ou os abandona. A saudade feita figura de pensamento passa de António Nobre e de Sampaio Bruno a Teixeira de Pascoaes: a República é apresentada - na obra deste grande poeta-pensador - como uma realização imperfeita da Quimera sonhada pelas almas exiladas na terra pátria. Vista como mais uma regeneração, a República não correspondia à realização definitiva da quimera sonhada: instala-se assim um fosso profundo entre aquilo que é e aquilo que devia ser. Ora, este fosso agudiza a consciência do presente e do futuro, isto é, a consciência da situação presente que adia a realização da pátria sonhada. A experiência do presente esvaziado de conteúdo é anunciada neste verso de Soares de Passos: «Que tempos, que tempos estes!» Mas a sua cristalização ocorre no ciclo da poesia revoltada, em especial na obra poética de Guerra Junqueiro, toda ela uma denúncia da situação presente, e consuma-se na figura trágica dos poetas suicidas, tais como Laranjeira, Camilo e Florbela Espanca no Porto, e Antero de Quental e Mário de Sá-Carneiro fora do Porto. A "doença de viver" tolheu a esperança destes poetas que ousaram sonhar um Portugal Novo, levando-os ao suicídio já vislumbrado mentalmente na poesia de António Nobre. Mas nem todos eles desesperaram com a situação presente, perdendo a esperança e entregando-se livremente à morte que tudo devora: a saudade do que deixou de ser conjuga-se - nalguns casos - com a esperança no tempo vindouro. Esta perspectiva do futuro era completamente estranha a Garrett e a Herculano, para os quais pensar o futuro de Portugal era viver o presente com confiança nas tarefas em que estavam envolvidos. A sede de justiça terrena e o protesto contra a situação presente que adia a chegada do futuro são traços da poesia de revolta. A Geração de 70 retoma os três elementos nucleares da concepção do mundo dos poetas-revoltados: a demolição do passado, quase visto como uma catástrofe, a crítica da situação presente e a esperança do futuro, mas acaba por capitular, cedendo - com Eça - ao chamamento do retorno ao campo, onde «a terra toda parece prenhe de pão» (Eça de Queirós). Há um elemento reaccionário que atravessa quase todas as obras destes poetas, portuenses e não-portuenses, o qual pode ser neutralizado mediante uma hermenêutica subtil: todos eles - ou quase todos - acabaram por desistir de lutar por um Portugal capaz de se manter ao ritmo europeu coevo, abandonando mental ou fisicamente a cidade e os seus valores. A vitória do campo sobre a cidade implica o fracasso da realização do projecto da modernidade em Portugal. É fácil, demasiado fácil, responsabilizar o sebastianismo por este fracasso, como fizeram alguns pensadores lisboetas (António Sérgio, por exemplo), mas convém esclarecer que o obscurantismo e o esoterismo subjacentes ao sebastianismo não foram invenções dos poetas-pensadores portuenses: o sebastianismo enquanto pátria fora do tempo e pátria das almas redimidas da ganga terrena é uma invenção de Fernando Pessoa, o mais anti-moderno dos poetas portugueses. Toda a poesia de Fernando Pessoa é um diálogo envenenado com a poesia-pensamento essencial portuense: a experiência do tédio de Fernando Pessoa não corresponde à experiência do cansaço dos poetas portuenses, os quais conheciam demasiado bem a obra de Nietzsche. O azul-anímico que protege os poetas portuenses angustia-se perante o nada, mas não desespera: os poetas-pensadores portuenses aproximaram-se das figuras do Desejado e do Encoberto, e foi nessa proximidade que deram início à crítica do progresso, cuja civilização ameaça lançar a humanidade no abismo. A ideia de catástrofe surge - ainda coberta de nevoeiro - no horizonte do pensamento portuense: Sampaio Bruno - seguindo as brilhantes intuições poéticas de António Nobre - enamora-se pelo seu vestígio-simulacro, mas não soube dar-lhe o nome correcto, talvez porque tenha errado ao traçar a sua proveniência. Sim, o Encoberto visitou no passado o Porto, mas só hoje vive no Porto, o lugar do grande Eleito para orientar a humanidade nos caminhos da longa noite. Hoje, neste nosso tempo indigente, só à luz da Dialéctica do Encoberto podemos resgatar o pensamento essencial portuense, libertando-o da falsificação a que o sujeitou a crítica lisboeta. Chegou a hora da humanidade viver a maldição do tempo que lhe nega a eternidade: o Encoberto que revela o Apocalipse alimenta-se do sangue derramado pela geração maldita. Nunca houve outro futuro para a humanidade pecadora - incluindo os portuenses, como é evidente - a não ser a catástrofe definitiva: o resto são quimeras.


(O artigo seminal que deu origem a este projecto dos Quadros Portuenses pode ser lido aqui: Guerra Junqueiro: Poesia e Filosofia. Ah, um pouco de bisbilhotice: Uma vez realizei uma conferência sobre o pensamento de Guerra Junqueiro na Universidade de Évora. E um dos seus professores - que moderava o debate - identificou-se de tal modo com a minha leitura que se fartou de me interromper para corromper a minha lucidez com os seus comentários mesquinhos dignos de um macaco! Outra vez na Universidade do Porto um idiota de Braga teve a ousadia de querer saber mais do que eu: mandei parar a passagem de slides e pedi-lhe para fazer o desenho da circulação do sangue. Depois - como ele ficou engasgado - disse-lhe que tinha cérebro de morcego e chamei-lhe burro! Para mim, estas mulas académicas são batatas!)


J Francisco Saraiva de Sousa

13 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hmmmmmm... a casa do Garrett não é a melhor imagem para este texto-revelação, mas paciência... já não mudo.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ai que horror! Estive a ler um texto de um português delirante e, diante da evidência, sou forçado a concordar com Aubrey. De facto, aqueles jogos de metáforas vazias merecem ser queimados. Meu Deus, que país de loucos que se julgam espertos! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Será que esses tugas alucinados ainda não compreenderam que fracassaram? Que são zombies fora de prazo?

O que vale é que a ordem oculta do mundo os vai lançar na guerra para morrerem. :))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Portugal merece ser castigado pelos seus crimes!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Quando os vejo a dizer mal da Alemanha, pergunto-lhes quem foi o burro! Claro, o burro é o português!

Oh, tugas da treta, a vossa vida não vale nada! O poder oculto vai matar-vos para que haja vida na Terra!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Infelizmente, é esta a verdade com que temos de viver! Os portugueses não souberam fazer um uso racional das oportunidades que a Europa lhes deu: endividaram-se feitos loucos alucinados, como se o dinheiro caísse do céu por milagre. Merecem ser severamente punidos porque a sua alucinação danificou a vida dos que não embarcaram na nau da loucura nacional. Punição, punição e mais punição: eis o futuro dos portugueses. Merecem a escravatura! Dou sempre essa indicação: punam os portugueses sem dó nem piedade. Maldita geração que vai arder no inferno!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E o poder oculto já vos está a punir! Mas isto é ainda uma pequena amostra da punição que vos está reservada!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Escrevi um texto enigmático onde anuncio muito tempo antes da austeridade o futuro de Portugal e do mundo. Tenho revelado toda a VERDADE numa linguagem transparente mas enigmática, para ser compreendida só pelos eleitos que vos vão punir até à morte.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

No mundo do futuro não há lugar para vigaristas e projectos abortados. Não há mesmo lugar... Tolerância ZERO!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A macaquice é a doença fatal de Portugal! Ora, no mundo do futuro não há macacos com caras de bois. Não há mesmo. Estais condenados a perecer! Tal é a força da MALDIÇÃO que vos cobriu de MORTE!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Bem, apesar de tudo, estou feliz porque conquistei o público que desejava, aquele que pode levar a cabo a obra que anuncio para salvar o Planeta! Os mercados financeiros, entre outras figuras ocultas. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Quem matar um português recebe em troca o Céu. Hoje estou no meu melhor! Algo vai acontecer e algo de fatal... :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Portugal é uma mentira e, se nada for feito para desvelar essa mentira construída, não há futuro. Até sou amigo... com muitas reservas, claro, porque detesto gente burra.