Ainda sou muito novo nestas caminhadas pela blogosfera planetária, mas, como sou douto desde bebé, e gozo do estatuto privilegiado de ser «estrangeiro» em Portugal, tal como Georg Simmel na Alemanha, não preciso de muito tempo para «aprender» que os bloguistas portugueses são simplesmente aquilo que são: luso-invejosos pouco seguros de si próprios e incapazes de comunicar sobre algo, sem temer a perda de auto-estima ou de alguma segurança metabólica.
Se como diz Hegel só os grandes povos produzem metafísica, então o povo português nunca foi nem será um grande povo, porque nunca produziu ou produzirá uma metafísica. E, mesmo que surja uma metafísica em língua portuguesa, ela nunca será portuguesa, a menos que aconteça um terramoto de proporções colossais em terras lusas, de modo a destruir a fauna que apenas existe para negar a vida e que outra coisa não sabe fazer senão pastar do nascimento até à morte.
É duro dizer a verdade, mas dizer a verdade é encarar a realidade de frente, sem qualquer véu ofuscante e, nesse acto, iniciar uma acção revolucionária e esperar que outros lhe dêem continuidade, de modo a quebrar o feitiço que é Portugal.
O Encoberto só poderia ser uma figura tematizada por um pensador do Porto, a cidade que concentra em si todo o sistema de inveja nacional: Sampaio Bruno. O Encoberto, filosoficamente desconstruído, aponta um caminho: luta pela autonomia e inventa um terceiro lugar na Península Ibérica, liberto do fetiche sulista.
J Francisco Saraiva de Sousa
1 comentário:
Por momentos, retomei a história dos USA, aplicando a sua chave à leitura da História de Portugal: a luta do Norte pela liberdade contra o sul esclavagista e explorador, ou talvez possa ir mais atrás a Santo Agostinho e falar do conflito entre a cidade de Deus, a invicta, e a cidade do Diabo encarnado por Lisboa, de resto a nova Babilónia...
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