«O único modo que ainda resta à filosofia de se responsabilizar perante o desespero seria tentar ver as coisas como aparecem do ponto de vista da redenção. O conhecimento não tem outra luz, excepto a que brilha sobre o mundo a partir da redenção: tudo o mais se esgota na reconstrução e não passa de elemento técnico. Há que estabelecer perspectivas em que o mundo surja transposto, alienado, em que se mostrem as suas gretas e desgarramentos, como se oferece necessitado e disforme à luz messiânica. Situar-se em tais perspectivas sem arbitrariedade e violência, a partir do contacto com os objectos, só é dado ao pensamento». (Theodor W. Adorno) Walter Benjamin exerceu uma profunda influência sobre o pensamento de Adorno e, por intermédio deste último, sobre o pensamento tardio de Max Horkheimer. Todos os indivíduos humanos que morreram injustamente reclamam justiça plena. Os elogios póstumos e as ofertas de flores ou mesmo a mera recordação dos defuntos não são práticas suficientes para fazer justiça aos mortos: a justiça plena exige a reabilitação dos mortos e a sua recuperação para a vida. A vitória sobre a morte é a vitória sobre a injustiça total: o carrasco não pode prevalecer sobre a vítima. Horkheimer rejeita o marxismo soviético (Marcuse) que degenerou em ideologia e o iluminismo que se converteu numa nova mitologia: "O mito já é esclarecimento e o esclarecimento acaba por reverter à mitologia" (Adorno & Horkheimer). Esta dupla-recusa constitui um regresso ao individualismo, no sentido de que somente os indivíduos livres podem construir uma sociedade livre. A filosofia tardia de Horkheimer encerra uma ideia teológica, podendo ser definida como uma teodiceia (M. Weber): um esforço teórico para explicar o sofrimento neste mundo relativo e contingente. A teologia não é, para Horkheimer, a "ciência de Deus" ou o "conhecimento de Deus", mas simplesmente a expressão da nostalgia - própria do homem - de justiça plena: "A teologia significa aqui a consciência de que o mundo é um fenómeno, de que não é a verdade absoluta nem a última. A teologia é a esperança de que a injustiça que caracteriza o mundo não pode permanecer assim, que o injusto não pode ser visto como a última palavra". Ou, de forma mais enfática, a teologia é a "expressão de uma ânsia, de uma nostalgia de que o assassino não pode triunfar sobre a vítima inocente". Esta concepção de teologia como expressão de uma nostalgia de justiça plena e a sua articulação com a teoria crítica - o marxismo - exigem alguns esclarecimentos teóricos. 1. Dialéctica da Finitude e da Infinitude. A existência de Deus não pode ser comprovada ou desmentida. O conhecimento do desamparo e da finitude humana não constitui prova da existência de Deus: a função do sentimento interior de Deus é produzir a esperança de que exista um absoluto positivo capaz de dar sentido à existência humana. Embora só seja possível mediante o pensamento de Deus, o conhecimento do desamparo não pode ser alcançado mediante o conhecimento do absoluto de Deus. O facto de não podermos afirmar ou negar a existência de Deus implica que a dialéctica do ateísmo/teísmo deve ser avaliada criticamente em função dos compromissos mundanos dos poderes religiosos com as estruturas sociais e as conjunturas políticas de cada época histórica: o marxismo não é, teoricamente falando, um ateísmo (Althusser). Além disso, não faz sentido falar de uma epistemologia da teologia, porque, como observou Althusser, a teologia é uma "ciência sem objecto", isto é, não é uma positividade: Deus não é objecto positivo de um discurso científico, mas a expressão sublime e o "objecto" da nostalgia humana de justiça plena, que não pode ser realizada na "história secular", em virtude da miséria passada e das deficiências da natureza não poderem ser evitadas. 2. Teologia Negativa. Seguindo S. Tomás de Aquino ou mesmo as teologias dialécticas de Karl Barth e de Rudolf Bultmann, Horkheimer advoga uma teologia negativa: não podemos afirmar nada sobre Deus. O absoluto, o inteiramente Outro, não pode ser representado e, quando falamos dele, limitamo-nos a dizer que vivemos num mundo que é algo relativo e contingente. Deus é, para os judeus, o inominável, e, para os cristãos, o segredo incompreensível, isto é, não pode ser representado por imagens ou por palavras. Para o judaísmo, não se trata de compreender como Deus é, mas sim de compreender como é o homem. A questão de Deus é fundamentalmente a questão do Homem (J. Alfaro, Bruno Forte, W. Pannenberg, J. Moltmann, G. Gutiérrez, D.A. Pallin): a teologia ajuda os homens a tomar consciência de que são seres limitados e finitos, condenados a sofrer e a morrer, mostrando-lhes que, para além do sofrimento e da morte, existe a ânsia de que a existência terrena não seja absoluta ou a única realidade. Esta é a função social da religião, o arquivo histórico onde estão depositados os desejos, os sonhos de um mundo melhor, os suspiros das criaturas oprimidas (Marx) e as queixas das gerações passadas: o reconhecimento de um ser transcendente atiça o descontentamento com o destino terreno. O teísmo de Horkheimer é um teísmo do protesto contra a ordem existente, cuja lógica imanente conduz ao mundo burocratizado, administrado e organizado que, eliminando a individualidade e a vontade livre, o amor ao próximo e a solidariedade, o amor e a família, a religião e a filosofia, caminha na direcção de uma catástrofe. Sob a influência da teoria crítica, Johannes B. Metz (teólogo) advogou a eliminação da sociedade injusta vigente por meio da revolução, isto é, do salto qualitativo. 3. Moral e Teologia. A teologia está por detrás de todo o actuar ou agir realmente humano: tudo o que diga respeito à moral funda-se, em definitivo, na teologia. A moral fundamenta-se na teologia, não no sentido de agirmos determinados pelo conhecimento de Deus, mas sim no sentido de agirmos baseados no "sentimento interior de que Deus existe". Esta é uma das fontes da moral; a outra é agirmos em relação aos outros de modo a fazê-los felizes e alegres, tornando assim a nossa própria vida mais bela. Num mundo burocratizado como o nosso, dominado por uma grande comercialização hipercapitalista e mergulhado numa crise profunda, mas carente de sentido e extremamente aborrecido, "é impossível salvar um sentido absoluto sem Deus". Esta frase de Horkheimer que foi alvo das críticas de J. Habermas aponta os limites do existencialismo ateu de Sartre: a vida em si mesma carece de sentido e, por isso, compete ao homem dar-lhe sentido. A rejeição de Deus significa que cabe ao homem a tarefa de "inventar valores". Cabe a cada um de nós escolher o seu ideal e a sua moral: a liberdade é o único fundamento dos valores e absolutamente nada justifica a adopção deste ou daquele valor, desta ou daquela escala de valores. A liberdade é o fundamento sem fundamento dos valores. Condenado a agir livremente, o homem é responsável pelas suas escolhas sinceras. As opções de cada homem não são puramente individuais, porque escolher para nós é escolher para todos os outros. Ao fazer uma escolha, o homem proclama o valor universal do alvo que visa. G. Lukács criticou severamente o existencialismo de Sartre, sublinhando o paradoxo que o domina: rejeita a existência de valores e de normas absolutas, ao mesmo tempo que reivindica o alcance universal da escolha individual. Não admira que Sartre tenha visto o homem como uma paixão inútil e que, em reacção a este ateísmo radical, V. Gardavsky tenha colocado a questão: O que pode oferecer um homem sem Deus?. 4. Teologia da Proximidade. A teologia negativa de Horkheimer é uma teologia da proximidade, elaborada a partir da concepção desenvolvida por Paul Tillich (teólogo) de que na ideia de sociedade justa está recolhida e superada a ideia cristã de amor ao próximo, o respeito pelos direitos de cada ser humano. Dado a situação do proletariado ter melhorado sem a revolução e o seu interesse comum já não se encontrar na mudança radical da sociedade hipercapitalista, mas apenas numa melhor configuração material do nível de vida, a noção de solidariedade deve ser usada para designar não a solidariedade de uma determinada classe social, mas sim a solidariedade humana resultante do facto dos homens sofrerem e serem seres finitos. Como membros da humanidade em que nos perpetuamos, estamos interessados pelo destino dos demais seres humanos e, quando pensamos em nós, fazemo-lo como membros dessa humanidade. Vivemos e lutamos para que os outros possam existir. Acompanhando Schopenhauer, Horkheimer considera que a doutrina do pecado original constitui a doutrina mais grandiosa elaborada pelo judaísmo e pelo cristianismo: a afirmação de si mesmo, a negação dos demais indivíduos, constitui o pecado original propriamente dito. O indivíduo que age mal, negando com a sua vontade de viver a vontade dos outros e procurando a sua felicidade à custa da felicidade dos outros, volta a encarnar, segundo Schopenhauer, nalguma forma da sua vida anterior, suportando todos os sofrimentos até que, como mártir autêntico e real, se encontre próximo do sofrimento dos outros e sinta com eles compaixão e alegria. Ora, esta doutrina só é possível sob a condição de Deus ter criado o homem à sua imagem e semelhança, isto é, como um ser livre e como o único responsável pelo seu destino histórico, para o bem e para o mal. A solidariedade no sofrimento e na morte é alimentada pela ânsia de que a injustiça não terá a última palavra. A ideia da morte define não só a certeza da dissolução do eu, mas também a preocupação pela sobrevivência num tempo imprevisível, como ser vivo, sobre a Terra. A referência à identidade do ser vivo enquanto tal possibilita, segundo Horkheimer, fundamentar a solidariedade com todas as criaturas vivas, sem recorrer ao conceito bizarro e infantil de libertação animal avançado por Peter Singer. 5. Filosofia e Teologia. Ora, o nosso mundo burocratizado e administrado é uma das configurações sociais do pecado original: a actual crise financeira e económica indica uma das raízes do mal radical - a corrupção dos executivos de colarinho-branco que, nas últimas décadas, usaram o poder político para proveito pessoal, em detrimento dos bens e dos interesses universais da humanidade. A relação entre a teoria crítica e a teologia pode ser clarificada na sua conexão conjunta pela recusa enfática do mundo administrado que ameaça destruir a humanidade e a natureza. A função social da Filosofia consiste "na crítica da ordem existente". A crítica filosófica não significa "uma mania superficial de criticar determinadas ideias" ou determinadas situações sociais, na suposição de que a filosofia detém um ponto de vista privilegiado sobre o mundo, ou uma mera lamentação de uma circunstância isolada, para a qual o filósofo recomenda uma solução. Como crítica radical do mal existente, a Filosofia visa "impedir que os homens se percam naquelas ideias e formas de comportamento que a sociedade lhes inspira na sua organização racional actual", as quais os convertem em meros autómatos obedientes e submissos aos regulamentos racionais da organização burocrática: os homens precisam aprender a descobrir que o progresso e o seu aliado positivista põem em perigo não só a fé e o conhecimento crítico, incluindo a filosofia, mas também o desejo de um mundo melhor. A teoria crítica não abdica do seu esforço político para "transformar o mundo" (Marx), isto é, para ajudar na tarefa prática da construção de um mundo cada vez melhor e cada vez mais razoável, livre e justo, mas, permanecendo fiel ao espírito da filosofia moderna que, desde Descartes até Kant e Hegel, procurou reconciliar a filosofia, a ciência e a teologia, encerra "um pensamento que tende para o teológico", isto é, para o inteiramente Outro: a abolição ancestralmente desejada da crueldade sem sentido. A supressão da teologia e da religião levada a cabo pela organização burocrática do mundo implica o desaparecimento do mundo daquilo a que chamamos sentido. Diante desta ameaça de despojar o mundo do sentido, entregando-o à actividade sem sentido, a teoria crítica é obrigada a assumir uma dupla-tarefa: "designar o que deve ser mudado e conservar determinados momentos culturais", incentivando a renovação da teologia e da sua integração no ensino universitário, a defesa do amor, da família e do indivíduo, e a reforma radical do ensino. Ao descrever o processo de mudança social e tecnológica a que está submetido o mundo moderno, a teoria crítica exprime o Mal existente e, ao mesmo tempo, procura transformá-lo através de uma praxis iluminada. Marx evitou expor em termos positivos o reino da liberdade: a sua crítica da sociedade capitalista identificou-a com o Mal existente, mas não descreveu positivamente o Bem desejado pela humanidade solidária. Embora não possa descrever o Absoluto e representá-lo, a teoria crítica pode caracterizar aquilo que nos faz sofrer e que precisa ser transformado através de um esforço comunitário de solidariedade. Os homens que partilham a precariedade do mundo no sofrimento e na morte devem unir-se na luta política por um mundo melhor. A teologia recorda que na vontade de verdade habita o desejo ou a ânsia do inteiramente Outro e, com este testemunho da justiça plena, ajuda a transformar o mundo na direcção do socialismo democrático: "O individualismo kantiano contém em si a verdade do socialismo. A unidade da liberdade e da justiça pertence ao miolo da filosofia kantiana" (Horkheimer). J Francisco Saraiva de Sousa
24 comentários:
os inseguros sexuais - os reaccionarios - andam por ai a difamar josé sócrates, porque este último arrasou ontem na rtp1 a manuela ferreira leite.
e, como o caso freeport não envolve o pm, retomam o tema da licenciatura. que gente nazi e estúpida é esta da direita reaccionaria.
ser de direita é ser burreco e retrogrado. o homem inteligente e livre vota no PS. :)
sr
sujeito e objecto pertencem-se um ao outro. :)
LOL, por acaso, pelo q ando actualmente a ler(baudrillard), a perspectiva é mais o oposto disso. :)
E, por isso mesmo tb peguei nele 1º e lhe perguntei sobre outros parecidos sobre os quais teria, eventualmente, postado.
A quem interesse, link nº1 pro When Nietzsche Wept
http://www.youtube.com/watch?v=Xhc6j3kKSe8&feature=related
O filme é sofrivel e o personagem do nietzsche simplesmente deploravel, mas, vá lá, pelo menos tem boa qualidade de imagem e tá completo ;)
c ya soon 0/
bem, esse problema do sujeito e do objecto está sempre presente nos meus posts. fora da problematica da filosofia da consciencia não há verdadeiramente filosofia do objecto. abolindo o sujeito, nada fica do objecto, porque um se define pelo outro. ora, essa dialéctica é complexa e, neste momento, vivemos o primado sobre o objecto. o sijeito é demasiado frágil. há a linguagem mas sabemos que essa problematica pode ser reduzida ao par sujeito-objecto.
adorno tratou dessa dialéctica, afirmando o materialismo, isto é, o primado do objecto, ao mesmo tempo que lamentava a liquidação da individualidade. no fundo, o materialismo nunca foi uma boa base para o marxismo. a luta política exige o papel interventor e decisivo do sujeito. sartre tb tratou desse problema chamando a atenção para o prático-inerte - a acção materializada que bloqueia a praxis individual o o grupo de acção.
quanto a baudrillard, penso que ele ajuda a obscurecer mais a realidade do que a revelar - o primado do objecto ou do sistema de objectos favorece o status quo. porém, baudrillard não rompe com a problemática teórica subjacente. mas ja tratei disso no post teoria da publicidade.
o objectivismo é reificação total - paralisa a praxis. :(
manuela ferreira leite pretende suspender a democracia e instaurar uma ditadura para ditar - impondo-a - a sua verdade, como se ela tivesse alguma verdade depois de ter sido má ministra das finanças. :-)))
com a eventual vitória da manuela ferreira leite, portugal vai afundar-se ainda mais e perde de vez o comboio do progresso e da felicidade. :(
achei graça a este resumo do pensamento de bergson:
"Bergson tuvo una formación fundamentalmente positivista. La enseñanza en las escuelas superiores francesas, y concretamente en la Normal donde él estudiaba bajo la orientación de los profesores Ollé-Laprune y Boutroux, seguía las doctrinas de la tradición kantiana; pero Bergson prefirió el estudio de los ingleses, principalmente de Spencer. En un primer momento Bergson quiso perfeccionar las teorías de Spencer pero al pretender semejante tarea se topó con lo que se convertiría en el problema central de su pensamiento: la cuestión del tiempo. El tiempo real, vivido, no puede entrar en las fórmulas de las ciencias, porque éstas se interesan solamente en lo que es susceptible de medida.
"Esto indujo a Bergson a modificar su programa y a entregarse al estudio de todos aquellos modos de ser que escapan a la medida y a la ciencia, y que exigen un modo de conocimiento distinto. Se separaba así del positivismo para adentrarse en la "filosofía de la intuición". Dejaba también el camino de la explicación por medio de las matemáticas para intentarlo a través de las ciencias biológicas, psicológicas y sociológicas, manteniendo el mismo respeto hacia la experiencia. Siempre con base en este "respeto por la experiencia", Bergson se propone una descripción de los estados de conciencia aprehendidos directamente mediante la introspección, y contra la psicología experimental positivista, que pretende poner en relación los datos internos de la conciencia con los hechos físicos externos.
"Ahora bien, los hechos psíquicos se viven en una dimensión distinta a los hechos físicos. Por ejemplo, el tiempo vivido por la conciencia es una duración real en la que el estado psíquico presente conserva el proceso del cual proviene y es a la vez algo nuevo. Todos los estados de la conciencia se compenetran y dan vida a una amalgama en continua evolución. Además, la ciencia (y el sentido común) choca contra dualismos irresolubles: materia-espíritu, extensión-pensamiento, necesidad-libertad.
"Este problema lo afronta en su libro Materia y memoria. La memoria pura y espiritual es la que caracteriza la vida profunda de la psiquis. Lo que limita nuestra conciencia total es el cuerpo, y más concretamente el cerebro, imponiendo el olvido de algunos conceptos. El cerebro es un órgano de traducción y de unión: por un lado traduce la actividad de la conciencia en movimientos, y por otro vincula la conciencia a la realidad exterior. El cuerpo tiene como función esencial "limitar, con vistas a la acción, la vida del espíritu", pero el espíritu antecede y trasciende al cuerpo, lo empuja más allá del presente y del pasado hacia el futuro; lo reabsorbe en el interior de su propia duración. La materia, por lo tanto, se explica mediante unas ciertas vibraciones equivalentes entre sí. Cuanto más se desciende en el interior de nuestro espíritu, tanto más aumenta la tensión y disminuye la homogeneidad de los movimientos.
"En su escrito Introduction a la métaphysique desarrolla ampliamente este concepto, diferenciando las duraciones más distendidas y uniformes (propias de la materialidad, de las cuales se ocupan los procedimientos de las ciencias), y las más intensamente cualitativas, que tienden al límite de una concentración total, la "eternidad de vida", (propias del objeto de la metafísica). La metafísica penetra en el fondo, invirtiendo la dirección natural del pensamiento con un acto de conocimiento interior que Bergson llama intuición. La intuición es esa simpatía mediante la cual uno se inserta en la interioridad de un objeto para coincidir con lo que éste tiene de único. Con la intuición, Bergson encuentra un método cognoscitivo contrapuesto al método científico y adaptado al objeto que la ciencia , por su propia naturaleza, deja fuera."
N axei esse txt sobre bergson mt interessante.
Sobre o mesmo tema, mas fazendo o respectivo itinerario historico entre fil-ciencia, dê olhada neste http://www.neuroredes.com.br/site/artigos/torrente_da_consciencia.htm
sr
sim, quando disse que tinha graça era para dizer que era superficial e que não ia ao essencial do bergsonismo. vou ver esse vídeo...
lol, a minha gata anda aqui...
repost:
n é tanto o baudrillard q me interessa, mas sim a pp critica à fil do sujeito, na qual se inclui tb a T Critica, claro eheh
Mas, sobre baudrillard, essa analise critica q faz da fil do objecto n é mt precisa. É q ele pensa-a mais como alternativa(e solução)ludica e estética para, precisamente, negar as antinomias, antropocentrismo e desdobramento fantasmatico do sujeito no mundo, e n tanto como uma especie de superação dialectica ou racional(o q seria sempre uma negação parcial e a persistencia no erro).
Como exemplo maior do q afirmo, veja, por ex, a diferença q ele acentua entre o conceito de mercadoria em marx, e depois a exaltação que faz do exemplo do Baudelaire com o de "mercadoria absoluta".
É mais por esta abertura a uma solução ludica e estetica de superação q me interessa(nisto faz-me lembrar nietzsche:), tb n gosto nd qd o gajo faz aquela incursao sobre as virtudes do fetiche e da sedução blabla
0/
hmmmmm... não sei se essa tentativa de matar o sujeito faz bem a saúde da sociedade e das pessoas. sinceramente não gosto muito de baudrillard.
e esta jogada da administração da tvi de suspender o jornal da manuela? psd deve estar por detrás... :O
lol, ja dizem é q, devido às "amizades" do socrates com o ps espanhol-grupo priza(axo q é este nome), e dado q as ordens vieram mm de espanha, entao....
:))
ah, a teoria crítica é dialéctica e, como tal, recusa conciliar aquilo que é irreconciliável na realidade. e até mesmo a reconciliação estética é pura ilusão. negar o sujeito e os seus conflitos é fazer a apologia fatalista da ordem social estabelecida. sem sujeitos livres não há mudança.
mas o ps já reagiu e de modo crítico...
J Francisco Saraiva de Sousa disse...
hmmmmm... não sei se essa tentativa de matar o sujeito faz bem a saúde da sociedade e das pessoas.
LOL, n axo q a intenção seja mesmo mata-lo. É mais formatar o disco e voltar e instalar outro sistema operativo open-source :))
ah, mas a dialéctica é abertura total, sofre de claustrofobia, aliás é contra o fechamento do universo do discurso e da praxis.
a manuela ferreira leite pensa que os profs vão votar nela mas eles odeiam-na... e lembram-se do seu fracasso como ministra da educação. :)
a teoria crítica é crítica do idealismo no sentido de criticar sem tréguas o princípio de identidade... a falsa identidade.
Não, ele tá certo em mta da critica à metafisica do sujeito, já as soluções de superação é q pode n se concordar com elas. De qq modo, agrada-me sempre este estilo de pensamento cheio de intuiçoes meio radicais :), do q ele chama mesmo de "choque"(do objecto), o tal fundo ludico e estetico o.O
Whateva, se tiver curiosidade e tiver por aí, pegue no Estrategias Fatais, no cap O Objecto e o seu Destino - Supremacia do objecto - e, logo a seguir, tb o tal da Mercadoria Absoluta.*
Vou jantar e bazar daqui 0/
ainda voltei atras pq me lembrei q, ja q gosta tt de tar a par dessas tricas, este ppl aqui n faz mais nd na vida q n seja criticar e gozar e actualiza tudo ao minuto http://www.forumsons.com/index.php?showtopic=6431&st=0
Claro q tb sou membro >;))
0/
sr
fiz-lhe a vontade e reli esses dois capitulos de baudrillard, devolvendo a este a crítica que ele faz da teoria da alienação - que deprimente teoria da soberania do objecto. o sujeito deseja, o objecto seduz e evapora o sujeito.
baudrillard faz ou constroi um jogo de palavras, usando a linguagem do sujeito para demolir a teoria da alienação - a sedução do objecto - o objecto seduz? - é a ideologia anémica da nossa sociedade. acho uma perda de tempo ler baudrillard, até porque recusa a causalidade universal ligada ao sujeito, como se a tivesse substituído pela ironia. a ironia do objecto? bahhhh....
... objecto sexual? silencio das massas? objecto de arte?
se um objecto sexual seduz, só pode seduzir um sujeito fetichista. uma sexualidade fetiche necrofilia? bem, nenhuma destas sexualidades são predominantes - o universo do objecto é necrófilo, não tem vida e "goza" - o objecto ou o sujeito? - em converter a vida em morte. uma depressão cognitiva. :)
vi o seu fórum. :)
Philosophy and Theology. However, our world is burdensome and managed one of the social settings of original sin: the current financial and economic crisis indicates the roots of radical evil - corruption of the executive white-collar than in recent decades, have used political power for personal gain at the expense of goods and universal interests of mankind. The relationship between critical theory and theology can be clarified in the joint connecting the emphatic rejection of the world given that threatens to destroy humanity and nature. The social function of philosophy is "the critique of the existing order." A philosophical critique does not mean "a mania superficial to criticize certain ideas or certain social situations, the assumption that philosophy has a privileged point of view about the world or just a lament of an isolated event, for which the philosopher recommends solution. How radical critique of evil inThe philosophy aims to "prevent men from getting lost in those ideas and ways of behavior that society inspires them in their current rational organization", which convert them into mere automata obedient and submissive to the rules of rational bureaucratic organization: men need to learn to discover that progress and its ally positivist endanger not only the faith and the critical knowledge, including philosophy, but also the desire for a better world.
Critical theory does not abdicate its political struggle to "transform the world" (Marx), that is, to assist in the practical task of building a world ever more and ever more reasonably free and fair, but remaining true to the spirit of modern philosophy, from Descartes to Kant and Hegel, sought to reconcile philosophy, science and theology, contains "a thought which tends to the theological, that is, to Another entirely: The abolition ancestrally desired senseless cruelty. Suppression of theology and religion conducted by the bureaucratic organization of the world implies the disappearance of the world what we call sense. Faced with this threat to deprive the world of meaning, giving it to meaningless activity, critical theory is required to assume a dual task: "to designate what should be changed and retain certain cultural moments, encouraging the renewal of theology and their integration into the university, the defense of love, family and individual, and radical reform of education. In describing the process of social and technological change that is subject to the modern world, critical theory expresses evil exists, and at the same time, demand to turn it through an enlightened praxis. Marx avoided explaining in the positive realm of freedom: His critique of capitalist society identified it with the existing evil, but not positively described the well desired by mankind in solidarity. Although I can not describe the absolute and represent him, critical theory can characterize what makes us suffer and what needs to be transformed through a community effort of solidarity. The men who share the precariousness of the world suffering and death should unite in the political struggle for a better world. Theology points out that the truth will inhabits the desire or craving another entirely, and with this witness of full justice, help transform the world in the direction of democratic socialism"Kantian individualism contains within itself the truth of socialism. The unity of freedom and justice belongs to the core of the Kantian philosophy"(Horkheimer).
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