terça-feira, 19 de outubro de 2010

Prós e Contras: O Aperto

Com esta fotografia de Lewis Hine - Street Child (1910), pretendo mostrar uma imagem antecipada do futuro que nos aguarda - a nós portugueses e ocidentais, ao mesmo tempo que ironizo o calhau opaco que se instalou no cérebro de um dos convidados neste debate Prós e Contras (18 de Outubro), moderado por Fátima Campos Ferreira: Manuel Caldeira Cabral está de tal modo iludido e deslumbrado com o modelo económico e financeiro que nos levou ao abismo que usou uma noção demasiado tosca e oportunista de liberdade para responsabilizar todos os portugueses pelo aperto imposto pelo Orçamento de Estado proposto pelo governo. O facto de ser o mais novo dos participantes a fazer tais afirmações néscias confirma a minha hipótese da atrofia dos órgãos mentais e cognitivos: os povos ocidentais perderam fibra e raça e, se nada for feito para os meter na ordem, o ocaso do Ocidente será inevitável.

Neste contexto civilizacional ameaçado pela regressão, o caso português não é muito relevante, na medida em que o atraso estrutural e histórico de Portugal nunca permitiu que os portugueses participassem activa e plenamente na construção do processo civilizacional que levou o mundo desenvolvido às portas de um paraíso terrestre que o neoliberalismo fez questão em demolir: o bem-estar dos portugueses foi sempre uma ilusão ou mesmo uma mentira. O povo português viveu sempre ao longo da sua triste história num estado de privação e de necessidade. A entrada de Portugal na União Europeia e depois na zona euro foi utilizada pelos políticos e pelos banqueiros para promover a grande mentira nacional: o cartão de crédito - o acesso ao crédito ao consumo - iludiu um povo profundamente inculto e atrasado, gerando um consumismo devastador que empobreceu o pais a curto prazo, endividando-o, destruindo o seu tecido produtivo e dando-lhe a ilusão de bem-estar sem mérito, como estamos a verificar nesta hora de aperto. O resultado final da irresponsabilidade dos banqueiros e dos seus aliados políticos é o reaparecimento em força da miséria e da pobreza: o discurso da igualdade e do diálogo - a maldita concertação social - foi utilizado para enganar intencionalmente o povo, levando-o a crer que as classes sociais e as lutas sociais tinham sido abolidas pelo crédito à habitação e ao consumo. Surgiu assim a economia mágica: os portugueses não precisavam de trabalhar para garantir a sua sobrevivência luxuosa e de estudar para cultivar a mente. Os bancos anunciaram o novo Messias: o cartão de crédito, cujo suposto poder mágico invadiu todas as esferas da sociedade e da própria consciência. Os banqueiros levaram os portugueses a acreditar que podiam alcançar o bem-estar sem esforço e sem trabalho, e as políticas da educação institucionalizaram o absurdo mitológico: os portugueses julgam ter nascido já ensinados. A promiscuidade entre o poder político, o poder económico e o poder cultural gerou um monstro: um país endividado até ao tutano, habitado por zombies que afirmam a sua "liberdade" lá onde são escravos submissos e obedientes da magia financeira do neoliberalismo e da sua propaganda política. Porém, o estalar da crise financeira e económica quebrou o feitiço que o neoliberalismo tinha gerado e alimentado, porque, a partir do momento em que os mercados internacionais começaram a recusar o financiamento da economia portuguesa, da dívida nacional - pública e privada - e do impulso chuleco nacional, a realidade portuguesa revelou ser aquilo que sempre foi, mesmo quando esteve coberta pelo véu da mentira: um país desigual e assimétrico, onde a pobreza nunca deixou de crescer e a riqueza nunca foi efectivamente distribuída. Os portugueses estão a ser confrontados com a sua indigência real: os banqueiros, os grandes empresários e os seus aliados políticos ficaram ricos e garantiram a sua riqueza pornográfica à custa do empobrecimento activo do povo deslumbrado com o feitiço do cartão de crédito. Carvalho da Silva apresentou uma lista de 23 empresas portuguesas que obtiveram lucros chorudos: o que é surpreendente nesta lista - para além do carácter pornográfico dos seus lucros gordos - é o facto das empresas serem empresas de bens não-transaccionáveis. A economia portuguesa gera riqueza - entenda-se, oásis de riqueza privada que não enriquece o todo nacional - lá onde ela não é produtiva: no amplo sector de bens que não podem ser exportados. A sociedade portuguesa está refém dos interesses particulares e corporativistas deste sector de bens não-transaccionáveis: a abertura prometida pelo 25 de Abril foi ludibriada e a sociedade está cada vez mais fechada.

Afinal, o novo Messias anunciado pelo neoliberalismo não foi um salvador, mas o próprio Anti-Cristo - o Diabo chifrudo - que precipitou a queda do Ocidente na desgraça e no abismo sem fundo. Uso intencionalmente uma linguagem teológica - tão do agrado desse homem genial e digno que foi Karl Marx - para denunciar o pecado original do capitalismo em geral e do neoliberalismo em particular: o capitalismo não tem parado de produzir pobreza desde o processo de acumulação primitiva do capital. O triunfo da Revolução de Outubro de 1917 fez estremecer o mundo capitalista que apadrinhou e tolerou o fascismo para enfrentar a ameaça socialista: os lideres do mundo capitalista alimentaram a esperança de que Hitler fosse capaz de derrubar Estaline, mas, como isso não sucedeu, foram obrigados a fazer um acordo com Estaline para derrubar o regime nazi. Depois do final da II Guerra Mundial e da vitória dos aliados, emergiram os dois blocos: o chamado mundo livre e o bloco do Leste. Durante esse longo período de coexistência de duas vias de desenvolvimento social, o capitalismo fez cedências aos movimentos operários para evitar a revolução interna, escondendo a desigualdade social com o véu do consumo: alimentou o povo para calar o protesto contra a injustiça. Porém, com a Queda do Muro de Berlim, o capitalismo voltou a recuperar a confiança em si mesmo: o capitalismo confiante no seu próprio triunfo mundial é o neoliberalismo. A acumulação do capital transformou-se literalmente em corrupção apadrinhada e usufruída pelos economistas neoliberais - e seus associados, que tudo fizeram para moldar a realidade em função dos seus interesses privados: o capitalismo organizado e gerenciado por este bando de ladrões diplomados não só aboliu a figura do empresário que corre riscos, como também destruiu o tecido produtivo: o sector dos bens não-transaccionáveis é suficiente para os enriquecer. A crítica da economia política - tal como a praticou Marx - não é um pensamento para ladrões deslumbrados com a riqueza em si e para si: o seu objectivo não é fornecer indicações aos ladrões de colarinho-branco, mas esclarecer e orientar a praxis da transparência democrática e da autenticidade política.

Mira Amaral usou uma figura epistemológica fora de prazo para dizer que a economia não é uma "ciência exacta". Ora, a verdade é que a economia nem sequer é uma ciência: a economia é uma mera técnica ideológica de adaptação que procura moldar a realidade aos esquemas prisionais que promovem interesses privados: os cálculos económicos foram inventados e feitos para castrar a imaginação política e mantê-la subjugada à economia, isto é, ao saber-fazer dos economistas que converteram a economia académica em arte de bem roubar. Jorge Lacão denunciou o ataque sistemático à dívida soberana dos Estados, mas não conseguiu apontar medidas políticas justas para combater esse primado fatal da economia sobre a política. Além disso, criticou o seu "camarada" João Proença (UGT) por ter alinhado com Carvalho da Silva (CGTP) a favor da realização de uma Greve Geral. Tal como António Saraiva (CIP) que disse estar do lado das soluções, Jorge Lacão apelou à participação e não ao protesto, temendo o eventual elemento inorgânico da greve geral. Esta atitude conformista e derrotista do Ministro dos Assuntos Parlamentares mostra até que ponto a própria Esquerda foi conivente com o neoliberalismo. Com ou sem reserva, tanto faz porque o efeito é e será o mesmo, o Estado português submete-se - com este Orçamento de Estado - à pressão dos mercados financeiros e à política de redução do défice ditada pela Alemanha, sabendo que essa mesma política conduz à recessão económica: o decréscimo dos juros que se verificou após o anúncio das medidas de austeridade foi, como disse Mira Amaral, um sinal positivo dado pelos mercados financeiros à redução da despesa pública. Para dizer a verdade, tanto os representantes sindicais como os representantes patronais mostraram estar enfeitiçados pela magia negra das engenharias financeiras neoliberais: os sindicatos querem distribuir uma riqueza que o país não produz há muito tempo, e o patronato diz apostar na produção sem no entanto abdicar da apropriação privada dos lucros. O discurso contra a desvalorização do trabalho - uma herança nefasta do socialismo utópico, em especial o de Fourier que colocou o jogo no lugar do trabalho, protagonizado por Carvalho da Silva, requer uma alternativa viável e lúcida ao modelo económico e social estabelecido. A greve geral só será legítima se conseguir operar uma ruptura radical com a ordem estabelecida: as grandes crises possuem a virtude de abrir as portas ao futuro do radicalmente novo. A Esquerda já devia ter aprendido que o futuro fica seriamente comprometido quando limita a sua acção política ao domínio de meras reivindicações salariais que apagam a chama revolucionária: um povo corruptamente engordado não é amigo da mudança social qualitativa - mais uma razão para viabilizar o Orçamento de Estado, cujas medidas de austeridade ainda são insuficientes, na óptica de António Saraiva. A Fome convertida em docta spes é a aliada natural da Grande Ruptura que precisamos de operar urgentemente no Ocidente para o salvar do colapso.

J Francisco Saraiva de Sousa

17 comentários:

Manuel Rocha disse...

"...o atraso estrutural e histórico de Portugal nunca permitiu que os portugueses participassem plenamente na construção do processo civilizacional que levou o mundo desenvolvido às portas de um paraíso terrestre que o neoliberalismo fez questão em demolir..."

Hoje não o acompanho na análise, Franciso. Naquela frase do seu texto estão plasmadas duas ideias em que divergimos. A primeira diz repeito ao "atraso", uma ideia que de tão repetida se assume como um facto mas que não é nada fácil de demonstrar, e o mesmo se passa com o tal "paraiso". Assim que me apareça um tempinho, desenvolvo o tópico.
O outro aspecto em que divergimos é na estafada ideia de que todo o mal que nos sucede é por abuso da nossa inocência. Bem, talvez já seja tempo de procurar outras explicações. Todos temos tanto de manipuláveis como de manipuladores, até as criancinhas. E nem sempre o saldo é negativo. Quando o balanço nos favorece é o paraiso, e faz-se de conta que algures nos bastidores não há nada nem ninguém a ser chulado no processo; quando entramos em déficit, aqui del rei que fomos usados. Bem, eu prefiro resolver os meus erros prescindindo da protecção desse véu de inimputabilidade sob o qual muitos gostam de camuflar os insucessos dos seus oportunismos.

Abraço

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Caro Manuel Rocha

O atraso estrutural e histórico de Portugal é demasiado evidente: a crise afectou-nos de modo mais duro por causa desse atraso. Além disso, quem destrói o tecido produtivo nacional para viver do financiamento externo não é lá muito "adiantado"!

Eu não falei da inocência do povo, mas não lhe posso atribuir a mesma culpa que atribuo aos banqueiros, políticos, agentes económicos, etc.

Quanto ao paraíso, não acredito nessa ideia: o mundo ocidental é que se iludiu com essa ideia de ter alcançado o paraíso. :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Quanto à necessidade de desenvolver estes temas e de os aprofundar, recriando novos conceitos, estamos em convergência - acordo total. Já tenho muito material e a sua articulação exige mais do que um post. A crítica é sempre bem-vinda!

Manuel Rocha disse...

Quando se defende uma tese encontram-se sempre argumentos para a suportar. A tese do atraso PT não é excepção. Comparando aquilo que é comparável e libertando a investigação de contaminações ideológicas, damos de caras com imensas surpresas.
Veja-se aqui,p.e. : http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223378018L3yZD2mf6Tb49RB6.pdf
Depois continuamos. :)

Abraço

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

É o endereço da revista de Análise Social!

Não vi nenhum artigo sobre o atraso estrutural!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Se a indicação era para o artigo sobre as variações nas representações sociais da corrupção, então o melhor seria desconstruir a própria teoria das representações sociais e desmistificar a ideologia que lhe é subjacente.

No fenómeno da corrupção, o que me importa não são as representações, mas os observáveis. É uma outra abordagem que interessa fazer.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E há um ou outro artigo que cai na armadilha da ideologia atomista do nosso tempo...

O uso da estatística não garante mais rigor aos estudos; pelo contrário, ele pode transfigurar a realidade tentando-a adaptar a um modelo prévio claramente ideológico no sentido de ser a representação de um determinado grupo social ou profissional. Muitas vezes visa dar credibilidade à profissão de sociólogo! Há sociólogos que ficam com o ego inchado quando dizem - somos cientistas sociais! É sinal de falta de rigor! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Não sei se quero ter tempo para ler um desses estudos e submetê-lo à crítica exaustiva! A preocupação com Portugal é geralmente uma perda de tempo - uma tarefa inglória!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sobre a tese do atraso estrutural e histórico de Portugal: ela pode ser verificada

1. no atraso de Portugal em relação às modificações sociais revolucionárias que ocorreram na história da Europa. Por exemplo, a revolução industrial atrasou-se em Portugal. A Alemanha tb se atrasou mas soube recuperar esse atraso e iniciar novas mudanças sociais.

2. quando introduz essas mudanças Portugal não consegue alcançar a sua plenitude de desenvolvimento: há qualquer factor anacrónico neste país que o torna provinciano, como dizia o poeta FP.

3. sectorialmente, somos confrontados com diversos atrasos - atraso científico, atraso filosófico, atraso político, atraso jurídico, atraso artístico, atraso cultural, atraso universitário, atraso económico, enfim um somatório complexo de atrasos. Temos o atraso das mentalidades e a existência de pobreza neste país é - só por si - um terrível indicador de atraso.

Manuel Rocha disse...

http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223378018L3yZD2mf6Tb49RB6.pdf

Desculpas pelo link incompleto. Está aqui o certo. Tem a ver com o "atraso" económico e em particular com a industrialização.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

É o artigo sobre a industrialização em Portugal do Pedro Lains? É muito grande e, pelo que vi, usa cálculos muito gerais sem levar em contas as assimetrias nacionais.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E sem levar em conta o próprio império colonial! Portugal tem uma história colonial e o desenvolvimento económico que opera nas colónias - Angola e Moçambique - é mais interessante do que o da metrópole!

Para todos os efeitos, o que nos prejudica hoje foi a destruição do tecido produtivo e a nossa incapacidade para globalizar as empresas. A revolução industrial chega tarde a Portugal - um desfasamento temporal significativo, e, quando se instala, não é acompanhada de modo adequado por outras mudanças sociais. No século XX, depois do fracasso da I República, tivemos o Estado Novo do Toni! Fascismo! :(

Manuel Rocha disse...

Pois...mas olhe para a evolução comparada dos indicadores desse periodo no quadro 3 do link que lhe deixei...Comparando o que é comparável, tb nenhum outro país europeu teve na sua história recente uma mudança de regime somada a um aumento da população como o que tivemos na sequencia da descolonização, e tudo isso em plena fase de abrandamento da economia mundial e de primeira crise petrolifera...Para um país periférico muito pouco dotado naquilo que foram os "motores" tradicionais do crescimento industrial europeu ( ferro e hulha ) poderá dizer-se que nos saimos assim tão mal ?

Tal como os indicadores tb a experiencia pessoal de cada um vale o que vale na percepção destes fenómenos. Mais de metade da minha vida tem sido passada além fronteiras, não sei se isso me dá alguma perspectiva, pode ser que sim, e a sensação que tenho é que além da alma fadista temos uma certa propensão para nos menorizarmos nem que para isso tenhamos de recorrer a comparações simplistas. Comparamo-nos com a França como se Paris e Limoges vivessem a mesma realidade, com os USA como se o estado de NY e o de Utha fossem a mesma coisa. Bem...alguém de boa fé poderá defender que Pt é mais "atrasado" que o Oklahoma ou o Novo México ?

O hábito de olharmos para Pt como se fosse sempre um imperativo trazer a taça para casa é uma chatice. A equipa da NZ não ganhou um único jogo no Mundial mas foram recebidos como heróis; a portuguesa foi o que se sabe. Há tempos ficamos em segundo no campeonato da europa de hóquei, e qual foi a noticia do dia seguinte? Linear: "Portugal perde com Espanha" !
A este tipo de coisas eu não chamo atraso, mas provincianismo. A mania de que somos piores em tudo é uma tremenda inverdade com a qual me tenho deparado por todo o lado por onde passo. Depois, temos outra mania, a de procurar um culpado para esse estado de alma: antes era o "botas" agora é o Sócrates...enfim !

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel Rocha

Vou responder por tópicos, cada um dos quais corresponde a um dos seus parágrafos.

1. Reconhece que Portugal esteve privado dos tais motores tradicionais do crescimento industrial europeu: uma manifestação do tal atraso estrutural e histórico do país, que nunca conseguiu tirar proveito do império colonial, tal como fez a Inglaterra. No entanto, esses motores surgiram no Porto, mas foram travados por uma força de bloqueio. O desenvolvimento de um é desigual: há regiões mais desenvolvidas do que outras. Há aqui um factor de bloqueio que urge identificar.

A descolonização e a vinda dos portugueses do Ultramar para Portugal introduziram inovação no país. Repare que o estilo de vida desses portugueses nas colónias era infinitamente superior ao dos portugueses que permaneceram em Portugal. Isto quer dizer que, quando libertos da acção desse tal factor de bloqueio, os portugueses ficam criativos e inovadores.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

2. Falou da alma fadista e da tendência de menorização. Ora, dou-lhe a resposta de uma amiga de Lisboa radicada no Porto: o fado não é uma canção nacional - o fado é lisboeta.

E acrescento: os que menorizam Portugal são os lisboetas e a sua comunicação social. Um portista sabe o significado destas palavras: basta escutar os comentários desportivos. A força de bloqueio nacional está situada em Lisboa - ela tem sido bem qualificada!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

3. Recorre novamente à perspectiva de Portugal veiculada pelos meios de comunicação lisboetas! O provincianismo lisboeta é mais do que atraso - é basicamente retardamento mental. A força de bloqueio está identificada!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Qual a região mais endividada de Portugal? Lisboa! Qual a região que contribui mais para a exportação? Porto/Norte!