quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Edward Hopper: Sunday, 1926

1 comentário:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O elemento de solidão não pode ser desprezado na pintura de Hopper. Há solidão nas cidades e nas multidões, e Hopper capta bem essa solidão tanto no interior como no exterior: este é o elemento crítico da obra de Hopper, independentemente das composições. Aliás, há um quadro dele que apreende a solidão da própria paisagem e da rua ou estrada.
As próprias composições revelam essas solidões confinadas nos espaços: fechamento. ... Confinadas/cercadas nos e pelos espaços interiores ou exteriores. O convívio é um encontro de solidões!
Diz Pascal: O silêncio eterno destes espaços infinitos apavora-me. Em Hopper não é o espaço infinito que apavora - o arrepio interior, mas o espaço finito construído pelo homem para cercar o próprio homem.