sábado, 19 de abril de 2008

A Lesbofobia de Egas Moniz

«Os hermafroditas psico-sexuais são igualmente doentes, embora não tão adiantados como os uranistas e as lésbicas. De tempos em tempos igualam-se completamente pelas tendências e pelos desejos.» Após ter feito a «resenha de anatomia patológica da pederastia», onde incluiu «o aumento das nádegas», «a deformação infundibuliforme do ânus», «o relaxamento do esfíncter», «a incontinência fecal», «ulcerações profundas e até fístulas anais» e «doenças venéreas», Egas Moniz dirige a sua atenção para as lésbicas, para ver «se estas invertidas apresentam sinais dos seus hábitos homossexuais». Da prática repetida do «safismo», isto é, da «masturbação bucal com sucção dos clítoris», resulta «a deformação vulvar» caracterizada pelo «alongamento do clítoris, pelo aspecto rugoso e pela flacidez do prepúcio que, em parte, aparece destacado da glande», a qual, «parcialmente descoberta, é volumosa e turgescente». Além deste alongamento do clítoris, «a prática repetida da masturbação sáfica» pode desencadear «mordeduras do clítoris» e o uso da boca provoca «a inflamação aguda ou crónica da abóbada palatina, amígdalas e da úvula, o mau cheiro da bôca, a dor de língua, a palidez dos lábios e da face, o emmagrecimento geral e as perturbações nutritivas». Esta busca frenética de sinais físicos e corporais que denunciem as práticas homossexuais constitui efectivamente a medicalização do preconceito e da discriminação sexuais: o "olhar clínico" (Michel Foucault) é colocado ao serviço do heterosexismo, de modo a exercer o seu poder disciplinar. O tratamento aconselhado das "inversões sexuais" mais não é do que uma espécie de "punição", a medicalização da punição.
Adams, Wright & Lohr (1996) realizaram um estudo com dois grupos de participantes: homens homofóbicos (35) e homens não-homofóbicos (29), avaliados e classificados previamente pelo Index of Homophobia (Hudson & Ricketts, 1980). Depois os participantes foram expostos a estímulos eróticos sexualmente explícitos: videotapes de cenas homossexuais, heterossexuais e lésbicas, e a excitação sexual peniana foi monitorizada. Os dois grupos de homens reagiam com aumento da excitação sexual peniana aos filmes heterossexuais e lésbicos. Apenas o grupo homofóbico reagiu eroticamente aos filmes homossexuais. Estes resultados sugerem que a homofobia está associada à excitação homossexual. Isto significa que os homens homofóbicos são provavelmente "homossexuais dissimulados" ou em processo de negação da sua própria homossexualidade, o que pode explicar a sua agressividade dirigida mais contra os homens gay do que contra as lésbicas, até porque os homens toleram a homossexualidade feminina e se excitam com ela, como mostram os filmes pornográficos.
Como seria de esperar, Egas Moniz era mais homofóbico do que lesbofóbico. Usou os termos "tribades" ou “sáficas” para designar as mulheres homossexuais, cujos traços descritos acentuam as suas características masculinas: «As tribades têm propensões para os jogos e divertimentos dos rapazes, estimam vestir-se com fatos de homem, desprezam os brinquedos usuais das meninas, tais como bonecas, etc.». Estas propensões comportamentais manifestam-se muito cedo, logo na infância, e, na idade adulta, estas lésbicas adquirem "hábitos masculinos", atingindo o "estado de viraginidade" (concentração máxima de traços masculinos): "Fumam", evidenciam "vocações para os trabalhos masculinos", sentem "repugnância pelos trabalhos de costura", e anseiam por "uma troca de órgãos sexuais": «A tribade passa uma vida íntima de torturas por não ter nascido homem: ela e o uranista completar-se-iam operando uma troca de órgãos sexuais. Dentro de uma forma feminina existe uma alma de homem. Sente-se vigorosa para a luta. Atraem-na mais as sciências do que as artes: estima mais o seu cavalo e a espingarda, com que se entrega aos mais violentos géneros de sport, do que o piano e a máquina de costura. E querendo encontrar dentro do seu sexo paradigmas para imitar, ou admira as másculas mulheres da história ou as que, na sua época, se salientaram pela inteligência ou actividade». Tal como já tinha feito com os homens homossexuais, reduzidos ao tipo "efeminado", Egas Moniz descreve de modo redutor apenas um tipo de lésbica, a "butch", com inclinações "transexuais", embora pareça ter consciência da diferenciação interna existente. Este reducionismo revela-se estigmatizante e, o que é mais grave, facilita a estigmatização sexual dos indivíduos homossexuais.
Segundo Egas Moniz, o uso do clítoris nas práticas sáficas torna-o mais longo ("alonga"), o que possibilita a prática "sáfica" de fricção dos clítoris (ou, como se diz hoje, "bate pratos"). A lésbica tende a ser reduzida, sobretudo aquela que é casada com um homem, a "mulier lambens", que sente prazer desempenhando um destes papéis sexuais: "si ipsa lambit genitalia alterius", "lambere genitalia propria", ou felação mútua e simultânea. Egas Moniz via, portanto, a lésbica que suga o clítoris alheio como "activa" e a que o dá para ser sugado ou "mordido" pela outra como "passiva", e com razão, porque, no caso dos uranistas, o que suga é geralmente "passivo": «Na verdade, se há casos, como um citado por Moll, em que uma tribade X só sente prazer si ipsa lambit genitalia alterius, na maior parte dos casos as tribades também se sentem excitadas quando fazem lambere genitalia própria, dando-se por vezes à prática mútua e simultânea.» Aliás, Egas Moniz refere o caso de duas tribades em que uma delas curiosamente «gostava de representar o papel passivo de mulher», embora tivesse «mais tendências masculinas do que a que desempenhava o papel de activo». Egas Moniz apercebe-se da diferenciação interna das lésbicas em dois grupos, em função dos papéis sexuais preferidos: as que apresentam tendências masculinas, as lésbicas de tipo butch, tendem a preferir desempenhar o papel activo, enquanto as “mais femininas” do tipo femme são geralmente mais passivas. A tematização desta diferença ter-lhe-ia possibilitado compreender melhor as associações que procurou estabelecer entre o safismo e a duração das "junções sexuais sáficas", o ciúme, a separação, o "sadismo" (butch), o "masochismo" (femme), a pedofilia e a "prostituição sáfica".

Na exposição de Egas Moniz, transparece um conceito implícito que podemos explicitar: a "prática repetida de cunnilingus" ocorre entre casais heterossexuais e homossexuais: «Entre as tribades há algumas casadas, como aliás sucede, embora mais raramente, entre os uranistas. Algumas dessas são hermafroditas psíquicas, outras são lésbicas que apenas consideram o casamento como uma necessidade social, nunca a manifestação duma necessidade genésica. Para a tribade o casamento é uma verdadeira operação comercial e uma comodidade para a melhor consecução dos seus fins. A mulher depois de casada pode passear mais, ter mais extensas relações e, em suma, livrar-se das críticas dos soalheiros femininos». Para estas tribades, «quer sejam hermafroditas psíquicas, quer absolutamente homossexuais, a cópula não basta para a satisfação das suas necessidades genésicas. É devido a isso que essas mulheres pedem aos homens a que se juntam a prática do cunnilingus». Para alcançar o prazer pleno, a mulher deseja que o marido lhe faça cunnilingus. Ora, como já vimos, esta prática sexual "alonga" o clítoris e, portanto, masculiniza a sexualidade e o prazer femininos. Curiosamente, Egas Moniz diz que as lésbicas têm "repugnância pela maternidade". (Hoje sabemos que isso só é verdade em relação mais às lésbicas do tipo butch do que do tipo femme). Esta hipótese de que uma prática sexual produza como efeito a diminuição do impulso maternal pode ser testada empiricamente. Portugal e a Europa "queixam-se" da baixa natalidade, explicando-a muitas vezes por razões económicas (desemprego, salários baixos) ou pela entrada das mulheres no mercado de trabalho. Porém, como suspeitava implicitamente Egas Moniz, uma mera prática sexual também pode estar na origem do fenómeno.
J Francisco Saraiva de Sousa

71 comentários:

Manuel Rocha disse...

De todos os posts que já editou, este foi sem dúvida o que li mais rapidamente !

:)))

E. A. disse...

Eu tenho monizfobia.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Oh, o Egas até tem graça... A obra devia ser reeditada! Vale a pena ler a obra de Egas Moniz! Os franceses sofrem disso: "monizfobia".

Manuel Rocha disse...

Papillon,

Tenha lá paciência mas não desmotive o Francisco, ou o post fica reduzido ao que é e perdemos todos os descritivos latinos do Sr Moniz que nos deixam em enorme expectativa...:)))

PS: Com que então cabrito à Monchique ! Onde ? Na "Charrete"?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Este post vai dar mais trabalho do que pensava. Egas Moniz justifica um estudo mais extenso. De facto, Foucault tinha razão quando via no nascimento da clínica uma manifestação do poder da disciplina, a nova organização do poder nas sociedades modernas. O consultório médico era uma espécie de confessionário: vigiar e punir!

E. A. disse...

Manuel,

N é "cabrito à Monchique", mas de Monchique. Nós vamos mesmo aos agricultores. Mas conheço esse restaurante. :))

Eu não desmotivo o Francisco De Sousa, longe de mim! Apenas mostrei a minha antipatia pelas teorias de Egas Moniz. Nasci no hospital homónimo!

E continua a chover :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

A sua monizfobia deriva do facto de ter nascido aí no hospital com o mesmo nome ou da abordagem da sexualidade feita pelo homem? Das teorias... Sei, mas ele merece ser reeditado e estudado: confrontou-se com Freud e, de certo modo, assimila-o. Nas Faculdades de Filosofia, fala-se muito de Freud, mas sem o entender e temos na obra de Moniz uma primeira recepção de Freud em Portugal.

Manuel

Hoje estou como os alentejanos: preguiçoso. Não gosto de "cabrito", seja como for cozinhado. Como mas não aprecio a carne.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas não me peça para sintetizar essa recepção, porque começo a ficar saturado do Egas. Talvez mais adiante...

E. A. disse...

Não sei em que Faculdade de Filosofia se fala muito de Freud. Pelo menos na minha n se falava quase nada, tudo o que sei fui por mim própria que acedi.
É claro q o De Sousa sabe muito de Freud, e percebe-o realmente bem, como mais ninguém, mas outra coisa n seria de esperar.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Aqui no Porto fala-se, porque conheço as pessoas que só falam de Freud, embora não o entendam realmente, como verifico constantemente, já sem dizer nada. Que o governo ganhe juízo e faça a reforma do ensino superior, sabendo que tem lá muitos incompetentes. Não só filosofia mas noutros cursos de letras.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Vou tomar café e fazer ginástica! Amanhã concluo este post ou mais logo. DeSousa é minha assinatura internacional. :)

Manuel Rocha disse...

Comento em três pontos.

1. Sobre o post.

Acho que está pobre em latim. A transposição de “bate-pratos” p.e., parece-me obrigatória.

2. Sobre a Filosofia no Ensino Superior ( ou no ensino )

Esta questão das especializações é uma treta. Separando quem pensa de quem executa faz-se com estes ( entre eles me incluo ) façam da ciência e da técnica ferramenta de mudança social sem a saber reflectir ( quando se apercebem disso muitas vezes é já na reforma…). Se a Filosofia fosse uma temática constante e transversal no ensino, talvez as coisas andassem melhores e no ICNB, por exemplo, se percebesse que “ambiente” é uma questão filosófica e não mera matéria de conservacionismo para biólogos.

3. Sobre a chuva.

Insista a Papillon em reclamar dessa “bênção”, que não formalizo o convite que tencionava endereçar-lhe para um “cabrito à Monchique” na “Charrete”, quando vier esvoaçar por estas bandas.

E. A. disse...

Que piroso. Eu tb tenho De e n faço jus a essa partícula pseudo-nobre.
Mas pronto o F. é caricato com o embrulho todo. :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Antigamente, pelo menos no tempo do Egas Moniz, as teses de doutoramento em medicina eram escritas em latim. Colocar o texto em latim era torná-lo ilegível, mas ainda não está concluído.
"Tribades" vem do latim "tribas" que era a designação dada às lésbicas em Roma.
"Cunnilingus" é latim e tem como sinónimos "lambere cunnum" e "lingere cunnum". Clítoris era "crista" ou "landica". Para designar o sexo feminino tinhamos: "cunnus, vulva, inguinis fossas, inguen lacerum,, specus, venus, media puella e hortus veneris".

Papillon

É assim que reagem os falantes de língua inglesa e não só: juntam DeSousa. De resto, a Papillon está a ficar sem humor. puf

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Concordo com a sua perspectiva sobre a filosofia como temática transversal. Aliás, ela é isso, não a filosofia da cola e tesoura que se ensina em Portugal. De facto, a filosofia está mal entregue: um bando de tolinhos. Essa sua visão iria permitir liberá-la da estupidez nacional.
Estou cada vez mais convencido que os jovens portugueses estão muito ignorantes, mal educados, agressivos, cabeças vazias e dominados pelo efeito manada. A avaliar por esta geração Portugal vai afundar-se ainda mais.
Mas com os políticos que temos tido não se esperava nada melhor! Eles são profundamente néscios e tanto governam Portugal como uma república africana: o estilo não mudava.

Manuel Rocha disse...

Quanto ao ponto 1 do meu comentário, considero que responde com latim q.b. Dou-me por satisfeito. Apreciei em particular os esclerecimentos relativos à "crista"...

:)))

Manuel Rocha disse...

Pois...mas olhe que nisso não estão sózinhos... eu tenho para mim que se trata de um sindroma civilizacional...

E. A. disse...

Manuel,

Não me interprete mal! A chuva é, realmente, uma bênção, mas o meu humor é susceptível às condições climatéricas - sou um lepidóptero.

Tão simpático da sua parte ter intenções de me convidar a conhecer o "cabrito à Monchique"! Cabrito é a minha carne preferida! E, como tenho poiso no reino dos Algarves, não é assim tão difícil!

Francisco,
Se calhar é de conviver consigo. Mesmo virtualmente conseguiu-me contagiar com a sua "apatia humorística". :P

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Já Lorenz chamava a nossa atenção para essa sindrome civilizacional, talvez a mesma que levou Roma a ruir e o Astérix a resistir.

Papillon

Que exagero! Estava a meter-me consigo. ;)

Manuel Rocha disse...

Papillon,

Considerando que abençoa a dita está convidada para o cabrito ! Faça obséquio de mandar telegrama agendando quando achar oportuno !

Quanto ao humor, palpita-me que amanhã vai ter sol qb para recuperar o equilibrio !

:))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Deito-me com carvalhos americanos e acordo com magnólias! É assim que se gasta dinheiro em Portugal, talvez devido a um arquitecto meio birra. Refiro-me à Avenida dos Aliados.

E. A. disse...

Manuel,

Obrigada pelo seu convite! Aguardemos pelo Verão e as esplêndidas noites algarvias!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Finalmente, o post está concluído! Boa tarde, Denise!

E. A. disse...

Gosto desse conceito de "hermafroditismo" psíquico - era o meu ideal sexual no início e durante algum tempo da minha adolescência, uma espécie de androgenia mental. Acho que tb é possível nos homens.

O F. conclui a mesma hipótese do Egas - as mulheres recebem sexo oral e, logo, n querem ter filhos. Há aqui algo q n entendo claramente. Durante a cópula, pelo menos nalgumas posições, como a mulher por cima ou o homem por cima, há estimulação directa do clítoris externo (porque já se sabe que a sua estrutura é externa e interna), logo, qual a diferença de estimular o clítoris através da boca ou do "roçanço"? O primeiro método é diabólico e o segundo divino? Porque por pura penetração vaginal é muito mais difícil. Ou seja, a sua hipótese n pode ser verdadeira, não é a prática de sexo oral que inibe o instinto de maternidade!
Além de que o antigo e famoso Kama Sutra preconizava a prática mútua de sexo oral, assim como quaisquer outros manuais de instrução erótica, pré-cristianização. Isso é uma aberração misógina.

E. A. disse...

Adenda: por pura penetração vaginal é muito mais difícil... atingir o orgasmo!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Também se pode falar da misoginia de Egas Moniz. Eu não disse que a hipótese era verdadeira: disse apenas que pode ser "testada" por testes empíricos. Até lá é uma mera hipótese e não se esqueça das hormonas!
Hermafroditismo ou androgenia psíquica: sim um conceito!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, Egas Moniz atribui esse desejo de sugar ao impulso sáfico. Uma citação mostra-o no que refere aos casais heterossexuais em que a mulher é lésbica ou hermafrodita psíquica!
Sim, por penetração é mais complicado!

E. A. disse...

Mas para se testar uma hipótese, é preciso que ela tenha algum grau de verosimilhança... algo q n me parece que haja!
Bom, eu estou satisfeita e clarificada sobre esta "matéria" do senhor Egas.

Sim, acredito que no tempo dele, e ainda agora, há muitas mulheres que se casam e desejariam estar, antes, com mulheres. Mas é através do conhecimento (ciência) e da tolerância (ética) que podemos dissipar a nebulosidade mental.

Manuel Rocha disse...

O que sei é que se alguém do Sindicato das Sáficas lê este post, não o processa Francisco, crucifica-o !

Fico a imaginar a imagem do Francisco crucificado a abrir o Telejornal das 20…


:)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, a sexualidade de género feminina é mais fluída e, sim, existem centenas de lésbicas casadas que frequentam outros meios, em especial ginásios, em busca de homo-prazer... :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Tenho amigas sáficas e nunca tivemos problemas. Algumas acompanham o meu raciocínio com interesse e aprovação. Mas neste post dediquei-me mais a Egas Moniz que às minhas hipóteses ou teorias...
Os Sindicatos não me incomodam! :)

E. A. disse...

Ginásios comuns? Ou ginásios mesmo para as discípulas não-assumidas de Safo? No banho turco do meu ginásio n se passa nada!

Manuel, infelizmente, habitue-se!
Eu e o Francisco "conhecemo-nos" através, precisamente, de uma acusação minha de misoginia. Mas é assim, com tanta erudição, tinha q haver algum lixo na cabecinha linda do Francisco.

E. A. disse...

Mas ainda há homens que gostam muito de mulheres! Sem as tornar objecto ou menorizar!
Mais os artistas, pela sensibilidade...
Daí o fascínio que as mulheres têm por músicos, por exemplo! Os novos "trovadores"...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Alguns são mais favoráveis, mas todos "os caminhos vão dar a Roma": basta haver duas pessoas interessadas...
Acusa-me de misoginia? Porquê? Eu sou muito neutral quando exponho um argumento: neste caso quis partilhar as ideias do nosso Prémio Nobel da Medicina. Mas deixei espalhada a fraqueza da sua teoria!

E. A. disse...

Se quer saber, n o acho nada neutral. Mas também é sua responsabilidade n o ser, ou seja, os cientistas devem analisar dados e posicionarem-se diante deles.

Bom jogo para logo! Que enterrem os benfiquistas, é o meu desejo! :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

No último post da Denise e em resposta a um desafio do Manuel deixei este comentário:

"Só a Denise pode dar essa informação onírica, porque o "usou" no seu sonho.
O léxico erótico que recolhi tem uma entrada: "Barbie: Homem musculado, muitas vezes recorrendo a anabolizantes". Sinónimo de "Sarado" e, em inglês, corresponde a "Drag Queen". Mas, Manuel, podemos ser mais moderados e reservar-lhe outra designação: "Metrossexual", como o David Beckam! :)" :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Obrigado. Vamos ver se tudo corre bem para o FCPorto! Espero que não chova!

E. A. disse...

N percebi essa cena da Barbie. Mas tudo bem...
Eu adorava Barbies, brinquei muito com elas!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

É o "salva vidas" do post da Denise! Uma brincadeira iniciada pelo Manuel na qual alinhei! Mas brincadeira!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E não encaro qualquer homossexualidade como doença, como faz o Egas Moniz! E não sou contra a felação! Viva a diferença!

E. A. disse...

Sim, mas continuo sem perceber em que sentido apareceu a Barbie. (?)

Sim, Francisco, para continuar a visitá-lo e a comentar os seus textos, é porque confio na sua inteligência e bom-senso. Não sou incoerente.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

O "Barbie" é a figura idolatrada nos meios gay e essa moda passou para o mundo heterossexual: o culto dos músculos!

E. A. disse...

Ah! Tipo "deus grego"? O problema é q muitos são trogloditas. E outros gays. Não "serve". Só em sonho mesmo, como faz a Denise.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

E constam do léxico erótico gay. Realmente, tendem a ser muito "bonecos" e convencidos. Quando lhes chamam "barbies", é em sentido negativo!

the joker disse...

Não li os comentários nem as suas respostas. Desculpe-me se esta questão já foi colocada em algum deles. A última parte do texto (transcrevo-a no fim) é sua, ou esqueceu-se de a identificar como citação? E se é sua, porque reduz a lesbofobia a Egas Moniz e não a assume também?
E se é sua, não tem vergonha de afirmar tão categoricamente tamanha imbecilidade?!
Passo a citar:
«(Hoje sabemos que isso só é verdade em relação mais às lésbicas do tipo butch do que do tipo femme). Esta hipótese de que uma prática sexual produza como efeito a diminuição do impulso maternal pode ser testada empiricamente. Portugal e a Europa "queixam-se" da baixa natalidade, explicando-a muitas vezes por razões económicas (desemprego, salários baixos) ou pela entrada das mulheres no mercado de trabalho. Porém, como suspeitava implicitamente Egas Moniz, uma mera prática sexual também pode estar na origem do fenómeno. »

E. A. disse...

Joker,

Aqui os textos do Francisco sobre sexualidade feminina dão sempre para rir, apareça mais vezes!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

The Joker disse:

"A última parte do texto (transcrevo-a no fim) é sua, ou esqueceu-se de a identificar como citação? E se é sua, porque reduz a lesbofobia a Egas Moniz e não a assume também?
E se é sua, não tem vergonha de afirmar tão categoricamente tamanha imbecilidade?!"

Resposta:

1) Sim, essa parte é minha. Dispenso a má ironia subjacente, porque tenho confiança na minha competência.

2) Assumir a lesbofobia? Parece que não compreendeu os dois posts dedicados a Egas Moniz. Fui eu que dei os títulos aos posts ou intui precipitadamente que eles constam no texto de Egas Moniz?!

3) Imbecilidade reside talvez na precipitação do seu comentário. Discuto cientificamente os temas e, por isso, não preciso omitir opinião. Afinal, o que vale uma opinião cega?! Nada! Repare que não apresentou nenhum argumento racional! O meu caminho é o pensamento e não o da "imbecilidade metabolicamente reduzida".

Cumprimentos

E. A. disse...

Francisco, o magnífico,

É verdade que o Joker limitou-se a lançar bujarda, mas tb é certo que a sua conclusão n é clara, daí que eu me tivesse insurgido sobre o mesmo. E a borboleta n é metabolicamente reduzida. Aliás, o meu metabolismo funciona altamente bem.
Durma bem, com sonhos azuis

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Obrigado. Foi um bom jogo do dragão! Pena o seu Sporting não ter aproveitado para ficar à frente! A bola é redonda! Sonhos azuis, rosas ou verdes são sempre giros!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Sim, não pretendo explorar essa hipótese, mas existem pelo menos duas versões: uma forte, cujo desenho experimental deveria envolver as hormonas e outros factores biológicos; e outra fraca. Esta última poderia afirmar que a libertação da mulher devolveu-lhe a capacidade de explorar a sua sexualidade, liberta do regime opressivo patriarcal. Um desses resultados incide sobre a baixa da natalidade e todos esses assuntos relacionados. Porém, se quisesse, poderia tentar defender a hipótese na sua versão forte e esta poderia ser facilmente alargada aos homens.
Mas há um facto inegável: as lésbicas butch têm níveis mais elevados de androgénios e não querem ter filhos, embora possam querer tomar conta dos filhos das lésbicas femme. Portanto, a ironia de Joker é irracional.
Sim, sei que é muito inteligente e culta, Borboleta Genial! :)))

André LF disse...

Francisco, gostei muito do texto. Fiquei curioso a respeito deste personagem da vida real, Egas Moniz. Vou me informar sobre ele. Hoje para nós, São Paulinos, foi um dia de trevas. Fomos eliminados do Campeonato Paulista. Apesar de não ser fanático por futebol, como a maioria dos brasileiros, nutro um afeto terno pelo São Paulo.

André LF disse...

Jokers não merecem credibilidade...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

André

Nós hoje derrotamos o nosso rival benfiquista no estádio do Dragão, apesar de já sermos tricampeões, com uma diferença de 24 pontos.
Sei o que é ficar muito triste por a nossa equipa não vencer. Estou solidário consigo. Força para o próximo.
O joker deu um tiro fora do alvo.

the joker disse...

«bujarda», do Fr. «boucharde»
s. f.,
martelo de aço de duas cabeças quadradas cuja superfície é formada por pontas aguçadas.

O tom em que comentei foi aquele em que achei que o post me merecia. Não use a palavra ciência em vão; o primeiro dever da inteligência consiste em duvidar de si própria. Faça-se/me/nos um favor: releia o final do seu texto, com honestidade intelectual - a mesma que o levou a publicar o meu comentário, decisão pela qual, desde já, lhe tiro o chapéu (que não uso). Efectivamente os Jokers não merecem credibilidade, mas são eles e os bobos que se permitem dizer «o rei vai nu».
Tenho um familiar muito próximo que foi «tratado» por Egas Moniz; nutro, por Egas Moniz, um ódio de estimação. Mas isso não me cega, ao pondo de ler acriticamente um texto só porque o seu título aponta num certo caminho. O Saraiva de Sousa termina o texto destruindo toda a crítica que fizera às teorias de Egas Moniz, ao aceitar como provável que «como suspeitava implicitamente Egas Moniz, uma mera prática sexual também pode estar na origem do fenómeno [redução da natalidade]». E que provas científicas nos apresenta o cavalheiro de tal facto? Nenhumas!
Nem eu lhas posso apresentar do seu contrário. Mas «uma mera prática sexual» na origem do fenómeno? Que mera prática? O cunilingus? a masturbação? E, no primeiro caso, quando praticado por pares heterossexuais ou apenas quando praticado por pares homossexuais? E no caso da masturbação: só a feminina é que leva à redução da natalidade? E porquê???!!!Ai que me está a fazer lembrar tanto, mas tanto, o discurso da igreja católica!Porque não reconhece que, se a pílula tivesse sido inventada há mais tempo, mais cedo se teria reduzido a população? Porque não considerar que o ser humano copula pelo prazer da cópula e não para procriar e que, a partir do momento em que conseguiu copular sem procriar aproveitou. Porque não considerar que a mulher conquistou um estado de independência económica, afectiva e intelectual que lhe permitiu libertar-se do redutor papel de máquina parideira?
E o senhor, que tanto sabe sobre homossexualidade desconhece, por ventura, a quantidade de pais e mães, casados ou não, que mantêm práticas homossexuais? E como justifica o senhor os movimentos que pretendem que @s filh@s de um elemento de um casal homo possam ser perfilhad@s pelo outro membro do casal? E como justifica a quantidade de lésbicas que - nos países em que tal é possível - fazem inseminação artificial? Ou, vivendo em países em que tal não é viável mas tendo condições económicas para tal, se deslocam a outros países para a fazer?
aguardo resposta e cumprimento-o no entretanto

the joker disse...

papillon, só agora tive tempo para ler os comentários; para a próxima, começo por aí. Coisas de joker... Na verdade, teria poupado tempo se tivesse lido e tivesse pegado no seu comentário. Pergunto-me, porém, se DeSousa o entendeu, digo, se o leu com a devida atenção. Há lá muita informação concentrada...
Se os homens dessem um pouco mais de atenção ao corpo feminino, não teriam tantos problemas com o tamanho do pénis - digo eu, do alto da minha ignorância...
a androgenia da psique (anima/animus) foi desenvolvida de forma interessante por Carl Gustav Jung... mas não é tudo. Há uma complexa dança entre o inato e o adquirido que me fascina.
Infelizmente, continuamos a valorizar a QUANTIDADE do conhecimento, em vez da sua QUALIDADE. De nada serve ler muito, citar muitos autores, se não formos capazes de nos distanciar e reflectir criticamente; mas pior, ainda - na minha modesta opinião - é opinar sem nos apercebermos de que o fizemos...
Nenhum discurso é inocente, nenhum discurso fica à margem de uma ideologia; nenhuma escolha é inocente. As escolhas de DeSousa não são inocentes mas o que me perturba é a sensação de DeSousa não se aperceber disso.
(Nota: andei à procura, no Google, de entradas com o seu nome «internacional» e não o encontrei; olhe eu, que optei por omitir o meu apareço em várias... talvez seja melhor desistir do seu...)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

The Joker

A este comentário que fez

"Não use a palavra ciência em vão; o primeiro dever da inteligência consiste em duvidar de si própria.",

só posso responder com um sorriso filosófico, a la Foucault.
Indo ao seu comentário: Denunciei a homofobia e a lesbofobia de Egas Moniz, no sentido dele usar a "medicina" para legitimar um "estigma sexual": uma doença, como dizia. Mas isso não significa que ele estivesse errado quanto à caracterização que faz dos uranistas e das tribades. Aliás, ele destaca aspectos altamente relevantes para a compreensão fisiológica, não patológica, das homossexualidades, aspectos ignorados durante muito tempo por razões ideológicas, mas retomados pela pesquisa recente.
Esse contributo esquecido possibilita relançar novas hipóteses, uma das quais explicitei. Conforme já disse num comentário dirigido à Papillon, essa hipótese que o choca pode ser reformulada em termos de ciência dura. Como sabe, as práticas sexuais têm efeitos fortes na vida das pessoas, muitos dos quais visíveis. A ciência deve ser praticada com rigor e não usada para justificar interesses de grupos, sejam eles quais forem.
A outra versão mais leve da hipótese leva em conta a libertação das mulheres e parece que a reduz à "liberdade sexual", portanto, à imitação do modelo masculino de sexualidade. Se conhecesse a embriologia e biologia do desenvolvimento, saberia explicar a formação do clítoris. Além disso, parece reduzir o prazer feminino à estimulação do clítoris: uma visão muito estreita. Conhecer os fenómenos pode ajudar a iluminar o caminho que conduz a uma vida sem angústia!

Quanto à troca de mimos entre mim e a Papillon, não tenho nada a dizer-lhe, porque não lhe diz respeito. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

The Joker

Quanto às questões que coloca, já tratei de algumas noutros posts. Mas não trate as mulheres homossexuais como um conjunto homogéneo e pardacento, como se não houvesse diferenças internas entre tipos de lésbicas. Sabe que estabelecer diferenças e saber discriminá-las faz parte do espírito científico! O seu olhar sobre o problema é muito limitado, porque quer negar diferenças e justificar alguma ideologia ambientalista, de resto refutada pelo mundo real.

E. A. disse...

As lésbicas butch antes da emancipação feminina eram obrigadas a casarem-se, de modo a não se excluirem socialmente, e agora já n precisam! Portanto, antes tinham filhos porque eram quase violadas para tal! Agora, deixaram emergir a sua verdadeira natureza masculinizada e n os querem e têm esse direito!

E gostei dos comentários últimos do Joker - é sempre bom aparecer homens que percebem e se preocupam com as mulheres nesta "festa da mangueira" que é o blog do meu estimado F.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

The Joker

Acabei de falar com um casal (diferenciado) de lésbicas: a butch é catedrática e a femme é sua pupila. Ambas concordam comigo. Afinal, uma delas é cientista! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

"Festa da mangueira": uma bela expressão! Se não houvesse "mangueira", o mundo seria muito pobre e nós não estávamos aqui a discutir "mangueiras" e "torneiras"... ;)

E. A. disse...

Sem dúvida!
Só que há mangueiras e mangueiras. Como tudo, vá! E como disse noutras ocasiões, gosto que apareçam por aqui mangueiras que encaixem em perfeição com as torneiras. Dá-me prazer..., pois n me sinto tão só. ;)

E. A. disse...

Sou eu sozinha a lutar contra o monstro fálico que é o Francisco. Tem cabeça de polvo, com mil falos a sairem-lhe da massa cinzenta. Mas as outras mulheres passam indiferentes. E se calhar é o q a Papillon deve fazer, acabar com as rebeliões desgastantes e inúteis. Demito-me desta ágora, até ter saudades de polvo outra vez.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ok Papillon

Faça como entender! Se sou um lobo mau, aceito a sua demissão! ;)

the joker disse...

Não é por acaso que uso a designação «joker» - a woman can be a joker, if she jokes eheheh; sou joker porque brinco, mas isso nada diz da minha identidade sexual.
Se deixei passar a ideia de que metia tudo no mesmo saco, foi lapso e grave erro meu pelo qual me penitencio; é que isto dá pano para mangas e eu não tenho poder de síntese.
Julgo que em breve será necessário ser catedrático para tirar a carta. Não quero ofender a sua amiga catedrática (quem lhe disse que eu o não sou)butch (quem lhe garante que eu o não sou?); quero apenas dizer que ser catedrático, para mim, não é carimbo de garantia para nada, nesta conversa. Nem me disse em que área a senhora tem a cátedra...
voltando ao saco: o problema´, na minha opinião, reside precisamente em meter-se tudo no mesmo saco - ou em 3 ou 4. Não existe homo e heterossexualidade: existem formas muito diferenciadas de viver a sexualidade. Não há só «sapatões» e «femmes»...´não é por acaso (espero) que escolheram o arco-íris como símbolo.
Quanto ao resto, eu não fui redutora (reparou que usei o feminino?); não me quis afastar do tema, simplesmente. Reparou que eu escrevi: «Se os homens dessem um pouco mais de atenção ao corpo feminino, não teriam tantos problemas com o tamanho do pénis»? (não reparou que usei a 3ª pessoa do plural?!»
Eu refiro O CORPO FEMININO, não refiro o clítoris; a sua leitura é que reduziu a excitação feminina à estimulação do clítoris. Ou para si corpo feminino significa clítoris?!:-))))
Conheço a embriologia e biologia do desenvolvimento, sim senhor! Mas que arrogância a sua! Conheço o suficiente para saber o disparate que é falar em complexo de castração do pénis (já estou mais de acordo com a chamada de atenção de Bettelheim para o complexo de castração do útero); e não é culpa minha se, a dada altura do percurso, há órgãos que se deformam e saltam cá para fora como que a querer abandonar um corpo de que não gostam (esta foi à joker!)
Eu afirmo «a mulher conquistou um estado de independência económica, afectiva e intelectual que lhe permitiu libertar-se do redutor papel de máquina parideira» e o DeSousa diz-me:«A outra versão mais leve da hipótese leva em conta a libertação das mulheres e parece que a reduz à "liberdade sexual", portanto, à imitação do modelo masculino de sexualidade».
Cruz, Credo! acho que nem vale a pena comentar.
Nã sei em que se baseou para afirmar «O seu olhar sobre o problema é muito limitado, porque quer negar diferenças e justificar alguma ideologia ambientalista, de resto refutada pelo mundo real.» Mas que coisa mais estranha! Onde neguei eu as diferenças? O senhor é que dividiu em apenas 2 blocos!!! Quanto a essa da ideologia ambientalista... escapase-me por completo.
De qualquer forma quem me lê, com olhos descomprometidos, e quem me conhece pessoalmente, não poderá deixar de soltar uma sonora gargalhada face a esta sua afirmação!!! Uma gargalhada digna de joker :-)))))
Mais haveria para dizer mas, não partilhando, lamentavelmente, a opinião de papillon, quando o considera suficientemente inteligente para dialogar consigo, retiro-me, agradecendo, de qualquer forma a sua inicial delicadeza, que eu não merecera.
Agora a forma como deturpa o que eu afirmo impede-me de continuar o diálogo...
boas conversas ( e não se julgue tão único e especial...)

the joker disse...

pelo menos na despedida, não está só, papillon...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

The Joker

Não o(a) conheço, mas parece ser uma pessoa muito rígida e nervosa.
Eu apenas disse que Egas Moniz merece ser lido e levado a sério. E quando falei de ideologia ambientalista referia-me às explicações sociais e culturais dos fenómenos, de cunho construtivista! Sinceramente, não percebo a sua "piada"... ou rancor.
Mas faça como entender! Bye

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

The Joker

Numa coisa estamos de acordo: há catedráticos da "merda"... :)

E. A. disse...

Afinal o Joker, era uma Joker! Voltei para desfazer o equívoco e pedir perdão por tê-lo feito! "Papillon" tb é um substantivo masculino em francês, mas sou uma menina. Foi pretensão minha, peço desculpa!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Sempre achei que era uma menina com piada! Mas não a percebo, porque recorre ao Bruno, um psicanalista, e se sente "atacada" quando tinha um comentário a falar de "imbecilidade". Respondi e fica "chocada". Afinal, não queria dialogar... Também não faz mal, porque hoje o dia está pesado. puf

the joker disse...

Francisco, ainda voltei:-(
Embora use o vocativo «Papillon», pareceu-me que parte do discurso era para mim pois não me recorde de a papillon ter mencionado o Bruno nem de ter usado a expressão imbecilidade. Assim sendo, depois da sua delicadez para com a minha indelicadeza, não o vou deixar ter, sozinho, um desabafo que me diz respeito :-))
Agora, com calma, pleeeease... (Está a ler em diagonal e depois dá nisto...)
1º Já quase no fim do meu último comentário, escrevi «agradecendo, de qualquer forma, a sua inicial delicadeza, que eu não merecera.»
Ou seja, eu reconheço que não merecia a sua delicadeza, porque fui indelicada (usando como capa a impunidade de joker). Admito. Já o admitira!
Falei de Bruno Bettelheim porque se falou de Freud, fundador da psicanálise; e porque se falou da androginia [aproveito para rectificar a ortografia] da alma, que, tanto quanto julgava saber, é um conceito desenvolvido por Jung, psiquiatra. Estávamos, pois, ainda que a propósito do neurologiasta, na área da psyché. Certo?
Não me senti «atacada» mas não estranharia se o fosse porque sei que ataquei. Quem com ferros mata...Estava à espera era que respondesse ao que eu escrevi e não ao que o Francisco leu... Só por isso me retirei. Eu adoro dialogar e, muito particularmente, com quem tenha visões diferentes das minhas; mas, para haver diálogo, é preciso cada qual escutar cada outro ;-)
Quanto ao chocada, estava-o já, quando deixei o primeiro comentário - não se notou???

Papillon, não se preocupe; eu diria que masculino ou feminino aqui não tem importância... o problema é que tem. Não acredito que, pelo menos por enquanto, uma mulher se consiga colocar no lugar do homem nem vice-versa; não tenho ilusões a esse respeito. Já será bom se reconhecermos as diferenças. E as semelhanças...
Gostei dos seus cometários... se calhar porque sou mulher... Fazer o quê? :-)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

The Joker

Bem vinda novamente. Se reparar bem, não defendi Egas Moniz, embora reconheça que a sua obra tem mérito. Tempos estranhos os dele!
Quanto à homofobia, já escrevi outro post para a clarificar. Contudo, procuro novas vias de análise. E pode ter a certeza de uma coisa: Para mim todas as pessoas merecem respeito e atenção! E as lésbicas ou homens gay ou qualquer outro grupo estigmatizado merecem o meu respeito. O que conta são as pessoas e as suas qualidades!
:))