«A autoridade tal como a conhecemos outrora, saída da experiência romana de fundação e entendida à luz da filosofia política grega, não foi restabelecida em parte nenhuma, fosse através de revoluções ou através desse expediente ainda menos promissor que são as restaurações, e menos ainda através de tendências conservadoras que de vez em quando invadem a opinião pública. Viver numa esfera política onde nem a autoridade nem a concomitante consciência de que a fonte da autoridade transcende o poder e as pessoas que o detêm significa ver-se novamente confrontado, sem a confiança religiosa num começo sagrado nem a protecção de normas de conduta tradicionais e por isso auto-evidentes, com os problemas mais elementares da convivência humana». (Hannah Arendt) A literatura sobre a destruição da tradição é abundante e releva, como vimos, da teoria clássica da modernização. Porém, a teoria de Lerner ajuda a esclarecer a relação entre a tradição e os mass media, ao mesmo tempo que possibilita mostrar que o desenvolvimento das novas tecnologias da comunicação não levou necessariamente à destruição da tradição vista como matriz identitária e hermenêutica. Pelo contrário, os mass media da segunda geração transformaram a tradição: a sua formação e a sua transmissão tornaram-se cada vez mais dependentes das formas de comunicação que transcendem os contextos práticos e locais da interacção face a face, o que pode ajudar a compreender a crise da escola.
A tradição foi, portanto, mediatizada e este processo de mediatização da tradição acarretou, como observou Thompson, três consequências fundamentais: a tradição torna-se mais desritualizada, despersonalizada e desenraizada ou deslocada. 1. Desritualização. A fixação do conteúdo simbólico nos produtos dos mass media garante uma forma de permanência temporal que, geralmente, não existe nos intercâmbios comunicativos que se desenrolam nas interacções face a face. Esta continuidade temporal diminui a necessidade de reconstituição prática e contínua dos conteúdos simbólicos, ao mesmo tempo que facilita o seu acesso alargado (Walter Benjamin). Assim, a manutenção da tradição no tempo torna-se menos dependente de uma reconstituição ritualizada, isto é, a tradição torna-se cada vez mais desritualizada, sem ser destruída ou perder a sua força. Neste sentido, a descoberta do alfabeto e, posteriormente, da imprensa, constitui a maior revolução tecnológica de todos os tempos (Marshall McLuhan, Derrick de Kerckhove), sem a qual a filosofia não teria emergido na Grécia Antiga (Eric Havelock). 2. Despersonalização. Ao tornar-se cada vez mais dependente das formas mediadas de comunicação, a transmissão da tradição separa-se e distancia-se dos indivíduos com os quais interagimos na vida diária: a tradição é assim despersonalizada, adquirindo uma certa autonomia e uma autoridade próprias, já que não depende dos indivíduos para ser transmitida. Na sua obra mais magnífica, "Tristes Trópicos", Claude Lévy-Strauss elaborou a hipótese deveras interessante de que «a função primária da publicação escrita foi a de facilitar a servidão», apoiando-a no célebre caso de um chefe tribal que a fingiu usar para exercitar o seu poder sobre os outros. Para Lévy-Strauss, «a luta contra o analfabetismo confunde-se assim com o reforço do controle dos cidadãos pelo Poder. Pois é necessário que todos saibam ler para que este último possa dizer: ninguém pode ignorar a lei». Porém, como lembra Hannah Arendt, a partir da experiência romana, autoridade e poder são fenómenos distintos: «A tradição preservava o passado ao transmitir de geração em geração o testemunho dos antecessores, tanto o dos que haviam criado e testemunhado a sagrada fundação, como o dos que, ao longo de séculos, a tinham aumentado pela sua autoridade. Enquanto esta tradição se mantivesse ininterrupta, a autoridade permanecia intacta; e agir sem autoridade nem tradição, sem padrões e modelos aceites e consagrados pelo tempo, sem o auxílio da sabedoria dos pais fundadores, era algo de inconcebível. O conceito de uma tradição espiritual e de uma autoridade em matéria de pensamento e de ideias deriva aqui da esfera política, sendo, por conseguinte essencialmente derivativa, tal como a concepção platónica do papel da razão proveio da esfera filosófica e se tornou derivativa no âmbito dos assuntos humanos. Fundamental, porém, em termos históricos é o facto de os romanos terem sentido que precisavam de pais fundadores e de exemplos de autoridade também no domínio do pensamento e das ideias, e o facto de terem adoptado os grandes "antepassados" da Grécia como figuras de autoridade em matéria de teoria». Como mostra a actual crise da escola e da educação, a autoridade é distinta do poder e não depende da personalização, isto é, das interacções face a face que se desenrolam em contextos práticos da vida quotidiana. Isto parece significar que a mediatização da tradição não constitui um factor susceptível de explicar a perda de autoridade. Se a tradição perdeu autoridade, tal facto não pode ser imputado à sua mediação, mas deve ser procurado na crise de autoridade que está instalada na esfera política. 3. Deslocação. Ao se tornarem dependentes dos meios de comunicação, no que respeita à sua conservação e à sua transmissão de geração em geração, as tradições foram gradualmente desenraizadas e deslocadas, já que o elo que as mantinha ligadas a lugares específicos de interacção face a face, tais como a escola, a igreja ou a família, foi enfraquecido e, parcialmente, quebrado. A conexão entre tradição e unidades espaciais reais foi assim destruída. Estes três aspectos definem a mediatização da tradição que não foi destruída pela modernização, mas, em vez disso, foi desenraizada e deslocada pelo desenvolvimento das tecnologias de comunicação desde a descoberta da escrita e da imprensa. Falta saber se este deslocamento da tradição poderá conduzir a uma espécie de "prisão virtual", onde o self se perde a si mesmo na mesma proporção em que perde o contacto directo com os outros reais em contextos de interacção face a face, embora a própria tecnologia da Internet esteja a criar novas formas de exposição pública mediatizadas que, de certo modo, neutralizam a despersonalização. (CONTINUA) J Francisco Saraiva de Sousa
A tradição foi, portanto, mediatizada e este processo de mediatização da tradição acarretou, como observou Thompson, três consequências fundamentais: a tradição torna-se mais desritualizada, despersonalizada e desenraizada ou deslocada. 1. Desritualização. A fixação do conteúdo simbólico nos produtos dos mass media garante uma forma de permanência temporal que, geralmente, não existe nos intercâmbios comunicativos que se desenrolam nas interacções face a face. Esta continuidade temporal diminui a necessidade de reconstituição prática e contínua dos conteúdos simbólicos, ao mesmo tempo que facilita o seu acesso alargado (Walter Benjamin). Assim, a manutenção da tradição no tempo torna-se menos dependente de uma reconstituição ritualizada, isto é, a tradição torna-se cada vez mais desritualizada, sem ser destruída ou perder a sua força. Neste sentido, a descoberta do alfabeto e, posteriormente, da imprensa, constitui a maior revolução tecnológica de todos os tempos (Marshall McLuhan, Derrick de Kerckhove), sem a qual a filosofia não teria emergido na Grécia Antiga (Eric Havelock). 2. Despersonalização. Ao tornar-se cada vez mais dependente das formas mediadas de comunicação, a transmissão da tradição separa-se e distancia-se dos indivíduos com os quais interagimos na vida diária: a tradição é assim despersonalizada, adquirindo uma certa autonomia e uma autoridade próprias, já que não depende dos indivíduos para ser transmitida. Na sua obra mais magnífica, "Tristes Trópicos", Claude Lévy-Strauss elaborou a hipótese deveras interessante de que «a função primária da publicação escrita foi a de facilitar a servidão», apoiando-a no célebre caso de um chefe tribal que a fingiu usar para exercitar o seu poder sobre os outros. Para Lévy-Strauss, «a luta contra o analfabetismo confunde-se assim com o reforço do controle dos cidadãos pelo Poder. Pois é necessário que todos saibam ler para que este último possa dizer: ninguém pode ignorar a lei». Porém, como lembra Hannah Arendt, a partir da experiência romana, autoridade e poder são fenómenos distintos: «A tradição preservava o passado ao transmitir de geração em geração o testemunho dos antecessores, tanto o dos que haviam criado e testemunhado a sagrada fundação, como o dos que, ao longo de séculos, a tinham aumentado pela sua autoridade. Enquanto esta tradição se mantivesse ininterrupta, a autoridade permanecia intacta; e agir sem autoridade nem tradição, sem padrões e modelos aceites e consagrados pelo tempo, sem o auxílio da sabedoria dos pais fundadores, era algo de inconcebível. O conceito de uma tradição espiritual e de uma autoridade em matéria de pensamento e de ideias deriva aqui da esfera política, sendo, por conseguinte essencialmente derivativa, tal como a concepção platónica do papel da razão proveio da esfera filosófica e se tornou derivativa no âmbito dos assuntos humanos. Fundamental, porém, em termos históricos é o facto de os romanos terem sentido que precisavam de pais fundadores e de exemplos de autoridade também no domínio do pensamento e das ideias, e o facto de terem adoptado os grandes "antepassados" da Grécia como figuras de autoridade em matéria de teoria». Como mostra a actual crise da escola e da educação, a autoridade é distinta do poder e não depende da personalização, isto é, das interacções face a face que se desenrolam em contextos práticos da vida quotidiana. Isto parece significar que a mediatização da tradição não constitui um factor susceptível de explicar a perda de autoridade. Se a tradição perdeu autoridade, tal facto não pode ser imputado à sua mediação, mas deve ser procurado na crise de autoridade que está instalada na esfera política. 3. Deslocação. Ao se tornarem dependentes dos meios de comunicação, no que respeita à sua conservação e à sua transmissão de geração em geração, as tradições foram gradualmente desenraizadas e deslocadas, já que o elo que as mantinha ligadas a lugares específicos de interacção face a face, tais como a escola, a igreja ou a família, foi enfraquecido e, parcialmente, quebrado. A conexão entre tradição e unidades espaciais reais foi assim destruída. Estes três aspectos definem a mediatização da tradição que não foi destruída pela modernização, mas, em vez disso, foi desenraizada e deslocada pelo desenvolvimento das tecnologias de comunicação desde a descoberta da escrita e da imprensa. Falta saber se este deslocamento da tradição poderá conduzir a uma espécie de "prisão virtual", onde o self se perde a si mesmo na mesma proporção em que perde o contacto directo com os outros reais em contextos de interacção face a face, embora a própria tecnologia da Internet esteja a criar novas formas de exposição pública mediatizadas que, de certo modo, neutralizam a despersonalização. (CONTINUA) J Francisco Saraiva de Sousa
21 comentários:
Mais tarde iremos desenvolver um pouco mais o segundo traço da mediatização da tradição em conexão com a autoridade.
Este post está concluído: os acrescentos previstos foram feitos, embora o problema da autoridade da tradição deva ser pensado. Pois sem a autoridade da tradição o self fica desprotegido das ameaças globais. Em última análise, a autoridade da tradição ocidental assenta na dominação e, em caso de ameaça externa, deve recorrer à força e à violência para restabelecer esse domínio total e exclusivo. A filosofia sempre desejou a exclusividade! Esse é o sentido do Ocidente!
O Francisco por vezes "prega saltos" que me deixam agarrado ao tapete...:)
Quando tiver oportunidade faça-me sff "um desenho" de como chega à conclusão que apresenta no seu comentário...eu acompanho até ao ponto em que o Ocidente tem uma História de dominação, seja nas suas relações com o outro como com a natureza. Em caso de ameaça externa do tal "outro", ok, re corra-se à força; e em caso de ameaça interna ( ambiental e auto produzida ) recorre-se ao quê ?!
Manuel
Tudo o que escrevo é datado e está sujeito a revisão: não sou dogmático nem ultra sistémico! Aliás, temo o sistema! Quanto à natureza, deixo-a entregue a si e aos seus posts. Afinal, estamos condenados à tecnologia! A menos que se retome o projecto de Marcuse de reformular radicalmente a ciência em termos de não-dominação! Mas será isso possível? Ou optamos por opor ao conhecimento que visa o domínio o conhecimento-comunhão à Max Scheler? Não sei... Entretanto, faço experiências de pensamento!
Boa resposta !
( Essas esquivas não deviam ser válidas....:))
Mas em relação às questões de indução interna também podemos ir buscar a questão da desagregação da autoridade institucional, como na escola... e que se faz com essa ? Volta palmatória que estás perdoada ?!
:)))
Pois a educação é uma peça fundamental da mudança mas está em crise. Afinal, todos estes fenómenos estão ligados: a base está nas mudanças que ocorrem na esfera institucional do poder. Penso que na corrupção que tem possibilitado à ascensão dessas novas classes dirigentes! Que seguem políticas verdadeiramente desastrosas!
Quanto a natureza, confio em si! Estou a falar a sério! É claro que o projecto moderno teve e tem implicações nesse domínio das relações homem/natureza! Mas isso já sabemos; precisamos é de alternativas viáveis. :)
Eu associo intuitivamente a perda da autoridade dos professores à incompetência científica! Sem a exibição de conhecimentos seguros, um professor perde autoridade, porque não transmite adequadamente o conhecimento e a tradição, e o poder, porque se torna inseguro perante os alunos: aquilo que lhe poderia dar credibilidade está ausente e, na escola, esse conhecimento e sua transmissão são fundamentais, porque justificam a existência da própria escola.
Subscrevo essa explicação.
Acrescento-lhe outra: confusão de papéis. Tal como o pai se transformou no amiguinho de brincadeiras o professor fará o que fôr preciso para ser aceite como um "gajo baril". A informalidade na apresentação e no trato quebram distancias que provavelmente fazem falta e que depois se tentam repor ... mas muitas vezes demasiado tarde.
Depois há as questões do "perfil". Objectivamente nem toda a egnte tem perfil para exercer autoridade.
Os putos franzinos recrutados para a GNR escondem essa lacuna por detrás dos óoculos escuros e em cima das botas de montar...talvez os profs pudessem fazer o mesmo...:))
Divagamos...:)
Esta sua série de posts está excelente. Nada de novo, de resto. Digamos que é a minha sensibilidade à temática...:)
Manuel
Também concordo com a explicação que deu: "o gajo porreiro"! Ainda hoje escutava uma "professora porreira" ao telemóvel! Falava alto como se estivesse em sala de aula. Istto significa "aula GRITADA". Disciplina «««excelente»»»?
(Li o seu comentário no blogue do F. Dias e fiquei admirado com o seu interesse no cogito da cadela: etologia cognitiva. O mundo dela é daltónico e o cheiro predomina. Os cães são muito inteligentes, até porque co-evoluiram conosco!)
A Papillon converteu-se numa gimnoborboleta e, por isso, rumou para outras paisagens, as da diversão. Bye Papillon voadora!
SANTO TIRSO, o concelho do País, com a maior taxa de desemprego.
Ler mais: http://www.marktest.com/wap/a/n/id~105e.aspx
Pirilampo
Publiquei o seu comentário mas não o localizo: Se passar por aqui diga-me em que post está!
O rasto do Pirilampo
Localizei: a orientação sexual não é efectivamente uma questão de escolha! A noção de escolha não faz sentido em muitas áreas e muito menos na sexualidade!
Beja Trindade
Espero que tenha festejado o tricampeão BlueDragon! :)
J. Francisco
A minha paixão, é sem dúvida a chuva ou o frio, porque a chuva assenta o pó, e o frio mata os morcões.
Eu n sei se percebi bem o fio do seu pensamento... porque: cita Arendt em epígrafe em que ela diz, peremptoriamente, que a inexorável autoridade pereceu, mas depois segue daqui (não sei como) que a tradição ainda subsiste mas "deslocada", "despersonalizada" e "desritualizada". E que se ela está em crise, é porque o poder político está em crise? Como é possível? Se a própria Arendt diz tb que, n se entender que a autoridade supera o poder, é estabelecer novos problemas!
Isso seria o mesmo que dizer que os miúdos n respeitam a autoridade dos professores porque tb n respeitam o poder político, mas isso é porque n são educados para a democracia! Viver em democracia é difícil, n é como Lévi-Strauss diz, aliás, o mesmo argumento ético socrático-platónico que, se conhecermos a lei (se conhecermos o bem) agiremos em conformidade! Ora, isto, como sabe, n é totalmente assim.
E tb, ao contrário de si, acho, definitivamente, que uma tradição despersonalizada é uma nulidade em si mesma, sobretudo em contextos educativos. Os jovens têm de ter modelos de carácter, têm de aprender a ser empáticos e solícitos. Senão, a sua (nossa) amada democracia, de moribunda que está, expira de vez!
Papillon
Não sou obrigado a acompanhar sempre H. Arendt.
A autoridade evita a violência. Por isso, defendo a autoridade nesse sentido positivo.
A democracia está cada vez mais fraca. Sim, a autoridade política (sentido estrito) está ausente; daí a crise da autoridade. Repare que não defendo uma autoridade do tipo romano. Neste momento, preferia que a autoridade residisse na própria tradição ocidental no seu conjunto. É fácil ver que é isso que defendo!
Mas nem poderia defender a autoridade romana! Vivemos em época secular e profana!
Compreendo a sua intenção e subscrevo-a, aliás, defender a democracia, a filosofia, é defender a autoridade (o ideário), a nossa matriz ocidental.
Quanto à falta de autoridade (poder) dos professores decorre, também, daquilo que já nomeou aqui: uma confusão de papéis que desvirtua a possibilidade de transmitir o que quer que seja, a simetria de relações na educação não é de todo positiva, enquanto possibilitadora de cenas agressivas (de ambas as partes, esse exemplo que deu é paradigmático: as professoras gritam muito!) e, sobretudo, porque não nos garante a protecção da tradição.
No entanto, como já disse por aqui, várias vezes, o modelo escola tem de ser readaptado para acompanhar o fluxo da modernidade e não estancá-lo ao pretender retornar velhos hábitos "disciplinadores" e "punitivos"; de resto são inviáveis numa sociedade livre e democrática.
Então, estamos de acordo, Papillon, e, retomando um slogan dos estudantes rebeldes dos anos 60, podemos exigir a IMAGINAÇÃO NO PODER contra a mediocridade das novas lideranças europeias e ocidentais.
Esse slogan remete-me a outro fenómeno interessante na "educação" hodierna... o mínimo espaço para o desenvolvimento da imaginação. Depostos diante das playsations e da t.v., os jovens atrofiam a sua faculdade da imaginação, a qual, poderia ser muito bem aprofundada como uma efectiva educação estética (e aqui a filosofia, mais uma vez, como base teórica e metodológica) e não as tentativas risíveis que fazem com os grupos de teatro e ed. musical. É música a sério que devem aprender a ouvir, quadros, poemas, que devem aprender a interpretar, teatro e dança que devem ir ver, para que a experiência estética seja uma constante na sua vida e possam, dessa maneira, ser mais imaginativos e, sobretudo, mais livres!
Esse era também o objectivo do projecto de Herbert Marcuse, do qual retive o slogan. Adorno atribui essa atrofia da imaginação e regressão cognitiva à indústria cultural (mass media).
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