sexta-feira, 18 de abril de 2008

A Homofobia Mórbida de Egas Moniz

«Nos bailes públicos é que o uranista mais se denuncia. Ama a dança extraordinariamente e, se a ocasião é propícia para o disfarce, como pela época do carnaval, aparece vestido de mulher. Espartilha-se, cria formas provocadoras à custa de balões de borracha, pinta-se e adorna-se com brincos e sapatos decotadíssimos.
«Tem requebros de prostituta, denguices de mulher venal, com rodopios de saias e exposição de pernas.
«Segreda convites, mostra-se lânguido, submisso, capaz de ter um grande amor. Uns andam mascarados e desejam ir ao engano, como mulheres, por braço de algum ébrio dissoluto. Outros, de cara descoberta, pretendem insinuar-se directamente, na nudez da sua situação deprimente». (Egas Moniz)
Egas Moniz (1874-1955) recebeu o Prémio Nobel da Fisiologia e Medicina em 1949, partilhado por Walter Rudolf Hess (1881-1973), por ter desenvolvido a angiografia cerebral e a sua técnica de lobotomia frontal ou de leucotomia pré-frontal como uma terapêutica para determinadas perturbações emocionais. Os mass media e muitos neurocientistas não perdoaram a Egas Moniz o facto de conceber a destruição de uma grande porção do encéfalo como uma forma de tratamento e, por isso, contam que este médico português acabou estranhamente paralisado por um tiro disparado na espinha por um dos seus pacientes lobotomizados. Portanto, foi feita justiça poética contra aquele que, sem suporte teórico substancial, acreditava que podia corrigir o excesso de emoção através deste procedimento cirúrgico.
De facto, nesse tempo sombrio, Klüver & Bucy tinham mostrado que lesões no encéfalo podem alterar o comportamento emocional e, na década de 30, John Fulton e Carlyle Jacobsen tinham relatado que lesões do lobo frontal tinham efeitos calmantes em chimpanzés. Confiante no princípio de que, se o sistema límbico controla a emoção, então as pessoas com problemas emocionais podem ser ajudadas, Egas Moniz não se inibiu e desenvolveu o procedimento cirúrgico da psicocirurgia, aplicando-o aos seres humanos. Milhares de cirurgias foram feitas por todo o mundo nos anos 40 e 50, usando diversos procedimentos, embora só Egas Moniz tenha sido e continue a ser acusado pelos franceses que tudo fazem para que lhe seja "retirado" o Prémio Nobel.
Porém, a lobotomia frontal tem ensombrado outra obra de Egas Moniz, aquela que nos interessa referir neste post: "A Vida Sexual: Fisiologia e Patologia", da qual tenho um exemplar da 4ª. edição de 1918, cujo Prólogo "confronta" o neurologista português com a psicanálise de Freud. Esta obra é, a diversos títulos, brilhante, erudita e bastante avançada para o seu tempo, pelo menos em relação à mediocridade nacional, porque, na verdade, Egas Moniz tinha lido e assimilado as grandes lições dos sexólogos pioneiros, tais como Krafft-Ebing, Moll e Freud. Não pretendo analisar a teoria da sexualidade de Egas Moniz exposta nesta obra revolucionária, mas chamar a atenção para o facto dele ter introduzido as homossexualidades masculina e feminina na segunda secção dedicada à Patologia da Vida Sexual.
A partir de um caso exemplar, A.A., Egas Moniz elabora toda uma teoria da homossexualidade masculina como inversão perversa ("psicopatia sexual"), relatando de modo cruel pormenores comportamentais e anatómicos verdadeiramente surpreendentes. É certo que Egas Moniz vislumbrou a problemática das diferenças sexuais, mas foi excessivamente "redutor" e pouco escrupuloso ao generalizar a partir de casos clínicos. Os seus "uranistas" correspondem ao tipo hiperefeminado de homossexuais masculinos, em particular ao "maricas" ou "agitado" da nossa tipologia das homossexualidades masculinas. A única coisa que o "salva" é o facto de ter reconhecido que «as relações sexuaes uranistas são o mais próximo possível das relações heterossexuais entre pervertidos», porque, entre outros traços partilhados, «os beijos uranistas são por vezes acompanhados, como nos heterossexuais, do contactus linguarum», embora os uranistas façam outras "coisas terríveis", tais como «semen alterius ejaculatum in os proprium devorare» ou, mais raramente, «ejaculavit semen in os alterius, vul ut hic semen devoret», «oscula applicare ad anum alterius», e enfim «alter immitit urinam in os proprium», para não falar da «necrofilia», da prostituição masculina, da pederastia ou dos efeitos anatómicos resultantes da prática do coito anal. Estes "uranistas" examinados por Egas Moniz eram "cidadãos urbanos" de "todas as profissões" (alfaiates, cabeleireiros, floristas, actores, cozinheiros e escritores) e membros "cultos" das "classes elevadas" de Lisboa e de outros "grandes centros", "invertidos e efeminados", "impotentes para as mulheres", "mentirosos e insensatos", com "voz efeminada" e "letra esguia e muito bem cuidada", "ciumentos e insaciáveis", "epilados" e "dissolutos", entre tantas outras "maiores minudências" relatadas com pormenor e abundante recurso ao latim, para não chocar a moral e os bons costumes lisboetas, cujas "misérias do amor" "mórbido uranista" incluíam a «immissio membri in os», «a masturbação mútua, a masturbação anal, o coito anal, inter femora e ainda in axillam».
Uma observação pertinente de Egas Moniz leva-me a concluir que alguns dos seus pacientes eram "travestis" ou, como se diz hoje nos "meios homossexualizados", "transexuais" (não operados, talvez lobotomizados), que usavam "vestuários femininos" e traziam «os órgãos genitais ligados ao corpo por um aparelho especial de tal modo, que se lhe não reconheciam à primeira vista»: «O uranista é monoândrico ou poliândrico, exactamente como o homem normal é monógamo ou polígamo. Geralmente tem um escolhido uranista, mas alguns há que chegam a preferir as relações com indivíduos normais que gostam de mulheres. A estes deu Ulrichs a designação de dionistas. Geralmente escolhem indivíduos em que as qualidades viris se salientam». Esta atracção por homens heterossexuais é típica dos travestis ou transexuais que se prostituem nas ruas. Se tivesse sido menos preconceituoso, Egas Moniz teria verificado que existem diferenças internas entre os indivíduos que preferem fazer sexo com pessoas do mesmo sexo, até porque reconhece que «o amor homossexual é inteiramente comparável ao heterossexual»: «Em todos os invertidos sexuais que se juntam em ménage masculino os papéis distribuem-se da mesma forma que no casamento real. Um desempenha o papel obediente e subordinado da mulher, outro dirige, manda e governa com a característica virilidade dum heterossexual».
Falta saber se uma tal "homofobia interiorizada" não levou Egas Moniz a fazer uma lobotomia frontal a algum destes "pacientes homossexuais" para o tornar mais calmo, porque os uranistas tendiam, segundo diz, a manifestar um tal "furor uterino" ("neurastenia") que esgotava em poucos dias a energia sexual dos seus "amantes". Adams, Wright & Lohr (1996) mostraram que os homens homofóbicos exibiam um aumento significativo da erecção do pénis quando eram expostos a estímulos eróticos homossexuais masculinos, o que parece sugerir que a homofobia está associada com a excitação homossexual. Uma forma de combater o preconceito sexual é começar a operar uma mudança semântica das palavras usadas para estigmatizar os homens homossexuais e chamar "paneleiros" aos homens homofóbicos.
J Francisco Saraiva de Sousa

52 comentários:

Manuel Rocha disse...

...bem sugerido...mas...e porque não em latim em nome do politiccamente correcto promovido pelo Egas ?

:))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Em latim, os termos usados eram:

"cinaedo, pedico, mollis, draucus, effeminatus, semivir, e pathicus".

Ser sodomizado era "patere, pedicari e mentulam cacare".

O homem homofóbico é um "pedico ou pathicus".

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Uma provocação: F. Cunha Leão diz, na sua obra "Ensaio de Psicologia Portuguesa", que os portugueses, tal como os latinos europeus, são muito emotivos. Portanto, sofrem de um excesso de emoção que os impede de pensar antes de disparatar. Egas Moniz sabia como os tratar: lobotomizá-los. Até os que sofriam de depressão eram lobotomizados. Hoje recorre-se ao fármacos e não à lobotomia frontal. De certo modo, somos lobotomizados pelos discursos centrais lisboetas! :(

Manuel Rocha disse...

Isso não é uma provocação !
Provocação seria chamar-lhes "semivir" !

;)

As coisas que você descobre...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Estava com o livro do Cunha Leão e reparei que ele dizia algo semelhante àquilo que disse no seu último post: a perda de contacto com a Terra. Diz ele que os tugas vêem a terra em função do dinheiro! Já não a cultivam. Diz coisas sobre o ensino muito pertinentes. Outra curiosidade...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Vou preparar um post sobre a lesbofobia de Egas Moniz e outro sobre a luso-misoginia de Abel Salazar.
Sim, "semivir" é mais provocador!

Manuel Rocha disse...

Faça isso...mas não se esqueça dos equivalentes latinos...:))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Egas Moniz é menos "lesbofóbico" e chama-lhes "tribades", mas aquelas lésbicas que atingiram o "estado de viraginidade" anseiam por "uma troca de órgãos sexuais". Os dois casos que refere são mais casos de "transexualismo". Afirma que o uso do clitoris torna-o mais longo ("alonga"), o que possibilita a prática "sáfica" ("bate pratos", como se diz hoje). A lésbica tende a ser reduzida, sobretudo a casada com homem, a "mulier lambens", ou "si ipsa lambit genitalia alterius" ou "lambere genitalia propria" ou mútua e simultânea.
Abel Salazar diz que a mulher portuguesa é feia e mostra a sua fealdade em função das regiões nacionais. Gostava de "louras nórdicas"...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Pelos vistos, estamos na "era do HOMO lambens". Egas Moniz via a lésbica que suga o clitoris alheio como "activa" e a que o dá para "mamar" como "passiva", e com razão. Porque no caso dos uranistas é diferente: o que suga é "passivo". O Consultório de Egas Moniz, além de cobrar caro as consultas, era um confessionário (M. Foucault), onde o olhar clínico dirigia-se às zonas escondidas! :))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas na altura e talvez ainda hoje em Portugal não havia o "abuso médico/paciente". Este abuso também faz parte da escala dos ABUSOS.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Da argumentação de Egas Moniz decorre um conceito implícito que passo a explicitar: a "prática do cunnilingus" ocorre entre casais heterossexuais, sendo ela lésbica. Para alcançar o prazer pleno, a mulher quer que o marido lhe faça cunilingus. Ora, esta prática sexual "alonga" o clitoris e, portanto, masculiniza a sexualidade e o prazer femininos. Curiosamente, Egas Moniz diz que as lésbicas têm "aversão à maternidade" (hoje sabemos mais a de tipo butch do que do tipo femme). Esta hipótese de que uma prática sexual tem como efeito a diminuição do impulso maternal pode ser testada empiricamente.
Portugal e a Europa queixam-se da baixa natalidade, muitas vezes explicando-a através de razões económicas (desemprego, salários baixos) ou pela entrada das mulheres no mercado de trabalho. Porém, uma mera prática sexual também pode estar na origem do fenómeno.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Outro factor é a Nutrição, como mostrou Josué de Castro: as mulheres subnutridas engravidam mais facilmente que as mulheres bem nutritas, como as europeias.
Egas Moniz não podiam explicitar melhor esta hipótese porque desconhecia a "biologia molecular": as proteinas, as hormonas, os neurotransmissores, os genes, etc.

E. A. disse...

Francisco,

Interessante perceber que há muito mais "fobia" aos homens homossexuais do que às mulheres homossexuais. Mas a causa de não descriminar as mulheres lésbicas, ou descriminar menos, é tb preconceituosa e machista: as mulheres lésbicas - as femininas e bonitas, porque as masculinizadas n causam celeuma -, são tidas como mulheres que não tiveram boas experiências com machos, são como que mulheres traumatizadas por maus amantes, ou seja, são tidas com desprezo viril: "porque se elas conhecessem os meus dotes de amante, não queriam outra coisa"... ou, então, figuram no seu imaginário erótico - qq homem hetero deseja ter na sua cama duas mulheres bissexuais, para eles se julgarem o sultão do harém.
Conclusão: os preconceitos vêm sempre da tribo de machos. Muito pouco seguros, de resto. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Boa pista! O estudo de Adams et al. que refiro foi realizado com dois grupos: homens homofóbicos e não-homofóbicos, avaliados previamente por dois "testes", um sobre a homofobia e outro sobre agressão. Depois eram expostos a videos: homo, hetero e lésbico, e a excitação sexual peniana foi monitorada (medida). Os dois grupos reagiam com excitação sexual peniana aos filmes hetero e lésbicos. Apenas o grupo homofóbico reagiu eroticamente a filmes homossexuais, donde a ideia de que a homofobia está associada à excitação homossexual.
Isto significa que os homens homofóbicos são "homo dissimulados" ou em processo de negação da sua própria homossexualidade. Daí a sua agressividade dirigida aos gays. Mas, como diz, não dirigida às lésbicas. Pena haver poucos estudos sobre excitação feminina: os que há dizem que as mulheres reagem eroticamente a estímulos neutros ou vendo animais a copular. Acho que já falei disso, não me lembro!
Sim, de certo modo, os "machos" toleram bem a homossexualidade feminina e excitam-se com ela, como mostram os filmes porno.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Meus amigos

O nosso país, bem como a Europa, estão decadentes: os lideres políticos não valem nada. Em França, Sarkosy é um playboy arrogante com cérebro de mosquito, na Itália Berlusconi é outro playboy desavergonhado que muda as leis para não ser condenado pela sua corrupção, o russo também já se exibe com tronco nu, nos USA é aquilo que sabemos, em Portugal são uns oportunistas. Tudo decadente e com cabelas vazias. miséria política. O pior são os povos que votam neles. A democracia é uma mentira.
Nada posso fazer para ajudar a mudar este rumo autodestrutivo. Afinal, as grandes culturas que conhecemos no passado desapareceram e é esse o nosso destino: morrer. Em Portugal, não há nada a fazer, porque Deus não dotou a maior parte dos tugas de génio. Só corruptos, trapaceiros e burrecos! Isso é Portugal. É preciso dizer a verdade: Portugal não tem futuro porque os tugas são más pessoas. Pode ser que aconteça algum milagre que nos roube a vida a todos. :)))

Denise disse...

Caro Francisco, haveria tanto a comentar, mas apenas qautro pontinhos:
1. Subscrevo inteiramente as afirmação da Papillon;
2. O Abel Salazar sabia lá ele o que dizia;
3. Eu desconhecia po completo a expressão "lambe pratos" e ainda não consegui parar de rir!
4. Não seja assim tão pessimista. Nem todos os tugas são más pessoas. Olhe para si e olhe para mim e para a borboleta bonita e para o meu simpático vizinho. ;-)

E. A. disse...

Em 2012 o mundo vai acabar. Só tem de esperar mais 4 anos. :)

http://www.survive2012.com/

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Bom Dia Denise e Papillon

Ver e escutar os nossos noticiários e programas informativos dá "vomitos": os jornalistas e comentadores são mesmo bloqueados dos neurónios e irresponsáveis. Gente muito tolinha, sem qualidades.
Mas a vida política portuguesa é muito vergonhosa. Dai o meu desabafo!

E. A. disse...

Pois é, Francisco.

Veja como a Denise é boa pessoa e se compadece consigo, e veja como a Papillon é uma cabritinha e goza consigo...che per variare natura è bella! O mundo é maravilhoso!

[Princípio de Torquato Tasso nos "Escritos Filosóficos" de Leibniz]

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Ainda tenho de escrever sobre homofobia. Conceitos alternativos são heterosexismo e preconceito sexual. Mas num outro post avancei com outra leitura: a morte jurídica, moral, social e psicológica dos "estigmatizados".

E. A. disse...

Isso é contraditório! O ideal, pelo menos para mim, é a neutralidade das expressões sexuais, ou seja nem descriminação negativa, nem positiva. Até porque, repare, se os estudos indicam probabilidade dos homofóbicos serem homossexuais em negação, isso significaria uma forma indirecta de homofobia.
Deve-se combater a homofobia pela educação, e, se necessário, nas instâncias judiciais, mas sem histeria.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Tenho aqui uns artigos "terríveis": muita violência dirigida a estas "crianças diferentes".
Em Portugal, há um ou outro desabafo, mas não relatam toda essa escalada de actos violentos. Cultura do silêncio?? Acho que sim...

E. A. disse...

Sim, e a eugenia positiva trará avultados problemas.
Mas aqui vive-se a cultura do silêncio em relação a muita coisa: à pedofilia (que me interessa mais do q a homofobia), à violência doméstica, etc. Preconceitos enraizados que obstaculizam à libertação pelo conhecimento.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Uma das violências cometidas contra essas crianças é o abuso sexual. São propensas a serem "abusadas". (Pedofilia)

E. A. disse...

Isso é erróneo. As crianças mais abusadas são do sexo feminino e não são "homossexuais".

Manuel Rocha disse...

A Papillon uma "cabrinha" ?! Quem diria !!! Bem...tenho que rever a estrutura do meu efectivo pecuário...

:)))


Francisco,

Canso-me de lhe dizer que você devia acabar com a TV...;) é óbvio que é depressiva e mais óbvio ainda que o afecta mais do que devia !
Mas, lá está, se eu conseguisse convencer disso toda a gente, seria lider de uma revolução como a história nunca viu...

Denise,

O contributo do Francisco para o enriquecimento do meu vocabulário tem sido impressionante...e à cabeça da lista está eo "semivir"...:))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

De facto, a TV afecta-me os neurónios, porque a estupidez daquela malta é pública e ninguém faz nada para acabar com essa situação. Não há informação mas delírio. Depois cada um faz interpretações bizarras.

A Papillon está a candidatar-se... :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon, menina impulsina

Quem disse o contrário? Apenas disse que as lésbicas e os gays são alvo de maus tratos e abuso acrescido!

E. A. disse...

Manuel,

Já comi muitos cabritos de Monchique! (No sentido literal, claro).

Francisco,

Candidatar-me a quê? Só se for à protecção das crianças.

E. A. disse...

Francisco, senhor iraxível.

E. A. disse...

O que quereria ter dito é que a pedofilia é mais grave do que a homofobia. E isto porque, a violência aos gays e lésbicas acontece quando estes entram na puberdade, ou seja, se tornam sexuais e manifestam a sua orientação sexual. A pedofilia acontece a bebés e crianças, cujos traumas consequentes (físicos e psicológicos) são muito mais nefastos!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ui Papillon

Estava a reler Egas Moniz: o nosso neurólogo "estigmatiza" fisicamente as "safos" e os "uranistas", dedicando-lhes uma secção de anatomia patológica! Coitado do clitoris lésbico: um indicador de homossexualidade. Coitado do ânus "uranista": outro indicador de homossexualidade.
Mas que me atraiu foi a secção da "assexualidade": uma visão completamente diferente da nossa actual. Egas era contra o onanismo!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ui Ui Ui Papillon

Afinal, onde está o seu sentido de humor? Acusa-me de ser alemão mas depois não aceita a brincadeira! :)

E. A. disse...

Esse Egas era tomado pelo preconceito.

Reli o texto acima e realmente as mulheres que eu conheço, heterossexuais, gostam muito de sexo oral e preferem ter orgasmos através de sexo oral do que vaginal. As q não gostam, é porque ou n se sentem bem com o seu corpo, ou pq o amante n sabe fazer ou n gosta de fazer cunnilingus.
A mulher é sexual e isso n diminui em nada o seu sentido de maternidade. Isso é nitidamente um preconceito e o clítoris n fica "alongado". Ele existe mesmo para receber beijinhos.

Claro que aceito bem as brincadeiras.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

É impressionante como Egas descreve a morfologia lésbica e gay e os tratamentos que recomenda, bem como os conselhos que dá aos médicos. Até as cores não lhe escapam!
"Tire a roupa que o(a) vou examinar!"

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Não examinei clítoris para verificar se eles se "alongavam" devido à prática de cunnilingus, mas Egas Moniz e outros fizeram-no.
A ideia não me "choca": o uso deixa as suas marcas. Isso também acontece com o pénis e as suas colorações.

E. A. disse...

Eu n sei, nem quero saber se o "choca" ou não.
Sou apenas um mulher que se interessa pela saúde das mulheres, que, durante séculos, por causa de homens atrasados mentais e com a pila pequena e inútil, n a tiveram.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Então, deixe o clítoris alongar-se e a glande abrir-se em tom róseo intenso ou mesmo violáceo. Foi assim que Egas o caracterizou!

E. A. disse...

A mim só me interessa o vermelho-carne do Amor.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A propósito de pila pequena. De facto, começa a ser um trauma. Certa vez um dos meus informantes quis ter uma conversa privada comigo. Tema: a sua pila centrada (pénis de menino) e pequena que, crescida, media 16 cm. Geralmente, essas pilas não duplicam o comprimento quando em estado de erecção. A dele triplicava! Logo não devia estar preocupado. Mas estava... Micropénis!

E. A. disse...

Pior do que Micropénis é ejaculação precoce... isso sim é mau para a satisfação das mulheres. Daí a importância de sexo oral, estimulação anal... e as práticas, designadas pelos Machos de "preliminares". Essa centração da sexualidade no coito é muito máscula.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, para o macho, sexo é penetrar! Os preliminares preferidos são "suga-me, suga-me..., lambe as bolas..."

E. A. disse...

Então, vê, as mulheres n diferem dos homens. Gostam de ser sugadas e penetradas. Com teeeempo e amoooooor. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Por isso, o melhor amigo do Homem é o vibrador! O Viagra tem os seus incovenientes! (Brinco.)

E. A. disse...

Então, Francisco, n me diga q tem uma doença cardiovascular e n pode usar Viagra! :)))
O vibrador pode ser é o inimigo do homem heterossexual. Com aquelas pontas reviradas e "anéis de saturno" compete com o "modelo natural".

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Eu cardiovasculo bem! E não preciso de viagra! Mas não estou livre dessa ameaça cardiovascular.
O vibrador é um objecto curioso. Egas Moniz dedica atenção a ele: muitos que o improvisavam para a masturbação anal recorriam ao médico para o retirar. A mulher devia bordar e tocar piano, em vez de se masturbar... Poder disciplinar!

E. A. disse...

Ele tinha era impotência displicente.

Olhe ja tou farta desse Moniz. Vou ler Sartre.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sartre mamava muitos clítoris! :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas mamar muito tem estes efeitos, segundo o Egas via Marziale: "a inflamação aguda ou crónica da abóbada palatina, amígdalas e da úvula, o mau cheiro da boca, a dor de língua, a palidez dos lábios e da face, o emagrecimento geral e as perturbações nutritivas".

E. A. disse...

ah ah ah! q lindo!

Acho que mamarem ao ponto de ficarem "magros" e "subnutridos", só os artistas porno!

O Sartre como era feinho, deveria ser "turbina de veludo" na intimidade! :)))

Manuel Rocha disse...

Balha-me Deus , olhem só para onde resvalou esta combersinha !!

Fazeis-me corar, meus meninos, sois mesmo uns desbocados...pelo menos escrevam em latim ou , melhor ainda, em grego....

Korror...até me deixam a cardiovascular mal!!

:)))

Denise disse...

Diacho, vim parar ao blogue certo ou perdi-me no caminho?