sexta-feira, 11 de abril de 2008

Tradição e Mass Media: Conflitos Interculturais

«As interpenetrações de civilizações não constituem fenómeno novo, ligado à expansão europeia do século XIX. Pelo contrário, pode-se dizer que a História de toda a humanidade é a História do contacto, das lutas, das migrações e das fusões culturais». (Roger Bastide)
«A razão destruiu o seu próprio progenitor. Podemos agora acrescentar o parricídio à lista dos seus crimes. É parricida, além de impotente e suicida». (Ernst Gellner)
Como vimos nos posts anteriores, à medida que se tornam cada vez mais dependentes dos meios de comunicação de massas no que se refere à sua conservação e à sua manutenção, as tradições são gradualmente desenraizadas dos lugares particulares e, por consequência, ficam menos dependentes das interacções face a face. Este desenraizamento das tradições facilita a sua adaptação, transformação, transfiguração ou codificação por parte dos indivíduos que têm acesso aos meios de produção e de distribuição das formas simbólicas mediadas. Contudo, se não forem reimplantadas em contextos práticos da vida quotidiana, as tradições mediadas correm o sério risco de perderem importância, ficando entregues à deriva e à flutuação permanentes. O conceito de "invenção da tradição" foi criado para mostrar que a mediação da tradição é, no fundo, um processo de reinvenção da tradição (Hobsbawm & Ranger), o qual garante a sua coerência. Desalojada dos lugares particulares, a tradição é assumida, remodelada, reinventada e reimplantada de novas maneiras na vida social, sem perder a sua autenticidade.
Com o desenvolvimento dos mass media da primeira e da segunda gerações, as tradições foram desenraizadas, trabalhadas e novamente fundadas em novos tipos de unidades territoriais que, com a globalização da comunicação, tendem a cobrir todo o planeta, como se este se tivesse convertido numa "aldeia global" (Marshall McLuhan). O acesso das populações de todas as regiões da Terra às novas tecnologias da informação e da comunicação, sobretudo à comunicação mediada por computador, cria um novo problema que merece atenção: Tradições diferentes misturam-se em territórios partilhados, reais ou virtuais, e confrontam-se quando são difundidas pelos mass media à escala global e deslocadas pelas populações migrantes, podendo incentivar conflitos interculturais.
A migração é um fenómeno característico das sociedades modernas. Quando migram ou são forçadas a mudar de um lugar originário para outro estranho, as pessoas transportam consigo conjuntos de valores, de crenças e de padrões de comportamento que fazem parte das suas tradições. Estas tradições nómadas sustentam-se através de reconstituições ritualizadas e de práticas de narração oral de histórias em contextos de interacção face a face (Goffman). Porém, com o decorrer do tempo, as tradições nómadas sofrem transformações, uma vez que, estando afastadas dos seus contextos originais, se misturam com conteúdos simbólicos provenientes das novas circunstâncias em que são reconstituídas. Este processo de assimilação ou de aculturação foi analisado pelos teóricos sociais da Escola de Chicago e Alfred Schutz esboçou a sua fenomenologia social (Veja este post ainda não elaborado: Alfred Schutz: a Fenomenologia do Lar). Darcy Ribeiro tratou da transfiguração étnica e da integração das populações indígenas no Brasil moderno e, tal como Gilberto Freyre e Roger Bastide, analisa este fenómeno sob o conceito de mestiçagem cultural.
De um modo geral, as tradições nómadas transportadas pelas pessoas que se deslocam para outros territórios culturais e civilizacionais ou são integradas na cultura para a qual foram levadas, ou são rejeitadas e os seus «transportadores», condenados à exclusão social. A mediatização das tradições possibilita e facilita a conservação e o renovamento das tradições nómadas entre os migrantes e os grupos deslocados. Apesar deste papel desempenhado na conservação dessas tradições nómadas, os mass media e os deslocamentos de populações de migrantes favorecem e promovem a dispersão das tradições. Além de criar uma paisagem cultural extremamente complexa e diversificada, a dispersão das tradições provoca novas formas de tensão e de conflitos sociais, culturais e étnicos. Estes conflitos podem ser observados em contextos e níveis diferentes.
1. Ao nível da família, pais e filhos oriundos de populações migrantes tendem a avaliar de modos diferentes as tradições originárias, donde resulta quase sempre um conflito de gerações. Os pais desejam conservar uma certa continuidade cultural com o passado, enquanto os filhos preferem assimilar as tradições da comunidade de acolhimento, onde nasceram e pretendem viver.
2. Ao nível individual, uma pessoa tende a experimentar subjectivamente este conflito geracional como um confronto entre conjuntos de crenças e de valores que impelem em diferentes direcções. O indivíduo sente-se, nessa situação, dividido entre duas tradições: a paterna e a da comunidade que o acolhe, isto é, entre o passado e o futuro.
Esta situação permite compreender a busca de raízes como um projecto cultural que tem uma forte, embora ambivalente, relação com as populações migrantes. O apelo às origens oferece uma via para recuperar e inventar tradições que religuem os indivíduos aos lugares de origem, reais ou imaginários, de modo a ajudar a remodelar um aspecto do self que foi suprimido, ignorado ou estigmatizado pela comunidade de acolhimento. Contudo, este projecto de recuperação de tradições ligadas a um suposto lugar de origem tende a ser vivido pelo indivíduo de um modo ambivalente, porque sente que as tradições de origem não têm nada a ver com o tipo de vida que deseja construir para si mesmo.
Nas sociedades modernas, as tradições étnicas estão cada vez mais em contacto umas com as outras, devido às migrações étnicas e à globalização dos produtos dos mass media. Este contacto intercultural entre tradições diferentes não é geralmente acompanhado pela compreensão recíproca entre os indivíduos que pertencem a grupos diferentes. Como verificamos actualmente na Europa e nos USA em relação aos muçulmanos, o encontro de tradições muito diferentes gera formas intensas de conflito intercultural, sobretudo quando estão associadas a relações étnicas e a relações assimétricas de poder e de desigualdade. Além disso, o contacto entre tradições ou civilizações tende a gerar formas intensificadas de definição de fronteiras que tomam a forma de esforços contínuos para proteger a integridade de tradições e para reafirmar formas de identidade colectiva ligadas a tradições culturais, mediante a exclusão social daqueles que não pertencem ao grupo. Estas actividades de definição de fronteiras podem ser simbólicas e/ou territoriais e originam formas de exclusão geradoras de violência.
Apesar disso, o processo de mestiçagem cultural parece ser, pelo menos aparentemente, uma fonte de criatividade e de dinamismo culturais. Actualmente, a mistura de populações e de tradições cria um contínuo híbrido cultural ou uma multiplicidade de culturas mestiças, que revelam que, num mundo cada vez mais dominado pelos fluxos de comunicação e de informação e pelas migrações culturais, as tradições não estão imunizadas contra os efeitos resultantes dos encontros inevitáveis com outros radicalmente diferentes. Os mass media são ambíguos: estimulam a busca das origens ou mesmo o diálogo intercultural, ao mesmo tempo que fomentam os conflitos interculturais. Nesta hora de ameaça terrorista, o Ocidente deve resgatar a sua tradição cognitivamente superior (Habermas) e orgulhar-se da sua História. (FIM)
J Francisco Saraiva de Sousa

23 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Com este post dou por concluída a série dedicada às relações entre modernidade e tradição. Reconheço a complexidade dos assuntos abordados neste último post e, logo que tenha tempo, regressarei a eles novamente. Preferia abordá-los pela via poética. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mais tarde, quando alterar a data deste post, faço a última alteração, acrescentando uma referência de Roger Bastide, bem como outras referências bibliográficas. Agora vou exorcizar aqueles que são pitagóricos, isto é, têm dupla-face: vivem numa região e professam a ideologia de outra região/religião inimiga! :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Poder Branco! Cultura Branca como os lírios brancos cantados nos Salmos! Tenho muito orgulho em ser Branco e não sou racista. Uma provocação... :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Agora lanço um desafio aos meus amigos on-line, fazendo um apelo ao seu espírito de objectividade:

Imaginem o mapa mundial e sinalizem as zonas críticas do planeta: devem descobrir uma sobreposição entre o hibrído cultural e a pobreza, o subdesenvolvimento, a criminalidade, e outros fenómenos regressivos.

Ora, esse mapa pode ser transporto para os países ocidentais: quanto maior a mestiçagem étnica, mais o grau de regressão cultural.

Tenham em atenção a própria história: o fosso entre o ocidente e as outras culturas, sobretudo africanas e ameríndias, era total: estas estavam numa fase de desenvolvimento milenar muito, muito arcaico. Sem estas verdades não é possível adoptar políticas correctas, até mesmo de ajuda! :(

Manuel Rocha disse...

Aceita-se um "post" em gaulés nesta cx de comentários ?? ( não sei do original em lusitano...:( )

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Aceito um comentário do tipo Astérix! O original lusitano? Bem, afinal fomos nós que iniciámos as descobertas e, em termos de colonialismo, fomos os mais democráticos. Cabe-nos agora reler a nossa história numa chave cultural mais interessante!

Manuel Rocha disse...

Então aí tem o resumo de uma arenga "provocatória"...:) O tema era "Interculturalidade e Desenvolvimento Sustentavel - que perspectivas ".


Tel que les patrices de la Rome antique, les européens sont en souci! Et ils ont raison. Leurs esclaves sont en train de se soulever. En effet, même s’ils n'ont pas Spartacus pour porte-parole, voila qu'ils disent qu’ils ne sont pas reconnaissants envers leurs maîtres, soit par des siècles de colonisation, soit parce qu´ils vivent dans des cartiers périfériques de "la terre de Canaan", ou soit encore à cause de toutes les politiques de néo-colonialisme dissimulées sous des considérations multi culturalistes ou humanitaires.
Trains dynamités, voitures brûlées, vitrines cassées...La bagarre!! Et, dans l'Europe des riches, personne ne se présente pour mettre en marche un plan pour que tout ce monde de querelleurs retourne dans son pays d'origine?! Bien sûr que non! En effet, comment feraient les matronnes européennes pour assurer le ménage de leurs maisons et de leurs jardins ou la surveillance de leurs enfants obèses?! Laisser s´en aller les esclaves? Jamais! Mais, il faut absolument contrôler leurs révoltes et anéantir cette insécurité qui offusque le bonheur des européens.
C'est alors que les patrices découvrent, sous leurs perruques, la formule magique: l’inter culturalité! Tout le monde cri eurêka et se jette aux claviers des PC’S et aux congrès des intellectuels du régime.
L'idée c’est à la fois assez simple et bon marché: en échange d’une acceptation inconditionnelle par tous les outres de tous les principes de supériorité morale que nous, européens, avons acquis comme légat direct de Zeus, Dieu des Dieux, telles que le pluralisme démocrate et le laïcisisme, nous ne voulons aucuns des principes moraux ou d’organisation politique de ces peuples. En effet, des idées de la gastronomie maghrebine et des choréographies du folklore turc, nous suffisent.
Mais, au delà de ça, on veut maintenant conceptualiser aussi la contribution de cette "inter culturalité" pour le développement durable ?!...Donc, la même Europe, qui n'arrive pas à se mettre d'accord sur les principes basiques de son avenir, dans un texte constitutionnel commun, et même pas sur un langage conceptuel commun pour la problématique du développement, essaye de trouver dans la culture résiduelle de ses minorités de migrants des contributions pour la durabilité de leur modèle social?!
À notre avis, la question centrale c’est que la problématique du développement reste toujours un problème de paradigme et le problème de sa durabilité, une question de gestion des recours limités. Dans la culture européenne moderne, l'idée de limitation n'existe plus. Elle a été effacée de nos horizons par le pétrole des arabes, les conquêtes de la science et de la technique, et par un système social qui soutient les « besoins essentielles». Et c'est aussi cet idéal de possibilités illimitées que les migrants cherchent. Plus que des représentants de différentes cultures, ils sont surtout l'exemple de la dynamique des cultures. Ils sont ceux qui, en sortant, cherchent d’autres paradigmes, amenant avec eux la constante capacité des cultures de se transformer sur ses rives. Le produit de ces interactions reste toujours une entité mixte. Et l'histoire est là pour nous dire qu’il n'y ont jamais été les décisions institutionnelles les responsables par les résultats, qui restent toujours imprévisibles. Comme l’Europe, elle-même.
Le point de cette thèse c’est que prospecter le développement de l’Europe, telle que nous la connaissons, ayant pour axe l’échange culturelle avec les minorités migrants, c’est un fait divers pour nos faiblesses dans la définition d’un modèle social durable, au-delà d’un projet géopolitique !

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

ui Manuel

Estou de acordo que a Europa actual é uma cadela com cio permanente! Que explora os migrantes! Que não tem princípios! Que é hipócrita! Tudo o que diz é real e somos responsáveis por isso. Nós europeus vamos cair devido a razões internas; as externas darão a sua ajuda. Este ciclo do consumo é auto-destrutivo! É preciso uma mudança radical de pessoas..., de dirigentes, de tudo. Mas o multiculturalismo é basura! Aliás, ele foi desenvolvido por Taylor a pensar na peculiaridade do Quebec no Canadá.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A ideia da Europa Cadela pertence a Maio de 68! Pena esses jovens se terem tornado os ditadores burocratas de hoje! Quem ascende assim, raramente tem preocupações altruístas!

Manuel Rocha disse...

"Ferpeitamente" de acordo...:)

Deu para entender que desancava exactamente nesse aspecto, certo ?

Faltou-me sublinhar a qualidade desta sua "série"! É um exercicio de sintese excelente!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Estive a ver o seu Sporting e fiquei muito triste como jogo pouco! UEFA é uma miragem! :(

E. A. disse...

Triste fiquei eu!! :(( snif snif

Sou uma leoa infeliz, mas parece que ser do Sporting é uma sina amarga.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Facilitaram muito e o último golo dos ingleses foi o máximo: passou por quatro a contar com o guarda-redes. Fraca defesa! Hoje aqui no Porto estavam muitos adeptos dos ingleses! Uns apanharam o metro... Devem ter ido de autocarro ou comboio. Mas gostam de visitar o Porto. Aliás, os nórdicos começam a parar muito por aqui: deliram com a nossa arquitectura, doçaria, culinária... Os galegos já cá estão! Enquanto os nossos lideres tratam do seu UMBIGO! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A nossa sina é efectivamente muito triste! Portugal é uma miragem corrompida pelo poder central!

E. A. disse...

Bah! Não faça o elogio da cultura do Porto em detrimento da de Lisboa! O F. quando encalha numa cena, parece uma cigarra sempre com a mesma cantilena irritante.......
e hoje estou irritável. durma bem. com os anjinhos. com aqueles pretinhos, os querubins. :PPPPPP

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ui Papillon

Cantilena irritante é o elogio mediado por toda a comunicação da cultura de Lisboa! Entenda-se: da sede da corrupção!
A Papillon parece sofrer de "bairrismo" crónico! Agora não se pode falar do Porto porque os "alfacinhas" ficam irritados? Irritados com quê? Francamente, Papillon! Daqui a pouco ainda a vejo no programa "Corredor do Poder"! Aquilo é burlice!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estou farto de escutar mentiras laboriosamente tecidas contra o Porto e mais chateado fico quando vejo portuenses burrecos e pitagóricos, aliás a face visível do Porto Pimba! De facto, esta malta daqui não é muito digna de confiança: trapaceiros como os restantes! Que triste sina a de Portugal! Deste país só a língua faz de mim português! :(((

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Por outro lado, até gosto de ser estrangeiro em Portugal! Sinto-me digno de ser honrado pela verdadeira cultura ocidental! :)))

E. A. disse...

Mas que disparates é que eu disse contra o Porto? Aliás, que eu alguma vez proferi contra a mui nobre cidade invicta? Isso é a sua mania da perseguição!
Pelo contrário, eu como habitante e vivente da cidade de Lisboa é que me deveria sentir continuamente ofendida neste blog! Mas não me sinto e sabe porquê? Porque ao contrário de si, não alimento diferendos patetas e não sou apaixonada pela minha cidade, de tal maneira, que me cegue o discernimento!
Se n se identifica com Portugal, mas apenas com a língua, rume a novos portos! Vá apanhar Sol a Cabo Verde ou viver uma vida excitante no Rio de Janeiro!
Se quer uma região Norte independente do resto do país, funde um movimento independentista!
Agora, se pretende lutar por um país melhor não é com argumentos eivados de pathos!
Digo-lhe, continuamente, que tenho amigos, familiares, conhecidos na região Norte, inclusivé Porto e nunca vi da parte deles tanta animosidade! Já conheci, de facto, pessoas portuenses que diziam que o ódio a Lx era tal que nem vinham à cidade... sabe o que eu achei dessas pessoas que, diante de uma lisboeta, disseram isso?
A resposta fica à conta da sua magnânima inteligência. ;)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Ando chateado! Sabe porquê? Porque não vejo este país com ideias realistas e saudáveis para sair desta ilusão em que vivemos! Estou farto de ler e ouvir disparates, ou melhor, mentiras tecidas com veneno! Ontem a Papillon descarregou a sua tristeza em mim e achei isso injusto! Até tinha torcido pelo Sporting! :(
Quanto ao Porto, apetece-me denunciar alguns patetas atrasados e saudosista não sei de quê! :(

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon

Nunca me escutou a dizer mal de Lisboa; critico apenas a indigência mental dos políticos e a corrupção e decadência do centralismo. Falta de ideias e de inteligência política! E tenho toda a razão! Portugal é uma tremenda desilusão! Não tem futuro, porque somos governados por pessoas vazias!

Manuel Rocha disse...

Continuo a discordar respeitosamente dessa ideia de colocar a exclusividade do "vazio" do lado de quem governa. Concedo que facilita o "tiro" porque materializa o alvo, mas escamoteia a nossa condição permanente de espectadores de um "amigável" entre Rosinhas e Laranjinhas. Somos terra de cidadania marginal. E como os cidadãos não são só alguns, como no tempo dos Clássicos, é natural que a governação siga em linha com as reinvidicações centrais das maiorias democráticas.Não sei é como é que se injecta "qualidade" no sistema sem o alterar. E nesse aspecto verifico que não somos os únicos ...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Manuel

Também critico a indigência popular portuguesa! Mas, se não houver sinais positivos de cima, a base tende a entregar-se à inércia metabólica legitimada pelo metabolismo corrompido do centro/cima! Círculo vicioso!