segunda-feira, 17 de março de 2008

Ginásios e Saunas Gay

Nos Estados Unidos, as Saunas Gay alcançaram o seu ponto máximo durante a revolução sexual pré-Sida dos anos de 1960 e 1970, fornecendo aos homens homossexuais uma plataforma segura para encontros sociais e sexuais. Contudo, nas décadas de 80 e 90, as saunas gay estiveram sujeitas a pressões por parte dos agentes de saúde pública, dos activistas gay e dos mass media, devido ao seu papel na promoção de parceiros múltiplos e de sexo anónimo, supostos facilitar a transmissão do HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis. Em face destas pressões, muitas saunas gay fecharam, algumas voluntariamente, outras por ordem governamental, e as que permaneceram abertas foram obrigadas a transferir-se para fora da visibilidade pública. Como consequência, estes estabelecimentos e os homens que os frequentavam foram associados com o "desvio sexual" e foram substancialmente estigmatizados (Bolton, Vincke & Mak, 1994).
Estes estabelecimentos adquiriram uma enorme popularidade nos anos de 1960 e de 1970, devido ao declínio das intervenções governamentais nos direitos dos homens homossexuais, em particular o direito de reunião (Bolton et al., 1994). Dado o movimento de libertação gay aumentar a visibilidade dos homens gay na sociedade, os estabelecimentos e os negócios gay tornaram-se mais numerosos e populares. As saunas gay foram simplesmente alguns de muitos outros lugares gay que emergiram para capitalizar benefícios económicos, que podem ser realizados mediante o abastecimento deste novo mercado demográfico. Bolton et al. (1994) consideram as saunas gay como «uma expressão da eficiência capitalista aplicada à sexualidade».
No entanto, as saunas não constituem um novo desenvolvimento na era de consumo mais recente. Com efeito, saunas públicas que obedecem aos padrões dos homossexuais masculinos existiram precocemente em New York desde 1902, ganhando popularidade nos anos de 1910 e 1920 (Chauncey, 1994; Miller, 1995). Curiosamente, os banhos gay precederam no tempo a proliferação de bares gay, os quais só surgiram de modo consistente até ao final dos anos 1930 (Chauncey, 1994).
Em meados dos anos 1980, as saunas foram severamente criticadas pelos agentes de saúde pública, bem como por alguns membros da comunidade gay, pelo facto de promoverem práticas sexuais «irresponsáveis» e doentias que contribuem para a propagação do HIV (Bailey, 1998; Brigham, 1994; Rabin, 1986). Em algumas cidades americanas, nomeadamente San Francisco, as saunas foram fechadas por ordem dos agentes de saúde; noutras cidades, especialmente nas mais pequenas, cidades de baixa prevalência HIV, as saunas resistiram ao ataque e permaneceram abertas. Nos finais de 1990, começaram a ressurgir em muitas cidades. No seu livro, Hustlers, Escorts and Porn Stars: An Insider's Guide to Male Prostitution in America, Adams (1999) regista 77 banhos que operam nos USA. Hoje, as saunas podem ser criadas tanto nas grandes cidades, tais como Los Angeles, New York, Houston ou Miami, como em muitas áreas urbanas menores, tais como Akron, Rochester ou Toledo.
Contudo, a configuração comum dos banhos gay revela algumas diferenças importantes em relação à das décadas anteriores: desapareceram as pistas ou andares de dança (dance floors) e de diversão energética (live entertainment), com excepção de shows de sexo ocasional e de strippers, embora tenham conservado até ao fim algum equipamento de aptidão física (physical fitness). Na passagem do milénio, os banhos parecem estar mais concentrados que antes sobre o fornecimento de um espaço seguro para as actividades sexuais e, de facto, não são muito mais do que isso. Desde as suas origens, os banhos têm sido muitíssimo acusados de promover encontros sexuais excessivos, geralmente entre vários parceiros anónimos ou semi-anónimos, assim como encontros de sexo em grupo (Chauncey, 1994; Weinberg & Williams, 1975).
A nossa pesquisa visa acentuar a natureza sexual destes locais, sem constituir uma nova perspectiva teórica: particularmente, nas primeiras décadas do século XX, os banhos gay foram verdadeiramente lugares sociais, onde os homens homossexuais podiam interagir abertamente com outros homens, especialmente homossexuais como eles, sem se preocuparem com a sua segurança física e sem serem ameaçados nos seus status sociais (Chauncey, 1994). Tanto quanto sabemos, a bibliografia portuguesa sobre este assunto é escassa e cientificamente pouco credível (Júlio Gomes, s.d.). Desde que iniciámos a nossa pesquisa de terreno, fomos confrontados com alguns estabelecimentos do género: alguns já tinham sido criados, outros foram abertos posteriormente, sem ter sido observada qualquer tipo de intervenção governamental ou de pressão pública. Mais recentemente surgiram ginásios frequentados preferencialmente por homens homossexuais, mas a maior parte deles são mistos.
Numa época em que se cultiva o "corpo masculino atlético", é natural que as preocupações e os cuidados corporais estejam na ordem do dia. Por isso, abrir ginásios e outras academias do género tornou-se um empreendimento económico extremamente lucrativo, uma vez que há uma procura crescente por esses serviços. Ora, este ideal masculino atlético não é estranho a vastos sectores da comunidade gay portuguesa. Com efeito, a "moderna ideologia gay" mais não é que uma apologia da masculinidade. Para serem bem sucessivos nas suas conquistas sexuais, muitos homossexuais inscrevem-se em ginásios, com a finalidade de desenvolver a sua massa muscular. Tal desenvolvimento muscular dá-lhes, segundo julgam, um aspecto extremamente masculino e viril, que funciona nos encontros sexuais como um «cartão de boas vindas». Alguns homossexuais abriram ginásios, tendo em vista a clientela homossexual, mas a maior parte dos ginásios existentes, até mesmo no caso em que os seus proprietários são homossexuais, são mistos.
Dado que funcionam como associações masculinas, é natural que haja outros interesses, além do desenvolvimento muscular, que levam os homossexuais a frequentar determinados ginásios. Assim, podemos dizer que, do ponto de vista dos homossexuais, os ginásios desempenham diversas funções, das quais destacaremos, pelo menos, cinco:
1. Em primeiro lugar, temos os serviços que os ginásios oferecem aos seus clientes: o desenvolvimento da massa muscular. Esta função dos ginásios é muito apreciada pela população masculina, tanto homossexual como heterossexual, sobretudo na época veraneante, quando se torna necessário perder peso. Qualquer um dos seus clientes procura obter através da musculação um aspecto físico masculino e atlético. Ora, numa época masculina, o aspecto masculino e atlético favorece o seu portador nas suas conquistas sexuais. Aliás, a moderna ideologia gay incentiva o cultivo do corpo e do nudismo (Gilad Padva, 2002), de modo a libertar o corpo gay da «heteronormative oppression». Alguns casais gay ou lésbicos frequentam os ginásios para cuidar e preparar o corpo e libertá-lo da «sissyphobia» (M. Simpson, 2001). De facto, o corpo masculino na cultura gay contemporânea está subordinado a distintas normas estéticas e éticas que reflectem uma idolização cabal do físico jovem, muscular, tranquilo e transcendente, como se observa facilmente folheando as fotografias de nus masculinos nas revistas gay.
2. Em segundo lugar, os ginásios funcionam como lugares públicos, onde os homens ou mesmo as mulheres se podem reunir regularmente e conviver. Formam-se novas amizades que poderão continuar para além das paredes do ginásio.
3. Em terceiro lugar, os ginásios oferecem todas as condições necessárias para o estabelecimento de encontros sexuais, funcionando assim como mercados sexuais.
4. Em quarto lugar, os ginásios permitem um contacto físico entre homens que é psicologicamente muito importante, tanto para os homossexuais como para os heterossexuais. O exibicionismo, o nudismo e o voyeurismo são comportamentos comuns e habituais nos ginásios. Muitos indivíduos que os frequentam aproveitam essas oportunidades para verem e examinarem outros homens nus e para se exibirem aos outros. Esta visão alimenta muitas fantasias sexuais e eróticas que ocorrem durante a prática da masturbação e não só. Além disso, a entre-ajuda que se estabelece entre os clientes e entre estes e os funcionários, nomeadamente as massagens recíprocas, possibilitam um contacto físico directo entre homens, que é muito gratificante, sobretudo para os homossexuais. Tais massagens podem converter-se em carícias e, deste modo, pode ocorrer o «inesperado»: um beijo seguido de actividade sexual que pode ocorrer no ginásio ou noutro local previamente marcado.
5. Em quinto lugar, os clientes e os funcionários, bem como os proprietários, com tendências "pedófilas" (atracção por jovens), aproveitam as massagens, assim como outros exercícios físicos, para tocar e apalpar os mais jovens ou mesmo outros homens jovens atraentes. Se um desses jovens «entrar no jogo e colaborar com ele», acabará por ocorrer actividade sexual entre ambos.
Em Portugal existem diversas saunas frequentadas exclusivamente por homossexuais, pelo menos a determinadas horas. As mais referidas nos roteiros homossexuais estão situadas em Lisboa e no Porto. As saunas estão divididas geralmente em duas grandes áreas: a área pública e a área dos quartos individuais.
A área pública pode ser uma sala-de-vapores ou simplesmente um grande salão fechado, algumas vezes denominado «sala-de-orgia». Nesta área pública, podem ocorrer diversos tipos de contactos sexuais ou mesmo actividades sexuais em grupo. Em Portugal, pelo menos nalgumas destas instituições homossexuais, a área pública apresenta uma subdivisão, onde se projectam filmes pornográficos homossexuais para incentivar os impulsos sexuais dos seus frequentadores. Aliás, um dos cenários típicos destes filmes é precisamente a «sala-de-orgia», onde decorrem as actividades sexuais em grupo. Deste modo, o seu conteúdo vai ao encontro das expectativas e das preferências sexuais dos consumidores homossexuais, reforçando-as e legitimando-as.
A área principal das saunas é, sem dúvida, o quarto individual, geralmente cedido ao cliente quando este dá entrada no estabelecimento. Cada um dos quartos individuais consta de uma cama e de uma porta com fechadura. A sua principal finalidade é a actividade sexual, embora, algumas vezes, os clientes aproveitem a privacidade deste espaço para dormir durante o período compreendido entre as práticas sexuais.
Como ocorre nas ruas, parques e mictórios, nas saunas os contactos homossexuais tendem a limitar-se à actividade sexual, sem quaisquer outras tentativas de aproximação social, que aliás são muitíssimo raras nestas instituições. Estas instituições não só facilitam os encontros sexuais, como também oferecem aos seus clientes a oportunidade de ter uma grande quantidade de contactos sexuais diversificados durante uma única visita. Com efeito, os homossexuais masculinos que as frequentam assiduamente têm em vista apenas a procura de novos parceiros sexuais e a concretização imediata de uma grande quantidade de contactos sexuais. Para atingir rapidamente estes objectivos, costumam passear pelos corredores, olhando para dentro dos quartos ou para os outros homens com quem se cruzam no caminho. Estes comportamentos são sinais de disponibilidade sexual e deles resultam frequentes formações de pares, tendo em vista apenas a actividade sexual.
As saunas funcionam, tal como os bares e as discotecas homossexuais, como mercados sexuais. Nelas qualquer homossexual é julgado unicamente pelos seus atributos físicos, em particular pelo tamanho do seu pénis ou pelo vigor das suas erecções. Como instituição social, as saunas só existem devido à elevada tendência dos homossexuais masculinos para o comportamento sexual promíscuo. As saunas são, portanto, uma resposta institucional adequada ao estilo de vida sexualmente promíscuo dos homossexuais masculinos, cuja estrutura e funcionamento sociais favorecem e facilitam, de diversos modos, uma grande quantidade de encontros sexuais. As suas vantagens são as seguintes:
1) nas saunas os homens homossexuais não andam geralmente vestidos, o que facilita enormemente a selecção do parceiro sexual em função dos seus atributos físicos e sexuais.
2) os parceiros sexuais podem concretizar o acto sexual no local em que se encontram, sem terem de fazer novas despesas.
3) não precisam de despender muito tempo em conversação com os potenciais parceiros sexuais.
4) as saunas oferecem aos seus frequentadores amplas oportunidades de numerosos encontros sexuais.
5) garantem o quase completo anonimato aos seus utentes, sobretudo aos homossexuais casados heterossexualmente.
6) e, finalmente, como são apenas conhecidas pelos homossexuais e dado que os conservam afastados dos locais públicos, onde podem ter frequentemente dificuldades com a polícia, as saunas não causam nenhum tipo de aborrecimento para o público. Como escreve Hoffman (1970): «A prática quase exclusiva da actividade genital de preferência a qualquer outro tipo de relação que poderia ocorrer entre duas pessoas não é um facto que provoque o entusiasmo dos que julgam que a actividade sexual deveria estar relacionada com uma relação humana mais significativa. No entanto, é difícil perceber como as casas-de-banho possam causar algum dano, uma vez que a sua clientela já atingiu o estágio que poderíamos descrever como uma concentração na actividade sexual por si mesma».
As saunas enquadram-se perfeitamente no estilo de vida sexualmente promíscuo dos homossexuais masculinos, na medida em que, funcionando como mercados sexuais, promovem uma quantidade ampla e diversificada de encontros sexuais, mediante o facilitamento da formação de pares. O tipo de abordagem sexual imediata mais frequente é quando o homossexual sexualmente disponível deixa a porta do seu quarto ligeiramente aberta, de modo a poder ser visto pelos indivíduos que passeiam pelos corredores em busca de parceiro sexual. A posição que adopta no leito funciona como um sinal da sua preferência por um determinado tipo de actividade sexual: «Se está deitado de costas, isto pode indicar que prefere felação; se está deitado de lado ou sentado no leito, não se sabe quais são as suas preferências; se estiver deitado de bruços, é quase certo que deseja assumir o papel de receptor em coito anal» (Hoffman).
Em Portugal, as saunas exclusivamente homossexuais pertencem geralmente a homossexuais masculinos, que, tendo um conhecimento directo do estilo de vida sexualmente promíscuo dos homossexuais, procuram gerir estas instituições em função dos seus interesses sócio-sexuais, ao mesmo tempo que procuram incentivar as actividades homossexuais, mediante determinados estratagemas, tais como a projecção de filmes pornográficos nas «salas-de-orgia» ou a prestação de massagens aos seus clientes, a qual está geralmente associada à prostituição masculina e, segundo consta, ao tráfego de droga.
De um modo geral, as actividades oro-genitais e a masturbação recíprocas são as actividades sexuais mais praticadas na «sala-de-orgia», podendo ocorrer tanto aos pares como em grupo. Por sua vez, o coito anal parece ser mais praticado na «privacidade» dos quartos individuais, o que não quer dizer que ele não possa ocorrer durante as orgias sexuais praticadas nas «salas-de-orgia». Dada a visibilidade intencional das interacções sexuais que ocorrem em qualquer uma das suas áreas, as saunas implementam outras modalidades sexuais, em particular o voyeurismo e o exibicionismo, criando assim um espaço diversificado e definido, onde se misturam muitos indivíduos do sexo masculino com diversas tendências e preferências sexuais.
Mas, além das saunas exclusivamente homossexuais, os homossexuais masculinos frequentam também outras saunas, cujos clientes são predominante ou aparentemente heterossexuais. Ora, onde há concentração de homens, há sempre homossexuais masculinos e, como as saunas mistas reúnem muitos homens, os homossexuais frequentam-nas regularmente, quanto mais não seja para verem «homens nus». E, segundo dizem, estes parecem gostar que os admirem, sobretudo as suas particularidades anatómicas genitais. Nestas saunas mistas, os contactos sexuais são raros e, quando ocorrem, acontecem de um modo discreto e sigiloso. A maior parte das vezes o que aí sucede é uma aproximação entre dois indivíduos do sexo masculino, donde pode resultar um acordo sexual, o qual se concretiza geralmente fora dessas instalações, nomeadamente no carro ou no apartamento de um deles ou simplesmente numa pensão. (Os ginásios são também muito frequentados por lésbicas.)
J Francisco Saraiva de Sousa

32 comentários:

E. A. disse...

Bonjour!

Eu ando num ginásio e sobretudo na sala das máquinas de musculação e cardio-fitness cheira muito a testosterona...
Mas um ginásio e todos os espaços que o constituem - no caso do meu, na piscina, jacuzzi, sauna, etc...etc - é realmente um sítio muito interessante do ponto de vista social.
Esse voyeurismo e exibicionismo que fala é mesmo flagrante! Os homens a levantarem pesos, a suarem e às vezes a emitirem sons, mas sempre a olhar... para perceberem se são vistos e eles mesmo para verem outros/as. O meu ginásio não é de grande frequência gay. Aliás até os personal trainers me dizem que há alguns (nos sítios x e x) que são, mas que o "nosso" não é, e eles como orgulhosamente heteros gostam de o referir.
Por isso eu quando própria vou para as máquinas, levo música nos ouvidos para me abstrair; porque senão acho tudo muito ridículo e n me consigo concentrar. É claro que tb gosto de ver e de ser vista, mas n é preciso querer de facto, porque isso acontece naturalmente, parece que regredimos ao tempo das cavernas. E se por acaso fixamos o olhar em alguém (não por uma razão específica) e essa pessoa cruza o olhar com o nosso... Meu Deus! Parece quase uma cumplicidade sexual, um chamamento para o acto! É muito estranho! É semelhante ao que se vê/sente nas discos.

Quanto às saunas gay, são muuuuito diferentes, segundo o que nos conta. Mas acho que não devem, nunca, serem proibidas, alegando sanidade pública, blá blá blá. Acho que isso é desconhecer a natureza do ser humano, em particular dos homens. É querer tapar o Sol com a peneira.
Sobre a promiscuidade, já lhe dei o meu parecer noutros posts. Muita educação e afectividade para uma vida digna e responsável.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

É a vida, Papillon.
Não defendi o encerramento, com bla bla bla! Até acho que em Portugal não aconteceu esse higienismo tão patente nos USA.
Sim, não tive tempo de falar dos homens e mulheres heterossexuais e das lésbicas. As omissões quebraram um pouco o assunto tratado.

E. A. disse...

N disse que o tinha feito, o "blá blá blá". Lembrei-me da proibição dos piercings, que a compreendo como uma forma do Estado amealhar, alegando "saúde pública".

Sim, "é a vida", Francisco!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, os piercings e a proposta do deputado do PS. Pessoalmente, não os acho eróticos, sobretudo quando colocados na face, na língua e noutros sítios.
Mas, como ainda não editei o post sobre isso, fico por aqui: os estudos dizem que eles significam "disponibilidade sexual", sobretudo nas mulheres, visto que as que os usam terem uma vida sexual mais "promíscua". Razões económicas são estúpidas! mas o tabaco tb é punido! :(

E. A. disse...

Eu tb n os acho estéticos, o que n quer dizer que as pessoas adultas não os possam fazer livremente.
Mas o Francisco se fuma contamina-me a mim, não-fumadora; agora se se fura e enfeita com piercings, a mim n me prejudica. Ainda assim, são exemplos diferentes.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Acho que a proposta refere-se a menores de 18 anos! Piercings e tatuagens exageradas são inestéticos e podem ser sinal de algo mais preocupante: ausência de projecto de vida! "Sem rumo"!

E. A. disse...

Acha? Muitos do que são "exagerados" são eles próprios tatuadores: um possível rumo!
Penso que isso seja preconceito! Tss, tss

Não, piercing na língua e genitália vai ser mesmo proibido (projecto-lei do seu partido)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas será esse o rumo adequado da economia? Gosto de economias pesadas, produtoras de bens pesados! Isso são servicinhos! assim não vamos longe.
Não sou contra o projecto do PS! :)

BEJA TRINDADE disse...

Este governo consegue ser mais papista, que o próprio Papa.
Com tantas proibições, como o tabaco, agora com os piercings e mais que se há-de ver, não demorará muito que vamos voltar ao tempo da obrigatoriedade da licença de isqueiro, tal como no regime do "Estado Novo".
VIVA A LIBERDADE!!!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Beja Trindade

Viva a Liberdade! Também não gosto que o Estado interfira na vida privada! Mas eu sou politicamente liberal. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Beja Trindade

adicionei o seu blogue nos meus links, para que a liberdade de pensamento e de expressão não seja aniquilada por pessoas carentes de sentido de humor.
Abraço

BEJA TRINDADE disse...

Francisco Sousa

De ambos, vamos competir qual de nós, mais contribuirá para os pobres carenciados de humor!

Cumprimentos

E. A. disse...

Ui, hj o Francisco devia ter fumado daquelas coisas que fazem rir - para fazer encómios ao "sentido de humor" e coisas q tais..., só mesmo alterado.

Pois, eu sou contra o projecto do PS. Acho que quem quer enfeitar os órgãos do amor, que o faça e ninguém tem nada a ver com isso.
Em limite, auto-mutilação é da liberdade e responsabilidade de cada um.

(ahaha, boa piada a do último comment do Beja)

E. A. disse...

Uma notícia que demonstra que não só em Portugal, mas nos países "desenvolvidos" da Europa do Norte, se tomam medidas, ou planeiam-se tomá-las de forma radical, e mesmo imoral, e se renunciam a projectos a longo prazo, pois seriam onerosos...

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1322777

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Papillon disse:

"Quem quer enfeitar os órgãos do amor, que o faça e ninguém tem nada a ver com isso".

Enfeitar os órgãos do "amor"? Talvez, mas a maior parte do tempo devem ser do "sexar".

Beja Trindade

A Papillon já lhe respondeu: Venceu à partida a competição do humor! Parabéns!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Hoje temos Economia no Prós e Contras! Não sei se me apetece comentar! "Enfeitar os órgãos do amor" pode ser uma ideia para fazer a economia crescer e, assim, fomentar a indústria portuguesa do sexo, rivalizando com Amesterdão e Barcelona! Pss Pss

E. A. disse...

Pois, talvez o uso de piercings revele maior "disponibilidade sexual"... mas a liberdade deve ser preservada.
Lembro-me de um namoradinho que tive, a long long time ago, que se furou a ele mesmo (very crazy boy) nos mamilos e debaixo do lábio inferior, dizia ele, "pelo prazer da dor". Mas na altura era muito novinha, n havia cá "sexar", n se passava para lá da fase da excitação. :)))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Sim, pensando melhor, já falámos abundantemente de auto-mutilação! Afinal, os transexuais mutilam e amputam e ninguém tem nada a ver com isso. Não é boa ideia essa da proposta sobre os piercings! Demasiado privado!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ele fez isso sozinho? Infectou, de certeza... Cuidados de higiene acrescidos! Sim, retiro o apoio à proposta do PS. Demasiado Estado e tentativa de invadir a privacidade dos cidadãos!

E. A. disse...

Havia um lindo punk, mais velho q eu, que tinha um piercing na pila, e acho que todas as miúdas sonhavam com ele e com a pila ornamentada... eheh

De facto, percebe-se o porquê da disponibilidade sexual: os que fazem piercings na genitália, fazem os outros sonhar com eles, ou querer mesmo estar com eles!

Fez bem em ter mudado de posição, revela bom senso. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Eles alegam que o piercing (ou no plural) na pila dá-lhes mais erecção e quem gosta de "felar" diz que "é bom", tanto nos homens como nas mulheres. Já tratei um caso de uma infecção umbilical...
disse que ele sentia "prazer da dor". Masoquista? Sim, as mulheres gostam de sentir esses extraterrestres dentro das respectivas: excitação acrescida. Não sei porque não sou "pierçado".

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Outra estratégia para chamar a atenção para os genitais é mostrar a tatuagem lá perto! Resulta!
Curiosamente, a proibição de fumar nos centros comerciais tem um efeito não previsto: "sexo casual" e talvez novas amizades. Observe e vai perceber o esquema. Mais DST? Não sei...

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Já agora outra informação: No meio gay, os órgãos ornamentados estão associados a práticas sadomasoquistas extremamente dolorosas, deduzo ou imagino. Além disso, quem os usa (os piercings) tem muita "rodagem sexual": exibe os genitais (exibição fálica) e cavalga a onda, isto é, são sexualmente muito promíscuos.

E. A. disse...

Esta conversa faz-me lembrar a minha adolescência: quase todos os amigos, colegas, tinham piercings aqui ou ali.

Lembro-me de beijar um amigo com piercing na língua para perceber se era fixe, mas não se notava muito a diferença. Mas uma amiga teve um namorado que tinha dois piercings na língua e não eram redondos, eram em bico (!!!) ..., e ela diz que era muito interessante... :)))

O punk era lindo, com ou sem piercings.

Sim, tinha de ser "masoquista" para causar dor a ele mesmo... mas na adolescência experimenta-se tudo, parece que o estado normal é de excitação nervosa. Dor, prazer, tanto faz!

Sensações extra-terrestres! ahahah... pois tb n sei, porque eu sou "naturalista".

Como? Vai-se fumar lá fora e começa-se a conversar com parceiros do fumo? Sim, pode ser uma forma de encontro casual.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Claro, Papillon

Formam-se grupinhos ou pares, depende do momento... No estacionamento de cima (no teto do centro), ainda é mais fácil... Nova preocupação para a Ministra da Saúde! :))
É o que faz aprovar leis pouco pensadas, umas atrás das outras.

E. A. disse...

Eu sou desatenta a essas coisas. Além disso engatar é fácil, n é preciso vir a nova lei anti-tabaco, é só ter imaginação, persistência, e naturalmente: alvos fáceis. :))

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Exacto: sexo é fácil.

Klatuu o embuçado disse...

Acho que metes aqui um bocado de água: «mesmo as mulheres»... pois, claro, as gajas também frequentam ginásios e também quecam; «com tendências "pedófilas" (atracção por jovens)»... de que idade? - é que só podes falar de pedofilia se forem menores de 14 anos... e se a outra pessoa tiver uma idade superior a 5 anos em relação ao menor de 14.

E achei o post meio moralista e demasiado auto-centrado.

P. S. Isto é uma treta de comentário, mas estou sem tempo.

Abraço.

Klatuu o embuçado disse...

P. S. Respeito as tuas opções, mas o PS é um partido constituído maioritariamente por cretinos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Klatuu

E qual o partido constituído por não-cretinos?

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ah, a questão das idades e do diferencial é muito mais complexo!

E. A. disse...

Weeeeee!!!

A primeira vez, desde que frequento este blog, que aparece alguém (ainda por cima, do sexo masculino) que diz que o autor - J Francisco Saraiva de Sousa - é parcial e reduz parenteticamente as mulheres!

Mas, por acaso, moralista até nem acho muito. Só higienista, mesmo.


[Desculpe, F., mas é realmente inédito e tive que fazer menção.]