A maior parte dos bloguistas nacionais tenta imitar o estilo jornalístico ou, pelo menos, usam os blogues para emitir notícias e frequentemente estabelecem hiperligações com os meios de comunicação tradicionais, nomeadamente com os sites de jornais. É provável que alguns bloguistas façam isso com o objectivo de virem a ser jornalistas profissionais, mas a verdade é que parecem não ter apreendido que a mediasfera e a blogosfera são dois mundos e dois sistemas completamente diferentes. Além disso, esquecem que vivem em Portugal, um país pouco transparente e pouco admirador da inteligência. As ligações que estes bloguistas bajuladores estabelecem com os blogues de jornalistas ou de personalidades públicas nunca são recíprocas. Os bloguistas bajuladores parasitam em torno desses blogues-vedeta na esperança de conquistar maior visibilidade. Contudo, as figuras bajuladas são, como sabemos, luso-invejosas e, frequentemente, incompetentes, e, por isso, não têm tendência para fazer links. Julgam-se «acima da média nacional», quando na realidade temem a concorrência e a perda do seu medíocre monopólio. Esta é a verdade nacional: um país de invejosos, porque pouco inteligentes, que usam a blogosfera, não como um «lugar da conversa sobre o mundo», mas como um território feudal onde publicam os seus «escritos» culturalmente reduzidos, na esperança de serem lidos por uma multidão de leitores subservientes. Tentam impor o modelo do jornalismo profissional à comunicação mediada por computador, em particular à blogosfera, inventando novas designações tais como ciberjornalismo ou jornalismo digital. Pelo menos, é assim que se auto-intitulam os bajuladores de Pacheco Pereira, que se comporta como se fosse o «senhor feudal» da blogosfera portuguesa. Esta atitude mostra que, em Portugal, o bloguismo não é uma grande oportunidade para o jornalismo. J Francisco Saraiva de Sousa
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