... da Blogosfera Portuguesa
AOS EMUDECIDOS
«Oh, a loucura da grande cidade, quando à noitinhaÁrvores raquíticas nos fitam junto ao muro negro,
O espírito do mal nos olha com máscaras de prata;
Luz com açoite magnético expulsa a noite de pedra.
Oh, o toque submerso dos sinos da tarde. «Puta que pare uma criança morta em arrepio de gelo.
Louca, a ira de Deus chicoteia a fronte do possesso,
Peste purpúrea, fome que quebra olhos verdes.
Oh, o riso horrendo do ouro. «Mas o silêncio sangra em escura caverna a mais muda
Humanidade. Forja com metais duros a fronte redentora.» Fonte: Georg Trakl/ An Die Verstummten (Tradução de João Barrento). Comentário: Este poema deve ser lido como o advento de uma nova geração de Luso-Bloggers e, portanto, como a despedida da «estirpe maldita» (verfluchten Geschlechts). J Francisco Saraiva de Sousa
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